Autor: Redação Lauro Campos

  • O que está em jogo na Venezuela?

    O que está em jogo na Venezuela?

    O que está em jogo na Venezuela?

    Veja no vídeo da Coleção APARTE da Fundação Lauro Campos, apresentado jornalista da TeleSur, Michele de Mello, conta o que exatamente está em jogo na Venezuela.

    Convidado: MICHELE DE MELLO Tema: AMÉRICA LATINA Assunto do vídeo: O QUE ESTÁ EM JOGO NA VENEZUELA?

  • Observatório da Democracia publica relatório sobre os 100 dias do governo Bolsonaro

    Observatório da Democracia publica relatório sobre os 100 dias do governo Bolsonaro

    Observatório da Democracia publica
    relatório sobre os 100 dias do governo Bolsonaro

    Os primeiros 100 dias do governo Jair Bolsonaro foram desastrosos em diferentes setores, da área de meio ambiente à política externa e no campo dos direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Os inúmeros retrocessos constam de relatório divulgado ontem, 10, pelo Observatório da Democracia durante ato na Câmara dos Deputados sobre os “100 dias de desconstrução do Brasil”.

    Confira o relatório completo 

    O ato contou com a participação de parlamentares dos partidos, de presidentes das fundações e de representantes de movimentos sociais e de entidades parceiras como universidades, coletivos, organizações sindicais e de classe.

    Francisvaldo Mendes, da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), afirmou que o atual governo não tem projeto de nação e de País, e esmera-se na prática de espalhar a confusão para beneficiar o capital financeiro.  Ele alertou que Bolsonaro, ao atacar os direitos dos trabalhadores e seu direito de organização, com o enfraquecimento das entidades sindicais, sinaliza para um ataque a toda a sociedade.

    O deputado federal do PSOL pelo Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, comentou o importante papel do Observatório da Democracia contra o fascismo. “O Observatório da Democracia tem um papel decisivo para que a gente possa organizar um campo progressista na luta contra os inúmeros retrocessos nas áreas da saúde, da educação e a da previdência. A pauta da previdência é decisiva, porque essa reforma amplia a desigualdade”, conclui.

    Já Glauber Braga, também deputado federal pelo Rio de Janeiro, salienta que o Observatório da Democracia “é um instrumento importantíssimo ode se consegue garantir amplitude num momento de restrições agudas aos direitos do povo brasileiro. Se a gente imaginar que pode enfrentar isso sozinho, a gente vai estar cometendo um gravíssimo erro. Mas se a gente conseguir fazer junto com os partidos políticos, movimentos sociais, com aqueles que tem o comprometimento com o regime democrático, a gente consegue barrar esse conjunto de medidas que são um retrocesso para o povo brasileiro”.

    O presidente da Fundação Perseu Abramo (PT), Márcio Pochmann, destacou a importância do trabalho conjunto dos sete partidos, que monitoram as ações do governo a fim de subsidiar a ação no Parlamento e também de diferentes movimentos sociais. “É importante o acompanhamento crítico do que tem sido feito para balizar a ação contra os retrocessos”, disse.

    Renato Rabelo, da Fundação Maurício Grabois (PCdoB), advertiu que a questão central do Brasil, hoje, é a preservação da democracia, ameaçada por Bolsonaro e seus apoiadores ligados aos grandes interesses do capital nacional e estrangeiro. Afora isso, disse que o bolsonarismo é, de fato, um fenômeno que se constitui em “distopia, que faz girar a roda da história para trás, com uma política de destruição de direitos e de conquistas civilizatórias”. Ele destacou a importância da unidade da oposição para garantir a democracia e a soberania do País.

    Para Alexandre Navarro, da Fundação João Mangabeira (PSB), é preciso denunciar ao mundo as ações contra o meio ambiente, povos indígenas e quilombolas que vêm sendo implementadas pelo atual governo. Ele lembrou, por exemplo, que o Serviço Florestal Brasileiro foi desativado e alertou que se forem implementadas ações programadas por Bolsonaro, a Amazônia poderá se transformar em deserto e o Nordeste poderá ficar sem água.

    Leo Bijos, da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT) e Felipe Espírito Santo, presidente da Fundação da Ordem Social (PROS) observaram que o atual governo em apenas 100 dias já não conta mais com a euforia inicial que a população projeta em um presidente que acabou de assumir o mandato e apontaram o caráter entreguista e antinacional de Bolsonaro.

    O representante da Fundação Cláudio Campos (PPL), Marcos Vinicius, denunciou que Bolsonaro decretou um total desprezo institucional à Cultura, replicando prática de governantes fascistas que já foram varridos para a lata de lixo da história.

    No site do Observatório da Democracia estão publicados os relatórios das fundações sobre temas como soberania, gestão de política econômica, previdência, direitos humanos e democracia. Conheça o site: www.observatoriodademocracia.org.br

    O que é o Observatório? O Observatório é integrado pelas sete fundações partidárias ligadas ao PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL, Pros e PPL.  Os dirigentes das fundações apresentaram um relatório conjunto, com análises e dados que evidenciam as ameaças aos direitos e revelam o desmonte da estrutura do Estado brasileiro resultante dos primeiros meses do atual governo.

