Autor: Rodolfo Vianna

  • “A Batalha da Esperança”, documentário sobre as eleições de 2016

    “A Batalha da Esperança”, documentário sobre as eleições de 2016

        Nas eleições municipais de 2016, o PSOL enfrentou grandes desafios: disputou o segundo nas cidades do Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo, de Belém do Pará, com Edmilson Rodrigues e de Sorocaba (interior de São Paulo), com Raul Marcelo. Estas campanhas são o foco do documentário realizado pela Fundação Lauro Campos que agora tem o prazer de divulgar. Além dessas cidades, também as campanhas de Luciana Genro em Porto Alegre e de Luiza Erundina na cidade de São Paulo são retratadas.

         Produzido pela Molotov Filmes e com realização da Agencia Vanguarda.com, o documentário “A Batalha da Esperança – o PSOL nas eleições municipais de 2016” acompanhou tanto o dia a dia dessas campanhas como também traz depoimentos e análises sobre o processo. Você pode assisti-lo na íntegra abaixo:

     

     

  • A Revista Socialismo e Liberdade agora em seu celular

    A Revista Socialismo e Liberdade agora em seu celular

        Agora é possível conferir a revista Socialismo e Liberdade diretamente no seu celular. A edição especial sobre os 100 anos da Revolução Russa também pode ser lida por meio de um exclusivo aplicativo desenvolvido para a Fundação Lauro Campos.

        Todo o conteúdo da revista, 13 artigos que abordam a vitória do partido bolchevique em 1917 sob diversos ângulos, está disponível no aplicativo gratuito. Segundo Claudio Zamboni, um dos responsáveis pela criação desta nova ferramenta, o intuito foi o de aumentar o alcance da publicação: “nos temos a versão impressa da revista, a versão on-line, na página da Fundação, e agora o aplicativo, que é uma adaptação do conteúdo para uma linguagem que facilite a leitura em aparelhos móveis, um formato pensado para celular”. Além de Zamboni, participaram do desenvolvimento do aplicativo Luciano Perobelli e Paulo Loffredo, da Zaha Comunicação.

     

     

        A edição especial da Revista Socialismo e Liberdade tem artigos de José Salles, Valerio Arcary, Roberto Robaina, Marcelo Badaró Mattos, Ana Cristina Carvalhaes, Marcio Farias, Daniela Mussi, Rosa Maria Marques, Luiz Arnaldo Dias Campos, Daniel Araão Reis, Rejane Hoeveler e Carla Silva. São mais de 80 páginas e diversos pontos de vista sobre a vitoriosa revolução proletária na Rússia e seus desdobramentos históricos.

        Para além da nova ferramenta pensada para celular, a revista também pode ser conferida AQUI em sua versão online. A versão impressa pode ser encontrada na sede da Fundação, em São Paulo, ou nos diretórios estaduais do PSOL pelo Brasil.

     

     

     

  • Observatório Internacional, de 20 a 27 de outubro de 2017

    Observatório Internacional, de 20 a 27 de outubro de 2017

    A semana termina com uma notícia de impacto: o Parlamento da Catalunha declara a independência em resposta à ativação do decreto 155 por parte do governo central da Espanha. O Observatório Internacional destaca este tema como o principal desta edição, que conta ainda com matérias jornalísticas a respeito do fortalecimento de Xi Jinping na cúpula dirigente chinesa, as eleições na Argentina, Japão e República Tcheca, a reforma eleitoral na Itália, os distúrbios no Quênia, as novas denúncias da Odebrecht no Peru, a crise do Judiciário mexicano e a rebelião republicana contra Trump nos EUA.

    Na segunda parte do Clipping Semanal, compilamos algumas opiniões sobre como a esquerda deve se posicionar na Catalunha, os balanços eleitorais na Venezuela e Argentina, além de uma entrevista analisando o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês.

    Uma ótima leitura a todos!

    Charles Rosa – Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos

     

    NOTÍCIAS DOS PRINCIPAIS JORNAIS DO MUNDO

    Declaração de Independência da Catalunha

    El Nacional.cat (27/10): “O Parlament declara República catalã como Estado independente e soberano”

    “O Parlament da Catalunha aprovou com votação secreta a resolução apresentada pelos grupos de JxSí e da CUP que declara em seu preâmbulo a constituição da República catalã, como Estado independente e soberano de direito, democrático e social com 70 votos a favor, 10 contra e 2 abstenções. O pleno fez a aprovação com os votos dos deputados independentistas e na ausências dos parlamentares de Ciudadanos, PSC e PP.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iEbP1R

    El País (27/10): “Senado aprova a aplicação do 155 na Catalunha”

    “O Senado aprovou, depois de seis horas de debate, a aplicação do artigo 155 da Constituição, uma solução extrema e inédita na democracia, para frear o processo independentista da Catalunha, por 214 votos a favor, 47 contra e uma abstenção. A medida, apoiada pelo Partido Popular (com seus coaliados Foro Asturias e União do Povo Navarro), o PSOE, Ciudadanos e Coalición Canaria, supõe a suspensão do presidente da Generalitat e seu governo, a restrição dos poderes do Parlamento Catalão, a intervenção de organismos e serviços da comunidade autônoma, como os Mossos d’Esquadra, e a convocatória de eleições num prazo de seis meses. Foi depois de uma sessão densa, amiúde renhida e carregada de inquietude pelo transcurso do plenário do Parlament catalão. A votação ocorreu somente 45 minutos depois da aprovação em Barcelona da resolução para declarar a independência. Se opuseram ao 155, Unidos Podemos e suas confluências, Esquerra Republicana de Catalunya, Partido Nacionalista Vasco e o PdeCAT.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zbUapt

    El Diario.es (27/10): “Todas as reações internacionais após a declaração de independência da Catalunha”

    “A declaração de independência adotada pelo parlamento da Catalunha nesta sexta-feira desencadeou uma onda de reações internacionais por parte de mandatários, líderes mundiais e personagens conhecidos”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zU2uHq

    El País (27/10): “Milhares de manifestantes ovacionam a declaração de independência da Catalunha em frente ao Parlament”

    “O aplauso ressoou com força em frente ao Passeio de Picasso em Barcelona quando o Parlament aprovou nesta sexta-feira a resolução para proclamar a independência. Aqui, junto ao parque que rodeia o Hemiciclo, milhares de pessoas se reuniram para respaldar o Govern. Os congregados vaiaram as intervenções dos partidos da oposição e ovacionaram efusivamente as dos partidos independentistas. “Liberdade, liberdade!”, foi o coro quando os deputados se referiram aos Jordis. “Fora, fora!”, quando falavam os representantes de Ciudadanos. Tudo isso, num ambiente dominado por bandeiras estreladas, gritos de “independência” e cartazes que instavam à “desobediência” para constituir a República catalã. E ‘Els segadors’ para concluir.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yY100I

    Público.es (27/10): “Iglesias reitera que não é partidário do 155, mas tampouco de uma independência ‘ilegal e ilegítima’”

    “O secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias, apostou pelo ‘diálogo’ para solucionar o problema gerado na Catalunha ante o desafio independentista e a possível aplicação do artigo 155 da Constituição, e fez um último chamado a esse diálogo. Crê que hoje, tanto o presidente do Governo central, Mariano Rajoy, como o da Generalitat, Carles Puigdemont, têm a ‘obrigação’, disse de ‘pegar o telefone e começar a conversar’, porque ‘não fizeram isso ainda’”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2llNSgR

    Eleições parlamentares na República Tcheca

    NY TIMES (21/10): “Eleição tcheca vencida por partido anti-establishment liderado por bilionário”

    “Um partido anti-establishment fundado por um oligarca bilionário superou no sábado os principais partidos tradicionais da República Tcheca, o que praticamente torna o magnata falante e enigmático no futuro primeiro-ministro do próximo governo de coalizão. Ano, o partido formado por Andrej Babis, 63, tinha quase 30% dos votos, com 99% das cédulas apuradas. Os social-democratas, que estiveram no centro da política tcheca por um quarto de século e terminaram em primeiro nas eleições anteriores, chegaram num distante sexto lugar com apenas 7%. Os comunistas ficaram em quinto. E os democrata-cristãos, outro partido que tem suas raízes na fundação do país, obtiveram menos de 6%, perigosamente perto do limite para se qualificarem a assentos no Parlamento.”

    LINK (em inglês): http://nyti.ms/2xdRxhW

    Moção de censura em Portugal

    Público.pt (24/10): “’Geringonça segura governo mas prefere atacar a direita”

    “No momento da votação, os deputados à esquerda do PS não faltaram à chamada e, perante a imagem das bancadas do BE, PCP, PEV, PS e do deputado do PAN a levantarem-se, para rejeitarem a moção de censura, o Presidente da República até pode dizer que a legitimidade do Governo saiu renovada. Mas no debate o apoio da esquerda foi tímido, com os partidos que sustentam o executivo a preferirem atacar as políticas florestais da direita que durante décadas, acusaram, votaram o mundo rural ao abandono.”

    LINK (em português): http://bit.ly/2zamaJR

    Reforma Eleitoral na Itália

    DW (26/10): “Nova lei eleitoral na Itália obriga a novas coalizões”

    “O Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira (26.10.2017) de maneira definitiva o controvertido projeto de lei de reforma eleitoral que introduz um sistema misto, proporcional e majoritário, pelo qual serão necessárias amplas maiorias para governar. A aprovação da lei, imprescindível ante a falta atualmente de um sistema eleitoral no país e com as próximas eleições previstas para 2018, foi processada entre os duros protestos do Movimento Cinco Estrelas (M5S) e de uma parte da esquerda do país”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2y86ab8

    Referendo separatista em Veneto e Lombardia

    El País (24/10): “Os referendos de Veneto e Lombardia sacodem o tabuleiro eleitoral na Itália”

    “Os salões políticos de Roma viram na segunda-feira como os velhos fantasmas do norte tornavam a sair do armário. Lombardia e Vêneto, duas das três regiões mais ricas e industrializadas da Itália, exigiram mais autonomia no domingo em dois referendos. Ou seja, maiores competências e uma parte dos impostos que equilibre seu déficit fiscal. A participação superou a expectativa e volta a colocar no mapa político italiano, depois de anos desterrado, um incômodo debate a poucos meses para as eleições.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yO1I0N

    Massivos protestos em Malta

    The Guardian (23/10): “Milhares protestam em Malta exigindo justiça após jornalista ser assassinado”

    “Milhares de pessoas se reuniram numa concentração no domingo para exigir justiça para a jornalista maltesa e blogueira Daphne Caruana Galizia. As multidões encheram as ruas na capital, La Valetta, na “manifestação nacional por justiça” em honra à mulher de 53 anos, assassinada com um carro-bomba na segunda-feira passada. O impacto inicial do assassinato de uma mulher cujo trabalho investigava os rincões obscuros da política maltesa, sacudindo tanto o governo quanto a oposição, deu lugar a demandas de uma frente unida por justiça”.

