1º MAIO Dia da trabalhadora e do trabalhador: fortalecendo os laços de classe

1º MAIO  Dia da trabalhadora
e do trabalhador: fortalecendo
os laços de classe

Francisvaldo Mendes de Souza
Presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco

Primeiro de maio! É nessa data que se comemora, em grande parte do mundo, o dia das pessoas que dependem da venda de sua força de trabalho para sobreviver. No Brasil, com o decreto 4859, de 24 de setembro de 1924, a data se tornou feriado nacional; assim como é e ocorre em vários outros países.

Esse é um movimento de acúmulo que possibilitou conquistas importantes da classe. Várias datas, vários locais, mas, principalmente, uma referência fundamental para que se viva melhor nesse mundo organizado pelo lucro e sustentado na exploração.

Sejam as ações iniciadas em Chicago, nos Estados Unidos, em 1884; seja com a resolução de 1889 da internacional socialista e as jornadas de lutas na França; seja com a adoção do feriado nacional em primeiro de maio, ocorrido em 1920, na extinta União Soviética; sejam as várias lutas e ações no mundo que movimentaram e unificaram as pessoas que vivem da venda de sua força de trabalho, esse dia marca conquistas.

Para os diversos países pelo mundo, a principal dessas conquistas foi a redução da jornada de trabalho para 8h diária. Sabe-se, que ainda em tempos atuais, vive-se vários focos de escravidão e as pessoas precisam ir além da jornada conquista de 8h para sobreviverem. No entanto, o mais importante é que com unidade, organização e lutas em escala mundial, pode-se afirmar que haverá avanços maiores: é possível conquistar vidas melhores.

A consciência de classe é a energia que deve nos pigmentar nesse dia, apostando em formação, organização e ações unificadas para garantir as conquistas do passado e assegurar novas no presente. Esse é o aspecto fundamental do primeiro de maio, enlaçar toda a classe em jornadas por mais direitos, mais democracia e vida plena, em todas as suas dimensões.

Trata-se mais do que conhecer o passado, daquilo que era e de como a situação está no presente. Trata-se de saber que não há nada natural na exploração e que as mudanças virão por nossas ações. Para as transformações em favor da vida estamos dedicados e nesse primeiro de maio faremos uma grande e unitária onda para avançar rumo ao socialismo.

O trabalho precisa ser conquistado como forma de organização entre as pessoas, buscando transformar a natureza para fortalecer materialmente e espiritualmente a vida. Mudanças profundas que vão além das disputas nas esferas superestruturais, onde se destaca o Estado. Trata-se, portanto, de transformar a economia que predomina.

Assim é nosso projeto socialista, com democracia, liberdade e que tem em cada pessoa que vive do seu trabalho o ponto de apoio. A construção coletiva em classe nos exige superar a ordem total das coisas e para isso investimos e com esse compromisso nos organizamos.

Então que venha o primeiro de maio e que todas as conquistas históricas da classe trabalhadora seja um portal pujante para novas conquistas. Que façamos desse dia uma marca indiscutível que as mudanças são possíveis e necessárias para um mundo sem explorados e exploradores. Nossa unidade é potente, internacional e profundamente repleta de condições para a conquista de uma vida melhor e mais humana, rumo ao socialismo, que enche nossas vidas e nossa práxis revolucionária.

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