Autor: Redação Lauro Campos

  • Fundações lançam manifesto para Frente Parlamentar

    Fundações lançam manifesto para Frente Parlamentar

    Foi lançado na terça-feira, em Brasília, o “Manifesto por uma Frente no Parlamento Compromissada com a Reconstrução e o Desenvolvimento do Brasil”, reunindo representantes das fundações e partidos que compuseram um comum o chamado “Manifesto Unidade para Reconstruir o Brasil”, o PT, o PCdoB, o PSOL, PDT e PSB.

    Na mesa de lançamento do Manifesto estiveram Anjuli Tostes, pré-candidata a deputada federal do DF pelo PSOL, representou a Fundação Lauro Campos; Alexandre Navarro, da Fundação João Mangabeira; Renato Rabelo representando a Fundação Maurício Grabois; e Márcio Pochmann representando a Fundação Perseu Abramo.

    Leia o Manifesto:

    POR UMA FRENTE PARA O PARLAMENTO COMPROMISSADA COM A RECONSTRUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL

    Com a pré-campanha das eleições de outubro já em andamento, os signatários – Fundação Lauro Campos, Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Fundação João Mangabeira, Fundação Perseu Abramo e Fundação Maurício Grabois– divulgam este documento programático, cujo objetivo é desencadear desde já um movimento que contribua para a eleição de um conjunto de parlamentares compromissados com a alternativa de um projeto nacional de desenvolvimento. Uma vez eleitos, esses deputados, deputadas, senadores, senadoras poderão protagonizar a constituição de uma Frente Parlamentar cujos integrantes terão como referência de atuação a defesa de um projeto pela reconstrução e o desenvolvimento do Brasil. Um projeto justo e avançado para a Nação e o povo irá contribuir para a eleição e a formação de uma forte frente progressista no parlamento brasileiro.

    Este movimento, a ser reforçado por outras entidades e movimentos, se apresenta imperativo, posto que a Nação se depara com uma encruzilhada: Ou o país se reencontra com o caminho da democracia, da soberania nacional, do desenvolvimento e do progresso social, ou seguirá na rota – que lhe impôs o fracassado governo Temer – do entreguismo, do autoritarismo e do corte crescente dos direitos do povo e da classe trabalhadora.

    Diante desse impasse, a saída é lutar por um projeto nacional que deverá ser erguido sob a concepção de que é necessária a articulação sistêmica da soberania nacional e da questão social, com ênfase na redução das desigualdades sociais e afirmação da causa democrática. Pelos condicionantes externos e internos, ganha relevância o desenvolvimento soberano do país como vértice para se realizarem as amplas potencialidades do Brasil e do seu povo.

    Ressaltamos que, diante da contínua instabilidade política, em qualquer situação, defendemos a garantia da realização das eleições de outubro 2018, com pleno respeito à soberania popular.

    Reafirmamos nosso compromisso com a restauração da democracia, repelimos protagonismo político partidarizado de setores de corporações do Estado que quebrou o equilíbrio entre os Poderes da República e fez grassar uma espécie de Estado de exceção que sufoca crescentemente o Estado Democrático de Direito.

    Apresentamos a seguir uma plataforma programática básica que, uma vez desfraldada na campanha eleitoral, será um instrumento importante para que venha a se constituir uma Frente Parlamentar que defenda e impulsione a realização de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

    1) Diretrizes para um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento

    – Ampliação e fortalecimento da democracia, aumento da participação do povo nas decisões do País, com o aprimoramento das formas de democracia direta e participativa. Enfrentar a crise de representatividade política com uma efetiva reforma política democrática. Democratizar a comunicação, hoje monopolizada, e assegurar à sociedade efetivo direito à informação e à interpretação plural dos fatos.

    – Estado nacional forte, portador de um projeto para a Nação, reestruturado por reformas que o democratizem, como a do Judiciário e a da Política. Estado capaz de defender os interesses do país e repelir as imposições do rentismo e do imperialismo. Estado capaz de planejar e impulsionar o desenvolvimento voltado para assegurar os direitos da maioria do povo brasileiro. Estado que promova um novo Federalismo que busque erradicar as desigualdades regionais e os desequilíbrios nas relações institucionais entre a União, o Distrito Federal, estados e municípios.

    – Defesa da soberania nacional, do patrimônio e da economia nacional, da soberania energética. Política Externa que promova a inserção soberana do Brasil no cenário mundial, diversifique os parceiros comerciais, fortaleça o desenvolvimento do país, defenda a paz e a autodeterminação dos povos e promova a integração com os vizinhos e o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos.

    – Desenvolvimento nacional com inclusão social, sustentabilidade ambiental. Retomada do crescimento econômico sustentável associado à redução das desigualdades sociais, à geração de empregos e à distribuição de renda. Elevar a taxa de investimentos públicos e privados e desestimular a especulação financeira e rentista. É indispensável o papel dos bancos públicos. É decisivo o papel da Petrobras e do Sistema Eletrobras. Impõe-se, igualmente, uma nova política macroeconômica que supere o longo ciclo de juros elevadíssimos e câmbio apreciado. Essa nova orientação deve ter a missão de expandir e sustentar investimentos, reduzir estruturalmente a taxa real de juros, manter sob controle a dívida pública, assegurar o equilíbrio fiscal do Estado e defender a moeda.

    – Questão-chave para garantir o desenvolvimento nacional é o país se reindustrializar e modernizar seu parque produtivo, no contexto da chamada 4ª Revolução Industrial. Impõem-se investimentos elevados em ciência, tecnologia e inovação, reinstituindo a ausência de limitação de empenho, ampliando o número de fundos setoriais, promovendo o retorno do fundo setorial do petróleo e recuperando os ingresssos nos institutos de pesquisa, como forma de alavancar a indústria nacional a um novo patamar científico, tecnológico, inovador e disruptivo. É preciso aperfeiçoar a institucionalidade do Sistema Nacional de CT&I, atuando em estreita ligação com os estados, com a comunidade científica e tecnológica e com as organizações empresariais. A política industrial requer uma forte infraestrutura que integre e articule as regiões do país, bem como a produção em grande escala de energia a partir de fontes limpas.

    – Realização urgente de uma Reforma Tributária progressiva que tribute mais os detentores de fortunas, as riquezas e rendas extremamente concentradas, destacando-se a tributação sobre lucros, dividendos e heranças; a promoção gradual da desoneração da produção e do consumo; e a desoneração da remuneração do trabalho.

    – Fortalecimento da Educação como um setor estratégico do desenvolvimento nacional. Fortalecer a educação pública tendo como eixo o Plano Nacional de Educação (PNE) que, entre outras metas, fixou como objetivos: 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor, e a educação integral para os ensinos fundamental e médio.

    – Restabelecimento de políticas públicas necessárias à redução progressiva das desigualdades de renda, e necesárias também para a ampliação de oportunidades com: a retomada da geração de emprego e renda, a partir da estratégia do Estado, impulsionando o setor privado; a valorização do trabalho; a efetiva garantia dos direitos sociais; medidas para elevação da renda do trabalho e da massa salarial; política institucionalizada de valorização do salário-mínimo e garantia de aposentadoria digna; apoio ao cooperativismo, ao associativismo e à economia solidária; recuperação das políticas de combate à fome, fortalecendo o conjunto de políticas de inclusão social; e realização das reformas Urbana e Agrária.

    – O tema da Segurança Pública assume grande importância devido ao crescente número de perda de vidas, de vítimas de delitos e violências, afetando sobretudo o povo e as comunidades das periferias das cidades. Impõe-se uma política efetiva de redução desses indicadores. As estratégias de prevenção devem ser articuladas com estratégias de coerção qualificada, com foco em informação, tecnologia e gestão. É preciso construir um Pacto Federativo que estabeleça as competências da União, de estados e munícipios. Pacto este que pode ser estruturado em três eixos: política nacional de redução de homicídios; política criminal e prisional de âmbito nacional; e cultura da paz e valorização da vida. É preciso, também, uma reforma penal e penitenciária que elimine a caótica situação dos presídios do país.

    – Resgate, criação e fortalecimento das políticas sociais universais que venham a assegurar o direito ao trabalho digno, à seguridade social, à previdência, à saúde e à assistência social, à educação e à cultura. É indispensável o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com mais investimentos, aprimoramento da gestão, valorização e formação dos profissionais de saúde, implementação de programas e projetos de promoção da saúde e prevenção das doenças.

    – A emancipação das mulheres é uma condição indispensável para o avanço civilizacional. São necessárias políticas públicas que contribuam para superar preconceitos e discriminações e combatam eficazmente a violência contra elas desferida. E, ainda, políticas que incentivem e assegurem seus direitos na esfera do trabalho, na educação, na saúde e promovam seu empoderamento.

    – Na esfera dos direitos humanos e no esforço de construção de uma sociedade que supere preconceitos, destaca-se a luta contra o racismo e por políticas de promoção da igualdade social para os negros; pela proteção, efetivação e garantia dos direitos das etnias indígenas; por políticas de combate às opressões e discriminações que desrespeitem a liberdade religiosa; pela defesa da livre orientação sexual, dos direitos da população LGBT, combate às violências e discriminações de que são vítimas; pela garantia dos direitos de crianças, adolescentes, jovens e idosos; e por políticas de acessibilidade universal para as pessoas com deficiência.