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2yFCzFw

    Eleições na Islândia

    The Guardian (27/10): “A Islândia se prepara para a segunda eleição instantânea em menos de um ano depois de uma série de escândalos”

    “A Islândia se dirige a sua segunda eleição parlamentar instantânea em menos de um ano no sábado. O colapso financeiro que colocou o país de joelhos há quase uma década ainda segue influenciando sua política. Embora a economia da ilha esteja prosperando novamente, graças principalmente a um boom turístico sem precedentes, alguns de seus principais políticos se viram afetados por uma sucessão de escândalos financeiros e éticos que abalaram a confiança dos eleitores. O primeiro-ministro, Bjarni Benediktsson, convocou a eleição no mês passado depois que seu governo de três partidos desmoronou por uma suposta tentativa de encobrir os esforços de seu pai para ajudar a “restaurar a honra” de um criminoso sexual infantil condenado.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2gNXJKQ

    Reforma fiscal nos EUA

    NY Times (26/10): “Câmara aprova plano orçamentário, abrindo caminho para a revisão dos impostos”

    “A corrida republicana para reformar o código tributário entrou em um sprint na quinta-feira, com os membros da Câmara limpando um plano orçamentário que permitiria que uma lei fiscal passasse o Congresso sem votos democráticos, e líderes do Senado sinalizando que o projeto de lei poderia ser introduzido, debatido e aprovado em ambas as câmaras até o final de novembro. Essas ambições já são complicadas pela difícil matemática, tanto em termos de receitas fiscais quanto de contagem de votos. A votação do orçamento colocou em evidência esses fatores concorrentes, com 20 republicanos que desertaram e a resolução passando por pouco, 216 a 212, em parte pelas preocupações com a possível eliminação de uma isenção de impostos que desproporcionalmente beneficia os residentes de estados de alta tributação. Uma possível redução nos limites de contribuição para 401 (k) contas de aposentadoria também parece estar motivando uma luta intrapartidária.”

    LINK (em inglês): http://nyti.ms/2xpS8gS

    Conflitos dentro do Partido Republicano

    El País (26/10): “A enésima rebelião republicana contra Trump”

    “Parece uma rebelião. No transcurso de alguns dias, destacados políticos republicanos atacaram com firmeza seu presidente e presidente de todos os estadunidenses, Donald Trump. Consideram-no a antítese dos valores do partido fundado por Lincoln. O ex-presidente George W. Bush lançou-lhe críticas veladas há alguns dias ao alertar os perigos do fanatismo; o senador Jeff Flake, do Arizona, inflamou Washington na terça-feira com seu “Tenho filhos e netos. Não serei cúmplice de Trump”; e o veterano John McCain, candidato presidencial em 2008, é tão beligerante que há quem o chame com sarcasmo de ‘chefe da oposição’.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2gNVWFM

    Congresso do Partido Comunista Chinês

    The Guardian (23/10): “Xi Jinping sinaliza tentar permanecer no poder ao formar politburo sem nenhum sucessor”

    “Xi Jinping iniciou seu segundo mandato como líder da segunda maior economia do mundo, prometendo encabeçar o “grande rejuvenescimento da nação chinesa” e assinalando sua intenção de superar a política chinesa nas próximas décadas. Pouco antes do meio-dia da quarta-feira, Xi revelou a nova formação do principal conselho governante da China- o Birô Político do partido comunista – levando seis camaradas de terno a um flash de câmeras no Grande Salão do Povo”.

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2z7n3D0

    Libertação de ativistas em Hong Kong

    Financial Times (23/10): “Ativistas de Hong Kong, Joshua Wong e Nathan Law, libertados sob fiança”

    “Os defensores da democracia em Hong Kong, Joshua Wong e Nathan Law, foram libertados da prisão sob pagamento de fiança à espera de uma apelação contra suas condenações por incitar a uma assembleia ilegal. O encarceramento dos jovens ativistas em agosto por sua participação nos protestos do Occupy de 2014 produziu-se em meio a uma ofensiva contra os opositores de Pequim no território chinês semiautônomo. Os grupos de direitos humanos disseram que as sentenças ditadas contra Wong e Law e mais de uma dezena de outros ativistas os converteram nos primeiros “presos políticos” de Hong Kong, um termo rechaçado pelo governo designado por Beijing na cidade”.

    LINK (em inglês): http://on.ft.com/2liKqTW

    Vitória de Abe nas eleições japonesas

    Forbes (23/10): “Vitória anti-climática de Shinzo Abe no Japão: poder sem popularidade”

    “No final, a eleição antecipada do Japão foi ganha decisivamente pela coalizão governante liderada pelo LDP, um prognóstico já previsto em todas as pesquisas. Embora a manutenção de sua maioria nunca esteve em risco, havia uma incerteza sobre se o primeiro-ministro Shinzo Abe conseguiria manter sua maioria de dois terços na câmara baixa da Dieta Nacional. Ao cabo, conseguiu, ainda que sua coalizão tenha perdido seis assentos, obtendo 312 de 465 deputados. Abe justificou a antecipação em um ano das eleições para obter um mandato a fim de ter uma posição dura contra a Coreia do Norte, ainda que numa pesquisa recente da NHK tenha indicado que 49% da população está a favor do diálogo com o regime isolado. Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte resgataram Abe, que estava penando nas pesquisas de popularidade durante o verão, caindo de 60% no início do ano para cerca de 25% no final de julho”.

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2zUKpZZ

    Fim do funeral do Rei da Tailândia

    El País (26/10): “Tailândia despede-se consternada de rei Bhumibol e abre uma nova etapa política”

    “Assustados, os tailandeses veem o país que conheceram se consumir pelas chamas que elevam ao paraíso o rei Bhumibol Adulyadej. Um ano depois de sua morte aos 88 anos, o monarca é despedido com um ritual budista no suntuoso crematório construído nas alamedas do Grande Palácio de Bangkok para a ocasião. Setenta e sete milhões de euros para comemorar com honras de deidade o monarca que, tratado como tal, regeu a Tailândia durante 70 anos. Despedem-se do soberano que exerceu o comando de uma nação politicamente muito dividida onde os militares deram um golpe em 2014. Concluídos os funerais, o país encara uma nova etapa. ‘Depois da cremação, o Governo militar será insustentável e os tailandeses quererão uma mudança política através da representação eleitoral”, prognostica Thitinan Pongsudhirak, diretor do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade de Bangkok.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2gICo1O

    Ataque químico na Síria

    The Independent (27/10): “Ataque químico na Síria: forças do regime do Assad por trás de explosão mortal de gás sarin, afirma relatório da ONU”

    “Um novo relatório da ONU descobriu que as forças do presidente sírio Bashar al-Assad são responsáveis por um ataque químico mortal que matou mais de 90 pessoas em uma aldeia rebelde no início deste ano. A investigação da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), divulgada na quinta-feira, disse que os especialistas estão “confiantes de que a República Árabe da Síria é responsável pela liberação de sarin em Khan Sheikhoun em 4 de abril de 2017”.”

    LINK (em inglês): http://ind.pn/2iEt03t

    Novos colonatos de Israel em Jerusalém Oriental

    BBC (25/10): “Israel aprova 176 novos assentamentos em Jerusalém Oriental”

    “As autoridades israelenses aprovaram uma grande expansão de um assentamento judaico na Jerusalém Oriental ocupada. O município de Jerusalém emitiu licenças para 176 novas habitações em Nof Zion, que está cercado pelo distrito palestino de Jabal Mukaber. Ele quase triplicará em tamanho, tornando-se o maior assentamento dentro de uma área palestina de Jerusalém Oriental.”

    LINK (em inglês): http://bbc.in/2iAifPC

    Novas eleições no Quênia

    CNBC (26/10): “Boicote, tiroteio e gás lacrimogêneo marcam novas eleições no Quênia”

    “Partidários da oposição no Quênia se enfrentaram com a polícia e levantaram barricadas incendiadas nas ruas do país na quinta-feira, tratando de conturbar a provável reeleição do presidente Uhuru Kenyatta com uma baixa participação de eleitores. A comissão eleitoral disse que mais de um em cada dez colégios eleitorais não pode abrir. A votação se atrasou até 28 de outubro em quatro dos 47 condados do Quênia, todos na oposição, que apoia o oeste, devido aos ‘desafios de segurança’. A repetição das eleições está sendo seguida de perto na África oriental, que depende do Quênia como centro comercial e logístico, e no Ocidente, que considera Nairóbi como um baluarte contra a militância islâmica no Somália e no conflito civil no Sudão do Sul e Burundi.”

    LINK (em inglês): http://cnb.cx/2llAI3t

    Vitória do macrismo na Argentina

    BBC (23/10): “Mauricio Macri anota uma vitória nas eleições legislativas e fica em melhor posição para impulsionar seu projeto de ‘mudar a Argentina para sempre’”

    “A coalizão de governo na Argentina, a mando de Mauricio Macri, conseguiu um triunfo nas legislativas deste domingo. Os boletins reportaram vitórias para Cambiemos, o partido de Macri, em 13 das 23 províncias e inclusive em algumas onde reinou durante décadas o peronismo, hoje dividido e em oposição”.

    LINK (em espanhol): http://bbc.in/2yLwua7

    Prisão de ex-ministro dos Kirchner na Argentina

    BBC (25/10): “Quem é Julio de Vido, o último aliado dos Kirchner a ser preso na Argentina”

    “Não havia passado a ressaca das eleições do domingo, nas quais Mauricio Macri arrasou, quando esta quarta-feira o kirchnerismo sofreu outro golpe: Julio de Vido, o “arquiteto do poder K”, foi preso. Poucas pessoas foram tão importantes como De Vido durante os governos de Néstos Kirchner (2003-2007) e os dois de Cristina Fernández (2007-2015). Foi aliado desde que arrancaram suas carreiras políticas, encarregado de construir poder através de infra-estrutura e um estilo de “superministro” durante as presidências”.

    LINK (em espanhol): http://bbc.in/2gJhXWa

    Novas revelações da Odebrecht no Peru

    La Republica.pe (26/10): “Por assessorar Ollanta Humala, Odebrecht e OAS pagaram quase US$ 1 milhão a publicitário brasileiro”

    “Valdemir Garreta, publicitário brasileiro sócio de Luis Favre, afirmou que as construtoras Odebrecht e OAS, envolvidas no escândalo de corrupção denominado Lava Jato, lhe pagaram US$ 986 mil para assessorar a campanha eleitoral do ex-presidente Ollanta Humala Tasso em 2011. Assim revelou o diário El Comercio, que nesta quinta-feira publicou as declarações que fez Garreta ao procurador peruano no Brasil, Sergio Jiménez, em setembro passado.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zUaDvi

    Divisão na direita venezuelana

    DW (25/10): “Oposição venezuelana racha após derrota eleitoral”

    “Henrique Capriles, uma das principais vozes de oposição ao regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (25/10) que deixará a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), gerando um sismo na base da oposição no país. O motivo alegado pelo ex-candidato à presidência foi o que chamou de “traição” de um dos partidos da aliança ao aceitar que quatro governadores eleitos pela oposição nas últimas eleições regionais prestassem juramento à Assembleia Constituinte.”

