Autor: Redação Lauro Campos

  • Pesquisa indica que imprensa brasileira reconhece ganho das Leis de Cotas

    Pesquisa indica que imprensa brasileira reconhece ganho das Leis de Cotas

    Estudo realizado pelo NEIAB (Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros) da Universidade Estadual de Maringá mostra que a grande mídia mudou seu posicionamento a respeito da Lei 12.711/2012 (Lei de Cotas) e que a reconhece como uma política antirracista, diferente de dez anos atrás, quando a Lei entrou em vigor.

    O relatório do NEIAB mostra que entre junho e novembro de 2021, 60,7% dos argumentos publicados sobre a Lei de Cotas são favoráveis à política, 26% são neutros e 10,3% contrários.

    “Nós temos a imprensa como um terreno de disputa, de luta por ideias. Devemos reconhecer a mídia jornalística, porque ela tem um impacto e é um dos lugares por onde as pessoas se informam sobre as questões sociais. A imprensa profissional continua tendo o seu papel fundamental nesse debate [sobre cotas]”, explicou supervisor do estudo e pesquisador da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as), Delton Aparecido Felipe, em entrevista para a Folha.

    Leia a matéria da folha na íntegra em:

  • Curso – Formação Política: A vida e a luta das mulheres na atualidade – Feminismos, direitos e poder!

    Curso – Formação Política: A vida e a luta das mulheres na atualidade – Feminismos, direitos e poder!

    Neste mês das mulheres lançaremos o curso de formação política “A vida e a luta das mulheres na atualidade: feminismos, direitos e poder!”

    Oferecido pela Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, apresentará, em 6 módulos, tópicos contemporâneos do debate de gênero conectados a partir de uma perspectiva histórica e política que aproxima as raízes do capitalismo nas economias coloniais à opressão sobre as mulheres brasileiras. Construir o entendimento de que um feminismo brasileiro deve partir da crítica sistêmica ao capitalismo e ao racismo, é condição fundamental para aprofundar as diversas perspectivas em debate na atualidade, como as dissidências de gênero, as novas características do mundo do trabalho, os paradigmas de masculinidade e tantas outras análises críticas em curso.

    ● Painel de abertura: 26/03/2022 – 16h
    ● Os módulos do curso serão disponibilizados na Plataforma de Formação logo após o painel de abertura.
    ● O curso terá certificado para os participantes que concluírem todos os módulos e atividades do curso.
    ● O curso terá 6 módulos com os seguintes temas:
    Módulo 1: História das lutas das mulheres e perspectivas teóricas dos feminismos
    Módulo 2: Trabalho e feminização da pobreza
    Módulo 3: Violências de gênero | Estado e família
    Módulo 4: Justiça reprodutiva
    Módulo 5: Democracia radical e representação política
    Módulo 6: Masculinidades

    Inscreva-se em: Plataforma de Cursos FLCMF

  • Direito ao Futuro- PSOL

    Direito ao Futuro- PSOL

    Nós temos direito ao futuro!

    O PSOL lançou nessa quarta-feira (16), em Brasília, a plataforma Direito ao Futuro, que organizará o processo de construção das propostas do PSOL para a unidade das esquerdas nas eleições 2022. Nosso objetivo é colocar no centro do processo eleitoral o debate sobre o programa para a reconstrução do Brasil.

    A plataforma é dividida em 5 eixos: economia, trabalho e renda; ampliação dos direitos sociais; Direitos Humanos e combate às opressões; meio ambiente, crise climática e transição energética; e democracia, instituições e relações internacionais.

    O processo é organizado em 3 fases. Na primeira, que se inicia hoje, você pode acessar a plataforma digital e fazer as suas propostas no eixo que escolher. Na segunda, faremos eventos temáticos em todas as regiões do país, ao mesmo tempo em que a plataforma estará recebendo avaliações em torno das propostas selecionadas. Na terceira e última fase, sistematizaremos as propostas finais para organizar o documento que será apresentado para as demais organizações da esquerda.

    👉 Acesse: https://programa.psol50.org.br/

  • Clique e confira os módulos já disponíveis

    Clique e confira os módulos já disponíveis

    Já estão disponíveis as aulas do Módulo 1 – Ecossocialismo, com Sabrina Fernandes, do Curso de Férias da FLCMF – Crise Ambiental e os Desafios da Esquerda Brasileira.

    Também está disponível na plataforma a gravação do Painel de Abertura, com Michel Lowi, Eduardo de Sá Barretoe e Karina Martins.