    2- O resgate do papel constitucional do Poder Legislativo
    A execução de um projeto nacional de desenvolvimento assim definido, além de uma Presidência da República com ele compromissada, exigirá que sejam restaurados o prestígio e o papel constitucional do Congresso Nacional e demais Casas Legislativas. A Frente progressista a ser construída terá essa grande tarefa nas mãos. Para isto, além de batalhar para que se efetive uma reforma política democrática, a Frente terá diante de si a responsabilidade de aglutinar crescentemente o maior número possível de parlamentares, buscando formar, se possível, uma maioria que, em sinergia com a mobilização e a participação do povo, consiga aprovar os conteúdos e bandeiras do projeto nacional. Caberá também à Frente batalhar para restaurar os direitos que foram eliminados dos trabalhadores e do povo, bem como aprovar a realização de referendos revogatórios para anular medidas absurdas do governo Temer, entre elas o alcance e a extensão da Emenda Constitucional 95, do Teto do Gasto, sobre investimento e custeio em Educação, Saúde, Previdência e Assistência Social.

    Finalmente, sublinhamos que a esquerda e as demais forças progressistas são chamadas a realizar uma campanha de nítida e vigorosa oposição ao desastroso governo Temer e às candidaturas a ele vinculadas. Assim procedendo, as forças democráticas, populares, patrióticas e progressistas – num esforço conjunto de convergência e unidade – terão grandes chances para assegurar a vitória de uma candidatura presidencial, bem como conquistar a eleição de um grande número de parlamentares, e mesmo formar maioria parlamentar caso vençam as eleições presidenciais.

    Brasília, 03 de julho de 2018

    Alexandre Navarro – Diretor-executivo
    Fundação João Mangabeira

    Francisvaldo Mendes de Souza – Presidente da
    Fundação Lauro Campos

    Manoel Dias – Presidente da
    Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini

    Marcio Pochmann – Presidente da
    Fundação Perseu Abramo

    Renato Rabelo – Presidente da
    Fundação Maurício Grabois

  • Observatório Internacional, de 18 a 23 de junho de 2018

    Observatório Internacional, de 18 a 23 de junho de 2018

    Nesta edição do Clipping Semanal, os links selecionados pelo Observatório Internacional abordam a crise humanitária aberta nos EUA após Trump determinar a separação de famílias imigrantes indocumentadas, através de sua política de “tolerância zero” com imigrantes e refugiados sem papéis. Imagens de crianças enjauladas pedindo por seus pais no sul do Texas comoveram o mundo e se somaram a uma série de medidas xenofóbicas que a extrema-direita populista vem promovendo não só nos EUA como no continente europeu. Na Itália, o ministro do Interior, Matteo Salvini (líder da Liga Norte), começa a planejar a deportação de milhares de refugiados residentes na península itálica, ao passo que na Alemanha, Merkel é pressionada por seus aliados à direita a restringir ainda mais as regras de recepção de imigrantes.

    Na América Latina, o destaque fica por conta das eleições colombianas, que reconduziram a direita uribista à presidência do país. Enquanto isso, no México o candidato outsider López Obrador abre uma grande vantagem nas pesquisas a menos de 10 dias do pleito eleitoral. Na Argentina, o FMI libera um pacote de ajuda financeira, condicionada a um ajuste neoliberal ainda maior por parte de Macri.

    Sobre estas notícias globais e muitas outras, nossos leitores podem acessar abaixo alguns artigos e reportagens dos principais meios de comunicação do mundo. Na segunda parte, selecionamos artigos que tratam destes mesmos assuntos com uma perspectiva à esquerda.

    Charles Rosa – Observatório Internacional

    ARTIGOS E NOTÍCIAS DE SITES INTERNACIONAIS

    Crise humanitária nos EUA de Trump

    THE GUARDIAN (18/06): “Editorial – Política de imigração de Trump: odiosa e errada” (em inglês)

    “Não é apenas a atual crueldade que deve nos assustar. As separações fronteiriças são obviamente imorais e inconcebíveis. As crianças são arrancadas dos braços de suas mães; elas choram pelos pais sem resposta; elas estão enjauladas. Mesmo quando o sofrimento imediato das 2.000 detidas já passou, muitas serão afetadas na vida pelo trauma. Para algumas, as divisões serão permanentes. Os pais estão sendo deportados sem seus filhos. No mês passado, um pai se matou após a separação de sua família. No entanto, à medida que o custo humano se torna mais acentuado, o ritmo das separações aumenta.”

    CNN (19/06):”Por que Trump insiste em separar as famílias na fronteira?“, por Stephen Collinson (em inglês) 

    “Ainda assim, Trump pode acreditar que ele tem motivos políticos para manter suas medidas. Uma nova pesquisa da CNN na segunda-feira mostrou que, enquanto o presidente tinha uma taxa de desaprovação de 59% sobre a imigração, 58% dos republicanos apoiaram a nova política para famílias de imigrantes indocumentados na fronteira sul. E 81% dos entrevistados que aprovam Trump também atribuem notas altas à sua política de imigração. Dado que esta é uma presidência quase exclusivamente enraizada em esforços para garantir a base de Trump, não seria surpreendente se o presidente examinasse tais números e decidisse que seus próprios interesses políticos – distintos dos do Partido Republicano – não sugiram nenhuma correção.”

    BBC MUNDO (21/06): “Crianças separadas dos pais: o que significa o recuo de Trump com a separação das crianças de suas famílias” (em espanhol)

    “Para um presidente como Donald Trump, que reivindica o lema “nunca te rendas”, o recuo em sua política de separar famílias imigrantes detidas na fronteira dos Estados Unidos supõe uma concessão especial. Emparedado politicamente pela indignação generalizada que causou o apartamento forçoso de milhares de pais e crianças, Trump assinou nesta quarta-feira uma ordem executiva para acabar com esse procedimento que até um dia antes qualificava como inevitável. “Trata-se de manter famílias juntas enquanto nos asseguramos de ter uma fronteira forte”, sustentou o mandatário ao anunciar a decisão na Casa Branca. Trump procurou limitar o alcance de seu recuo, advertindo que mantém a “tolerância zero” que implica processar penalmente imigrantes adultos que cruzam sem papéis a fronteira com o México, em sua maioria latino-americanos”.

    NEWSWEEK (20/06): “A política de ‘tolerância-zero’ e o corte de impostos estão destruindo a economia dos EUA”, por Bill Saporito

    “Tome a imigração. Nos termos mais amplos, nossa economia necessita de crescimento da população para alimentar o PIB. A matemática é simples. O gasto do consumidor representa quase 70% do PIB: quanto mais consumidores, mais consumo. No entanto, a população cresce a menos de 1% anualmente. Se detida a imigração, através de uma política de “tolerância-zero” com as pessoas que ingressam ilegalmente no país, o crescimento se torna limitado, formam-se menos lares, vendem-se menos bens e se criam menos postos de trabalho. A taxa de natalidade nos EUA está num mínimo histórico, segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças, o que significa que não estamos produzindo suficientes trabalhadores para substituir os baby boomers que agora se aposentam. E em seus anos de aposentadoria, o gasto dos baby boomers diminui até que cessa”.

    Guerra comercial entre EUA e China

    EL PAÍS (19/06): “Trump ameaça China com mais tarifas e inflama duelo comercial” (em português)

    “Mais lenha na fogueira. Donald Trump divulgou na noite desta segunda-feira, dia 18, um comunicado em que ameaça impor uma nova rodada tarifária à China, desta vez com uma alíquota de 10% sobre produtos importados num valor de 200 bilhões de dólares (750 bilhões de reais) por ano, intensificando a escalada entre as duas maiores potências econômicas. Os EUA aprovaram na sexta-feira a taxação de 25% sobre cerca de mil produtos chineses cujas importações somam 50 bilhões de dólares. O Governo chinês respondeu na mesma moeda. Agora, Washington volta a golpear. Se o olho por olho não parar, a guerra sacudirá a economia global.”

    THE INDEPENDENT (22/06): “Donald Trump ameaça a UE com tarifas de 20¢ sobre carros europeus em grande escalada da guerra comercial” (em inglês) 

    Donald Trump ameaçou impor 20 por cento de tarifas sobre carros europeus, em um movimento que pode aumentar a nascente guerra comercial entre os EUA e seus aliados. O presidente norte-americano emitiu a advertência na sexta-feira, enquanto a União Européia impunha tarifas sobre a disseminação de produtos norte-americanos, desde o uísque Bourbon até motocicletas e cartas de baralho. A UE impôs as acusações de “reequilíbrio” em resposta à nova política de Trump de aplicar 20% de tarifas ao aço e ao alumínio europeus. O presidente dos EUA disse acreditar que a UE trata as mercadorias dos EUA de forma “muito injusta”.

    Vitória da direita nas eleições colombiana

    BBC (18/06): “Iván Duque será presidente depois de derrotar Gustavo Petro“, (em espanhol)

    “O candidato do partido uribista Centro Democrático se impôs neste domingo com um apoio sem precedentes no segundo turno contra Gustavo Petro. Segundo dados da Controladoria Nacional e com 99,92 % das mesas contabilizadas, Iván Duque obteve 53,98% dos votos frente a 41,81% conseguido por Gustavo Petro.”

    FINANCIAL TIMES (17/06): “Iván Duque vence na Colômbia“, (em inglês)

    “Uribe liderará seu partido, Centro Democrático, no parlamento, o que deverá garantir uma maioria ativa para Duque que lhe permita aprovar algumas de suas propostas. “A grande pergunta é qual será a relação entre esses dois homens”, disse Yann Basset, cientista política da Universidade de Rosário em Bogotá. “Duque não pode ser um títere de Uribe, mas ao mesmo tempo não pode se dar o luxo de trai-lo. Terá esses dois inimigos potenciais pendentes em cima dele como presidente e terá de levá-los em conta cada vez que tomar uma decisão. Economicamente, Duque é ortodoxo. Prometeu cortar impostos corporativos, reduzir a burocracia, frear a evasão fiscal e reduzir a incerteza legal para investidores estrangeiros que buscam ingressar nos setores petroleiros e mineradores do país”.