    LINK (em português): http://bit.ly/2yaWigO

    Crise na Justiça mexicana

    El País (27/10): “México, um país sem fiscais”

    “O diagnóstico não deixa lugar para dúvidas. México atravessa uma das piores crises de direitos humanos de sua história; está a ponto de romper este ano todos os recordes de assassinatos e das acusações de corrupção caminham de mãos dadas com a impunidade por um sendeiro que parece não ter fim. Tudo isso em véspera de eleições presidenciais cruciais para o devir do país. O consenso entre os especialistas é abrumador: a única forma de salvar o enfermo é com instituições sólidas. A realidade sobre o tratamento é desoladora: as três procuradorias que poderiam combater estes problemas estão decapitadas e a discussão sobre a futura procuradoria-geral, presa na grelha política”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zcTaBa

    ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Independência da Catalunha

    Sin Permiso (22/10): “O 155 é contra a Catalunha, mas afeta as liberdades democráticas de toda a população do reino da Espanha”, por Miguel Salas

    “Ninguém pode já negar a repercussão estatal e internacional do conflito. É só ver as homepages dos jornais de todo o mundo. O PP, Ciudadanos e PSOE podem surfar numa onda de reação patriótica, mas arrasar com os direitos democráticos na Catalunha é o anúncio de que podem ser cortados em qualquer outro lugar, mas é também a possibilidade de iniciar um movimento solidário e republicano no conjunto do Estado. O grito de “Não passarão” se escuta amiúde pela Catalunha. Terá que ser ouvido também no restante do reino”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iF5P94

    Sin Permiso (22/10): “Catalunha, um ‘solo’ sem povo”, por Daniel Escribano

    “Outro dos originais argumentos contra o movimento independentista catalão é que a direção deste corresponde à direita e que a reivindicação independentista serve “para tapar corrupções e cortes austericidas [sic]”. Aqui nos encontramos entre outra das meias verdades que infestam o artigo de marras. Na maioria de estados europeus onde se aplicaram políticas pro-cícilicas e de ajustes orçamentários, isso supôs altos custos eleitorais aos partidos que as aplicaram. A contestação social que gerou a virulenta políticas de cortes aplicada pelo primeiro governo de Artur Mas lhe obrigou a assumir gradualmente as reivindicações do movimento independentistas, depois do fracasso da proposta de “pacto fiscal” aprovada pelo Parlament e defendida por CiU para melhorar o financiamento das instituições catalãs. O que o historiador omite é que os resultados de tal estratégia foram francamente decepcionantes para a coalizão”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2lpzioH

    Viento Sur (23/10): “A República Catalã como autodefesa”, por Marti Caussa

    “Para resistir a esta ofensiva do PP e das direitas europeias é necessária a mobilização popular em todos os âmbitos afetados e a tarefa mais imediata é lutar contra a escalada repressiva que significa a aplicação do 155 na Catalunha. Para isso é imprescindível a solidariedade dos povos do Estado espanhol e da Europa. Nesta perspectiva, a proclamação da República Catalã pode ser um instrumento de auto-defesa popular, um símbolo da revolução democrática e um estímulo de novas lutas pela democracia e pelos direitos sociais na Catalunha, Espanha e Europa.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zcIJOa

    Viento Sur (23/10): “Golpe de Estado desde o Estado”

    “Em clave catalã, os desafios do momento estão claros. Primeiro ter uma agenda própria pela positiva para além da defesa das instituições catalãs, que deveria se concretizar em torno dos objetivos da República Catalã e do processo constituinte catalão. Segundo, manter unido o bloco que fez possível o 1 e o 3 de outubro, que inclui o movimento independentista e um setor mais amplo e rupturista e, se possível, ampliá-lo a Catalunha em Comum que terá que decidir se segue participando somente na luta antirrepressiva e democrática ou se tenta definir e impulsionar de ver um roteiro constituinte. Terceiro, reforçar um bloco rupturista não-processista que tenha ao mesmo tempo uma política unitária junto ao governo catalão, a Assemblea Nacional Catalana (ANC) e o Omnium, e uma política de pressão e de transbordamento desde abaixo.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2i9iUUg

    Venezuela

    Portal de la Izquierda (25/10): “Consolida-se um sistema autoritário com maquiagem eleitoral?”, por Marea Socialista

    “A busca por estabilidade política que encerram as eleições a governadores e as próximas que possam ser realizadas, está a serviço de tranquilizar o capital financeiro internacional e de brindar certa segurança jurídica que a constituinte por si só não assegura. Mas o coquetel é explosivo, se assemelha a uma onda acumulando pressão. Uma pressão que cedo ou tarde pode assumir a forma de luta social e política, enfrentando o governo com setores de sua própria base social”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zd1Esk

    Rebelion.org (24/10): “Por que voltou a ganhar o chavismo”

    “Aproveitando este trem eleitoral de triunfos, o chavismo avalia agora adiantar a eleição para as prefeituras para dezembro deste ano. Começou também a cogitar o plano de adiantar as eleições presidenciais, que deviam ser realizadas no final de 2018, para o mês de março. Se insistir nos erros do passado, a soberba e o desrespeito às bases chavistas, e se continuar subestimando na prática o populismo clientelista na base mais empobrecida, a oposição pode perder novamente as eleições e suas possibilidade de tirar do poder ao chavismo serão ainda maiores”.

    LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=233195&titular=%BFpor-qu%E9-volvi%F3-a-ganar-el-chavismo?-

    Eleições na Argentina

    Portal de la Izquierda (24/10): “Primeiras conclusões das eleições”, por Sergio García (MST-Izquierda al Frente por el Socialismo)

    “Os resultados confirmaram que não vamos derrotar o macrismo pela via de voltar para trás, de mãos dadas coo dirigentes como CFK ou outros ex-funcionários de governos anteriores. Respeitamos a todas e todos aqueles que simpatizam com esse projeto e votaram nele, mas é hora de tirar conclusões corretas, essa polarização macrismo-kirchnerismo favorece a Macri e vai seguir favorecendo. Não é por aí, nem por nenhum caminho por dentro do velho PJ, que vamos superar positiva e progressivamente o macrismo. É a hora de uma nova alternativa independente destes setores e localizada à esquerda.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iD3FXt

    Atílio Borón (25/10): “Macrismo recarregado”

    “A indiscutível vitória do macrismo a nível nacional coloca um enorme desafio para o conjunto de forças que lutam por um país justo, democrático e soberano. Hoje, devido ao lento porém irresistível – irresistível por ora, como uma vez dissera Hugo Chávez, ascenso da direita da Argentina se converteu num país mais injusto menos democrático e mais dependente.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yWYdFg

    Nova neta de maio recupera identidade

    Rebelion.org (27/10): “As Avós de Maio anunciaram que uma nova neta recuperou a identidade”

    “A “neta 125” é a filha de Lucía Rosalinda Victoria Tartaglia. Estela Carlotto fez o anúncio no encerramento do ato pelos 40 anos das Avós da Praça de Maio, rodeada de netos, membros de organismos de direitos humanos e amigos.”

    LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=233335&titular=las-abuelas-de-plaza-de-mayo-anunciaron-que-una-nueva-nieta-recuper%F3-su-identidad-

    Congresso do Partido Comunista Chinês

    International Viewpont (25/10): “Modernização por uma burocracia pré-moderna? O XIX Congresso do Partido Comunista Chinês”, entrevista com Au Loong Yu

    “Ao final, chegamos a um cenário no qual inclusive se o PCCh pode impor um governo “totalitário” sobre a população e a perspectiva de uma rebelião desde abaixo ainda parece débil, uma ruptura no sistema pode ocorrer em outro lugar. A incapacidade do PCCh de resolver sua crise de sucessão implica um regime instável, e pode provar que sua própria cultura política pré-moderna entra cada vez mais no conflito e também é cada vez mais incapaz de tratar com uma população rapidamente urbanizada e modernizada que tem maiores expectativas que seus pais. Terá uma longa competência entre uma velha China e uma nova China.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2zVX3rw

  • Disponível o vídeo do debate sobre o BDS e a questão israelo-palestina

    Disponível o vídeo do debate sobre o BDS e a questão israelo-palestina

    Confira aqui a íntegra do debate “O BDS, a questão israelense-palestina e a esquerda brasileira”, promovido na sede da Fundação Lauro Campos no dia 20/10/2017.

    Participantes: Pedro Charbel: coordenador latino-americano do Comitê Nacional Palestino do Movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS); Iara Haasz, pedagoga e ativista israelo-brasileira; Bruno Bimbi, jornalista, assessor do mandato do dep. federal Jean Wyllys e Michel Gherman, pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos e Árabes. Mediação de Rodolfo Vianna, da Fundação Lauro Campos.

  • Observatório Internacional, de 12 a 19 de outubro de 2017

    Observatório Internacional, de 12 a 19 de outubro de 2017

    O enfoque desta edição semanal do Clipping do Observatório Internacional é novamente o desafio independentista na Catalunha, que segue ocupando boa parte das manchetes da imprensa mundial. Além disso, dentre os temas que selecionamos, estão a saída dos EUA da UNESCO, o crescimento eleitoral da extrema-direita na Áustria, o Congresso do Partido Comunista Chinês, o trágico atentado terrorista na Somália, a vitória das milícias curdas contra o Estado Islâmico em Raqqa, a vitória de Maduro nas eleições regionais na Venezuela e a aparição de um corpo na Argentina que supostamente seria do ativista Santiago Maldonado.

    Na segunda parte deste trabalho, trazemos alguns artigos da esquerda mundial sobre as eleições venezuelanas, a ruptura catalã e o acordo de reconciliação entre o Hamas e o Fatah na Palestina.

    Uma excelente leitura internacionalista a todas e todos!

    Charles Rosa – Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos

     

    INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA

    The Guardian (16/10): “Tribunal Superior da Espanha prende líderes separatistas catalães sob investigação”

    “A Espanha sinalizou uma linha de endurecimento sobre a Catalunha, com o Supremo Tribunal encarcerando os líderes de duas das maiores organizações separatistas em um movimento visto Madri aproximando-se da imposição do domínio central sobre a Catalunha. Na primeira prisão de figuras seniores senadoras desde o referendo da independência da Catalunha de 1 de outubro, o tribunal ordenou que os chefes da Assembléia Nacional da Catalunha (ANC) e o grupo de independência Omnium fossem mantidos sem fiança na pendência de uma investigação por alegada sedição.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2gK1JIW

    El Diario.es (17/10): “Milhares de pessoas protestam contra o encarceramento de Jordi Sànchez e Jordi Cuixart”

    “Uma maré humana tomou na terça-feira o centro de vários municípios catalães para protestar contra a medida de prisão provisória emitida pela Audiência Nacional para os líderes da independência social, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes do ANC e Òmnium Cultural. A Guardia Urbana estimou em 200 mil pessoas na principal concentração da capital catalã, embora os atos tenham acontecido em pelo menos uma dúzia de localidades.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2l1fgQR

    El País (19/10): “Espanha deve definir no sábado se começa intervenção na Catalunha”

    “O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou na manhã desta quinta-feira que a independência será formalmente votada no Parlamento catalão se o Governo da Espanha “persistir em impedir o diálogo e continuar a repressão”. O Parlamento “pode prosseguir, se assim entender, a votação da declaração formal de independência que não votou no dia 10”, afirmou ele, em uma nova carta. O recado acontece no último minuto do prazo dado em 11 de outubro pelo premiê espanhol Mariano Rajoy para que ele respondesse se declarou ou não a independência da Catalunha, no último dia 10 de outubro, quando ofereceu uma resposta ambígua sobre o que aconteceria em seguida na comunidade autônoma após o referendo independentista de 1º de outubro. Na ocasião, ele afirmou que assumia “o mandato do povo de que a Catalunha se converta em um Estado independente”, mas logo suspendeu “os efeitos da declaração de independência” para que se abrisse uma via de diálogo.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2gQTlaH

    Nacional.cat (19/10): “Puigdemont adverte Rajoy com votação sobre independência, se ele aplica 155”

    “O presidente, Carles Puigdemont, informou o governo espanhol de que, se ele persistir em “impedir o diálogo e continuar a reprimir”, o Parlamento procederá a “votar a declaração formal de independência que não votou em 10 de outubro”. Com este aviso termina a carta que Puigdemont enviou esta manhã às 10 horas para o chefe de gabinete espanhol, Mariano Rajoy, em resposta à exigência de que ele revogasse antes da manhã desta quinta-feira a declaração de independência.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yBYmgX

    ESTADOS UNIDOS

    The NY Times (18/10): “Juiz interrompe temporariamente a nova versão do veto imigratório de Trump”

    “As tentativas do presidente Trump de bloquear os viajantes de um punhado de países – a maioria deles predominantemente muçulmanos – de vir para os Estados Unidos atingiram outro obstáculo legal na terça-feira, quando um juiz federal no Havaí emitiu uma ordem nacional congelando a maior parte da terceira proibição de viagem do Sr. Trump no dia anterior à sua entrada em vigor. Pelo menos por enquanto, a ordem do juiz impedirá que a administração do Trump detenha quase todas as viagens aos Estados Unidos indefinidamente da maioria dos países mencionados na proibição. Um juiz federal em Maryland emitiu um pedido similar na manhã de quarta-feira.”