  • FLCMF e PUC-SP promovem curso de Introdução à Economia

    FLCMF e PUC-SP promovem curso de Introdução à Economia

    FLCMF e PUC-SP promovem
    curso de Introdução à Economia

    Fundação Lauro Campos e Marielle Franco e o Grupo de Pesquisa Políticas para o Desenvolvimento Humano (PDH) – certificado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e integrante do curso de Programa de Estudos de Pós-Graduados em Economia Política da PUC/SP realizam o curso “Introdução à Economia”.

    Faça AQUI sua inscrição!

    O curso terá a participação dos professores Rosa Maria Marques, Marcelo Álvares de Lima Depieri, Bruno José Daniel Filho, Adalberto Oliveira, André Paiva Ramos e Camila de Caso. O curso ocorrerá num total de cinco encontros nos dias 4 e 18 de maio e 1º, 15 e 29 de junho, na PUC/SP – Rua Monte Alegre, 984, Perdizes – São Paulo – SP – numa carga total de 20h aula com certificação pela FLCMF e PDH.

    O curso é aberto ao público e tem o limite de 40 vagas. O objetivo é fornecer os instrumentais básicos para o acompanhamento crítico dos debates de economia nos diversos meios de comunicação e mídias sociais e das políticas econômicas propostas e implantadas pelo governo, além de prover conhecimento básico sobre os mercados de terra, da moeda e do trabalho no Brasil.

    As aulas serão expositivas e dialogadas, com a utilização de textos, reportagens de jornais e revistas como exercícios de fixação dos conteúdos. O PDH em parceria com a FLCMF emitirá certificado de participação para os alunos que se fizerem presentes em 75% das atividades.

  • Observatório da Democracia: ato 100 dias de desconstrução do Brasil será na Câmara

    Observatório da Democracia: ato 100 dias de desconstrução do Brasil será na Câmara

    Observatório da Democracia:
    ato 100 dias de desconstrução
    do Brasil será na Câmara

    O Observatório da Democracia fará o ato “100 dias de desconstrução do Brasil” sobre os 100 dias governo Bolsonaro, em Brasília, no dia 10/04. As sete fundações integrantes do Observatório apresentarão um relatório conjunto, com análises e dados que evidenciam as ameaças aos direitos e o desmonte da estrutura do Estado brasileiro resultantes dos primeiros meses deste governo.

    As Fundações integrantes do Observatório são: João Mangabeira (PSB), Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), Claudio Campos (PPL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Mauricio Grabois (PCdoB), Ordem Social (PROS) e Perseu Abramo (PT).

    Os partidos e as entidades parceiras (representando universidades, coletivos, organizações sindicais e de classe) também participarão deste ato.

    O ato será no plenário 6 da Câmara dos Deputados a partir das 17h e será transmitido pelas redes sociais das Fundações (facebook e youtube). Para quem for à Câmara, poderá acompanhar o ato também nos plenários 7 e 8, pelos telões onde será retransmitido.

  • Novo ministro da Educação mantém o mesmo discurso de Vélez

    Novo ministro da Educação mantém o mesmo discurso de Vélez

    Novo ministro da Educação
    mantém o mesmo discurso de Vélez

    Abraham Weintraub defende as tolices advindas de Olavo de Carvalho, como a ideia de que existiria um “marxismo cultural” que se apossou do país

    Por Juca Gil, professor de políticas educacionais
    da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Anunciada a substituição de Ricardo Vélez Rodríguez por Abraham Weintraub para liderar o Ministério da Educação (MEC), Bolsonaro não explicou os motivos nem fez um balanço do que já ocorreu em seu mandato. E até agradeceu a Vélez, sem especificar quais foram os serviços prestados dignos de agradecimento.

    Será porque permaneceu menos de 100 dias? Ou por fingir administrar um ministério marcado pela ausência de propostas relevantes? Ou porque sua pasta é um caos formado por desentendimentos e polêmicas? Ou pelas bravatas moralistas e reacionárias?

    Como nada substantivo vem do Planalto, ensaiamos respostas. Dado o que foi divulgado sobre o novo ministro, podemos dizer que Bolsonaro enxerga ali um espaço reservado para sua seita, a bancada da intolerância. Weintraub defende as tolices advindas de Olavo de Carvalho, como a ideia de que existiria um “marxismo cultural” que se apossou do país. Ou seja, o discurso de Vélez permanece.

    É notável que ambos ministros apresentem currículos alheios ao campo educacional. São tidos como “técnicos”, mas não têm experiência alguma com a gestão da educação. Ou dar aulas de filosofia e economia traz expertise em Enem, em livros didáticos, em currículos ou em alfabetização? São ignorantes em educação pública.

    O atual governo brasileiro não possui propostas para a área. Daí que perde o foco e se atraca em hino, censura ao Enem, negação de golpe e ditadura. A esperança é que não precisamos de novas propostas, pois o parlamento aprovou um Plano Nacional de Educação (PNE). Cumpri-lo já seria uma enorme contribuição. Ampliaríamos vagas em creches e universidades públicas, valorizaríamos professores, teríamos mais jovens frequentando escolas de qualidade.

    Weintraub é um homem do mercado financeiro. Defenderá mais verbas para a educação pública? Ou veio para garantir o lucro das empresas de ensino? Precisamos de educadores no MEC. E menos militares ou economistas loteando cargos com olavistas. A educação não pode seguir refém de pessoas despreparadas.

  • A viagem do presidente, com muita propaganda e pouco resultado!