    Eleições no México

    EL PAÍS (21/06): “López Obrador tange a maioria no Congresso, segundo as pesquisas“, (em espanhol)

    “A poucos dias da eleição presidencial no México, a vantagem de Andrés Manuel López Obrador nas pesquisas não deixa de crescer e, ao menos no papel, se vislumbra definitiva. O candidato pela terceira vez alcança quase 50% dos votos, segundo a última média de pesquisas; aumentou sua vantagem em até 23% pontos sobre Ricardo Anaya, que teria por volta de 27%. José Antonio Meade teria em torno de 20%. Os olhares se centram agora em ver se o apoio a López Obrador se traduz também num respaldo a seu partido, Morena e sua coalizão com o ultraconservador Encontro Social e o Partido do Trabalho, no Congresso”.

    Acordo da Argentina com o FMI

    CLARIN (20/06): “O FMI aprovou o empréstimo e envia os primeiros 15 bilhões de dólares” (em espanhol)

    “O Diretório Executivo do Fundo Monetário Internacional aprovou formalmente nesta quarta-feira o acordo Stand by para a Argentina, pelo que se liberará o primeiro desembolso por 15 bilhões de dólares do total de 50 bilhões que serão emprestados. O restante será de caráter “precatório”, pelo que poderia ser liberado mais adiante, se as autoridades solicitam”.

    EL PAIS (20/06): “Por trás da vitória feminista na Argentina, a conveniência de Macri“, por Leila Guerriero

    “Esta lei é uma antiga reivindicação de feministas e partidos de esquerda. Todos os Governos democráticos se recusaram a debatê-la no Congresso: radicais, peronistas, kirchneristas. Também o de Macri. Até que neste ano o presidente abriu o caminho para sua tramitação por razões que, presumivelmente, não se relacionam com sua ideologia (diz que não a usa), e sim com motivos complexos: promover um debate de dimensões épicas capaz de ofuscar temas igualmente graves (inflação, pobreza) e se apropriar de uma agenda ainda ignorada por Governos que se disseram progressistas.”

     

    Ex-presidente Rafael Corrêa é indiciado por suposto sequestro de opositor no Equador

    BBC MUNDO (18/06): “A Justiça do Equador vincula o ex-presidente do Equador a um sequestro” (em espanhol) 

    “A Corte Nacional de Justiça do Equador vinculou nesta segunda-feira o ex-presidente, Rafael Correa, ao processo por sequestro do ex-deputado Fernando Balda, um dos mais destacados opositores de sua gestão. A CNJ, a máxima instância judicial do país, aponta Correa como suposto “autor mediato” do sequestro e ordenou que o ex-mandatário se apresente a cada 15 dias em Quito a partir do próximo 2 de julho”.

    Senado canadense legaliza maconha para fins recreativos

    THE GUARDIAN (20/06): “Canadá se torna o segundo país a legalizar o uso de cannabis” (em inglês)

    O Canadá será o segundo país do mundo a legalizar totalmente a maconha, depois que o Senado aprovou uma legislação que abre caminho para que a maconha recreativa seja legalmente comprada e vendida nos próximos dois ou três meses. “Acabamos de testemunhar uma votação muito histórica que encerra 90 anos de proibição”, disse o senador Tony Dean a repórteres na terça-feira após a votação. “Isso encerra 90 anos de criminalização desnecessária e termina com um modelo de proibição que inibia e desencorajava a saúde pública e a saúde da comunidade em favor de abordagens de” apenas digas-não “que simplesmente deixavam os jovens fracassados”.

     

    OMS retira transexualidade de lista de doenças mentais

    CNN (20/06): “OMS deixará de classificar pessoas transgênero como ‘doença mental‘” , (em inglês)

    “A agência de saúde das Nações Unidas anunciou nesta segunda-feira em seu 11º catálogo da Classificação Internacional de Doenças (ICD) que “incongruência de gênero” – termo da organização para pessoas cuja identidade de gênero é diferente do gênero ao nascer – foi retirado do capítulo dos transtornos mentais e introduzido no capítulo de saúde sexual da organização. A mudança será apresentada na Assembléia Mundial da Saúde, o órgão legislativo da OMS, em 2019 e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. A OMS disse que espera que a mudança melhore a aceitação social entre os transexuais, enquanto ainda disponibiliza importantes recursos de saúde.”

    Eleições na Turquia

    THE INDEPENDENT (22/06): “Enquanto Selahattim Demirtas concorre à presidência de dentro da cadeia, eleitores curdos podem ainda ser cruciais nesta eleição” (em inglês)

    “A decisão de Erdogan em convocar uma eleição-relâmpago parece ter sido uma aposta arriscada a cada dia. Em vez de cumprir o amplo mandato para uma presidência imperial que ele e sua corte esperavam, a votação parece ter galvanizado seus oponentes com um senso de propósito e de impulso, além de incentivá-los a uma cooperação estratégica sem precedentes. Considera-se como um sinal do quão alterado ficou Erdogan ao ter postulado a possibilidade, pela primeira vez, de uma coalizão se sua aliança liderada pelo Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) não consegue uma maioria parlamentar. Esta é uma clara resposta a sua postura anterior de que não só não haveria a necessidade de que seu partido seguisse esse caminho, como que uma coalizão não era permissível sob a constituição do país aprovada pelo referendo do ano passado”.

    Israel pretende prender quem filmar seus soldados

    EL PAIS (18/06): “Israel propõe uma ‘lei-mordaça’ contra os que gravarem a atuação de seus soldados” (em espanhol)

    “O partido ultranacionalista Israel Nosso Lar, dirigido pelo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, propôs a nova legislação para castigar a quem fotografar ou filmar os soldados com uma pena máxima de cinco anos de prisão, caso se pretenda “desmoralizar os soldados”, que se elevará até 10 anos no caso de que se busque “derrubar a segurança do país”. As mesmas sanções penais recairão sobre quem difundir os conteúdos audiovisuais, seja através das redes sociais seja pelos meios de comunicação”.

     

    Plano de privatizações de Macron

    EL PAIS (18/06): “Macron lança a primeira onda de privatizações em dez anos na França“, (em português)

    “O ritmo para transformar a economia francesa é incessante desde que Emmanuel Macron chegou à presidência, um ano atrás. Agora, recém-aprovada a reforma da companhia ferroviária SNCF, é a vez das privatizações, as maiores em uma década. Não da SNCF, que continuará sendo pública, mas de outras três empresas que, cada uma em seu campo, são de grande valor. A primeira é a Aéroports de Paris (AdP), que inclui os aeroportos da capital, Charles do Gaulle e Orly. As outras são a Française des Jeux (FdJ, de loterias e apostas), e a Engie (gás).”

    Governo xenofóbo na Itália

    THE GUARDIAN (22/06): “Matteo Salvini parece persuasivo – até que demonstra seus punhos racistas“, por Elena Ferrante (em inglês)

    “Salvini, secretário federal da Liga – a parte mais significativa do nosso novo governo – está alinhado com o pior das tradições políticas italianas. Amplamente subestimado, usado pelos produtores de televisão para animar os debates e gerar publicidade, ele se tornou cada vez mais persuasivo, dando a aparência de um homem comum bem-humorado que compreende completamente os problemas das pessoas comuns e no momento certo bate seus punhos xenófobos e racistas. na mesa.”

    REUTERS (21/06): “Novos Césares da Itália superam Donald Trump“, por Rob Cox (em inglês)

    “Imigração: Tanto Trump quanto o novo governo de Roma são enfáticos em seu desejo de coibir migrantes indesejados, e entregues a gestos simbólicos, até mesmo cruéis, para provar isso. Dias em seu mandato, Salvini, cujo ministério supervisiona a imigração, se recusou a permitir que um barco com 600 migrantes atracasse em um porto italiano. Em abril, o governo dos EUA instituiu uma política na fronteira mexicana que levou a que cerca de 2.300 crianças fossem separadas de seus pais.”

    Hungria criminaliza ajuda a imigrantes ilegais

    THE GUARDIAN (20/06): “Hungria passa leis anti-imigrantes “Pare Soros” ” (em inglês)

    “O parlamento da Hungria aprovou uma série de leis que criminalizam qualquer indivíduo ou grupo que se ofereça para ajudar um imigrante clandestino a pedir asilo. A legislação restringe a capacidade de organizações não-governamentais (ONGs) para atuar em casos de asilo e foi aprovada em desafio à União Europeia e a grupos de direitos humanos. Segundo a lei, oficialmente chamada de “Stop Soros”, indivíduos ou grupos que ajudam migrantes ilegais a obter status de permanecer na Hungria estarão sujeitos a penas de prisão.”

