Ainda está por vir

Ainda está por vir

Chegou o vento frio
o outono
invernado
Chegaram os estudantes
grito rouco
indignado
Chegou o professor
a alma
dilacerada
Chegou a vergonha
a boca
calada
Chegaram os cortes
profundos
profanos
Chegará a culpa
ferida
sangrando
Dos que acreditaram
por medo
engano
Será sempre tempo
de luta
acolhimento
Dos que se perderam
no ódio
no vento
Ainda há tempo
de ternura
perdão
De abraço forte
de dar
as mãos
O que dividiu
se revela
em vão
Será derrotado
pela beleza
da Educação
Chegará a poesia
pelo campo
pelas ruas
Chegará a verdade
forte
nua
Chegarão as cores
vermelha
amarela
Chegaremos juntos
de mãos dadas
com a primavera.
Autor: João Paulo Rillo

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