FLC comemora 90 anos de Che Guevara

Che Guevara teve um papel decisivo na revolução de 1959, em Cuba, que derrubou o ditador Fulgencio Batista. Ao lado de Fidel Castro e pela atividade guerrilheira Che Guevara se transformou num dos maiores ícones de quem acredita na mudança e na transformação do mundo.

É por isso que a Fundação Lauro Campos vai comemorar o seu 90º aniversário com uma evento na sua sede – Alameda Barão de Limeira, 1400, Campos Elíseos, São Paulo (SP) -, para falar sobre a trajetória, o legado e o exemplo de Che. Tudo isso, com um convidado muito especial: José Luiz Del Roio.

José Luiz Del Roio, ex-Senador na Itália e dirigente, entre 60 e 80, da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Partido Comunista Brasileiro – PCB

Político e ativista social ítalo-brasileiro. Militante desde os 17 anos, tornou-se membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB) nos anos 1960 e, após o golpe de 1964, rompeu com o partido e fundou, junto com Carlos Marighella, a Ação Libertadora Nacional (ALN), assumindo a luta armada como forma de resistência à ditadura.

Del Roio se exilou no Peru, onde trabalhou durante o governo de Juan Velasco Alvarado, e depois no Chile, onde colaborou com a administração de Salvador Allende. Com o golpe do general Augusto Pinochet contra Allende, mudou-se para a Argélia.

Em 1975, foi a Moscou e retomou os contatos com o PCB e com Luís Carlos Prestes. Dois anos mais tarde, responsabilizou-se pela retirada de importantes documentos e acervos do PCB, incluindo as bibliotecas de Astrojildo Pereira, que continham jornais, livros e revistas das primeiras décadas do século XX do movimento operário brasileiro. O material foi recolhido e retirado do país, para ser abrigado na Fundação Giangiacomo Feltrinelli, em Milão. Del Roio construiu o Archivio Storico del Movimento Operario Brasiliano, incorporando o novo material produzido durante a resistência à ditadura.

Anistiado em 1979, retornou ao Brasil. Anos mais tarde, os documentos foram trazidos da Itália e, desde 1994, encontram-se abrigados sob custódia no Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (Cedem-Unesp).

Ainda na Itália, em 2006, por sua dupla cidadania, foi eleito senador pelo Partido da Refundação Comunista, tornou-se membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa em Estrasburgo e membro da União Europeia Ocidental em Paris. Além de sua intensa e contínua militância, escreveu vários livros, entre eles “Zarattini: a paixão revolucionária”, “A história de um dia: 1º de Maio” e “As capas desta história”, publicação do Instituto Vladimir Herzog, parte do projeto Resistir é preciso.

Fonte: http://memoriasdaditadura.org.br

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