    Ministro do Interior ameaça derrubar Merkel

    LE MONDE (21/06): “Crise política na Alemanha: Uma luta à direita contra Merkel” (em francês)

    “Apenas três meses depois de formar um governo, Angela Merkel enfrenta uma crise que está abalando sua coalizão. O seu ministro do Interior, o ultraconservador Horst Seehofer, membro da CSU (União Social Cristã, Baviera), deu à chanceler duas semanas para endurecer a política de migração do país. Se não chegar a um acordo com os seus aliados europeus na cúpula de 28 e 29 de Junho, o Sr. Seehofer pretende fechar as fronteiras alemãs aos refugiados. Hans Stark, especialista na Alemanha contemporânea no Instituto Francês de Relações Internacionais, desvenda para o Le Monde as fontes dessa queda de braço com conseqüências imprevisíveis para a Europa”

    DW (21/06): “Quase metade dos alemães quer renúncia de Merkel, diz sondagem” (em português)

    “Uma sondagem divulgada nesta sexta-feira (22/06) mostrou que quase um de cada dois cidadãos da Alemanha é a favor de que a chanceler federal Angela Merkel renuncie ao cargo. A notícia vem em plena crise de governo no país devido à política migratória, e reforça os temores de que a coalizão em Berlim possa ser rompida. De acordo com a pesquisa representativa, feita pelo instituto demográfico YouGov, 43% dos entrevistados defendem a saída da chefe de governo, enquanto 42% são por sua permanência. Outros 15% não souberam ou não quiseram responder. Entre os eleitores do bloco conservador liderado por Merkel, 63% acreditam que a líder do União Democrata Cristã (CDU) deva concluir seu mandato, enquanto 27% acham que é hora de ela ceder o poder a um sucessor.”

    África e os imigrantes

    XINHUA (22/06): “A África deveria liderar o avanço dos direitos dos refugiados, resolver o movimento forçado” (em inglês)

    “O relatório, que apontou três países africanos que são Burundi, Nigéria e Sudão do Sul como as seis situações prioritárias da Agência de Refúgio da ONU (UNHCR) em todo o mundo, indicou que “instabilidade, abusos dos direitos humanos e / ou conflitos em curso na República Centro-Africana (RCA)”. , a República Democrática do Congo (RDC), a Eritreia, o Mali, a Somália e o Sudão agravaram a situação de deslocados internos e refugiados nesses países e nas suas regiões.” O relatório também indicou que a crise de refugiados e refugiados internos da África se estenderá desde a bacia do Lago Chade, passando pela região dos Grandes Lagos até o Chifre da África, onde a África Subsaariana abriga cerca de 6,3 milhões de refugiados, um terço do mundo. população refugiada.”

    DEBATES E ARTIGOS DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Crise humanitária nos EUA

    PSOL (20/06): “Nenhum ser humano é ilegal! Parar a política monstruosa de Trump!”

    “Precisamos acabar imediatamente com esses modernos campos de concentração. Existem 49 crianças brasileiras, algumas inclusive com complexas condições de saúde, com autismo e epilepsia, na situação de encarceramento nos centros de detenção. Exigimos medidas imediatas do Itamaraty. Não é possível que o governo brasileiro receba normalmente o vice-presidente estadunidense Mike Pence no final deste mês, como se nada estivesse ocorrendo nos EUA. O Brasil se apequena perante o continente quando vê seus filhos serem tratados como pessoas de terceira classe nos EUA e não se posiciona concretamente. Exigimos o fim da política de anti-imigrantes do governo americano! E reafirmamos a necessidade do Brasil defender seus emigrados e receber bem imigrantes das diferentes partes do mundo. O PSOL e sua bancada parlamentar na Câmara dos Deputados tomarão todas as medidas cabíveis para denunciar essa situação ultrajante. É preciso dar um basta e parar a política monstruosa de Trump!”

    JACOBIN MAGAZINE (21/06): “As raízes da barbárie imigratória de Trump”, por Daniel Denvir

    “A análise correta da campanha de separação de crianças por Trump é emblemática de uma agulha analítica e retórica maior que a esquerda luta por enfatizar: assinalando que as terríveis políticas de Trump são frequentemente muito normais e arraigadas em normas bipartidárias estabelecidas há muito tempo, enquanto também reconhece e condena o fato de que está levando essas normas a extremos perigosos. As políticas normais evoluem de forma pior quando o faz um monstro descaradamente racista como Trump”.

    Crise imigratória na Europa

     

    VIENTO SUR (22/06): “A guerra da Itália contra os imigrantes me faz temer pelo futuro do meu país“, por Roberto Saviano (em espanhol)

    “A triste verdade é que este governo tem muitos seguidores e é popular porque identifica bem seus objetivos: as categorias de pessoas sobre quem descarregar suas frustrações, os inimigos a quem atacar. Assim são as coisas, goste ou não os italianos. Mas a grande quantidade de italianos que sofrem e estão enfurecidos não vai melhorar sua situação se mobilizar contra os imigrantes. Ao contrário, nos países nos quais se asseguram direitos para todos, inclusive para as minorias, toda a comunidade desfruta dos benefícios. Levou décadas para as comunidades integrarem, mas em muito pouco tempo tudo pode colapsar como um castelo de areia, destruído pelo nacionalismo que converte todo mundo em inimigos”.

    REBELION (20/06): “Nossa Antígona“, por Santiago Alba Rico (em espanhol)

    “Nossos Polinices e Palinuros, africanos ou asiáticos, morrem afogados longe de casa. Nossas Antígonas, de todas as nações, reclamam o direito dos vivos e dos mortos a um corpo e a uma pólis. Nossos Creontes, europeus ou aliados, impedem seu salvamento ou perseguem os socorristas. Este conflito entre vivos e mortos cobre na realidade todos os outros conflitos: entre cuidadores e descuidados, entre jovens bárbaros e gregos senis, entre indivíduos aventureiros e sociedades fossilizadas, entre o império da lei universa e a servidão aos interesses e temores particulares. Também – como não – o conflito “histórico” entre pobres e ricos. Desde a II Guerra Mundial nunca havia existido, não, tanto cadáveres insepultos na Europa. Esse é o estado do mundo. Esse é o estado de nossa civilização. Os fantasmas sempre regressam”.

    Eleições na Colômbia

    PORTAL DA ESQUERDA EM MOVIMENTO (19/06): “Breves comentários sobre as eleições na Colômbia: por que ganhou Duque?“, por Israel Dutra e Pedro Fuentes (em português)

    “A vitória de Duque não pode distorcer o avanço histórico de uma esquerda, mesmo moderada, capaz de provocar uma ampliação do debate entre o social e político. A Colômbia transformada num enclave do DEA, porta-aviões sul-americano dos Estados Unidos encontra-se em vias de ser questionada. Um novo governo conservador será obrigado a implantar um plano de guerra contra o povo, ressoando uma maior polarização. Novas lutas sociais se avizinham. Se não hoje, amanhã. Os tempos estão mudando. Em todo continente.”

    REBELION (20/06): “A vitória pírrica da oligarquia“, por Carlos Meneses Reyes  (em espanhol)

    “Louvável o discurso de reconhecimento institucional do candidato Petro. Já não é o caudilho presidenciável, agora se erige no Dirigente do seu povo. Sobre o eleito Duque, quem terá de se afastar de seus comilões da camarilha corrupta tradicional, para alcançar um mínimo respeito dos governados. Eleito ou escolhido por sinistro personagem, resultou eleito em toda a acepção irregular do verbo. 8 milhões de votos de imperiosa potencialidade de atividade política nas ruas serão sua prova de fogo nos chamados primeiro cem dias de seu governo. Anunciou a Segurança para os colombianos, mas no imaginário popular significa a segurança aos latifundiários e exploradores de todas as plumagens, para continuar desfrutando dos privilégios no segundo pais mais desigual do planeta”

    Eleições no México

    REBELION (18/06): “Triunfa AMLO e o que segue“, por Pedro Echeverría (em espanhol)

    “Se a esquerda e centro/esquerda não forem capazes de organizar um forte movimento de massas nas ruas e centros de trabalho para batalhar pelas demandas necessárias e defender o que o povo tem, López Obrador e seu partido Morena serão facilmente engolidos, tragados sem por muita resistência, pelos grandes empresários e pelo império. López Obrado, nestas últimas semanas de campanha afrouxou, deu passos atrás frente ao acosso empresarial. Aprovo-o porque são os últimos passos para ganhar a Presidência; mas se depois segue fazendo concessões à classe dominante para ganhar “sua boa vontade”, então se acabaram as “chances”. Em vez de chorar é preciso continuar as mil batalhas ainda que outros muitos já cansados prefiram e decidam descer do trem”.

    PRT (20/06): “A crise do regime e as eleições de 2018” (em espanhol)

    “O atual processo eleitoral nos é apresentado como um momento de reacomodação política no México. Não é que o processo eleitoral e suas campanhas provocaram a crise. É que o processo eleitoral ocorre num ponto culminante, de acumulação de agravos, da crise do regime político todo e de suas instituições político-eleitorais, incluindo os partidos institucionais. A divisão da burguesia como consequência da crise de 2008 e as mudanças econômicas globais finalmente explodem numa ruptura na oligarquia. Por outro lado as constantes mobilizações, protestos e resistências populares que embora não tenham conseguido reverter as reformas neoliberais estenderam o descrédito e a ilegitimidade do atual poder. A conjunção de tudo isso dá como resultado a crise do regime político que rompeu as bases do regime surgido do giro histórico que significou o pacto PRI-PAN, simbolizado pela aliança Salinas de Gortari-Fernández de Cevallos de 1988.”