    A viagem do presidente, com muita propaganda e pouco resultado!

    A viagem do presidente, com
    muita propaganda e pouco resultado!

    Francisvaldo Mendes
    Presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco

    O presidente eleito viajou para Israel no dia 31 de março. Na imprensa muita propaganda e pouco questionamento sobre uma solução para o desemprego que assola os brasileiros. Um presidente de um país pode e deve viajar para discutir políticas com outros presidentes de outros países. Isso não está em questão. Mas o que essa viagem trará de concreto?

    O que está em questão é a propaganda massificada de mais uma viagem que não tem conclusões objetivas. Muito menos conclusões que contribuam para a população brasileira melhorar suas vidas. E vale lembrar que a imensa maioria da população brasileira vive da venda da sua força de trabalho e depende disso para sobreviver e de salários, com direitos, para uma vida melhor. Mas isso não está na “agenda’ do atual presidente, infelizmente.

    Mas está em sua agenda aparecer em redes sociais, dando publicidade a sua própria imagem e, pior, nessa viagem, com uma arma em mãos. Levando-se em consideração que há um conflito armado árabe-israelense, com uma guerra que alterna condições e se mantém, desde o fim da década de 40 do século passado. Isso é um recado, no mínimo, questionável.

    Parece que o presidente esquece ainda que, em seu próprio país, há aumento do número de jovens, pobres, negros que morrem todos os dias por arma de fogo. Ou esquece ou não se importa, o que é mais provável. Mas a propaganda deixa evidencias ainda piores, pois, afirma, como presidente, que o problema não são as armas, mas sim os indivíduos. Transforma em um contexto individual aquilo que é social, histórico e deve ser tratado como um grave problema pelas instituições.

    Na sua postagem em redes sociais, o presidente afirma que “o que torna uma arma nociva dependente 100% de quem a possui”. Ou seja, não precisa regulações, legislações, limites de uso de armas entre as pessoas, pois, são as pessoas que as usarão para o bem ou para o mal! Um presidente afirmar isso é gravíssimo, pois, a própria agenda liberal, mesmo com todo viés autoritário, ancorado em tirania, sustenta-se em leis e constituições. E sempre vai aparecer que o direito à vida é fundamental, mas para que assim seja, não se pode chegar a esse ponto de individualismo, que chega a ser imbecilizado.

    Não temos um mundo de indivíduos, que ao decidir e comandar a sua própria vida decidem por elas. Essa ideologia liberal, ainda que tenha grande presença na vida das pessoas, é uma falácia por completo. As armas existem por conta de uma indústria que produz lucros absurdos com as guerras, as mortes, as chacinas e assassinatos em massa. Há regulações, e essas são do mercado para saber quem pode ter, e como se pode ter uma arma e como o Estado opera frente a isso, como regulador do próprio mercado ou como órgão que pode, ao menos, garantir que as pessoas não sejam assassinadas.

    Um presidente não pode “lavar as mãos” e deixar para as pessoas decidirem sobre esse a segurança das pessoas e da sociedade, não por acaso nem se manifestou sobre o massacre na escola de Suzano em SP. Muito pelo contrário, precisa intervir a favor da vida das pessoas. Um governo sério não deve fazer propaganda própria de sua imagem apostando e incentivando o uso de armas regido pelo senso individual de cada pessoa.

    Devemos cobrar que em cada viagem em conversa com outros presidentes venham soluções para melhorar a vida das pessoas de seu próprio país. Mas nesse caso é mais que isso, a cobrança precisa ser que as viagens apresentem soluções em favor da vida, quando claramente elas aparecem contra nossas vidas e principalmente contra a vida da população pobre desse país. Pior que a mensagem enviada a população, em uma viagem para um território tão importante que envolve Palestina e Israel, são propagandas e divulgação de uma ideologia favorável à guerra e ao confronto armado. Assim sendo, cabe sim, todas as pessoas se posicionarem e dizer que futuro esperar de um presidente com esse nível de consciência e comportamento.

  • FLCMF lança 24ª edição da revista  Socialismo e Liberdade em Natal (RN)

    FLCMF lança 24ª edição da revista Socialismo e Liberdade em Natal (RN)

    FLCMF lança 24ª edição da revista
    Socialismo e Liberdade em Natal (RN)

    A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco realizou, ontem, o lançamento da 24ª edição da revista Socialismo e Liberdade em Natal (RN). Com a presença de militantes do PSOL e lideranças do estado, o presidente da FLCMF, Francisvaldo Mendes, comentou o processo de criação e destacou os principais pontos da edição que traz na capa um questionamento: “Quem mandou matar Marielle Franco?”.

    “Em 2019, a fundação dá mais um passo importante para ampliar as referências e a identidade de todo o partido com o projeto socialista. E a revista Socialismo e Liberdade é fundamental para que possamos alcançar esse objetivo. A 24ª edição traz análises e matérias centrais para a conjuntura atual. Temas como a guerra híbrida, reforma da previdência, feminicídio, a importância dos povos indígenas e da juventude são destaques da edição e, quem ler, terá a possibilidade de ampliar a sua visão e o seu entendimento sobre o momento que vivemos”, destacou Francisvaldo Mendes.

