Projeto Rebeliões Populares da FLCMF lança a Revolta dos Malês em Salvador

Projeto Rebeliões Populares da FLCMF
lança a Revolta dos Malês em Salvador

Durante as primeiras décadas do século XIX várias rebeliões de escravizados explodiram na província da Bahia. Dentre elas esta a importante Revolta dos Malês, de maioria muçulmana, contra a escravidão e a imposição da religião católica, que ocorreu em Salvador, em janeiro de 1835. Nessa época, a cidade de Salvador tinha cerca de metade de sua população composta por negros escravizados ou libertos, das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais a islâmica, como os haussas e os nagôs. Foram eles que protagonizaram a rebelião, conhecida como dos “malê”, pois este termo designava os negros muçulmanos, que sabiam ler e escrever o árabe.

É sobre essa história que o livro “Malês 1835 – Negra Utopia”, de idealização da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, trata. Lançado no Rio de Janeiro, o livro tem a autoria do professor Fabio Nogueira, docente da UNEB e doutor pela USP. Para o presidente da FLCMF, Francisvaldo Mendes, o livro possui um significado muito importante para a conjuntura atual, assim como para relembrar as revoltas contra a escravização e em busca da liberdade. “Até pouco tempo atrás, a Revolta dos Malês nem nos livros de história estava. Ela era conhecida como parte das “Revoltas Provinciais” ou “Revoltas Regenciais”, assim como a Farroupilha, a Sabinada, a Balaiada e a Cabanagem. Porém, o resgate da história da Revolta dos Malês é ainda mais imprescindível para nosso momento atual, pois ela nos mostra como a luta pela liberdade, em todos os seus sentidos e significados, é possível e tem exemplos muito importantes na história do nosso país”.

A Fundação foi representada no lançamento pelo presidente do Conselho Curador Luiz Arnaldo que foi um dos idealizadores das coleções que a Fundação esta publicando, tais como, Coleção Rebeliões Populares, Educação Popular, Coleção APARTE etc. A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco tem cumprido um papel fundamentar em disseminar um debate coletivo, amplo e plural e constrói uma nova cultura de debate politico com todos os segmentos da sociedade e do partido.

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