    Greve Geral na Argentina

    PSOL (22/06): “Argentina a caminho da greve geral”, por Israel Dutra (em português)

    “Os desdobramentos da crise cambial levam a inflação a corroer os salários. E essa contradição tem se desenvolvido, como já dito, a partir da vitória dos professores de Neuquen, recolocando para o movimento operário a possibilidade de ir além dos 15% negociados anteriormente. O próprio governo já acenou com a possibilidade do índice chegar perto de 20% de reposição, o que foi rechaçado, uma vez que a inflação do ano pode ficar na casa dos 30%. Um dos sindicatos mais fortes, apesar de sua condução burocrática, o dos caminhoneiros, conseguiu um acordo de 25%, após paralisar na semana passada e ameaçar a ir a uma greve de três dias. Várias categorias lutam neste momento.”

    PROJECT SYNDICATE (21/06): “As raízes da surpreendente crise econômica argentina“, por Joseph Stiglitz e Martín Guzmán (em espanhol)

    “Quando Mauricio Macri assumiu sua presidência, Argentina tinha conflitos macro-econômicos para resolver. Apesar dos mercados aplaudirem suas primeiras medidas tendentes à liberalização, os investimentos anunciados nunca chegaram ao país. Finalmente, se produziu uma crise cambial. Agora, Argentina retorna ao Fundo Monetário Internacional. No entanto, as políticas que está adotando poderiam não levar ao desenlace esperado pelo governo.”

  • Elegerá México a López Obrador?

    Elegerá México a López Obrador?

    Caru Schwingel – Especial para Fundação Lauro Campos

    Torre Latino-Americana no domingo eleitoral.

    Cidade do México, 1o de julho de 2018, a megalópole de 22 milhões de pessoas desperta em estranha calmaria à espera do voto que pode mudar a história republicana de seu país. Hoje ocorrem as maiores eleições já realizadas em seus quase 200 anos republicanos. São 88,7 milhões de mexicanos convocados a 154 mil urnas nos 31 estados e Distrito Federal. E pela primeira vez, o candidato abertamente à frente nas pesquisas foge à regra da elite econômica que sempre comandou o país.

    Andrés Manoel López Obrador acaba de votar em Copilco, zona sul da Cidade do México, 8h no México, 10h no Brasil. Natural do estado de Tabasco, de ascendência indígena, candidato pela quarta vez à presidência da República, López Obrador, ou simplesmente AMLO para os mexicanos, representa a mudança. Representa a esperança de futuro, benfeitorias sociais, nacionalismo e – por que não? – uma perspectiva socialista mediante o neoliberalismo. Morena – Movimento pela Regeneração Nacional, é um partido de esquerda criado em 2012 para impulsionar a campanha de López Obrador. Une-se ao PT – Partido do Trabalho e ao PES – Partido Encontro Social para a coligação “Juntos Faremos História”, e a estão fazendo. A configuração política do México depois destas eleições, ganhando ou não López Obrador, já não será mais a mesma.

    Pesquisas indicam o candidato com mais de 40% mediante José Antonio Meade, do Partido de direita do atual presidente, o PRI – Partido Revolucionário Institucional, na coligação Todos por México, e de Ricardo Anaya, do PAN – Partido da Ação Nacional, na coligação México à Frente, ambos com cerca de 20%. Porém há um grande número de indecisos que podem modificar esses dados.

    Mexicanos  vão às urnas

    Especialistas estimam que cerca de 80% dos mexicanos irão às urnas hoje. Apesar do voto ser considerado uma obrigação na Constituição Federal, não há obrigatoriedade ou sanções para quem não comparece nas eleições. Entre um desencantamento pela política e a necessidade de mudança, o mexicano médio diz “se não houver fraudes, López Obrador será nosso presidente”. Cidadãos como o porteiro Salvador Martinez: “Igual a todo bom mexicano, é certo que hoje vou votar ao sair do trabalho. O voto é secreto, mas vou pela mudança”.

    Nosotrxs/Divulgação

    Luiz Fernández, advogado e diretor executivo do movimento cidadão Nosotrxs, que fiscaliza as ações das instituições governamentais, diz que é muito difícil ter fraude eleitoral nestas eleições. “O que podem ocorrer são delitos eleitorais. Urnas não chegarem, cédulas eleitorais sendo levadas a pessoas para votarem e levadas às urnas de volta, situações de pagamento de votos (voto de cabresto). Mas o INE – Instituto Nacional Eleitoral é uma das instituições mais éticas do país”.

    México vai às urnas e no final da tarde retorna a compasso de espera, pois a primeira prévia oficial deverá sair às 23h, 1 hora da manhã no Brasil. Devido à conferência do voto eletrônico com a cédula em papel, a apuração pode se estender até segunda-feira. Além do presidente, os mexicanos elegem a 128 senadores e 500 deputados federais.

    Eixo Central, uma das avenidas mais movimentadas da CDMX, vazia na abertura das urnas.
    Palácio de Belas Artes – Cidade do México em espera.
    Rodrigo ainda não vota, mas fez campanha por López Obrador e foi ao Estádio Azteca no fechamento da campanha.
    Ato final da Campanha de López Obrador na quarta-feira na Cidade do México reuniu 80 mil mexicanos no Estádio Azteca.
  • Revista Socialismo e Liberdade – Edição 21

    Revista Socialismo e Liberdade – Edição 21

    [vc_row][vc_column][vc_column_text]Leia on-line a Revista Socialismo e Liberdade nº21

    Baixe e leia a revista na íntegra[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_text_separator title=”Artigos publicados no site” border_width=”2″][vc_masonry_grid post_type=”post” max_items=”10″ item=”none” grid_id=”vc_gid:1532658891899-2cca68fb-d515-7″ taxonomies=”142″][/vc_column][/vc_row]

  • Salão do Livro homenageia Marielle

    Salão do Livro homenageia Marielle

    O mais importante evento das livrarias independentes de São Paulo fez na noite de sua abertura, 18/06, homenagem à Marielle Franco. A história política e luta da vereadora do PSOL assassinada no Rio de Janeiro devem ser lembrados para “não deixar essa semente sem florescer”, disse o presidente da Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Mendes, ao entregar a homenagem para Anielle Franco. “Minha irmã era isto, era luta, era resistência.E é o que a gente tem tentado se desdobrar e fazer como família. Seguir na luta e levar o nome dela aonde a gente conseguir estar. O meu muito obrigada”, afirmou Anielle.

    “O fato de que há três meses não há resposta para o crime também foi lembrado por Anielle. “Esperança de transformação social é o traz essa homenagem”, diz Francisvaldo Mendes.

    Marielle Franco foi a personalidade homenageada neste ano do IV Salão do Livro Político, juntamente com a Editora Sundermann. A editora especializada em Leon Trotsky, recebeu este nome em homenagem aos militantes políticos José Luís e Rosa Sundermann, assassinados em 1994. Crime até hoje sem apuração e punição. Que este não seja o mesmo destino do caso de Marielle Franco.

    O IV Salão do Livro Político ocorre de 18 a 21 de junho no Tucarena, tradicional espaço da esquerda brasileira.

    Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, acompanhada do presidente da FLC, Francisvaldo Mendes.
  • Salão do Livro desafia a crise brasileira

    Salão do Livro desafia a crise brasileira

    Organizado pelas principais editoras do mercado independente de São Paulo, a quarta edição do Salão do Livro Político discute o Brasil pós-golpe de 2016. De 18 a 21 de junho, no Tucarena, debates sobre a crise, as eleições, o cenário econômico, censura e ciências, fake news e os 30 anos da Constituição de 1988 mobilizam pessoas interessadas na construção de em país mais justo e igualitário.

    Livros políticos representam cerca de 2,5% do total das obras publicadas anualmente no país. Organizar um evento que visibiliza a formação política, tendo como base o campo das esquerdas é um grande desafio. Qualificar o debate político e incentivar a leitura e venda dessas obras no mercado são os objetivos do Salão.

    O Salão do Livro Político conta com o apoio das Fundações ligadas aos partidos. Para o presidente da Fundação Lauro Campos, Francisvaldo Mendes, a falta de comprometimento com a construção do campo das esquerdas é um dos grandes problemas para a organização do evento. “A importância da política na construção social se evidencia ainda mais neste momento de crise. Por isso da importância do Salão e de estarmos presentes”.

    Para além dos debates, o espaço da feira de livros é um dos mais interessantes a ser visitado. Ali, as editoras expõem os principais títulos em ciências políticas publicados no país. São mais de 30 editoras, algumas universitárias, com centenas de títulos e descontos que chegam a 50%. A Fundação Lauro Campos está presente com suas principais publicações.

    Durante às tardes, acontece o curso “A teoria da revolução”, em quatro aulas sobre Marx (com o professor Mauro Iasi), Lênin (Augusto Buonicore), Bakunin (Acácio Augusto) e Rosa Luxemburgo (Isabel Loureiro).

  • Fundações lançam manifesto em SC

    Fundações lançam manifesto em SC

    Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, ocorreu nessa semana o lançamento do manifesto “Unidade para Reconstruir o Brasil”, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC). Organizado pelas fundações ligadas aos partidos PSOL, PDT, PT e PC do B. O evento faz parte de uma série de lançamentos do manifesto que acontecem pelo Brasil, ratificando a proposição de medias conjuntas de um projeto de desenvolvimento nacional.

    O representante da Fundação Lauro Campos, vereador Afrânio Boppré, ressaltou o papel fundamental que as fundações dos partidos estão tendo para a unidade do campo progressista brasileiro. “As fundações estão aproximando os partidos. O PSOL nasceu como partido de oposição. Agora, o que está acontecendo no Brasil impõe uma necessidade histórica. Quem não sabe contra quem luta, não pode vencer. E, aqui, nós precisamos afirmar que temos que nos esforçar para que se tenha uma unidade mínima. Sabemos que temos as nossas diferenças. Mas, nesse momento temos que ressaltar aquilo que nós temos de unidade”.