    Sônia Godeiro, médica, comentou a importância de ter espaços de formação como o que foi feito na capital potiguar. “A revista Socialismo e Liberdade será, inclusive, instrumento para formações aqui no Rio Grande do Norte. Pegaremos algumas matérias da revista e formaremos grupos de discussão sobre o que está sendo debatido”, conclui.

    Maritza Waleska Arruda, revisora da revista, salientou a importância em “utilizar os nossos próprios materiais para realizar formações para os nossos militantes” já que, dentro do PSOL, se produz muitas análises e textos de alta qualidade.

    Já Santino Arruda destacou a importância da participação da militância do PSOL em eventos dessa natureza. “A militância do PSOL é participativa e atuante. Ver a sala cheia nos dá ainda mais vontade em repetir eventos como esse e garantir espaços valorosos de formação como foi feito hoje”, salienta.

  • Divulgado relatório de março do Observatório da Democracia

    Divulgado relatório de março do Observatório da Democracia

    Divulgado relatório de março
    do Observatório da Democracia

    Este é o segundo relatório de monitoramento sobre os atos e medidas do governo Bolsonaro feito pelo Observatório da Democracia. As fundações João Mangabeira (PSB), Lauro Campos-Marielle Franco (PSOL), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), Mauricio Grabois (PCdoB), da Ordem Social (PROS) e Perseu Abramo (PT) acompanharam os fatos relevantes referentes ao governo neste mês de março nos temas selecionados por cada uma dentro das dimensões social, econômica, soberania, sociedade e trabalho.

    Os fatos destacados nos relatórios deste mês foram: a viagem de Jair Bolsonaro aos EUA para se encontrar com Donald Trump e os anúncios sobre acordo de uso da Base de Alcântara, a concessão de deixar o status de “país emergente” na OMC (Organização Mundial do Comércio) em troca do apoio do presidente norte-americano à candidatura do Brasil na OCDE.

    Sobre o tema do Mundo do Trabalho, a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco apresenta uma avaliação dos efeitos negativos sobre a organização dos trabalhadores com a edição da Medida Provisória 873, que dificultou a contribuição sindical.

    Em sua análise sobre soberania, a Fundação Alberto Pasqualini-Leonel Brizola destacou a aproximação do governo Bolsonaro com os grupos que querem intervir na Venezuela contra o governo de Nicolas Maduro e o controle que o PSL, partido do presidente Bolsonaro, está exercendo na Comissão permanente de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

    A Fundação João Mangabeira, no tema Ciência e Tecnologia, destaca a falta de informações sobre o acordo para o uso da base de Alcântara (MA) pelos norte-americanos para lançar foguetes, principalmente das contrapartidas para a região e para o Brasil. Outro ponto destacado foi o encolhimento da execução do orçamento de CT&I. Para se ter uma ideia, se compararmos a execução orçamentária do FNDC do período de janeiro e fevereiro de 2010, com o mesmo período de 2019, corrigidos os valores pela inflação, os investimentos deste ano correspondem a apenas 22,7% daqueles de 2010.

    Já sobre o tema educação, a FJM analisou a instabilidade política criada por exonerações e declarações precipitadas do ministro da Educação à imprensa e o impacto negativo que a proposta da reforma da Previdência provocará na aposentadoria dos professores, impondo idade mínima de 60 anos para todos e aumentando o tempo mínimo de contribuição das mulheres de 25 para 30 anos.

    A Fundação da Ordem Social acompanhou a relação entre os poderes Executivo e Legislativo nestes primeiros meses de governo Bolsonaro. Neste relatório, a fundação destaca a dificuldade que o presidente apresenta ao dialogar com a base no Congresso para negociar as pautas de interesse do Executivo. A atuação de Bolsonaro nas redes sociais, que tem causado crises e constrangimentos, também é ponto de análise.

    No acompanhamento do tema Gestão da Política Econômica, a Fundação Perseu Abramo evidencia a ausência de medidas econômicas efetivas e os anúncios que prejudicam setores produtivos brasileiros, como o favorecimento para a importação de trigo dos EUA, cujo governo, por outro lado, acena com um acordo comercial para comprar soja da China, causando mais perdas para o Brasil. Outro fato que mereceu análise é a entrega do projeto de lei sobre a reforma da previdência dos militares para a Câmara, com uma promessa de redução de gastos menor do que a estimada pelo Ministério da Economia.

    No tema Democracia, a Fundação Maurício Grabois trouxe uma análise da área de Comunicação e como as políticas do governo Bolsonaro apontam para um Estado de controle, de violação à liberdade de expressão e censura institucionalizada da imprensa , com ataques a jornalistas e as mudanças na Empresa Brasil de Comunicação, que acabam completamente com seu caráter de comunicação pública. O relatório destaca a ausência de políticas públicas voltadas para a área de comunicação. E também alerta para a tramitação no Congresso de projeto de lei que altera a proteção de dados pessoais.

