AVANÇANDO PARA A VITÓRIA: O POVO GANHARÁ SÃO PAULO E O BRASIL

AVANÇANDO PARA A VITÓRIA: O POVO GANHARÁ SÃO PAULO E O BRASIL

Por Francisvaldo Mendes, presidente da FLCMF

É sim simbólico, estrutural e materialmente para as pessoas em São Paulo viverem melhor, ter Boulos e Erundina no segundo turno. Uma resposta que amplia os ventos positivos da América. Uma resposta que anima multidões a se organizarem e se sentirem sujeitos da vida. Uma resposta que altera com dignidade, potência e criatividade a correlação de forças no país. A resposta Boulos e Erundina impacta diretamente de forma favorável para a maioria das pessoas que vivem na cidade de São Paulo. Mas é fundamental que tenhamos profunda nitidez que o impacto é favorável na consciência e na vida da grande maioria das pessoas que vivem no Brasil. Essa multidão de explorados, oprimidos e dominados que são sujeitos e como tal precisamos coletivamente nos construir”. Essas palavras, apresentadas semana passada, em nossas contribuições de reflexões para a sociedade, a esquerda e, especificamente, as pessoas que constroem o PSOL, se mostraram possíveis. Vamos avançar para a vitória.

Não há dúvidas que a marca, o sentimento e o fluido de Boulos e Erundina no segundo turno de São Paulo reforça todos os ventos favoráveis que apareceram para a vida e para a democratização nos últimos tempos. Não há dúvidas, e o frio dos números não nos deixam errar, que houve crescimento político, eleitoral e de espaço no Estado. Não ocupamos o Estado para reforçar a prática de morte, dominação, controle e organização da exploração; papel que cumpre o Estado no capitalismo com todas as variáveis. Ocupamos para abrir fissuras, feridas fortes para o poder e aberturas para a vida que ampliem a disposição e o fôlego das pessoas para viverem como sujeitos nesse mundo.

Somente seguindo os números e as manchetes divulgadas é possível ter marcas de satisfação, alegrias e disposição. Afinal, o PSOL, nesse quadro que a necropolítica predomina, ampliou sua votação em aproximadamente 35% e isso é uma resposta assertiva, profunda e evidente que tem em São Paulo sua principal Marca. Não é a única. Temos Edmilson em Belém, que não apenas foi para o segundo turno, mas chegou na frente e trouxe toda a cultura acumulada coletivamente da CABANAGEM, como exemplo e impulso de fortalecimento.

Há exemplos e marcas simbólicas que permitem um ambiente para um grande abraço em todo o país e fazer da diversidade a grande unidade de convivência para a esquerda em favor da dignidade humana e da vida. E esse fluido pode, e muito, ser ampliado. Em alguns locais são evidentes essas marcas, afinal, para além de disputar a cidade de São Paulo, que é exemplo para capitalistas falarem de desenvolvimento, os ares de liberdade, democracia e dignidade humana disputarão Belém, Porto Alegre, Recife, e chega com ventos estimulantes em todo o país.

Mas agora é hora de fazer com que esse passo importante, simbolicamente e nos sentidos políticos, ganhem a vida também empiricamente. Eleger as prefeituras das capitais, onde há fôlego de disputar em favor a vida, faz com que os ventos ocupem com rajadas de energia todo o Brasil. Mais que isso, precisa haver transformações criativas das vitórias eleitorais em consciência, participação, articulação e disputa para ampliar formação, organização e atuação da maioria das pessoas. Justamente essa maioria, essa multidão que se levantou, precisa seguir com passos firmes e assertivos e cabeças erguidas para que a democratização do país, em todas as suas bases, dimensões e significados, nos tomem como um grande mar.

Nosso movimento aponta no caminho correto e agora, todas as vitórias, que envolvem o projeto político, são vitórias da maioria que vivem da venda de sua força de trabalho. Todas as vitórias criarão a grande gira pela transformação do país em favor da vida e da dignidade humana. Todas as vitórias serão tecidas, bordadas e costuradas em unidade. Não é hora para disputas egóicas. É sim a hora para uma grande disputa que leve a conquistas coletivas, profundas e com grande nível de participação popular e sentimento consciente de participação na grande maioria das pessoas.

É isso que as pessoas em São Paulo sentem quando Boulos e Erundina andam pela cidade, circulam em áreas digitais e aprecem nas artes populares espalhadas pelas ruas: sentem identidade, identificação e unidade para fazer viver. Esses sentimentos precisam ganhar o país em larga escala. Eleger todos que indicam melhores prefeituras tem como favorável o oxigênio que pulsa e vibra em São Paulo. Mas é necessário soprar, avançar, superar, coletivamente e com a mais profunda convivência solidária todas as marcas impostas pelo capitalismo contra a vida.

Eleger em todas as capitais que disputamos pelo Brasil é sim um carimbo fundamental de nossas potência e força. E quem disputa são as pessoas e não as siglas partidárias, essas são veias de transmissão para que o sangue circule com a maior liberdade e sem obstruções. Assim cada vitória precisa ter uma unidade coletiva. Vamos juntar a vitória eleitoral que teremos em São Paulo, com a vitória de Belém, com a vitória de Porto Alegre, com a vitória em Recife, com a vitória em todos os lugares que uma faísca puder se tornar uma grande chama pela dignidade humana. Vamos incendiar com energia positiva e contribuir para que a multidão, a grande maioria das pessoas, levantem a cabeça e sejam sujeitos de um novo país. É isso, vamos ganhar as eleições e coletivamente construir um projeto político coletivo, unificado e com a mais rica, plural e criativa inteligência em favor da humanidade. Vamos transformar a favor da vida!

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