    LINK (em inglês): http://nyti.ms/2ztZnpj

    Chicago Tribune (12/10): “Os Estados Unidos se retiram da UNESCO, citando o viés anti-Israel”

    “Funcionários dos EUA disseram à The Associated Press que os Estados Unidos estão saindo da UNESCO, depois de repetidas críticas às resoluções da U.N. agência cultural que Washington vê como anti-Israel. Enquanto os EUA pararam de financiar a UNESCO depois de votar em incluir a Palestina como membro em 2011, o Departamento de Estado manteve um escritório da UNESCO em sua sede em Paris e procurou pesar a política nos bastidores. A retirada foi confirmada quinta-feira por funcionários dos EUA falando sob anonimato porque não estavam autorizados a ser nomeados publicamente para discutir a decisão. Não estava claro quando a mudança seria formalmente anunciada.”

    LINK (em inglês): http://trib.in/2ytw6NP

    Editorial do NY Times (16/10): “Sob Trump, a América se rende”

    “Se fosse revogado ou substancialmente renegociado, o Nafta se unirá a uma lista já considerável de acordos renegados por Trump, incluindo o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e a Parceria Transpacífica, outro acordo comercial. Ele, entretanto, levantou dúvidas em vários discursos e comentários indiscriminados sobre seu compromisso com as Nações Unidas e com a OTAN. E para que fim? A resposta de estoque é que ele está procurando aplacar e dinamizar sua “base” – os eleitores preocupados com o declínio econômico – construindo um muro não apenas contra os imigrantes, mas contra a concorrência econômica e os emaranhados estrangeiros, tornando suas vidas e meios de subsistência mais seguros. Em um mundo economicamente interdependente, isso é uma falsa promessa. Também prejudica as relações globais criticamente importantes, corrompe a credibilidade americana e cede a influência e as oportunidades de investimento que a acompanham para países ambiciosos como a China, que estão muito felizes em preencher o papel.”

    LINK (em inglês): http://nyti.ms/2gRB9xs

    BREXIT

    Público.pt (19/10): “UE estende a mão a Theresa May – mas mesmo só um pouco”

    “Theresa May precisa de ceder, Theresa May não pode ceder. É presa nesta contradição que a primeira-ministra britânica vai fazer em Bruxelas uma derradeira tentativa para convencer os parceiros europeus a acelerarem as negociações do “Brexit”. Porém, os restantes 27 estão disponíveis para pouco mais do que um gesto de boa vontade, prometendo que vão estar preparados para começar a discutir o futuro das relações bilaterais, quando o Reino Unido tiver assumido os compromissos (sobretudo financeiros) que lhe exigem.”

    LINK (em português): http://bit.ly/2guqiNf

    Reformas liberais de Macron

    BBC (16/10): “Reforma do imposto sobre fortuna na França reacende debate sobre taxação dos mais ricos”

    A reforma do imposto sobre a fortuna na França – que deixará de ser pago por mais da metade dos contribuintes milionários – reacendeu no país o debate sobre taxar ou não os mais ricos como forma de combater a desigualdade. A França é um dos raros países no mundo a cobrar esse tributo e de maneira ampla: o Imposto de Solidariedade sobre a Fortuna (ISF) incide desde a residência principal a aplicações financeiras, carros, móveis e outros objetos de luxo, como iates, por exemplo.”

    LINK (em português):

    http://bbc.in/2l0QPmU

    Crescimento da direita na Áustria

    El País (15/10): “Áustria dá um giro à direita com a vitória do conservador Kurz”

    “A Áustria muda de ritmo e acaba com uma década de dominação social-democrata com uma clara curva à direta. As eleições legislativas no domingo colocaram o candidato conservador Sebastian Kurz (ÖVP) à porta do Ministério das Relações Exteriores com 31,6% dos votos. Na ausência do escrutínio por correspondência, que começará na segunda-feira, o SPÖ, liderado pelo atual presidente do governo Christian Kern, volta para o segundo lugar a uma curta distância da direita do FPÖ, confirmando suas opções para entrar um futuro executivo. Mais de 55% dos austríacos votaram pela direita.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2gQTlaH

    Financial Times (16/10): “Na Áustria, a extrema direita se aproxima do poder”

    “Depois que os holandeses mantiveram a linha contra o imperdoável extremo direito Geert Wilders em março, e Marine Le Pen foi derrotada na França em maio, era muito fácil esperar que o populismo de extrema direita na Europa estivesse contido. O sucesso relativo da Alternativa para a Alemanha no mês passado foi um lembrete sóbrio de que não há motivo de complacência. O ressurgimento do Partido da Liberdade da Áustria na eleição deste fim de semana é mais uma prova. Uma contagem preliminar, que ainda não contabiliza as cédulas enviadas pelo correio, dá ao extremista FPO 26 por cento dos votso. Isso coloca o partido, que foi fundado em parte por nazistas, em posição privilegiada para entrar em um governo de coalizão com o Partido Popular de centro-direita dirigido por Sebastian Kurz, o chanceler escolhido de 31 anos.”

    LINK (em inglês): http://on.ft.com/2gRqQJW

    Corrida presidencial na Rússia

    BBC (18/10): “A socialite russa Ksenia Sobchak anuncia candidatura presidencial”

    “A socialite russa Ksenia Sobchak concorrerá nas eleições presidenciais do país em março, quando se espera que Vladimir Putin apresente-se novamente. Sobchak admitiu que ela era uma candidata improvável e disse que apoiava o líder da oposição Alexei Navalny, que está impedido de se candidatar. No entanto, ele a advertiu para não concorrer e alguns analistas agora prevêem uma divisão da oposição.”

    LINK (em inglês): http://bbc.in/2x6cCuN

    Congresso do Partido Comunista Chinês

    The Economist (18/10): “O líder da China, Xi Jinping, declara o início de uma ‘nova era’”

    “Está claro que o Sr. Xi quer ser visto como o fundador desta nova era. Ele mencionou o termo 36 vezes em seu discurso. Mesmo que não seja inteiramente claro o que a nova era implicará, a frase tem uma melhor chance de decolar do que as contribuições agora amplamente esquecidas feitas pelos dois predecessores imediatos do Sr. Xi ao léxico ideológico do partido: a “perspectiva científica sobre o desenvolvimento” de Hu Jintao, e a estranha ‘tripla representatividade” de Jiang Zemin.”

    LINK (em inglês): http://econ.st/2yAkUg8

    Corrupção no Paquistão

    The Guardian (19/10): “Ex-premiê do Paquistão, Nawaz Sharif, é indiciado por corrupção”

    “Um tribunal anticorrupção no Paquistão indiciou o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif sobre as alegações envolvendo a propriedade de sua família em propriedades dispendiosas de Londres, potencialmente preparando o caminho para a prisão do líder. A acusação é o último golpe em uma longa queda pública desencadeada pelos vazamentos do Panamá Pappers no ano passado, e vem quando a família de Sharif tenta assiduamente manter sua influência no Paquistão.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2yzsYxz

    Curdistão Iraquiano

    BBC (19/10): “Corte no Iraque ordena prisão de vice-presidente do Curdistão, Kosrat Rasul”

    “Um tribunal iraquiano ordenou a prisão do vice-presidente da Região do Curdistão por chamar as tropas enviadas a Kirkuk nesta semana “forças de ocupação”. Um porta-voz do Supremo Conselho Judicial disse que o tribunal acredita que as observações de Kosrat Rasul foram uma incitação à violência. Ele os fez em uma declaração condenando a retirada dos lutadores Peshmerga de Kirkuk e outras áreas em disputa.”

    LINK (em inglês): http://bbc.in/2kZ4s5X

    Vitória das milícias curdas contra o Estado Islâmico em Raqqa

    Público.pt (17/10): “Daesh derrotado em Raqqa, a cidade que foi a sua capital”

    “As milícias curdas e árabes que os Estados Unidos uniram para lutar contra o Daesh hastearam nesta terça-feira a sua bandeira no estádio de Raqqa, pondo um fim simbólico a quatro meses de cerco e combates para expulsar os jihadistas daquela que consideravam ser a “capital” do seu autoproclamado califado. PUB Talal Selo, porta-voz das Forças Democráticas Sírias (SDF), anunciou que os combates já tinham terminado, mas disse que a proclamação de vitória iria esperar pela desactivação dos engenhos armadilhados deixados pelos jihadistas nos locais de combate e pelas operações ainda em curso para localizar eventuais bolsas de resistência. Horas mais tarde, um porta-voz militar norte-americano afirmou que os seus aliados no terreno controlavam já 90% da cidade, mas havia suspeitas de que uma centena de militantes ainda estaria entrincheirada noutros pontos.”

    LINK (em português): http://bit.ly/2yCdgnE

    Acordo Nuclear com o Irã

    Financial Times (16/10): “Como a Europa pode salvar o acordo nuclear com o Irã”

    Convencer o Irã a fazer concessões pode não ser impossível desde que seja enquadrado fora do acordo nuclear. A lição do acordo que o senhor Trump está disposto a destruir é que as chances de cooperação iraniana são muito maiores quando as potências mundiais mostram uma frente unida.”

    LINK (em inglês): http://on.ft.com/2xQU4hR

    Ataque terrorista na Somália

    The Guardian (18/10): “Milhares marcham na Somália após um ataque que matou mais de 300”

    Milhares de somali manifestaram-se demonstraram contra aqueles que estão por trás do bombardeio que mataram mais de 300 pessoas no fim de semana, desafiando a polícia que abriu fogo para mantê-los longe do local do ataque. Usando faixas vermelhas, a multidão de homens e mulheres, na maior parte dos casos, marchava através de Mogadíscio, em meio a uma estreita segurança. Eles responderam a um chamado à unidade pelo prefeito, Thabit Abdi, que disse: “Devemos liberar esta cidade, que é inundada de túmulos. O ataque no coração de Mogadíscio no sábado foi atribuído ao Al-Shabaab, o grupo islâmico violento local, e foi uma das operações terroristas mais letais em qualquer lugar do mundo nos últimos anos.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2zyyMaQ

    Eleições no Quênia

    Al Jazeera (18/10): “O que está acontecendo com as eleições quenianas”

    “Em 26 de outubro, o Quênia deve dirigir-se às urnas pela segunda vez neste ano. Os resultados de uma eleição anterior em 8 de agosto foram anulados pelo Supremo Tribunal do Quênia após alegações de irregularidades generalizadas na transmissão eletrônica dos resultados. Desde as eleições de 8 de agosto, o Quênia viu explosões maciças e conflitos de violência entrar em erupção em várias partes do país. Decenas de pessoas morreram desde então e o principal líder da oposição, Raila Odinga, retirou-se da segunda volta das eleições devido à falta de reforma eleitoral. Anistia Internacional e Human Rights Watch dizem que pelo menos 67 partidários da oposição foram mortos desde o 11 de agosto, quando Uhuru Kenyatta foi anunciado como vencedor.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2gtEPbY

    Caso Santiago Maldonado na Argentina

    The Guardian (18/10): “A Argentina interrompe a campanha eleitoral após encontrado corpo, que parece ser de ativista desaparecido”

    Os restos foram encontrados perto do local em que o ativista de direitos indígenas Santiago Maldonado foi visto pela última vez em um protesto sobre os tributos em 1 de agosto. A ex-presidente e agora candidata do senado, Cristina Fernández de Kirchner, também suspendeu a campanha, juntamente com outras figuras importantes que disputam o Congresso.”