    Leia os relatórios produzidos pelas fundações partidárias:

    Ciência & Tecnologia / Educação – Fundação João Mangabeira
    Mundo do Trabalho – Fundação Lauro Campos e Marielle Franco
    Soberania – Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini
    Democracia – Fundação Maurício Grabois
    Relação entre os poderes Executivo e Legislativo – Fundação da Ordem Social
    Gestão da Política Econômica – Fundação Perseu Abramo

  • OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [31/03]

    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [31/03]

    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
    DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS
    E MARIELLE FRANCO (31/03)

    Nesta edição do Clipping Semanal, trazemos como destaque os seguintes temas: manifestações em Gaza contra a opressão israelense no Dia da Terra; o imbróglio cada vez maior do Brexit; a presença de militares russos na Venezuela; a inabilitação de Juan Guaidó por 15 anos; a memória dos argentinos nas ruas para que nunca mais se repita a ditadura militar; o aumento da pobreza na Argentina como resultado das políticas liberais de Macri; o corte milionário na ajuda dos EUA aos países da América Central; o debate no Congresso norte-americano sobre o Obamacare; a carta de AMLO ao rei da Espanha e ao Vaticano pedindo reconhecimento pelas barbaridades cometidas durante a Conquista espanhola das Américas; as eleições na Turquia, Ucrânia, Eslováquia e Israel; os protestos multitudinários na Argélia contra o regime; o resultado controverso das eleições tailandesas; a negligência das autoridades moçambicanas na passagem devastadora do ciclone Idai; os motivos estruturais da desaceleração econômica da China.

    Na segunda parte deste trabalho, apontamos alguns artigos e entrevistas de intelectuais e organizações de esquerda sobre o Brexit, o Medicare for All e o Green New Deal nos EUA, as eleições regionais na Turquia, o impacto do reconhecimento de Trump sobre as Colinas de Golã, a continuidade dos protestos na Argélia e a importância simbólica da pressão de Lopez Obrador sobre a Espanha.

    Charles Rosa – Observatório Internacional 


    NOTÍCIAS E ARTIGOS DA IMPRENSA INTERNACIONAL

    Corte de ajuda dos EUA para a América Central

    BBC Mundo (30/03): “Trump ordena cortar toda a ajuda econômica dos EUA para Honduras, Guatemala e El Salvador” (em inglês)

    O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira que ordenou cortar toda a ajuda a Honduras, Guatemala e El Salvador como resposta à caravana de imigrantes desses países que avançam em direção aos Estados Unidos. Não é a primeira vez que o mandatário ameaça eliminar a ajuda para a América Central ou fechar a fronteira com o México como consequência da aproximação de um grupo grande de imigrantes nos EUA. No entanto, meios estadunidenses asseguram que desta vez o anúncio foi sério.

    Nova ‘cruzada’ da direita dos EUA contra o Obamacare

    The Economist (28/03): “Nova tentativa de Trump de desfazer o Obamacare” (em inglês)

    Nesta semana, quando o presidente Donald Trump comemorou o fim da investigação de Mueller, ele mergulhou em uma nova batalha da qual é improvável que surja triunfante. Em 25 de março, seu governo disse que o Affordable Care Act, mais conhecido como Obamacare, deveria ser permanentemente revogado. Esforços similares em 2017 – quando as maiorias republicanas no Congresso não conseguiram desfazer a lei de saúde de Barack Obama porque não conseguiram chegar a um acordo sobre o que a substituirá – provavelmente custaram ao partido sua maioria na Câmara dos Deputados nas eleições do ano passado e deram um grande impulso para os democratas. Outra tentativa frustrada de ir à revogação poderia apresentar outro objetivo político próprio, prejudicando as perspectivas republicanas nas eleições presidenciais de 2020.

    El País (29/03): “A crueldade do Partido Republicano“, por Paul Krugman (em espanhol)

    Na segunda-feira, o Governo de Trump adotou uma nova posição numa demanda judicial acerca da Lei de Atenção Sanitária (ACA, em inglês), e declarou num tribunal federal que agora apoia a eliminação total desta lei que permitiu aceder a um seguro de saúde muitos estadunidenses que de outro modo ficariam sem nada. Nós fazemos uma ideia bastante boa do que ocorrerá se esta demanda judicial prospera. Cerca de 20 milhões de estadunidenses perderiam sua cobertura sanitária.

    Crise venezuelana

    The Guardian (28/03): “A Rússia reconhece a presença de tropas na Venezuela” (em inglês)

    A Rússia tem tropas em solo venezuelano, funcionários de ambos os países confirmaram publicamente pela primeira vez, dizendo que o desdobramento foi fornecido para consultas militares e não estava ligado à “possibilidade de operações militares”.

    BBC Mundo (28/03): “Governo de Maduro inabilita Juan Guaidó do exercício de cargos públicos por 15 anos” (em espanhol)

    O controlador geral da Venezuela, Elvis Amoroso, anunciou nesta quinta-feira a inabilitação do líder opositor e presidente do Parlamento, Juan Guaidó, para o exercício de cargos públicos por 15 anos, o máximo permitido por lei. Amoroso disse que na declaração fiscal de Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como “presidente encarregado” do país, foram detectadas inconsistências e que seu nível de renda não era compatível com o nível de gastos.

    Luta pelo direito à Memória, Verdade e Justiça na Argentina

    Pagina 12 (26/03): “Por outro país” (em espanhol)

    A 43 anos do golpe, milhões marcharam em todo o país pela unidade e a memória. Os organismos de Direitos Humanos exortaram a colaborar com maior força na restituição dos netos e condenaram “o avassalamento que Macri gera todos os dias”.