    Não deixe de assistir!

    Todos os dias um novo módulo do curso estará disponível na plataforma.

    Seguem algumas instruções básicas para acesso a plataforma e ao curso.

    1) Acesse o site da plataforma: Plataforma de Cursos FLCMF;

    2) Faça login na sua área de usuário, clicando em ‘Entrar’ no menu superior. Você precisará do email e senha que cadastrou no momento da inscrição, caso tenha esquecido a senha clique em ‘Esqueci a Senha’ na tela de login;

    3) Ao acessar sua área de cursos, você verá o Curso de Férias “A crise ambiental e os desafios da esquerda brasileira”, basta clicar no curso para entrar;

    4) Quando estiver na área do curso clique no botão ‘Começar o Curso’, você será levado a uma tela onde será disponibilizada a transmissão do Painel de Abertura;

    5) Todos os dias vamos liberar um novo módulo, quando você acessar a plataforma elas vão aparecer logo que você entrar no curso, seguindo os passos acima;

    Qualquer dúvida ou necessidade de suporte utilize os canais disponíveis na Plataforma.

    Contamos com sua participação!

    Fundação Lauro Campos Marielle Franco.

  • Confira a programação e se inscreva

    Confira a programação e se inscreva

    CURSO DE FÉRIAS: A CRISE AMBIENTAL E OS DESAFIOS DA ESQUERDA BRASILEIRA

    Fundação Lauro Campos e Marielle Franco convida todos e todas para o Curso de Férias/2022, voltado à militância do PSOL e dos movimentos sociais.

    O curso acontecerá no período de 29 de janeiro a 5 de fevereiro, em plataforma virtual, abordando a questão ambiental sob diversos aspectos, contando com a participação de pesquisadores, militantes e ativistas e tendo como objetivo apresentar elementos que ajudem os militantes a compreenderem e se envolverem nas lutas e desafios que se apresentam para o conjunto da esquerda brasileira.

    A abertura do curso será em formato LIVE (ao vivo) aos inscritos do curso, sendo que os módulos serão postados/abertos (um por dia) dentro da plataforma.

    📝 Programação e participações já confirmadas:

    29/01/2022 – 15h – Painel de abertura:
    Michael Lowy (Diretor Emérito de pesquisa do Centre National de la Recherche Scientifique) Eduardo de Sá Barreto (UFF)

    30/01/22 – Módulo 1 – Ecossocialismo – Sabrina Fernandes (Socióloga)

    31/01/22 – Módulo 2 – Transição Energética – Alexandre Costa (UECE, colaborador do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas)

    01/02/22 – Módulo 3 – Amazônia e os desafios da humanidade – Adolfo da Costa Oliveira Neto ( Professor FGC/UFPA, )

    02/02/22 – Módulo 4 – Povos Originários e a questão ambiental – Célia Xakriabá (Articulação Nacional das Mulheres Indígenas, )

    03/02/22 – Módulo 5 – Racismo Ambiental – Cristiane Faustino (Instituto Terramar, Rede Brasileira de Justiça Ambiental – RBJA)

    04/02/22 – Módulo 6 – Soberania e segurança alimentar e nutricional – Anelise Rizzolo (Professora Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília)

    Inscrições: plataforma.laurocampos.org.br

  • APONTAMENTOS SOBRE A ÚLTIMA PESQUISA ELEITORAL E A AVALIAÇÃO DO GOVERNO, NOS TRÊS ANOS

    APONTAMENTOS SOBRE A ÚLTIMA PESQUISA ELEITORAL E A AVALIAÇÃO DO GOVERNO, NOS TRÊS ANOS

    APONTAMENTOS SOBRE A ÚLTIMA PESQUISA ELEITORAL E A AVALIAÇÃO DO GOVERNO, NOS TRÊS ANOS

    Andrea Caldas, Militante do Fortalecer o PSOL, Professora e pesquisadora de Políticas Educacionais – UFPR

    Em novembro do ano passado, publiquei um artigo na Revista Socialismo e Liberdade da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, com a avaliação do governo Bolsonaro até 2020 e as possibilidades de cenários que se desenhavam.

    A última pesquisa divulgada, recentemente, sobre o cenário eleitoral e a aprovação do governo permite atualizar aquela análise, a partir dos dados abaixo destacados.

    PESQUISA ELEITORAL 

    No levantamento realizado de forma espontânea, 49% dos entrevistados afirmam estarem indecisos, 6 pontos percentuais a menos do que o índice registrado na última pesquisa, feita em outubro.