    LINK (em inglês): http://bit.ly/2imyuzs

    Vitória de Maduro nas eleições regionais da Venezuela

    El País (16/10) “Chavismo obtém polêmica vitória nas eleições para governadores na Venezuela”

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou que os candidatos do governista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) obtiveram 17 dos 23 Estados em disputa. Minutos antes de conhecer a notícia, o chefe da oposição, Gerardo Blyde, denunciou que a autoridade eleitoral anunciaram resultados distintos dos que eles tinham e alertou a comunidade internacional sobre a fraude que estaria cometendo o regime”.

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zq5xqp

    BBC (18/10): “Protestos, sanções ou diálogo? O que acontece agora na Venezuela após anúncio de vitória do governo em eleições regionais”

    Após quatro meses de luta nas ruas, dois meses e meio de trégua e eleições regionais vencidas de forma “taxativa” pelo grupo político de Nicolás Maduro e não reconhecidas pela oposição, a Venezuela entra em uma nova fase. Os resultados que deram ao chavismo 17 dos 23 governos estaduais do país e levou o presidente a declarar que o chavismo “triunfou”. Por sua vez, Gerardo Blyde, diretor da Mesa da Unidace Democrática (MUD), a coalizão que reúne a maior parte da oposição, disse que “nem a Venezuela nem o mundo aceitarão essa ficção”. Nesta segunda-feira, a MUD fez um chamado para atos nas ruas. Serão como os protestos de abril a julho, que deixaram 120 mortos? As sanções internacionais contra um governo visto com suspeita por muitos países serão ampliadas? Cessará de vez o diálogo?”

    LINK (em português): http://bbc.in/2xRE1oI

    Assassinato de lideranças sociais na Colômbia

    El País (19/10): “Colômbia registra quase 90 assassinatos de líderes sociais desde a assinatura da paz”

    Na Colômbia, tentando consolidar a paz após a assinatura dos acordos com as FARC, há 11 meses, a violência contra líderes sociais, ativistas e representantes das comunidades camponesas ainda não parou. Desde essa data, em 24 de novembro de 2016, houve 89 assassinatos de defensores dos direitos humanos e 282 ataques, segundo estimativas da Fundação Paz e Reconciliação.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yxVbVy

    ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Catalunha

    Portal de La Izquierda: “Crônicas catalãs”, por Alfons Bech

    Crônicas Catalãs”, publicados pelo Portal de La Izquierda, escritas por Alfons Bech, militante operário e revolucionário marxista catalão. As crônicas são uma tentativa de entender um pouco sobre esse processo que sacudiu a Espanha no mês de outubro deste ano, e que muito pode nos ensinar sobre as revoluções democráticas no século XXI.”

    LINK (em português):

    http://bit.ly/2ipWqSV

    Viento Sur (18/10): “O 155 pode levar a uma situação de ocupação de um governo títere”, entrevista com Jaume Asens

    Quarto vice-prefeito da prefeitura da capital catalã. Um dos principais colaboradores de Ada Colau. Peça-chave na fundação e nos primeiros passo de Podemos, partido do qual se desentendeu, ao menos do ponto de vista orgânico, também muito cedo. Jaume Asens (Barcelona, 1972) provém do ativismo, como muitos outros dos líderes e porta-vozes de Barcelona en Comú. Em seu caso, do ativismo relacionado com o Direito, sua profissão antes de se dedicar na política ativa.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2xRgog1

    Sin Permiso (15/10): “Reino da Espanha: O cenário da disjuntiva catalã”, por Gustavo Buster

    Como Marx ressaltou, “entre direitos iguais, é a força que decide”. E a solução para este dilema – o que implica, com a aplicação do art. 155 da Constituição de 1978, a intervenção formal das instituições da Generalitat – era impedir a expressão da soberania expressa nele, apesar da repressão do estado de 1 de outubro. A proclamação da República da Catalão foi feita e suspensa depois. O que se seguiu foi a assinatura de uma declaração de intenções sem valor legal-constituinte.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2gmiclY

    Reconciliação entre Hamas e Fatah na Palestina

    Viento Sur (19/10): “Uma reconciliação às custas da luta pela libertação?”, por Julien Salinge

    O acordo entre Fatah e Hamas é um acordo entre dois movimentos enfraquecidos e em busca de legitimidade, cujo conteúdo político é mínimo. É apenas para organizar o retorno da Autoridade Palestina (PA) a Gaza e confiar a administração do território no horizonte de 1 de dezembro. Ao fazê-lo, o Hamas é libertado do ônus da responsabilidade administrativa de Gaza (e, portanto, de gerenciar as conseqüências do bloqueio) e espera se recuperar como uma força de oposição, enquanto Mahmoud Abbas e o AP podem se reivindicar como ” direito legítimo do povo palestino “. Um acordo “ganha-ganha” para as duas facções, pelo menos no curto prazo, mas isso não pressagia em absoluto uma reconciliação “política” dentro do movimento nacional, contrariamente ao que alguns otimistas afirmam.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yUIkzZ

    Rebelion.org (16/10): “Terá êxito o acordo de reconciliação entre o Hamas e o Fatah?”, por Jonathan Cook

    Pesquisas indicam que Abbas ou qualquer um de seus possíveis sucessores perderia as eleições presidenciais em favor do líder do Hamas, Ismail Haniya. Além disso, o Fatah sofreria em Gaza, onde seu voto enfraqueceria pelo apoio de Mohammed Dahlan, o rival de Abbas, que foi exilado para os Emirados Árabes Unidos. Com a ajuda do Egito, Dahlan vem bombeando dinheiro do Golfo para Gaza para construir sua base de apoio e desafiar Abbas. A maior esperança de Abbas é que o Hamas procure evitar a responsabilidade de governar novamente Gaza e se comprometa a não disputar a eleição presidencial. Ou, provavelmente, Khatib disse, as eleições há muito atrasadas sejam adiadas e o atual governo de tecnocratas não eleitos possam continuar no cargo.”

    LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=232908&titular=%BFtendr%E1-%E9xito-el-acuerdo-de-reconciliaci%F3n-entre-ham%E1s-y-fatah?-

    Eleições na Venezuela

    Rebelion.org (17/10): “A vitalidade do chavismo”, por Atilio Boron

    Em suma, uma vitória importante para o Chavismo, ganhos significativos da oposição em alguns estados de grande importância econômica e geopolítica e a esperança de que, desta vez, se evite a recaída na espiral da violência política promovida persistentemente pela direita, com o impulso oferecido pela Casa Branca e a cumplicidade das oligarquias midiáticas que desinformam e brutalizam as populações da nossa América.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yUEE0R

    Esquerda.net (18/10): “Maduro vence, mas não convence”, por Luis Leiria

    Primeiro balanço das eleições regionais da Venezuela: os maduristas arrancaram uma vitória, mas longe de “arrasadora”. A votação no Grande Pólo Patriótico está muito claramente abaixo dos supostos 8,3 milhões que teriam sido depositados nas urnas na eleição da “Constituinte”. Resultado: as contas não batem certo.”

    LINK (em português):

    http://bit.ly/2gS7Ta9

    Tensões geopolíticas entre EUA e Coreia do Norte

    Viento Sur (16/10): “A instabilidade geopolítica e a proliferação nuclear”

    Os Estados Unidos retomaram a ofensiva no Leste Asiático devido à crise norte-coreana; Quanto à China, perdeu temporariamente a iniciativa. O imperialismo dos EUA está longe de ter ganho o jogo, mas marcou tantos significantes, cuja amplitude afeta toda a região e muito além; especialmente devido à aceleração na corrida armamentista nuclear que introduz. As relações de força geopolítica estão em constante evolução naquela parte do mundo.”

    LINK (em espanhol): http://bit.ly/2ino7eY

    Reformas econômicas de Lenin Moreno no Equador

    Rebelion.org (16/10): “Breve análise sobre as medidas econômicas anunciadas pelo presidente Lenin Moreno”, por Decio Machado

    Em suma, e saudando o fato de que o presidente Lenin Moreno e seu gabinete não sucumbiram às pressões dos grandes grupos econômicos que operam no país, as propostas do governo apresentadas na noite de 11 de outubro não constituem um sólido programa econômico para sair da crise. São basicamente linhas de ação de política econômica de curto prazo e medidas de implementação de curto prazo. Continuamos sem um roteiro para sair de uma economia extrativista que agudiza nossa dependência das necessidades dos mercados globais de commodities, ainda não temos critério para determinar o tipo de investimento estrangeiro direto que queremos, ainda não temos medidas claras para diversificar e democratizar o setor produtivo e a atual desconexão entre a política social e econômica no Equador.”

    LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=232790&titular=breve-an%E1lisis-sobre-las-recientes-medidas-econ%F3micas-anunciadas-por-el-presidente-len%EDn-moreno-

  • NO AR: FLC Debates – Leda Paulani

    NO AR: FLC Debates – Leda Paulani

    Nesta edição do FLC Debates a convidada é a economista Leda Paulani, professora da Faculdade de Economia e Administração da USP. No bate papo, ela fala da política de ajuste fiscal aplicada tanto pelo governo da presidenta Dilma e aprofundada pelo Temer, a questão da dívida pública brasileira, os desafios colocados e qual o papel do Brasil no cenário econômico internacional. Confira a entrevista!

     

  • Observatório Internacional: Especial Catalunha – outubro de 2017

    Observatório Internacional: Especial Catalunha – outubro de 2017

    O presidente da Generalitat catalã, Carles Puigdemont, declarou na última terça-feira que a Catalunha está decidida a ser uma República independente e estendeu o braço para negociar às condições deste processo com o governo conservador da Espanha. Entretanto, obteve uma resposta autoritária do governo de Madri que lhe deu um prazo de até cinco dias para explicar se a Catalunha afirmou ou não a sua independência. Em caso assertivo, Mariano Rajoy planeja aplicar de vez o artigo 155, que dissolve o governo regional e convoca novas eleições. A única formação contrária a este caminho dentro do parlamento espanhol é o Podemos.

    O Observatório Internacional preparou uma edição especial do Clipping de notícias e artigos internacionais sobre a Catalunha para informar melhor nossos leitores do que se passa por lá. Confira!