    Aumento da pobreza na Argentina

    G1 (28/03): “Pobreza na Argentina aumenta e chega ao maior nível desde 2001” (em português)

    O índice que mede a pobreza na Argentina subiu para o patamar de 32% no segundo semestre de 2018, com 6,7% da população em estado de indigência, informou nesta quinta-feira (28) o estatal Instituto de Estatísticas. Ao todo, 8,9 milhões de pessoas nos 31 maiores centros urbanos se encontram abaixo da linha de pobreza, informou o estudo da entidade. A medição não inclui a pobreza em zonas rurais. Trata-se da cifra mais alta desde a crise econômica de 2001. No segundo semestre de 2017, a pobreza atingia 25,7% da população, e no primeiro semestre de 2018, 27,3%.

    Carta de Lopez-Obrador ao rei da Espanha

    France24 (27/03): “Segue em chamas o debate pela carta de Lopez Obrador exigindo perdão a Espanha” (em espanhol)

    Em sua carta, divulgada pela mídia mexicana, López Obrador se dirige ao rei da Espanha nesses termos: “México deseja que o Estado espanhol admita sua responsabilidade histórica por essas ofensas e ofereça as desculpas ou ressarcimentos políticos que convenham” pela Conquista, “acontecimento fundacional da atual nação mexicana, sim, mas tremendamente violento, doloroso e transgressor”.

    Dia da Terra na Palestina

    Al Jazeera (30/03): “‘Nosso povo não vai recuar’: protestos em Gaza marcam aniversário” (em inglês)

    Dezenas de milhares de palestinos se reuniram na fronteira entre Israel e Gaza para comemorar o primeiro aniversário dos protestos da Grande Marcha do Retorno, enfrentando os tanques e tropas israelenses que se concentram no perímetro fortificado. No sábado, as forças israelenses utilizaram balas reais, balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, matando três jovens de 17 anos e ferindo ao menos 207 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

    The Guardian (29/03): “Protestos na fronteira de Gaza: 190 mortos e 28 000 feridos em um ano de matança” (em inglês)

    Há um ano, os palestino presos em Gaza iniciaram um movimento de protesto na fronteira com Israel que devia durar seis semanas. Homens, mulheres e crianças exigiram o reconhecimento do direito dos refugiados palestinos em Gaza e em outros lugares ancestrais em Israel e o fim de um bloqueio punitivo que fez que a vida seja insuportável. Os franco-atiradores israelenses dispararam munição real, matando e mutilando dezenas. Esta resposta letal de 30 de março de 2018 provocou indignação e incredulidade em todo o mundo, mas não cessou.

    Publico.es (26/03): “Gaza, uma prisão que se encontra à beira de uma nova guerra” (em espanhol)

    O disparo desde a Faixa de Gaza de um foguete na manhã desta segunda-feira impactou no moshav Mishmeret, na área de Tel Aviv, causando feridas a sete israelenses, põe de novo na ordem do dia a possibilidade de um conflito armado de grande envergadura entre o exército do estado judeu e as milícias palestinas da Faixa lideradas pelo Hamas.

    Al-Monitor (27/03): “Hamas reprime com violência protestos pacíficos em Gaza” (em inglês)

    Alguns dias antes de um foguete disparado da Faixa de Gaza para o sul de Israel irromper em uma troca de mísseis entre os dois lados, uma repressão do Hamas contra manifestantes pacíficos em Gaza provocou a condenação de outras facções e grupos de direitos humanos. O Hamas, no entanto, diz que a Autoridade Palestina (AP) e o presidente Mahmoud Abbas instigaram os protestos como um estratagema político.

    Eleições em Israel

    Haaretz (28/03): Sete questões que vão decidir a eleição israelense“, (em inglês)

    Com apenas 12 dias pela frente, parece que todos os lados perderam o controle da agenda – em parte graças ao Hamas. Como as coisas estão atualmente, essas são as sete questões que influenciarão os eleitores israelenses na reta final da campanha: Gaza, Colinas de Golã, Submarino e acusações de corrupção, ‘racismo’ de Netanyahu, sanidade de Gantz, telefone de Gantz, racismo anti-árabe, legalização da maconha.

    Eleições regionais na Turquia

    El País (30/03): “Erdogan faz das eleições locais um plebiscito de si mesmo” (em espanhol)

    Neste domingo, os turcos vão às urnas eleger cerca de 1400 prefeitos, mais de 20 000 vereadores e 1250 deputados provinciais. Mas não são, ou não são apenas, eleições locais. Da mesma forma que os últimos pleitos eleitorais que viveu a Turquia desde 2013, num ambiente cada vez mais polarizado, elas são uma espécie de referendo sobre o presidente, Recep Tayyip Erdogan, e sua forma personalista de governar. “O 31 de março será um marco em nossa luta pela existência. E essa luta a ganharemos nós”, disse Erdogan no último dia 17 em Esmirna. Os islamistas do Governo turco poderiam perder neste domingo as prefeituras de Ancara e Istambul.

    The Guardian (01/04): “Partido de Erdogan perde eleições locais em Ancara” (em inglês)

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan , recebeu um duro golpe na urna depois de que seu partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) perdeu o controle de Ancara, segundo os resultados não-oficiais das eleições locais. Em outro revés potencial, a oposição também liderava em Istambul, a maior cidade da Turquia e o centro comercial. A perda do AKP em Ancara ante o candidato à prefeitura do partido laico do Partido Republicano Popular (CHP), Mansur Yavaş, pôs fim a 25 anos de domínio do partido islâmico sobre a capital e provocou comoção em todo o restante do país. O AKP disse que apelaria.