    Lula aparece com 29% das intenções de voto, 7 pontos percentuais a mais do que alcançado no levantamento anterior. Em seguida, aparece Jair Bolsonaro com 16%, queda de 1 ponto percentual em relação à pesquisa passada.
    Entre outubro e novembro, a preferência do eleitor em Lula passou de 42% para 46%. Já a torcida para que Bolsonaro vença, baixou de 23% para 22% no mesmo período. O percentual de eleitores que não votariam nem em Lula nem em Bolsonaro, por sua vez, encolheu de 29% para 25% na mesma base de comparação.

    Brancos, nulos ou eleitores que não pretendem votar, somam 4%, o mesmo resultado de outubro; 2% disseram que devem escolher outros candidatos, 1 ponto percentual a mais em relação à pesquisa anterior, e 1% declarou que votaria em Ciro Gomes, mesmo resultado observado em outubro. (Pesquisa Genial/Qaest- entre 3 e 6 de novembro)

    Se olharmos para os números das eleições de 2018, veremos que o percentual de votos brancos e nulos foi mais elevado do que perspectivado na pesquisa acima citada, o que parece demonstrar uma polarização mais acentuada, nos dias de hoje.
    O resultado projetado de Lula já é maior – um ano antes da eleição- do que o conquistado por Haddad em 2018.
    Resultado das eleições de 2018:

    Bolsonaro; 55, 13%
    Haddad: 44,87%
    Brancos e nulos: 9,57%

    Analisando os resultados do primeiro turno de 2018, bem como as projeções da pesquisa atual, veremos que a tão propalada saída ao centro ou terceira via sempre foi uma lenda. Nem em 2018, os candidatos(as) de fora da “polarização” se destacavam, nem hoje parecem decolar. Resultados do primeiro turno em 2018:

    Bolsonaro: 46%
    Haddad: 29, 28%
    Ciro: 12,47%
    Alckmin: 4,76%
    Amoedo: 2.50%
    Daciolo: 1.26%
    Meirelles:1,20%
    Marina Silva: 1%
    Alvaro Dias: 0,80%
    Boulos: 0,58%
    Vera: 0,05%
    Eymael: 0.04%
    Joao Goulart Filho: 0,03%
    Brancos e nulos: 8,79%

    Projeções para 2020

    A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 48% das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022, contra 21% do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Neste cenário, eles são seguidos pelo ex-ministro Sergio Moro – que se filiou ao Podemos nesta quinta –, com 8%; pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 6%; pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), com 2%; e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com 1%. Felipe d’Avila (Novo) não pontuou. Os votos brancos e nulos somaram 10%, e 4% dos eleitores se declararam indecisos. (CNN/Brasil)

    É óbvio que estamos falando de uma projeção com um ano de anterioridade e que o número de indecisos, no levantamento espontâneo, é expressivo. Mas, as tendências de consolidação de Lula na liderança, de derretimento de Bolsonaro e das dificuldades (para ser generosa) da tal da terceira via colar não podem ser desconsideradas.

    SOBRE A APROVAÇÃO DO (DES)GOVERNO

    Segundo os dados da pesquisa Genial/Qaest, ‘a aprovação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) atingiu o pior momento no ano. De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados acham que Bolsonaro não merece mais quatro anos de governo, em sintonia com a piora das perspectivas em relação à economia, uma vez que para 73% dos entrevistados houve piora na situação econômica.’

    “O levantamento constatou que Bolsonaro vem perdendo popularidade inclusive entre quem votou nele em 2018. Até agosto, 52% de seus eleitores avaliavam o atual governo como positivo, contra 15% que consideravam negativo. Agora, esses índices são 39% e 28%, respectivamente. Na primeira edição da sondagem, em julho, os percentuais de eleitores que consideraram o governo Bolsonaro negativo era de 45% e positivo, 26%. Como o avanço da vacinação, a pandemia deixou de ser o principal problema do país desde setembro, conforme os dados da pesquisa. Enquanto isso, a economia disparou com o maior percentual de respostas sobre a maior preocupação dos brasileiros, chegando a 48%, em novembro, no agregado. Entre os principais problemas econômicos, o crescimento econômico, o desemprego e a inflação foram os mais lembrados. Já o maior problema social do país para os entrevistados foram a fome e a miséria.”

