Nota de Repúdio à perseguição de professores na UFABC

Nota de Repúdio a perseguição de
professores na UFABC

A Fundação Lauro Campos se solidariza com os companheiros Gilberto Maringoni, Valter Pomar e Giorgio Romano que, desde ontem (24/7), sofrem uma verdadeira tentativa de criminalização e perseguição pela corregedoria da Universidade Federal do ABC (UFABC) por meio da abertura de uma comissão de sindicância para investigar a participação deles no evento de lançamento do livro “A Verdade Vencerá”, da editora Boitempo, realizado na universidade no dia 18 de abril. O livro traz uma longa entrevista com o ex-presidente Lula, realizada por Ivana Jinkings, Juca Kfouri, Gilberto Maringoni e Maria Inês Nassif.

A universidade é o espaço onde temos mais possibilidade de desenvolver o pensamento crítico e de se criar o desenvolvimento autônomo do país. Sendo assim, é uma das instituições sem as quais não se poderá lançar bases históricas e materiais para a consolidação de um projeto soberano. E para isso, acreditamos que a universidade deve ser democrática e estar em estreito diálogo com os acontecimentos da conjuntura nacional e a necessidade de debate incessante.

A perseguição aos professores, por meio de uma denúncia anônima, por conta do lançamento do livro de Lula, só denota o crescimento dos mecanismos de intolerância como produto do desmoronamento das instituições democráticas.

Infelizmente, a tabua do direito que deveria ser o mecanismo de garantir a superação da brutalidade rumo a civilização humana apenas ter servido de instrumento de dominação e perseguição a capacidade da criação e critica que a consciência do ser humano e capaz de alcançar, devido ao rebaixamento do nível educacional do nosso país. Cabe a nós não retroceder.

Contra a perseguição dos professores na UFABC.
Por uma universidade democrática, livre e crítica.

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