    Imbróglio do Brexit

    BBC (30/03): “Deputados rejeitam acordo de May com União Europeia” (em inglês)

    Os deputados rejeitaram o acordo de retirada da Theresa May da UE no dia em que o Reino Unido deveria deixar a UE. O governo perdeu por 344 votos a 286, uma margem de 58, e significa que o Reino Unido perdeu o prazo da UE para adiar o Brexit para 22 de maio e sair com um acordo. A primeira-ministra disse que o Reino Unido teria que encontrar “um caminho alternativo”, o que “quase certo” envolveria a realização de eleições europeias. Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, disse que “este acordo agora precisa mudar” ou a primeira-ministra deve renunciar.

    The Guardian (29/03): “Editorial: três pancadas e fora“(em inglês)

    A terceira derrota consecutiva de Theresa May na Brexit deixa a Grã-Bretanha em uma situação que é precária, mas cheia de possibilidades. A derrota na sexta-feira foi menor do que a anterior em 15 de janeiro e 12 de março – a maioria contra a Sra. May foi de 58 em vez das 230 e 149 anteriores. Também se limitou ao acordo de retirada do acordo UE-Reino Unido que ela fez. em novembro, em vez de se estender ao acordo como um todo. Mas o veredicto é claro.

    Eleições presidenciais na Ucrânia

    BBC (30/03): “Eleição ucraniana: comediante lidera primeiro turno“, (em inglês)

    O atual líder Petro Poroshenko está buscando a reeleição, mas o favorito é o comediante Volodymyr Zelenskiy. Ambos os candidatos, juntamente com a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, expressaram opiniões amplamente pró-europeias durante a campanha. Nenhum dos candidatos pró-Rússia é visto como candidato sério. Se nenhum candidato receber mais de 50% no domingo, os dois primeiros lutarão em uma segunda rodada em 21 de abril.

    Eleições presidenciais na Eslováquia

    DW (30/03): “A advogada liberal Zuzana Kaputova vence a eleição” (em inglês)

    A advogada liberal Zuzana Caputova venceu o segundo turno das eleições presidenciais da Eslováquia no sábado, após o candidato do partido governista Maros Sefcovic reconhecer a derrota. A vitória da ativista anticorrupção quebra a tendência de políticos populistas e eurocéticos ganharem força em toda a União Européia.

    Rebelião popular na Argélia

    Al-Jazeera (29/03): “Enormes protestos enquanto argelinos buscam impedir continuidade da velha guarda de Bouteflika” (em inglês)

    Centenas de milhares de argelinos marcharam pelas ruas da capital e de outras grandes cidades pela sexta sexta-feira consecutiva para exigir a saída imediata do presidente Abdelaziz Bouteflika e da elite dominante. Os últimos protestos ocorreram dias depois que o general Ahmed Gaid Salah, o poderoso chefe do Exército, pediu a aplicação de uma provisão na constituição argelina que poderia remover o presidente por causa de sua saúde debilitada.

    Ciclone Idai em Moçambique

    The Guardian (28/03): “Prefeito em Moçambique diz que negligência levou às mortes de ciclone” (em inglês)

    O governo moçambicano não avisouas pessoas nas áreas mais atingidas pelo ciclone Idai, apesar de um “alerta vermelho” ter sido emitido dois dias antes do ataque, disse o prefeito da cidade da Beira. O país da África Austral estava completamente despreparado para o desastre e “negligência profunda” levou a muitas mortes, disse o prefeito, Daviz Simango, que também é o líder de um partido da oposição.

    Impasse Eleitoral na Tailândia

    La Vanguardia (28/03): “A oposição democrática da Tailândia se alia para formar governo entre a confusão eleitoral” (em espanhol)

    Os principais partidos anti-junta da Tailândia anunciaram nesta quarta-feira a intenção de formar um governo, três dias depois das primeiras eleições celebradas desde o golpe de Estado de 2014. A Comissão Eleitoral não revelou até agora os resultados oficiais das eleições. Líderes e membros das executivas de sete partidos opostos à junta militar que governou o país asiático durante os últimos cinco anos anunciaram uma coalizão de governo – autodenominada “frente democrática” – numa coletiva de imprensa conjunta em Bangkok.

    Economia chinesa

    El País (30/03): “A desaceleração da China“, por Jesus Fernández Villaverde (em espanhol)

    Uma mudança fundamental da economia mundial atual é a desaceleração da China. Depois de décadas de crescimentos frequentemente superiores a 10%, a China cresceu em 2018, segundo as estatísticas oficiais, 6,6%, a menor taxa desde 1990. (…) É tentador atribuir tal desaceleração da China a fatores conjunturais, como um esfriamento da economia mundial ou a guerra comercial com os Estados Unidos. Ainda que tais fatores desempenhem um papel negativo, as forças que golpeiam a China são mais de longo prazo.

    ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Brexit

    SWP (26/03): “Crise do establishment, enquanto o governo caótico e desagradável de May desmorona“, por Charlie Klimber

    Os trabalhistas separaram o Brexit de forma desastrosa da defesa do NHS, uma reversão da privatização, ações de emergência por moradia e muitas outras medidas que poderiam mudar todo o debate. Raramente houve um governo mais fraco. O resultado não deve ser consenso para tentar reparar o centro neoliberal destroçado. Deve ser a remoção de May e todos os Tories – e um Brexit anti-austeridade e anti-racista.