    Charles Rosa – Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos

    El Nacional (10/10): “Puigdemont declara a independência, porém deixa-a em suspenso para dialogar”

    Com um atraso de uma hora sobre o previsto e em meio de uma enorme expectativa midiática, o presidente, Carles Puigdemont, compareceu ante o pleno do Parlament esta terça-feira para anunciar que assume o mandato de que a Catalunha se converta num estado independente em forma de República, mas para acrescentar em seguida – e ‘com a mesma solenidade’ – a proposta de suspender os efeitos da declaração para abrir um diálogo com o Estado que permita uma solução em acordo. A hora de atraso teve que servir para tranquilizar os ânimos dos deputados da CUP – e alguns de JxSí-, informados no último momento da decisão de suspensão da declaração. O acosso do Governo de Mariano Rajoy, pela via policial, judicial e econômica, provocou uma fortíssima pressão sobre o Govern à qual se somaram as petições dos mediadores internacionais que reclamavam um gesto a favor do diálogo.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/QiNUhS

    El País (11/10): “Rajoy ativa o 155 com apoio do PSOE e concorda em reformar a Constituição”

    O Governo está “acompanhado” pelo PSOE na ativação do artigo 155 da Constituição, que se aplicará à Generalitat da Catalunha se o seu presidente, Carles Puigdemont, não renunciar à declaração de independência. Este é o compromisso de Pedro Sánchez, secretário geral do PSOE, com o presidente do governo, Mariano Rajoy. O líder socialista, por sua vez, conseguiu obter Rajoy para se comprometer a abordar a reforma da Constituição. Se finalmente for aplicado, 155 deve terminar nas eleições regionais, concordaram ambos líderes.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/rxCo53

    La Vanguardia (11/10): “Puigdemont responde à ativação do 155: ‘entendido’”

    A oferta de diálogo que colocou na mesa nesta terça-feira, Carles Puigdemont, pode malograr em poucas horas. Pelo menos, isso é o que o presidente da Generalitat transmitiu através das redes sociais em um tweet onde lamentou que o executivo central tenha ignorado sua proposta e tenha ativado a engrenagem do artigo 155 da Constituição. “Você pede diálogo e eles respondem colocando o 155 na mesa. Entendido”, o presidente Puigdemont tweetou quarta-feira à noite após um dia em que os focos se deslocaram do Parlament para o Congresso.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/GyVHFo

    El Diário.es (11/10): “Pablo Iglesias acusa Rajoy de “quebrar a Espanha” e o incita a assumir a liderança em uma negociação com Puigdemont”

    “Vocês são os principais responsáveis de que se rompa a Espanha”, denunciou o líder do Podemos durante sua réplica à explicação dada por Rajoy no Congresso. Segundo Iglesias, a solução à crise pela qual atravessa a Catalunha unicamente passa pelo diálogo e pela negociação, e por assumir que a Espanha é um país “plurinacional” e que Catalunha deve exercer o direito a decidir através de um referendo pactuado”.

    LINK (em espanhol): goo.gl/3iyZEX

    ANÁLISES E ARTIGOS

    Editorial do The Guardian (11/10): “Tempo de conversar”

    Puigdemont disse que a independência está em suspenso. Por tanto, o senhor Rajoy poderia assinalar um movimento para um federalismo maior que marginalizasse o antagonismo. A todo custo, deve resistir à pressão de aplicar o artigo 155. Qualquer tentativa de governo direto de Madri poderia arriscar a situação de uma crise constitucional a uma catástrofe. Pode haver um modelo na relação de Madri com o País Basco, que goza de maior autonomia, por exemplo, podendo subir impostos. Mudanças mais simbólicas, como a aceitação oficial da Catalunha como ‘nação’ dentro da Espanha, poderiam ganhar corações e ajudar a proteger a integridade territorial”.

    LINK (em inglês): goo.gl/8S3R9N

    The Guardian (11/10): “Eu espero que a Catalunha permaneça com a Espanha, mas apoio seu direito de sair”, por Owen Jones

    Há aqueles que apontam para a experiência da Escócia e Brexit, e dizem que todos os referendos amargamente dividem as nações. Mas a negação de um referendo na Catalunha já fez exatamente isso. Se o governo espanhol tivesse ativamente desejado afastar a Catalunha, é difícil saber o que teria feito de maneira diferente. Tem a maior responsabilidade desta crise. Em última análise, apenas um novo governo espanhol que aborde as queixas sociais e econômicas endêmicas que afligem a Catalunha pode garantir que a Espanha não se desintegra. Mas este governo espanhol criou uma panela de pressão pronta para soprar.”

    LINK (em inglês): goo.gl/cYBkm6

    DW (11/10): “Colocar freios na independência catalã”

    Rajoy tem que constituir o terreno político e começar a negociar com a Catalunha. Os espanhóis esperam que seu primeiro ministro faça mais do que simplesmente se esconder atrás do escudo da constituição. Neste momento mais crucial na Espanha em suas décadas de democracia, Rajoy deve demonstrar maior vontade de dialogar e provar que seu governo é capaz de uma política digna da posição elevada da Espanha na União Europeia.”

    LINK (em inglês): goo.gl/9CWwGV

    El Diario.es (11/10): “E Puigdemont preferiu Colau à CUP”, por Arturo Puente

    Os contatos entre o Govern e os Comuns foram quase diários na reta final do referendo, e também posteriormente. O clima de entendimento começou quando a prefeita anunciou um acordo para abrir os colégios da capital, e se converter em lua de mel entre ambos os espaços quando Podemos celebrou uma assembleia de eleitos em Zaragoza para apoiar o direito a decidir. A Generalitat entendeu aquele gesto como uma mão estendida, a única que chegava a Madri. O lema “nem DUI nem 155” acabou sendo o resumo da posição dos partidários da prefeita, ao que o Governo correspondeu nesta terça-feira. “É evidente que não havia declaração unilateral de independência”, assegurou Pablo Iglesias. No entendimento dos morados, Puigdemont cumpriu sua parte.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/swyxSP

    Publico.es (11/10): “A declaração de Puigdemont é enviada para voltar”, por David Torres

    Afinal, era uma questão de refutar um velho ditado castelhano, que fala da impossibilidade de nadar e manter as roupas a seco. Puigdemont tentou com uma declaração de independência virtual, suspensa no momento em que se declarou, um pedido de divórcio em diferido, como aqueles casais que pedem um tempo limite para ver como a separação marcha enquanto vão contando os móveis e explicando o assunto às crianças. É curioso que no momento em que ele se apartava da Espanha era quando ele parecia mais espanhol – enquanto falava em catalão -, enquanto pedia serenidade e diálogo, em estilo catalão, ele usava o castelhano. Tentar agradar a todos é a fórmula certa para desapontar todos os deuses. Puigdemont nem nadou nem manteve suas roupas e a onda seguiu seu caminho. De momento, a declaração foi enviada para retornar.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/xGWSrE

    Publico.es (11/10): “Catalunha: que decidam os Lannister”, por Juan Carlos Monedero

    Os catalães vão terminar votando. Sabiamos todos e agora também sabe a Europa. Quanto mais tardem em fazê-lo, mais desconfiança com a Espanha. Disse isso Carles Campuzano, do PdeCat, no encontro de Zaragoza: há outra Espanha com quem podem conversar. Aquela que quer diálogo, a que diz que aplicar o 155 é vencer mas não convencer, a que quer que a Catalunha fique na Espanha mas não de joelhos. Se renunciamos à política, ao final, o que se passar na Catalunha vai ser decidido pela economia. A sorte do Proces será o que façam as grandes empresas. E estas farão o que lhes diga a Europa. E como sempre, teremos demonstrado nossa menoridade democrática e terão que vir de fora a resolver os problemas que não somos capazes de enfrentar da maneira que sempre, no passado, lamentamos: “ninguém pensou em iniciar um diálogo?”.

    El Nacional (11/10): “Todas as opções de Rajoy são boas”, por Jordi Graupera

    O único cenário que me ocorre é que alguns deputados soberanistas convoquem um pleno e apresentem a declaração do pátio de luzes a votação. Que o Parlament recuper seu poder ante uma suspensão proposta no discurso do presidente, mas que não votou, e que não está de acordo com a lei do Referendo aprovada em setembro. Se há deputados que assinaram-na mas que não querem votar, ao menos terão que oferecer um argumento e teremos mais cartas sobre a mesa. É melhor isso do que saber nada e continuar com o relato processista que confunde todas as posições como se não houvesse margem. Mas não quero enganar a ninguém: o passo de levantar a suspensão é só um dos muitos que haveria fazer e não têm nenhuma razão para crer que superado este passo, os outros sejam superáveis com esta maneira de tomar decisões. Já levamos 10 dias perdidos discutindo tudo isso em lugar de preparar a independência. E quanto mais se alarga, mas fácil é para os que não querem levar adiante e valer o peso de não ter nada no ponto. Ontem, o entorno do ERC no Parlament dava todas as mostras de estar derrotado: toda derrota é uma lição que é preciso escutar”.

    LINK (em espanhol): goo.gl/N2Y8ej

    La Marea (11/10): “Do mambo ao passo duplo. Uma coreografia autoritária”

    A resposta previsível do governo, mais próxima de Istambul do que de Algeciras, com a complacência do PSOE e os golpes de peito de C’s, pode parecer uma aposta eleitoral, e certamente é, mas também é uma declaração de intenção que envolve a ideia democrática dentro de uma legalidade que, objetivamente, não responde mais aos parâmetros atuais de conflito político. Isso é algo que já ultrapassa os partidos da coalizão do regime e em que é possível perguntar-se qual é a verdadeira liberdade de um presidente com muitas hipotecas e incapaz, ainda que quisesse fazê-lo, de parar nos setores mais extremistas da direita político, a administração e a rua. Um rei não é queimado em vão.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/t6cExQ

  • Observatório Internacional, de 04 a 10 de outubro de 2017

    Observatório Internacional, de 04 a 10 de outubro de 2017

       Alguns séculos de luta independentista condensados em algumas semanas de referendo e multitudinárias mobilizações. Assim pode ser descrito o processo independentista da Catalunha detonado pelo referendo de primeiro de outubro (1-O). O destaque desta semana do Clipping do Observatório Internacional não poderia ser outro. Recolhemos algumas das principais reportagens da imprensa mundial sobre a crise catalã, elaboradas nos últimos dias.

       Além disso, este trabalho destaca também a manifestação dos funcionários públicos franceses contra Macron, o acordo anti-refugiados negociado por Angela Merkel, os retrocessos sociais empreendidos pelo governo Trump, o fortalecimento do poder de Xi Jinping dentro do partido dominante da China, a aproximação da Rússia com a Arábia Saudita, a celebração da memória de Che Guevara em Cuba e o possível indulto de Fujimori no Peru.

       Esperamos que nossos leitores aproveitem o Clipping para formar suas opiniões acerca das questões internacionais mais debatidas na esquerda atualmente.

       Uma ótima semana a todos!

       Charles Rosa – Observatório Internacional

     

     

    Processo independentista da Catalunha

     

    The Guardian (10/10): “Governo catalão suspende declaração de independência”

    “O presidente da Catalã, Carles Puigdemont, retirou a região da beira de um confronto sem precedentes com o governo espanhol ao anunciar que suspenderá uma declaração de independência para prosseguir as negociações com a esperança de resolver a pior crise política da Espanha há 40 anos. Dirigindo-se ao parlamento catalão na terça-feira à noite, Puigdemont disse que, embora o recente referendo tenha dado ao governo um mandato para criar uma república independente, ele não declararia imediatamente a independência unilateral da Espanha.”

    LINK (em inglês): goo.gl/nkJ3Jc

    NY Times (10/10): “Líder catalão diz que a região ganhou independência, mas pede conversações com Madrid”

    “O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, disse na terça-feira que sua região ganhou o direito à independência da Espanha, mas ele imediatamente suspendeu o processo para permitir conversas com o governo central em Madri. “Peço ao Parlamento que suspenda a declaração de independência para que nas próximas semanas possamos dialogar”, afirmou. Em um longo discurso aguardado para o parlamento regional de Barcelona, o senhor Puigdemont disse que a Catalunha ganhou o direito à independência como república livre da Espanha, mas deixou a porta aberta às negociações e à mediação. O primeiro-ministro Mariano Rajoy da Espanha rejeitou qualquer diálogo com o separador catalão.”