    Afrânio ainda analisou a atual conjuntura da crise mundial, iniciada em 2008 nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo. “O neoliberalismo é politicamente vitorioso, mas economicamente um fracasso. Temos uma crise gigantesca por conta da reprodução do capital e o nosso campo político tem a obrigação de teorizar, de compreender que o está acontecendo. Teorizar as práticas e praticar as teorias. Para relembrar o velho Lenin: “não há teoria revolucionária sem prática revolucionária” e vice-versa”, conclui.

    Já para o presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, Manoel Dias, o momento nacional demanda um avanço na conscientização dos cidadãos e mobilização da militância. “O crescimento de opções fascistas é resultado do abandono da educação oferecida ao nosso povo. Nesse sentido relembro a destruição do projeto dos Cieps, criado por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Seriam milhares de crianças e jovens salvos do crime organizado”. Comenta ainda que “a união do campo popular é a verdadeira arma contra a onda fascista que afeta o Brasil”.

    Ideli Salvatti, representando a Fundação Perseu Abramo, ressalta que não estamos em “tempos fáceis” e que temos a frente um grande desafio. “Felizmente que para enfrenta-los, nós estamos buscando, através de algumas ações, articulações unitárias. Esse movimento das fundações dos partidos vem para nos dar a perspectiva de unidade para o enfrentamento, na construção de uma plataforma mínima para o diálogo para ações coletivas de atuação política”.

    A representante da Fundação Maurício Grabóis, Ângela Albino, comenta o importante passo para a construção da unidade da esquerda. “Assim como a nossa base não entende como a gente se divide aqui no estado e no município, nós também vemos com muita apreensão que nós não consigamos estar juntos numa mesma candidatura. Torço que a construção nacional priorize o Brasil e não apenas os nossos partidos”.

    Os lançamentos do manifesto têm sido exitosos em todos os estados, por expressar o desafio da unidade da esquerda necessária para o enfrentamento das consequências do golpe. Este sucesso foi o estímulo para a formulação de um novo documento empenhado em unificar parlamentares e pré-candidaturas proporcionais por todo o Brasil em torno de bandeiras comuns para a superação do golpe e avanço do desenvolvimento nacional. O desafio de uma frente parlamentar com estas características é algo inédito que prova a capacidade da esquerda dialogar em suas diferenças.

  • Observatório Internacional, de 10 a 16 de junho de 2018

    Observatório Internacional, de 10 a 16 de junho de 2018

    Nesta edição do Clipping Semanal do Observatório Internacional da Fundação Campos, nossos leitores poderão acompanhar artigos que interpretam quem venceu e quem saiu perdendo do encontro histórico entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte, além da fracassada reunião do G-7 no Canadá. Além disso, é impossível deixar de registrar a magnífica vitória das mulheres argentinas que encheram as ruas do país numa maré de lenços verdes até que o Congresso Nacional aprovasse o projeto de lei que descriminaliza o aborto.

    Outros acontecimentos que chamaram as atenções do mundo foram: a greve geral na Nicarágua contra Daniel Ortega, a violência na campanha eleitoral da Colômbia, os últimos dias do segundo turno na Colômbia entre Duque e Petro, a reformulação ministerial de Maduro na Venezuela, os dissensos no interior da União Europeia a respeito das políticas migratórias, a oferta de apoio do Podemos ao PSOE com base em 20 condicionantes, a decisão do Tribunal Constitucional alemão que proíbe a greve de professores da rede pública de ensino, a resolução da ONU que condena o massacre que Israel vem intensificando em Gaza neste ano, a ofensiva saudita no Iêmen, o recrudescimento do sentimento anti-chinês no Vietnã e a proposta de aumento da idade da aposentadoria por Putin no dia da abertura do Mundial de Futebol.

    Na segunda parte deste trabalho, trazemos explicações das mulheres argentinas para sua monumental vitória pela direito a suas próprias vidas, os diferentes pontos de vista dos analistas internacionais de esquerda sobre as recente manobras geopolíticas de Trump, os rumos da rebelião nicaraguense e o panorama político colombiano às vésperas do domingo que decidirá o próximo presidente do país.

    A todos uma excelente leitura!

    Charles Rosa – Observatório Internacional (16/06/18)

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    NOTÍCIAS E ARTIGOS DA IMPRENSA INTERNACIONAL

    Encontro entre Trump e Kim

    THE GUARDIAN (12/06): “Trump realmente conseguiu um avanço histórico – para a dinastia Kim“, por Jonathan Freedland (em inglês)

    “Assim, Kim deixa Cingapura, tendo conquistado grande parte da legitimidade internacional que a ditadura da dinastia vem buscando há décadas. Mas os presentes de Trump não terminaram aí. Ele também anunciou o fim dos exercícios militares dos EUA na península coreana – os “jogos de guerra” que ele disse serem caros e, usando a linguagem que Pyongyang poderia ter usado, “muito provocativos”. Trump também sugeriu uma eventual retirada das 28 mil tropas dos EUA estacionadas na península coreana.”

    NY TIMES (14/06): “Trump foi passado para trás em Cingapura“, por Nicholas Kristof (em inglês)

    “O aspecto mais notável da declaração conjunta foi o que não continha. Não havia nada sobre os programas congelantes de plutônio e urânio da Coréia do Norte, nada sobre a destruição de mísseis balísticos intercontinentais, nada sobre permitir que os inspetores retornassem às instalações nucleares, nada sobre a Coreia do Norte fazer uma declaração completa de seu programa nuclear, nada sobre um cronograma, nada sobre verificação. , nem mesmo qualquer compromisso claro de suspender permanentemente o teste de armas nucleares ou mísseis de longo alcance.”

    WASHINGTON POST (12/06): “O maior vencedor do encontro entre Trump e Kim foi a China“, por Josh Rogin (em inglês)

    “A fé cega na sinceridade de um ditador norte-coreano não é uma base válida para acabar com a postura estratégica dos EUA na Ásia, questionando as relações de aliança e elevando a pressão sobre a Coréia do Norte. Se o objetivo estratégico de Pequim é enfraquecer a posição dos Estados Unidos em sua região, Trump fez um bom trabalho por eles.”

    Fiasco da reunião do G-7

    THE GUARDIAN (10/06): “Trump e o G-7: um divisor de águas“, editorial do Guardian (inglês)

    “O fracasso da reunião do G7 em Charlevoix, Quebec, marca um divisor de águas para as democracias do século XXI. É o momento em que a interrupção da ordem internacional por Donald Trump passou de uma ameaça irritante para uma realidade danosa. Trump foi para Quebec apenas sob protesto. Ele não fez nenhum esforço para comprometer sua guerra tarifária. Ele chegou atrasado para reuniões, repreendeu os outros líderes e saiu mais cedo. Ele esnobou o comunicado final. Ele twittou insultos a seus anfitriões canadenses de seu avião quando ele partiu. No momento em que sua cúpula norte-coreana termina no final desta semana, o Sr. Trump pode estar mais perto de um entendimento com outro ditador autoritário do que com os aliados democráticos da América.”

    EL PAÍS (13/06): “Trump surfa na onda nacionalista dos Estados Unidos“, por Oliver Stuenkel (em português)

    “Só que Trump, ao agir dessa forma, não está apenas expressando suas próprias convicções. Ele está traduzindo em ação o Zeitgeist presente nos EUA já há algum tempo. Em vista do viés nacionalista de significativa parcela da população dos Estados Unidos, parece altamente improvável que qualquer futuro ocupante da Casa Branca, durante a próxima década, possa adotar uma agenda pró-livre comércio tão entusiasticamente como os antecessores de Trump. Com os Estados Unidos cada vez mais de olho no próprio umbigo, caberá a outros atores globais – como a União Europeia, a China, o grupo BRICS e nações latino-americanas – garantir que a globalização continue sem o país que um dia foi seu maior defensor.”

    IPOLITICS (11/06): “Somente um vencedor na cúpula do G-7. Seu nome é Putin“, por L. Ian MacDonald (em inglês)

    “O homem de Vlad nem sequer tem que levantar um dedo, ele tem Trump fazendo todo o seu trabalho sujo para ele. No fim de semana, Putin enviou a Trump uma mensagem de que está disposto a encontrá-lo sempre que os EUA estiverem prontos. Trump se tornou o facilitador de Putin, absorvendo um ditador.”

    Tsunami feminista conquista lei do aborto no Parlamento argentino

    CNN (14/06): “O fenômeno da maré verde na Argentina” (em espanhol)

    “Novamente, o feminismo demonstra que as reivindicações das mulheres atravessam todos os partidos, rompendo esquemas e formando coalizões impensadas em outros temas. Isso se viu claramente na Câmara de Deputados da Argentina com a aprovação da lei, enquanto fora do recinto dezenas de milhares de lenços verdes flamejavam ao vento. Agora, a onda de lenços verdes rodeará o Senado para que sancione a lei de maneira definitiva. Só que esta onda está se tornando um verdadeiro tsunami”.

    Eleições na Colômbia

    BBC MUNDO (15/06): “Eleições na Colômbia: 3 diferenças irreconciliáveis entre Iván Duque e Gustavo Petro (e 1 aspecto que os une)” (em espanhol)

    “Podem estar nas antípodas ideológicas, mas os especialistas encontram um ponto em comum entre Iván Duque e Gustavo Petro que seria o segredo de seu êxito. Os dois tiraram proveito do desencanto existente na Colômbia com a política tradicional. O cientista política destaca que o uso discursivo de ambos nas concentrações populares e nas redes sociais é muito similar”.