    Bolsonaro lidera a lista dos candidatos com maior rejeição entre os eleitores que afirmam que não votariam (67%). Na sequência, Sergio Moro (61%), João Dória (58%), Ciro Gomes (58%) e Lula (39%), Rodrigo Pacheco (36%), Eduardo Leite (29%) e Felipe DÁvila (20%). (Rosana Hessel, Correio Brasiliense)

    Do artigo GOVERNO BOLSONARO: CONFLITOS, CONTRADIÇÕES E PERSISTÊNCIAS ressalto:

    Avaliação do governo até 2020: Nestes quase dois anos de governo, Bolsonaro havia mantido um platô de aprovação em torno de 30% , empatado com a rejeição e a abstenção, com algumas eventuais oscilações, conforme podemos observar nos dados abaixo:

    Jul/19 Dez/19 Abr/20 Mai/20 Jun/20 Ago/20
    OT/B 33% 30% 33% 33% 32% 37%
    R/P 33% 36% 38% 43% 44% 34%
    Reg. 31% 32% 26% 22% 23% 27%

     

    Percebe-se que mesmo quando atingiu seu maior índice de aprovação, em agosto de 2020, o número ainda era substancialmente inferior aos últimos presidentes. Lula chegou a ter 83% de aprovação; Dilma, 56% e Fernando Henrique Cardoso; 47%. (Dados do DataFolha).

    A oscilação positiva, à época, coincidia com a implantação do auxílio emergencial – proposta da oposição, capitalizada pelo governo. Por outro lado, já havia a hipótese de que uma vez reduzido o benefício, para se ajustar à ortodoxia econômica de Paulo Guedes, esta aprovação sazonal derreteria, como de fato ocorreu.

    Ao final do texto, eu concluía (concluo)

    Há movimento, há espaço de ação e atuação, mas, há também decepção, apatia, miserabilidade e medo. O grande desafio do campo da esquerda é – como sempre- entender a realidade, conectar-se com o sentimento e a percepção das pessoas, e especialmente, disputar a crença na possibilidade de um outro mundo e uma outra realidade inclusiva, justa, igualitária e democrática.

    Não acredito que haja uma única agenda, nem mesmo uma pauta exclusiva. Se são complexos e diversos os grupos que compõem nossa ampliada classe trabalhadora ou “a classe dos que vivem do trabalho”, complexas e combinadas devem ser nossas respostas. Sigamos com coragem e tenacidade!

  • O custo Bolsonaro: um panorama socioeconômico da crise

    O custo Bolsonaro: um panorama socioeconômico da crise

    O custo Bolsonaro: um panorama socioeconômico da crise

    Retrato estatístico da crise humanitária que a população brasileira vive em termos de fome; queda na renda; inflação e desemprego

    Por Liderança da Bancada do PSOL
    Texto originalmente publicado por Psol na Câmara

    A pandemia veio agudizar as mazelas das políticas econômicas neoliberais impostas ao conjunto da sociedade desde 2015 e que ganharam contornos dramáticos após o golpe de 2016 e a eleição de Bolsonaro. Desta forma, a pandemia se abateu no Brasil em um momento de profunda vulnerabilidade socioeconômica que conjugava altas taxas de desemprego e precarização no mundo do trabalho; baixo grau de proteção social e subfinanciamento de serviços essenciais como a saúde pública

    Leia aqui o artigo na íntegra

  • Um passo importante na construção da consciência de classe! – Por Francisvaldo Mendes

    Um passo importante na construção da consciência de classe! – Por Francisvaldo Mendes

    Um passo importante na construção da consciência de classe!

    Por Francisvaldo Mendes
    Presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco

    Chegamos ao final de nosso mandato a frente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco com o dever cumprido dos objetivos traçados no inicio da gestão de investir na formação politica e na construção da fundação de forma democrática de atuação, com respeito a pluralidade de concepções existente no PSOL, contemplando as diversas correntes políticas internas, sem deixar de acolher as visões para além do partido, sem descambar para o vale tudo do pensamento acadêmico, sempre com um corte ideológico de esquerda e classista na defesa do aprofundamento dos debates políticos dos militantes do PSOL, dos movimentos sociais e de militantes da esquerda em geral.

    Sabemos que muito há o que fazer para avançar rumo à construção da própria consciência de classe, que é sempre uma tarefa mais árdua, mas que não pode ser esquecida. Nós, socialistas, temos consciência que para avançar na superação do capitalismo precisamos investir em formação coletiva, organização e muita ação solidária e colaborativa para um projeto em favor da vida e de transformação social.