    LINK (em inglês): goo.gl/i6tBfb

    El Nacional.cat (10/10): “Desilusão e caras tristes no Arc de Triomf depois da suspensão da DIU”

    “A suspensão da declaração de independência pelo Presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, caiu como um jarro de água fria na concentração de apoio ao Governo e ao Parlament que estava na caminhada Lluís Companys. O aplauso de alguns minutos antes deu lugar a rostos longos. Houve algumas manifestações de descontentamento isolado, mas a maioria das pessoas optou por ir para casa no começo da virada de Ines Arrimadas. Não houve celebração, nem gritos de independência, nem declarações de apoio ao Presidente.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/75Z2wL

    The Independent (08/10): “Os manifestantes da Extrema Direita fazem saudações fascistas em Madri quando milhares se reúnem sobre a crise da Catalunha”

    “Centenas de milhares de pessoas chegaram às ruas em Barcelona e Madri neste fim de semana para protestar – e contra – o empenho do governo catalão para a separação do resto da Espanha. Em Madrid, um pequeno grupo de manifestantes reunidos sob o slogan “pela unidade da Espanha” pareceu mostrar saudações fascistas em uma procissão liderada por um grupo que se alinha com a Falange Española de las Jons de extrema direita, que ocupava o poder durante período de ditadura franquista do país.”

    LINK (em inglês): goo.gl/1UpWQd

    El Diario.es (10/10): “O Constitucional prevê anular amanhã a declaração de independência esboçada por Puigdemont”

    “O Tribunal Constitucional está programado para se reunir amanhã à tarde para suspender a declaração de independência levantada na terça-feira pelo Presidente da Generalitat, Carles Puigdemont. As fontes do TC dizem que “houve um DUI e deve ser anulado”. Segundo o tribunal, o pedido de suspensão temporária da independência não anula o fato de que a Puigdemont já proclamou a nova República da Catalunha.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/8v8NJf

    El Mundo (10/10): “O Governo acha ‘inaceitável’ que Puigdemont faça uma declaração de independência ‘ímplicita’ e suspenda”

    “O governo considerou “inadmissível” que Carles Puigdemont declarasse “implicitamente” a independência e depois a suspendesse. Fontes do Executivo apontaram que não é possível validar a lei do referendo suspenso pelo Tribunal Constitucional, nem dar “como válido a alegada recapitulação de um referendo fraudulento e ilegal”. Para o governo, tampouco se pode dar por certo que os catalães disseram que querem independência.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/TH2Gys

    Merkel aceita limitar número de refugiados recebidos por ano

    NY Times (09/10): “Angela Merkel da Alemanha concorda em limitar a aceitação de refugiados”

    “A chanceler Angela Merkel concordou em limitar o número de requerentes de asilo autorizados a entrar na Alemanha a cada 200.000, uma concessão a seus parceiros bávaros enquanto ela tenta formar um governo depois de perder assentos na extrema direita em eleições no mês passado. A Sra. Merkel irritou muitos eleitores alemães com sua disposição em 2015 para permitir que alguém pudesse chegar ao país, o que resultou na chegada de mais de um milhão de pessoas. Alguns eleitores responderam impulsionando a Alternativa de extrema-direita Alternativa para a Alemanha – conhecida por suas iniciais alemãs, o AfD – no Parlamento no mês passado, com o apoio de pessoas que já ficaram em casa e do bloco conservador da Sra. Merkel, especialmente seu ramo da Baviera, a União Social Cristã.”

    LINK (em inglês): goo.gl/3vSx61

    Protestos contra austeridade de Macron

    The Guardian (10/10): “Trabalhadores franceses do setor público protestam contra cortes no orçamento de Macron”

    “Milhares de trabalhadores franceses do setor público entraram em greve e organizaram manifestações de rua em toda a França para protestar contra os cortes no orçamento de Emmanuel Macron e a agenda pró-business. Todos os nove sindicatos que representam trabalhadores do setor público de funcionários do hospital e professores para controladores de tráfego aéreo chamaram ação industrial conjunta pela primeira vez em uma década. Líderes sindicais disseram que queriam mostrar um “profundo desacordo” com os planos do presidente para rever o setor estadual, acusando-o de “estigmatizar” os trabalhadores do estado e favorecer o negócio privado.”

    LINK (em inglês): goo.gl/vPCJbR

    Governo Trump limita acesso a métodos contraceptivos

    NY Times (06/10): “Trump corta assistência fundamental para a saúde das mulheres”

    “Na sexta-feira, a administração Trump revelou seu desdém pelas mulheres quando retirou a garantia de que o seguro de saúde cobrirá seu controle de natalidade. Esta nova política permite praticamente qualquer empregador ou universidade decidir optar contra a cobertura de contracepção de seus funcionários ou estudantes. As organizações podem apontar para uma justificativa religiosa ou um motivo “moral” amorfo, um padrão tão vago que provavelmente abrange quase todos os motivos imagináveis. Esta regra elimina a disposição da Lei do Cuidado Acessível que assegurava que uma mulher tivesse cobertura para controle de natalidade, mesmo que seu empregador religioso se opusesse à contracepção.”

    LINK (em inglês): goo.gl/meGDTJ

    Trump apresenta plano contra imigrantes

    El País (09/10): “Trump apresenta plano que usa 800 mil imigrantes como moeda de troca para muro com o México”

    “O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu recursos para financiar o muro na fronteira com o México e agilizar a expulsão dos menores não acompanhados como parte de qualquer acordo para proteger os dreamers, os 800.000 jovens sem documentos que chegaram aos EUA quando eram menores e que até agora tinham permissão para residir e trabalhar legalmente por dois anos. O pedido de Trump também abrange a contratação de mais agentes de imigração e o limite à concessão de vistos.”

    LINK (em português): goo.gl/Qa1fP3

    Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares (ICAN) ganha Nobel da Paz

    The Guardian (06/10): “A vencedora do Prêmio Nobel da Paz repreende o Trump sobre o impasse nuclear”

    “A chefe do grupo de campanha anti-nuclear, premiada com o Nobel da Paz, repreendeu Donald Trump por acelerar uma disputa nuclear e disse que o presidente dos EUA tem um histórico de “não ouvir os especialistas”. Falando horas após o comitê do Nobel norueguês ter agraciado a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares (Ican), a laureada de 2017, Beatrice Fihn, diretora executiva do grupo, disse que Trump “põe em destaque” os perigos das armas nucleares.”

    LINK (em inglês): goo.gl/x1dbBP

    Protestos no aniversário de Putin

    The Guardian (07/10): “Mais de 260 prisões em protestos anti-Putin em toda a Rússia”

    “Mais de 260 pessoas foram detidas em toda a Rússia, enquanto os apoiantes do líder da oposição, Alexei Navalny, organizaram manifestações de protesto no 65º aniversário de Vladimir Putin. Dezenas foram presas na cidade natal de Putin, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia. Uma mulher teve sua perna quebrada quando a polícia antidisturbios dispersou centenas de manifestantes cantando “Putin é um ladrão!” No centro da cidade, de acordo com a mídia russa. O sangue poderia ser visto derramando a cabeça de outra mulher detida pela polícia em filmagens postadas nas mídias sociais.”

    LINK (em inglês): goo.gl/TgCPnz

    Visita do rei saudita a Putin

    BBC Mundo (07/10): “O que há por trás da aproximação entre Rússia e Arábia Saudita que inclui vendas milionárias de armamentos russos a Riad”

    “Foi uma visita histórica e a reunião dos dois principais exportadores de petróleo do mundo. Mas, ademais, os analistas creem que o encontro do rei Salman bin Adbulaziz da Arábia Saudita e o presidente russo Vladimir Putin em Moscou pode redesenhar o esquema de aliados no Oriente Médio. Por um lado, a dimensão dos acordos assinados mostra tudo o que estava em jogo: em questões de energia e petróleo, a cifra se aproximo do 1 bilhão de dólares e ainda está pendente um acordo de comércio de armas próximo a 3 bilhões de dólares”.

    LINK (em espanhol): goo.gl/MVUfYe

    Iraque tenta impedir independência do Curdistão

    The National (10/10): “O Iraque impõe novas medidas no Curdistão sobre a independência”

    “Bagdá lançou uma barreira legal contra funcionários curdos na segunda-feira, enquanto as tensões entre os dois lados aumentaram em relação ao impulso de independência do Curdistão. O presidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani ,realizou uma votação não vinculativa sobre a independência há duas semanas, apesar das fortes objeções de Bagdá, Ancara e Teerã, enfurecendo a líderes na comunidade internacional. O governo central respondeu proibindo voos internacionais fora da região e ameaçando suspender representantes curdos do parlamento nacional. Enquanto a Turquia e o Irã ameaçaram fechar suas fronteiras às exportações de petróleo. Na segunda-feira, o conselho de segurança nacional de Bagdá anunciou que uma investigação foi lançada nas lucrativas receitas do petróleo do Curdistão e funcionários da região que poderiam ter ilegalmente monopolizado o mercado.”

    LINK (em inglês): goo.gl/4Uwgwk

    Membros do Estado Islâmico se rendem no Curdistão Iraquiano

    Reuters (10/10): “Centenas de supostos militantes do Estado Islâmico se renderam no Iraque, diz fonte”

    “Várias centenas de possíveis combatentes do Estado Islâmico se renderam a autoridades curdas na semana passada depois que o grupo militante perdeu seu último bastião no norte do Iraque, disse uma fonte de segurança nesta terça-feira.Os suspeitos são parte de um grupo de homens que fugiu rumo a frentes de combate comandadas pelos curdos quando as forças iraquianas capturaram a base do Estado Islâmico em Hawija, disse a autoridade curda à Reuters, pedindo anonimato. O relato, segundo o qual os militantes fugiram em vez de lutarem até o fim, como em batalhas anteriores, levou a crer que seu moral pode estar decaindo, disse Hisham al-Hashimi, especialista em assuntos relacionados ao Estado Islâmico sediado em Bagdá.”

    LINK (em português): goo.gl/hGgJBz

    Piora das relações entre Turquia e EUA

    Financial Times (09/10): “As relações EUA-Turquia pioram”

    “As relações da Turquia com os Estados Unidos têm se agudizado há algum tempo, pois o Sr. Erdogan prosseguiu numa posição nacionalista e fervorosamente antiocidental, particularmente desde o fracassado golpe. A Turquia primeiro prendeu um funcionário da embaixada dos EUA no ano passado, e uma dúzia de cidadãos americanos estão sendo mantidos em acusações relacionadas a supostos laços com Fethullah Gulen, o clérigo com sede nos Estados Unidos, que Ankara culpou pelo golpe de Estado falhado no ano passado.”

    LINK (em inglês): goo.gl/aagiDR

    Governo japonês condenado a indenizar vítmas do acidente nuclear de Fukushima

    The Independent (10/10): “Tribunal japonês ordena que o governo e o operador de Fukushima paguem 4,5 milhões de dólares às vítimas do desastre de 2011”

    “Um tribunal japonês ordenou ao governo e ao operador da usina nuclear de Fukushima que pague o equivalente a cerca de US $ 4,5 milhões (US $ 3,4 milhões) a milhares de antigos residentes que exigiram danos para seus meios de subsistência perdidos na crise nuclear de 2011. O tribunal distrital de Fukushima afirmou na terça-feira que o governo não havia ordenado que a Tokyo Electric Power Co. melhorasse as medidas de segurança, apesar de saber, já em 2002, o risco de um grande tsunami na região.”

    LINK (em inglês): goo.gl/uGRcKV

    Congresso do Partido Comunista Chinês

    The Strait Times (08/10): “19º Congresso do Partido da China: Xi Jinping parece cimentar sua autoridade”

    “O presidente Xi Jinping deverá surgir ainda mais poderoso quando o 19º congresso nacional do Partido Comunista Chinês (CCP) terminar no final deste mês. Isto é como alguns já vêem o Sr. Xi, que acumulou poder rapidamente depois de assumir as rédeas do partido em 2012, para ser o líder chinês mais poderoso desde Deng Xiaoping. Em outubro do ano passado, ele já havia sido designado como “núcleo” da liderança do partido, um status que seu antecessor Hu Jintao não gostou. Somente Mao Zedong, Deng e Jiang Zemin, o antecessor do Sr. Hu, tinham esse status, com o Sr. Jiang conferido por Deng.”