    Greve Geral contra Ortega na Nicarágua

    BBC (15/06): “Manifestantes da Nicarágua realizam greve nacional com confrontos” (em inglês)

    “Uma greve geral de 24 horas deixou boa parte da Nicarágua paralisada, já que militantes contrários ao governo exigem a renúncia do presidente Daniel Ortega. Ruas foram abandonadas e empresas fecharam na capital, Manágua, mas protestos violentos ocorreram em outras cidades. Relatórios dizem que pelo menos três pessoas morreram na quinta-feira, elevando o total de mortos em oito semanas de confrontos para cerca de 160. Novas negociações para acabar com o impasse devem acontecer na sexta-feira. Os protestos começaram em 19 de abril, depois que o governo impôs cortes nos programas de pensão e previdência social. Os cortes foram posteriormente cancelados, mas os protestos evoluíram para uma rejeição ao governo de Ortega e milhares de pessoas já foram às ruas.”

    Violência nas eleições mexicanas

    SEMANA (13/06): “A morte ronda as eleições“, (em espanhol)

    “O assassinato de Rosely Magaña completa 113 políticos eliminados no meio da campanha que terminará no próximo 1 de julho com as eleições presidenciais. Mais de 100 aspirantes receberam ameaças e em várias regiões a justiça começa a chegar por conta dos próprios cidadãos. Uma democracia com cuidados intensivos”.

    Empossado gabinete ministerial de Maduro com maioria feminina

    DW (13/06): “Presidente Nicolas Maduro substitui vice-presidente e promete “novo começo” ” (em inglês)

    “A reorganização do gabinete não viu muitos rostos novos, mas principalmente representou uma reorganização do círculo interno do presidente. O atual vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, assumirá a liderança de um novo departamento, o Ministério da Indústria e Produção Nacional, onde se tornará o principal assessor de política econômica de Maduro. Maduro anunciou a promoção de Rodriguez no Twitter, chamando-a de “irmã” e “jovem corajosa” que foi “testada em mil batalhas”. Maduro disse que Rodriguez seria encarregado de supervisionar “o diálogo nacional, a reconciliação e a paz”.”

    Questão imigratória contrapõe França e Itália

    THE GUARDIAN (13/06): “Linha da UE para imigração se desvanece enquanto França e Itália trocam insultos

    “A França e a Itália trocaram insultos, as divergências aumentaram na coalizão dominante da Alemanha e a Áustria pediu um “eixo de disposição” para agir, como uma discussão sobre como a Europa deveria lidar com a migração irregular que finalmente transbordou. Rejeitando a crítica francesa de suas políticas de imigração, a Itália convocou o embaixador francês na quarta-feira e cancelou uma reunião planejada entre o ministro da economia italiano e seu colega em Paris.”

    Corte alemã proíbe professores de fazerem greve

    DW (13/06): “Professores alemães não podem fazer greve, decide Tribunal Constitucional” (em inglês)

    “Professores que estão empregados como funcionários públicos não teriam permissão para fazer greve, o Tribunal Constitucional da Alemanha decidiu na terça-feira, recusando um empurrão para suavizar a proibição de greve aos trabalhadores do setor público. A decisão ocorre depois que quatro professores alemães participaram de greves e protestos durante suas horas de trabalho e sofreram medidas disciplinares por causa disso. As regulamentações que regem os serviços do setor público na Alemanha proíbem os servidores públicos de greve. De cerca de 800.000 professores na Alemanha, cerca de três quartos estão empregados em contratos de funcionários públicos.”

    Pablo Iglesias propõe acordo de governo a Pedro Sánchez na Espanha

    ABC (15/06): “Iglesias oferece a Sánchez ser seu sócio de governo e propõe 20 medidas para um acordo de legislatura” (em espanhol)

    “Os gestos de Pablo Iglesias a Pedro Sánchez nas últimas semanas se materializaram: o líder do Podemos propõe oficialmente ao presidente ser seu sócio de governo. Porém, adverte, esta oferta de apoio não é, em nenhum caso, como a da moção de censura, ou seja, sem condições, mas que a formação traz debaixo do braço um acordo de legislatura com 20 medidas que o Executivo e o PSOE deverão negociar e cuja aprovação (ou ao menos o apoio dos socialistas) será crucial para manter um Governo que atualmente se sustenta em minoria parlamentar com 84 deputados”.

    Resolução da ONU condena Israel por massacre em Gaza

    PÚBLICO.PT (13/06): “ONU condena força excessiva de Israel e pede a Guterres mecanismo de proteção para Palestina” (em português)

    “A Assembleia Geral das Nações Unidas condenou Israel pelo uso excessivo de força contra civis palestinianos e pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que recomende um “mecanismo internacional de proteção” dos territórios da Palestina ocupados por Israel. PUB A resolução foi aprovada na quarta-feira com 120 votos a favor, oito contra e 45 abstenções, tendo sido apresentada por iniciativa da Argélia, da Turquia e da representação da Palestina, depois de os EUA terem vetado, em Maio, uma proposta para investigar as mortes em Gaza e, em Junho, um texto semelhante no Conselho de Segurança, em que estão representados 15 países.”

    Forças sauditas iniciam mais uma ofensiva no Iêmen

    THE GUARDIAN (13/06): “Coalizão liderada pela Arábia Saudita inicia batalha por porto vital” (em inglês)

    “A coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen lançou um ataque total contra o porto de Hodeidah, controlado pelos rebeldes, em um movimento que os líderes da coalizão afirmaram que poderia ser concluído dentro de uma semana. Sulaiman Almazroui, embaixador do Reino Unido nos Emirados Árabes Unidos, disse que o porto do Mar Vermelho poderia ser capturado sem interromper as linhas vitais de suprimentos humanitários ou colocar em risco as vidas de mais de 600 mil pessoas que vivem na cidade e nas áreas vizinhas.”

    Protestos contra a China no Vietnã

    SCMP (13/06): “Os protestos anti-China no Vietnã devem agravar as tensões com Pequim” (em inglês)

    “O pior surto de sentimento anti-chinês do Vietnã em anos pode prejudicar as já conturbadas relações com o poderoso vizinho do país, enquanto o governo tenta conter os protestos em todo o país. Cerca de 100 pessoas foram presas até agora, mas na quarta-feira centenas de manifestantes novamente se reuniram no Parque Industrial Tan Huong, na província de Tien Giang, no sul do país, segurando faixas com slogans como “Eu amo a pátria”. nossa terra”. Vídeos postados nas redes sociais mostraram centenas de trabalhadores enfrentando a polícia nos portões da fábrica e marchando pelas ruas.”

    Em dia de abertura da Copa, Putin propõe elevar a idade de aposentadoria dos russos

    THE TELEGRAPH (15/06): “Vladimir Putin acusado de usar a Copa do Mundo para eclipsar más notícias depois de propor aumento na idade de aposentadoria na noite de abertura” (em inglês)

    “O governo de Vladimir Putin foi criticado por usar a Copa do Mundo para enterrar as más notícias depois que anunciou o aumento da idade de aposentadoria após a primeira vitória da Rússia no torneio. O anúncio, que veio imediatamente após a vitória de 5 a 0 da Rússia sobre a Arábia Saudita na noite de quinta-feira, deve se mostrar amplamente impopular entre o público russo, que as pesquisas de opinião mostram que se opõem a ajustes no welfare state. Dmitry Medvedev, o primeiro-ministro, disse que os ajustes propostos para a lei verão a idade de aposentadoria para os homens aumentados de 60 para 65 anos e para mulheres de 55 para 63 anos.”

    ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Imensa vitória das mulheres na Argentina

    AIRE DE SANTA FÉ (14/06): “Dora Barrancos: a meia sanção responde à legitimidade social do aborto“, entrevista com a historiadora Dora Barrancos (em espanhol)

    “A sociedade se mobilizou e mudou, e isso fez seus que seus representantes tenham que pensar de outro modo. A mudança de posições antes vertebradas por princípios religiosos foi possível graças à evidência de que essa demanda de direitos responde à legitimidade social que tem o aborto, que contrasta amplamente com a penalização que sustenta atualmente a legislação”.

    MST (15/06): “Aborto legal: a vitória de uma maré que segue“, por Juntas y a la Izquierda (em espanhol)

    “Como é possível que tendo um Papa argentino e um governo nacional claramente de direita como é o de Mauricio Macri, na Argentina tenhamos conseguido semelhante vitória? A resposta não tem segredos demasiados: se o lenço verde da Campanha Nacional pelo Direito ao aborto se fez tão massivo tão rapidamente é porque a onda feminista tem força e chegou para ficar, sobretudo nas mãos das jovens”.

    Fracasso do G-7

    I. WALLERSTEIN (15/06): “O G-7: uma morte para celebrar” (em inglês)

    “O G-7 está para todos os efeitos finalizado. Mas devemos lamentar isso? A luta pelo poder entre os Estados Unidos e os outros era basicamente uma luta pela primazia em oprimir o resto das nações do mundo. Esses poderes menores seriam melhores se o modo europeu de fazer isso vencesse? Será que um pequeno animal se importa com qual elefante pisoteia? Eu acho que não. Todos saúdam Charlevoix! Trump pode ter nos feito todo o favor de destruir esse último grande remanescente da era da dominação ocidental do sistema mundial. É claro que o fim do G-7 não significará que a luta por um mundo melhor acabou. De modo nenhum. Aqueles que apoiam um sistema de exploração e hierarquia simplesmente procurarão outras formas de fazê-lo.”