    Jacobin Magazine (30/03): “Theresa May é hilariamente ruim em seu trabalho“, por Dawn Foster (em inglês)

    May pode tentar uma segunda negociação para um acordo de retirada diferente, mas dado o fato de que deputados e partidos têm visões totalmente diferentes e existem várias questões de lealdades regionais e partidárias a serem consideradas, é improvável que ela chegue a um consenso. A visão de uma maioria compartilhada no parlamento é que o Reino Unido deveria permanecer na União Européia. A maioria dos deputados votou “permanecer” na cédula, e poucos mudaram sua visão.

    Rebelion.org (22/03): “‘O processo do brexit provou como somos tolos na hora de resolver os grandes problemas‘”, entrevista com Kenneth Armstrong (em espanhol)

    Não havia nenhum tipo de plano sobre o que fazer depois. Não só inexistia um plano, como tampouco havia um processo de atuação caso ganhasse o brexit. Tampouco se pensou em estabelecer algum tipo de comissão transnacional no Parlamento, nem se fez uma boa campanha de informação. Os eleitores se pronunciaram sobre uma questão muito ampla. Isso é o que eu chamo de pecado original: a ideia de que o referendo era algo autêntico no qual os políticos tinham que ter fé.

    ESSF (29/03): “Grã-Bretanha e as diferenças entre cães e gatos: olhando para a manifestação de um milhão de pessoas da People’s Vote“, por Socialist Resistance (em inglês)

    Mais significativamente, John Rees optou deliberadamente por fechar os olhos para o fato óbvio de que toda a pressão do Brexit vinha do direito racista, anti-migrante e anti-operário do espectro político. Agarrar-se a uma posição que poderia ter feito sentido em 1974 não leva em conta essa realidade alterada. Essa é a fraqueza fundamental sectária e dogmática dos lexiteers. Ah, e você geralmente não muda a opinião das pessoas que não concordam com você, afirmando que são fascistas ou pavimentam o caminho fascista ao poder.

    Medicare for All

    Jacobin Magazine (30/03): “Confie em nós, Medicare for All será fantástico“, por Matt Bruenning (em inglês)

    Os críticos estão errados: ao reduzir os gastos com saúde através de ganhos de eficiência, o Medicare for All facilitará o financiamento de outros programas governamentais.

    Defesa de Ocasio Cortez do Green New Deal

    Democracy Now (28/03): “‘Diga isso às famílias do Bronx’: AOC destrói o argumento republicano de que o New Deal Ecológico é ‘elitista’” (em espanhol)

    Não sei o que estamos fazendo aqui… Falemos de custos. Vamos pagar por isso, aprovemos o New Deal Ecológico ou não, porque a medida em que os povos e cidades sigam sofrendo inundações, à medida que os incêndios florestais sigam devastando nossas comunidades, vamos pagar um preço. E o que temo que decidir é se vamos pagar depois, obrigados a reagir, ou se vamos pagar antes, e ser pró-ativos.

    Carta de Lopez Obrador ao rei da Espanha

    CSR (28/03): “Que viva México, cabrones!“, por Antonio Pérez (em espanhol)

    AMLO introduziu dentro de sua política Carta uma cunha moral que irrita profundamente não só os espanhóis mas a todos os que sustentam que Política e Moral são entidades independentes e imiscíveis. Uma cunha moral que pretendem ignorar todos aqueles que se vangloriam da Realpolitik e do pragmatismo.

    Eleições na Turquia

    Jacobin Magazine (30/03): “A cidade é nossa“, por Rosa Burç (em inglês)

    Nas eleições turcas deste domingo, o Partido Democrático dos Povos (HDP, de esquerda) está defendendo um tipo de política que desafia diretamente o papel autocrático de Erdogan: pró-operário, anti-patriarcado, radicalmente democrático.

    Rebelião Popular na Argélia

    International Viewpoint (28/03): “Solidariedade com o povo argelino em sua luta por soberania popular

    A Argélia está experimentando uma revolta popular sem precedentes desde a proclamação da independência nacional. Desde 22 de fevereiro de 2019, seguindo as chamadas lançadas na Internet, grandes comícios, com uma presença massiva de mulheres, foram organizados em todas as cidades, seguidos por trabalhadores e jovens estudantes.

    Colinas de Golã

    Rebelion.org (27/03): “Por que é perigosa a decisão dos EUA sobre as Colinas de Golã, Cisjordânia e Gaza“, por Mohsen Abu Ramadan (em espanhol)

    A decisão do Governo dos EUA de retirar o termo “ocupado” para se referir às Colinas de Golã e a à Faixa de Gaza se soma à política do presidente Donald Trump que tem adotado totalmente as posições do Governo direitista do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

    Luta política na Espanha

    Sin Permiso (24/03): “Reino de Espanha: Eleições de 28 de abril, março mobilizado, abril incerto“, por Miguel Salas (em espanhol)

    Não será possível para o 28 de abril uma aliança republicana das esquerdas, em seu sentido mais amplo, mas seguirá sendo a alternativa para derrotar o trio caveira das direitas e abrir um processo de mudança profunda. Do caos também pode surgir a clareza para dar um giro social e democrático