    LINK (em inglês): goo.gl/GTbB7i

    Eleições na Libéria

    El País (10/10): “Libéria enfrenta o desafio da primeira transiçaõ democrática em 70 anos”

    “Todos recordam a guerra. E também a estrada que percorreu a Libéria. Durante 73 anos, o país não conheceu uma mudança de poder pacífico e dos três presidentes anteriores, dois foram mortos (William Tolbert e Samuel Kanyon Doe) e o terceiro, Charles Taylor, está preso por crimes de guerra. Agora, a pequena nação da África Ocidental, banhada pelas belas e ferozes ondas do Atlântico, está se preparando para o desafio eleitoral. Após 14 anos de paz sob a presidência de Ellen Johnson Sirleaf, e mesmo com imagens de novas atrocidades de conflitos na memória, os liberianos devem escolher o seu novo líder entre 20 candidatos.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/7FkTbK

    Sucessão de Zuma na África do Sul

    Corriere della Sera (10/10): “O futuro sempre mais incerto da África do Sul de Zuma”, por Ian Bremmer

    “O fim pacífico do apartheid e a transição para a democracia na África do Sul certamente representaram dois dos sucessos mais extraordinários do século XX. Hoje, no entanto, com o advento da próxima geração, este país com problemas e seu partido no poder estão se movendo em direção a um ponto de viragem. Em dezembro, o Congresso Nacional Africano (Anc) escolherá o sucessor do atual líder do partido (e do presidente sul-africano) Jacob Zuma. Enquanto se prepara para o confronto, o partido já está à beira de uma divisão irreparável e provavelmente perderá sua presidência nas próximas eleições políticas de 2019. Poderá negociar outra transição pacífica, desta vez pelo ANC, todos ‘oposição? Ou a África do Sul provavelmente será dominada pela violência? Os primeiros rumores, no momento, não parecem prometer nada de bom.”

    LINK (em italiano): goo.gl/7drT7z

    Eleições regionais da Venezuela

    El Espectador (09/10): “Por que a apatia dos venezuelanos?”

    “Em 15 de outubro, Venezuela elegerá 23 governadores em meio a graves problemas e muita frustração. A oposição parece ter pedido o ímpeto que conseguiu durante as marchas. Se Nicolás Maduro tem o rechaço de 72,4 % da população e o país segue afundado numa profunda crise econômica e social, por que a oposição não consegue ser mais popular que ele? A resposta a têm os 37% de cidadãos que não estão com o governo nem com a oposição segundo a última pesquisa do Dataanálisis.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/M8gkwF

    Possível indulto a Fujimori

    La Republica (08/10): “O indulto a Alberto Fujimori caminha a passos acelerados”

    “As últimas ações do Governo e as declarações de suas principais representantes apontam rumo a uma direção: o indulto a favor de Alberto Fujimori, hoje preso na Diroes. Primeiro foi a saída de Marisol Pérez Tello do Ministério da Justiça, alguém que havia mostrado publicamente seus reparos frente a possibilidade do perdão. Em seu lugar, foi nomeado Enrique Mendoza, que na sexta-feira assinou uma resoluação através da qual se mudou aos membros da Comissão de Graças Presidenciais, hoje presidida pelo cidadão Orlando Franchini Orsi, que de acordo com o Registro Nacional de Identidade e Estado Civil (Reniec) tem 92 anos”.

    LINK (em espanhol): goo.gl/gAZhGV

    Cuba critica imperialismo dos EUA nos 50 anos da morte de Che

    Folha de SP (08/10): “Em homenagem a Che Guevara, Cuba reage às declarações de Trump”

    “Cuba criticou o “imperialismo” e as exigências feitas pelos EUA durante homenagem neste domingo (8) pelos 50 anos da morte de Ernesto Che Guevara. No meio de uma multidão de cerca de 70 mil pessoas reunidas em Santa Clara, o presidente Raúl Castro deixou o discurso principal do evento para o vice-presidente Miguel Díaz-Canel. “Reafirmamos que Cuba não vai fazer concessões inerentes a sua soberania e independência e não irá negociar seus princípios ou aceitar condicionalidades”, disse Diaz-Canel, 57, provável sucessor de Castro como presidente de Cuba em fevereiro.”

    LINK (em português): goo.gl/uZmmoi

    Candidata indígena começa sua campanha presidencial no México

    El País (09/10): “A aspirante indígena à presidência de México rechaça dinheiro público para sua campanha”

    “María de Jesús Patricio, porta-voz do Conselho Indígena de Governo (CIG), formalizou no sábado suas aspirações de se tornar um candidato independente das eleições presidenciais de 2018. Nahua, 53, conhecida como Marichuy, foi ao Instituto Nacional Eleitoral ) para se inscrever no processo. Patricio anunciou, para aplaudir, que não usará “nenhum peso” dos recursos públicos fornecidos pela autoridade eleitoral aos candidatos para sua campanha.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/pvJsc6

    ARTIGOS DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Independência da Catalunha

    Portal de la Izquierda (09/10): “Brochuras desde um olhar latino-americano sobre a revolução catalã e a Europa”, por Pedro Fuentes

    “Nos parece que a recém-iniciada revolução democrática catalã,  é o evento mais importante desta segunda década do século XXI como o foi na década passada a revolução bolivariana. São processos diferentes, mas para um estudo político prático é bom fazer uma comparação. Para nós latino-americanos que vivemos e participamos ativamente do bolivarianismo, observar melhor o que ocorre na Catalunha e na Europa é uma tarefa importante para auxiliar e tirar lições.”

    LINK (em português): goo.gl/pd8HEg

    Sin Permiso (09/10): “A revolta democrática catalã e a reação de Rajoy”, Daniel Raventós e Gustavo Buster

    “A única coisa evidente neste ponto é que o regime de 78 está em um beco sem saída, o que pode prolongar sua crise através de uma lógica tática em que os objetivos estratégicos são sacrificados para prejudicar substancialmente o adversário. Estamos enfrentando uma situação tão em mudança que o que hoje pode ser um bom argumento para continuar a luta pela autodeterminação efetiva da Catalunha, amanhã pode parecer uma má opção para esse objetivo. Portanto, o menos aconselhável é oferecer linhas de ação imóveis.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/L4wytJ

    Viento Sur (06/10): “A independência da Catalunha e minhas estranhas razões para apoiá-la”, por Oriol Mall

    “O que a Espanha perdeu na Guerra Civil, ou a possibilidade da nação republicana, o que a Espanha perdeu na União Européia, ou a soberania econômica, culmina com o que a Espanha perderá em outubro de 2017: o consentimento da dominação, que não destrói o poder, mas elimina o consenso. De agora em diante, e graças ao valor quijotesco de milhares de catalães, todos veremos o imperador nu, arrogante e brigão empunhando a bengala do terror através de ruas guardadas da província rebelde.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/Z35we1

    Rebelion.org (07/10): “Voltar a fuzilar a Lorca”, por J. C. Monedero

    “Puigdemont abraçou a independência apenas para evitar que uma maioria de esquerda os destruiria ao gerenciar a crise econômica. As pessoas que protestam nas ruas da Catalunha desde 2008 foram contra os cortes do governo de Mas, da corrupção da Convergência Democrática de Catalunha (CDC), da repressão dos musgos rebeldes nos protestos de Aturem the Parlament. Mas não lembramos que More teve que sair de helicóptero? Essa é a atual direção política da independência. Mentiremos se não vejêssemos que, ao esforçar a corda, a Catalunya se fez ouvir. Mas isso vai contribuir com soluções que estão mentindo para o povo da Catalunha desde que enviaram Tarradelas para não governar a esquerda? Alguém realmente acredita que você pode suportar essas bobagens ignorando a manipulação do que está acontecendo?”

    LINK (em espanhol): goo.gl/vV5nRa

    Ataque a tiros em Las Vegas

    Sin Permiso (05/10): “O último ataque terrorista da NRA no território dos EUA”, por Paul Street

    “Enquanto isso, como esperado, a “ala direita” proto-fascista (muitos dos quais são membros da NRA) tenta espalhar que Paddock era um “anti-Trump liberal”, até mesmo um “militante Antifa”. Claro: as vítimas eram parte da cultura do jogo, fãs de música country e, portanto, o assassino só poderia ser um “mal esquerdista”. A extrema direita está sempre à procura de um fogo do Reichstag. E também, à sua maneira, o direito nacionalista branco da administração Trump. O declínio dos Estados Unidos pode ser tão terrível como a sua ascensão. Tenha cuidado com você.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/8RV6tC

    Entrevista com Gilbert Achcar

    Viento Sur (05/10): “O referendo no Curdistão iraquiano”

    “Antes de tudo, quero salientar que apoio o direito dos povos à autodeterminação e que incluo a luta dos curdos ali. Agora, o referendo é apresentado por seus próprios organizadores como meramente indicativo. E no fundo, não havia dúvida de que muitos curdos apoiariam os princípios de autonomia ou independência. Na verdade, é uma operação política por parte de um líder, Massud Barzani, que enfrenta uma oposição cada vez mais franca. Aqui temos um primeiro paradoxo – apenas na aparência -: Barzani, que encarna para a luta do povo curdo, é muito parecido com os líderes árabes acostumados a explorar a fibra nacional para silenciar sua oposição em uma espécie de gesto demagógico.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/gPEUBK

    Tensões no AKP depois do referendo na Turquia

    Viento Sur (07/10): “A fadiga do metal”, por Uraz Aydin

    “Embora as fortes suspeitas de fraude durante o referendo em 16 de abril de 2017 não atraíram a atenção do AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento), não se pode dizer o mesmo dos resultados, que eram menores do que todos as estimativas. Na verdade, em comparação com as eleições anteriores, o bloco em favor do sim para o projeto presidencial de Erdogan, composto pelo AKP e pelo partido de extrema-direita MHP (Partido de Ação Nacionalista), perdeu 10% dos votos, caindo de 61,5% para 51,3%. Esta era apenas uma maioria muito frágil, especialmente dada a importância da emenda à Constituição, em comparação com 48,7% que estavam bastante determinados a não se deixar intimidar apesar de sua heterogeneidade. A vitória do não em grandes cidades como Ankara ou Istambul (cujo conselho é o AKP), bem como nos círculos eleitorais da tendência conservadora do último, apenas aumentam o desconforto.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/e41B2v

    Incerteza global

    La Jornada (04/10): “Incerteza caótica”, por I. Wallerstein

    “Os vaivéns extremos são o pão e a manteiga de uma crise estrutural. Isso significa que viveremos em incerteza caótica até que a crise estrutural se resolva em favor de um dos dois dentes da bifurcação. Se nos concentramos no suposto significado dos vaivéns extremos e com frequência momentâneos, estaremos condenados a atuar de modo irrelevante. Necessitamos concentrar nossa análise e nossas ações naquilo que torne mais provável que o lado progressista da bifurcação pese mais que o lado reacionário na resolução da luto a médio prazo.”

    LINK (em espanhol): goo.gl/zkVL2J

  • NO AR: FLC Debates – Marcio Pochmann

    NO AR: FLC Debates – Marcio Pochmann

    Nesta edição do FLC Debates, o convidado é o economista Marcio Pochmann, atual presidente da Fundação Perseu Abramo. A conversa girou em torno dos desafios econômicos enfrentados pelo Brasil. Confira a entrevista feita para a TV Lauro Campos.