    Porém, cumprimos o objetivo principal de apresentar uma gestão com teor político diante da conjuntura que tenteou responder com fidelidade o período em que vivemos, para além do doloroso impacto da exploração que o capitalismo nos impõe – ainda vivemos as mais duras consequências do pior governo existente no Brasil – e nos estimulou a enfrentar esses tempos nebulosos, com investimentos em formação, diálogos, cursos, seminários, organização e luta, combinando as inteligências singulares na ação coletiva em favor de todas as pessoas que vendem a força de trabalho para viver.

    Entendemos que a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco e o PSOL são espaços coletivos de toda diversidade interna do PSOL, que colaboram com o crescimento da consciência, das ações e da inteligência coletiva de toda a nossa classe. A construção da unidade exige investimentos qualificados em democracia e participação coletiva, que sempre foi a prática desta gestão. Portanto, as contribuições foi para além de pensar na unidade das lutas muito necessárias para a esquerda avançar em defesa da vida, também abordam os vários elementos centrais a fim de ampliar e fortalecer o PSOL.

    A conclusão do nosso mandato representou o avanço em favor da classe que vive da venda da força de trabalho e do avanço de todos os aspectos da democracia e da liberdade pois somos herdeiros e sujeitos de uma luta histórica em favor da vida, da dignidade humana, da democracia e da liberdade. Nossa bandeira e o projeto que nos organiza, com toda nossa diversidade e inteligência, é o socialismo.

    Dessa forma, se encerra uma gestão mas seguiremos cada vez mais fortes e ativos para construir um país em que o respeito, a vida, a dignidade e o trabalho tenham fundamentos de inspiração e potência através da militância socialista que seguirá construindo o SOCIALISMO E LIBERDADE no Brasil e no Mundo.

    Um abraço.

  • Sobre a Petrobras

    Sobre a Petrobras

    Sobre a Petrobras

    Por Eduardo Costa Pinto*

    A política de preços da Petrobras (Política de Paridade de Importação) permite a empresa exercer o seu poder de mercado por meio da prática de preços monopolistas nas refinarias, buscando maximizar os lucros (margens de lucro e rentabilidade sobre o patrimônio líquido) para os seus acionistas, em detrimento dos consumidores que passaram a pagar mais caro pelos derivados.

    Com a adoção do PPI, a Petrobras deixou de funcionar como um instrumento da política energética do Estado brasileiro – que deveria ter como objetivos garantir, ao mesmo tempo, a segurança de abastecimento, o crescimento econômico e o acesso energético aos mais vulneráveis – para se tornar uma empresa que está estritamente voltada para a sua acumulação interna de capital.

    Para isso tem maximizado os seus lucros, com a precificação de derivados vendidos no mercado interno, atrelando-a ao dólar e ao preço internacional de petróleo e derivados, sendo que apenas cerca de 1/3 de seus custos de produção de petróleo e refino possuem uma aderência ao câmbio e os preços internacionais.

    Isso tem proporcionado à Petrobras, desde 2020, margens de lucro (lucro líquido sobre receitas de vendas); retorno sobre o patrimônio líquido (ROE); e geração de caixa operacional sobre a receita de vendas líquida, no mínimo, três vezes superior à média das maiores petroleiras internacionais. No 3T2021 (acumulado de 12 meses), a Petrobras apresentou uma margem líquida, um ROE e uma geração de caixa operacional sobre a receitas de vendas, respectivamente, de 34%, de 36,2% e de 48%; ao passo que a média das grandes petroleiras no mesmo período foi de 4,6%, 7,2%, e de 16%. A Petrobras está obtendo superlucros, muito acima do setor, sobretudo às custas dos consumidores brasileiros.

    Os dados abaixo evidenciam o exercício do poder de mercado da Petrobras (com o PPI) que está auferindo maiores lucros e geração de caixa operacional, no cotejo com as maiores petroleiras, que são utilizados para realizar antecipações de pagamento de dívidas (cerca de R$ 100 bilhões; mesmo quando a relação Dívida líquida/EBITDA no acumulado 12 meses da Petrobras já estava abaixo da média das médias das petroleiras estrangeiras desde o 1T2021) e remunerações extraordinárias para os seus acionistas (R$ 63 bilhões em 2021).

    E tem analista de mercado dizendo que a Petrobras não tem caixa para bancar um subsídio significativo. Piada se não fosse trágico, com tanta gente sem dinheiro para conseguir comprar um botijão de gás, que já representa cerca de 10% do salário-mínimo.

    *Eduardo Costa Pinto é professor do IE/UFRJ e pesquisador do INEEP.