    RT (12/06): “UE deve criar uma nova ordem mundial para impedir Donald Trump“, por Slavoj Zizek (em inglês)

    “As decisões impulsivas de Trump, como a sua recusa em endossar a declaração do G7 acordada em Quebec, não são apenas expressões de suas peculiaridades pessoais. Em vez disso, são reações ao fim de uma era no sistema econômico global, reações essas que são sustentadas por uma compreensão incorreta do que está acontecendo. No entanto, a visão equivocada de Trump é, no entanto, baseada na percepção correta de que o sistema global existente não funciona mais.”

    REBELION.ORG (16/06): “Se Trump quer arrebentar a ordem mundial, quem poderá detê-lo?“, por Yanis Varoufakis (em espanhol)

    “Trump observa esta situação e conclui que, se os Estados Unidos já não podem estabilizar os sistema capitalista global, da mesma forma pode descarregar-se de todos os convênios multilaterais atuais e começar do zero com uma nova ordem que se assemelhe a uma roda, com os Estados Unidos no centro e todas as outras potências no raio, uma disposição de acordos bilaterais que assegure aos Estados Unidos ser sempre o sócio mais forte e assim poder se beneficiar da tática do ‘divide e vencerás’”.

    Encontro de Trump e Kim Jong-Un

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    ESQUERDA.NET (15/06): “Trump ganha sempre“, por Francisco Louçã (em português)

    “Trump arrisca muito no plano interno, embora esteja a despejar dinheiro para os ricos (um generoso sistema fiscal) e para os pobres (nota-se menos, mas ampliou alguns programas sociais com impacto), só porque juntou uma coligação de aventesmas e esses são os seus candidatos no outono deste ano. Mas arrisca pouco no plano internacional. Aí ganhou tudo até agora: rompeu o acordo com o Irão e Merkel prometeu resistir, mas as empresas europeias já fugiram, a começar pelas que tinham os maiores contratos, a Total e a Airbus; entrou em choque no G7 com todos os outros e Macron, que tinha apostado tudo nos abraços da Casa Branca, veio ufano espanejar um G6 sem os EUA, o que é pura fantasia; mudou a sua embaixada para Jerusalém e deu luz verde a Netanyahu para disparar, e assim ficamos.”

    CTXT (13/06): “Amar em tempos revoltos“, por Rafael Poch (em espanhol)

    “Trump quer repetir a jogada de Kissinger/Nixon dos setenta mas invertendo as peças: se então o objetivo era ganhar a China contra a URSS, agora se trata de ganhar a Rússia contra a China. Será preciso ver como ficará isso, mas de momento, está resultando numa considerável histeria fomentada pelos adversários desta mudança de inimigo principal. Até agora a ameaça da Coreia do Norte foi um recurso central para justificar o desenvolvimento militar dos Estados Unidos contra a China em sua região. Quer Trump mudar a aposta integrando a Coreia do Norte num esquema hostil contra a China? Em qualquer caso, os coreanos, do norte e do sul, aproveita a mudança de música para praticar seu próprio jogo no ritmo de uma distensão intercoreana que mais dia ou menos dia acabará com a reunificação de uma das nações mais antigas do mundo.”

     

    Eleições na Colômbia

    VIENTO SUR (15/06): “Entre o partido da Paz e o Partido da Guerra“, por John Freddy Gómez e Camila Andrea Galindo, (em espanhol)

    “Estas foram, e serão, semanas o povo colombiano somos testemunhas de como vão se conformando dois blocos com vistas ao segundo turno: da parte dos que apoiam Duque, os partidos tradicionais – na realidade algumas de suas frações – os representantes da corrupção e as violações sistemáticas de direitos humanos e sociais; e, os que se uniram em torno da construção da plataforma da Colômbia Humana, que atenderam ao clamor do povo e superaram inclusive suas mais profundas críticas em prol de uma construção conjunta de uma transformação do país e de sua sociedade. Esperamos que em 17 de junho, no final da tarde, se evidencie o poder do povo sobre esse bloco de poder dominante, que sejamos os oprimidos, explorados e as comunidades em defesa de seu território os que nos vejamos representados no novo governo eleito.”

    Rebelião na Nicarágua

    ESQUERDA.NET (14/06): “O povo nicaraguense não mudou, a Frente Sandinista sim“, por Henrique Carneiro (em português)

    “Já passam de 130 os mortos, a enorme maioria abatida pela repressão governamental. Assim como me emocionei quando adolescente, pela luta do povo nicaraguense que conseguiu derrubar uma ditadura, me comovo novamente pelo levante atual. O povo nicaraguense não mudou e continua o mesmo: combativo e solidário. O sandinismo mudou muito e se tornou um orteguismo. Eu espero não ter mudado no essencial e continuo ao lado dos povos e contra os governos assassinos.”

    PORTAL DA ESQUERDA (15/06): “Um programa alternativo para democratizar a Nicarágua em benefício dos trabalhadores, estudantes e setores populares“, por PSOCA (em espanhol) 

    “Enquanto os estudantes e setores populares lutam nas ruas, os empresários do COESP conspiram para evitar o triunfo de uma nova revolução, como a que ocorreu em 1979, com a diferença que no atual processo revolucionário não há uma organização guerrilheira que a dirija”.

  • Fundações lançam manifesto em Belém

    Fundações lançam manifesto em Belém

    No sábado (16/6), os representantes da Fundação Lauro Campos, Perseu Abramo, Maurício Grabois e Leonel Brizola-Alberto Pasqualini estiveram em Belém (PA) para realizar o debate “Os desafios da esquerda na Amazônia em defesa dos direitos do povo e pela soberania nacional” e lançar no Pará o manifesto “Unidade para Reconstruir o Brasil”, elaborado e assinado pelas fundações do PSOL, PT, PC do B e PDT. As fundações já realizaram atividades conjuntas para o debate sobre a unidade da esquerda em Brasília, Salvador, São Paulo e Curitiba. Outros encontramos, com a mesma temática serão realizados em outras cidades.

    A representante da Fundação Lauro Campos, Lívia Duarte, fez uma homenagem em memória de Marielle Franco e destacou no início da fala a aprovação do aborto legal e seguro pela câmara de deputados da Argentina, como um exemplo de que a luta travada no país vizinho é um exemplo que pode ser repetido no Brasil. Sobre o manifesto, Lívia destacou o tipo de desenvolvimento que precisamos pensar para o nosso país. “Até que ponto essa fórmula atual de desenvolvimento nos serve? O que é progresso para nós? Altamira – cidade que serviu de base para a instalação da hidrelétrica de Belo Monte – foi até o ano passado o município mais violento do Brasil. Existe um diagnóstico de violência nessas áreas com grandes construções que não são dados atoa”, salienta.

    Na continuação, Lívia destaca os rumos que precisamos tomar para um desenvolvimento sustentável e conjunto entre os partidos e os setores de unidade em torno do manifesto. “Precisamos pensar num projeto de futuro que nos caiba, que caiba nossa tez, que caiba nosso sangue, que caibam as nossas características. Precisamos de uma unidade além da resistência, a gente precisa pensar em pontos programáticos de unidade, pensar em objetivos futuros de dignidade e esperança para o povo. Precisamos avançar e, para avançar, precisamos estar juntos para uma pátria livre”, conclui.

    Edval Bernardino Campos, representante da Fundação Maurício Grabois, destaca que “esse manifesto que nos congrega é um alento de possibilidade real de tirar o Brasil de uma encruzilhada, apontando para o progresso, para o desenvolvimento, para a redução das desigualdades regionais e sociais”.

    Já Isabel dos Anjos, representante da Fundação Perseu Abramo, pontua que o manifesto surge em virtude do enfrentamento necessário e urgente à avalanche do capitalismo que temos vivido nos últimos tempos. “A crise iniciada em 2008 já é apontada por especialistas e pela realidade dura do nosso povo, como uma das piores crises do capitalismo. Essa crise tem possibilitado a hegemonia do capitalismo em todo o mundo e, especialmente, no Brasil, onde os índices de desigualdades são históricos. Quando estamos falando de avanço do neoliberalismo – ou seja, do capitalismo -, estamos falando de vida e morte das pessoas. Por isso, não temos dúvidas de que, juntos, podemos superar a crise que está posta nesse país e essa superação passa pelo diálogo e pela construção coletiva de todos nós”, encerra.

    O jornalista Oswaldo Maneschy, representante da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, destacou a importância do manifesto para o futuro do nosso país. “Essa é uma proposta que junta todos nós em defesa do Brasil e da nossa soberania nacional. Tivemos um golpe, um golpe diferente, mas que precisamos reagir. O objetivo desse manifesto é tentar costurar uma proposta de governo, de país. Nós temos uma tarefa muito grande pela frente: a eleição. Disputar a eleição não vale a pena, nós precisamos é ganhar a eleição”, conclui.

    Os lançamentos do manifesto têm sido exitosos em todos os estados, por expressar o desafio da unidade da esquerda necessária para o enfrentamento das consequências do golpe. Este sucesso foi o estímulo para a formulação de um novo documento empenhado em unificar parlamentares e pré-candidaturas proporcionais por todo o Brasil em torno de bandeiras comuns para a superação do golpe e avanço do desenvolvimento nacional. O desafio de uma frente parlamentar com estas características é algo inédito que prova a capacidade da esquerda dialogar em suas diferenças.