Autor: Rodolfo Vianna

  • Depoimento de Afrânio Boppré – vereador de Florianópolis/SC

    Depoimento de Afrânio Boppré – vereador de Florianópolis/SC

    “O grande desafio é ampliar o protagonismo do PSOL no cenário nacional e também local, e fazer com que o PSOL humildemente se coloque na cena política nacional como um partido que seja um polo aglutinador”. Confira a íntegra do depoimento de Afrânio Boppré, vereador reeleito de Florianópolis-SC. Ele participou do Seminário “A Cidade que Queremos – desafios dos mandatos do PSOL”, realizado pela Fundação Lauro Campos nos dias 5 e 6 de novembro de 2016, em São Paulo.

     

     

  • Depoimento do prof. Ademir – vereador eleito de Abaetetuba-PA

    Depoimento do prof. Ademir – vereador eleito de Abaetetuba-PA

    “Nós precisamos dialogar mais amplamente com o campo da esquerda sobre nossas diferenças, nossas divergências internas, porque nós estamos numa conjuntura muito difícil e essa fragmentação, essa dispersão é muito ruim”. Confira a íntegra do depoimento do prof. Ademir, vereador eleito de Abaetetuba, Pará. Ele participou do seminário “A Cidade que Queremos – desafios dos mandatos do PSOL” promovido pela Fundação Lauro Campos nos dias 5 e 6 de novembro, na cidade de São Paulo.

     

  • Depoimento de Marcelo Freixo – deputado estuadual RJ

    Depoimento de Marcelo Freixo – deputado estuadual RJ

    “Fundamental a iniciativa da Fundação Lauro Campos de reunir nossas vereadoras e vereadores recém-eleitos para que a gente possa entender que nossos mandatos são meios, e não fins”. Confira a íntegra do depoimento do deputado estadual e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo. Ele participou do seminário “A Cidade que Queremos – desafios dos mandatos do PSOL” realizado pela Fundação Lauro Campos nos dias 5 e 6 de novembro em São Paulo.

     

     

     

  • Desafios da reorganização da esquerda brasileira

    Desafios da reorganização da esquerda brasileira

    por Juliano Medeiros*

     

        O resultado das eleições municipais deste ano ensejou, nos últimos dias, diversas análises sobre os rumos da esquerda. De todos os lados, analistas buscam compreender as razões que levaram à acachapante vitória eleitoral dos partidos associados ao golpe que conduziu Michel Temer à Presidência da República. A ideia de que o terreno perdido nos últimos meses exigirá uma necessária reconfiguração das forças progressistas parece encontrar eco em muitas vozes. No entanto, a “reorganização da esquerda” pode ter distintos significados a depender de como se interpreta a derrota que o impeachment e as eleições municipais deste ano representaram.

        Parece consenso que é chegada a hora de um profundo ajuste de contas na esquerda brasileira. O fim do ciclo do PT – que se anunciava desde junho de 2013 e se concretizou tragicamente com o impeachment de Dilma Rousseff – abriu um período de definições estratégicas para as forças populares. Um claro processo de reconfiguração da esquerda está em curso, dentro e fora das organizações tradicionais como partidos, sindicatos e entidades estudantis. No âmbito das organizações partidárias esse movimento é mais nítido. No PT, o movimento “Muda PT” representa para seus integrantes a derradeira batalha para salvar o simbolismo e a representatividade que o partido ainda detém entre parcela cada vez menor dos trabalhadores. Na Rede Sustentabilidade, as divisões internas chegaram a um limite insuportável, opondo lideranças de esquerda ao indecifrável projeto de Marina Silva. No PSOL, o crescimento do partido, que ocupou parte do espaço deixado pelo PT nas eleições municipais deste ano, exige definições sobre seu papel no novo ciclo que se abre para a esquerda brasileira. E até o pequeno e monolítico PSTU sofreu os efeitos da pressão em favor da reorganização: uma dissidência de centenas militantes deixou a legenda, rejeitando a tática do “fora todos” levada a cabo pelo partido durante o impeachment.

        Mas esse processo de reconfiguração da esquerda não se resume aos partidos. Aliás, é possível afirmar que é precisamente fora da vida partidária que essa reconfiguração se processa de forma mais dinâmica. O esgotamento do ciclo do PT – que nada mais é que o esgotamento de uma tática que envolveu centenas de organizações políticas e sociais em favor do chamado “pacto de classes” – já se nota no âmbito dos movimentos sociais há algum tempo. O surgimento de novas lutas, sobretudo nas grandes cidades, novos ativismos e formas de intervenção política, expressam também um novo momento para a esquerda social. Movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento Passe Livre (MPL), as ocupações de escolas em todo o país, o fortalecimento do movimento de mulheres contra o machismo e a violência, os novos movimentos de contracultura e o ativismo digital de coletivos como o Mídia Ninja, marcam o início de um novo ciclo na política brasileira. Isso não significa, é claro, que as formas “tradicionais” de organização política, como sindicatos, organizações de bairro ou entidades estudantis estão superadas. Significa apenas que esses instrumentos terão de ceder espaço a novas formas de ação política surgidas das transformações que o Brasil e o mundo vivenciaram nos últimos vinte anos, reinventando suas práticas e formas de organização para recuperar a legitimidade perdida.

    O impeachment como fim de um ciclo

        Afirmamos que o impeachment de Dilma marca o fim de um ciclo. Mas poderíamos ir além. Na verdade, o golpe que levou Michel Temer à presidência representa ao mesmo tempo o fim de dois ciclos. O primeiro é um ciclo mais geral da política brasileira, que começa com a Constituição de 1988. O golpe representa a ruptura do pacto que permitiu, ao longo de quase trinta anos, algum nível de estabilidade política e a garantia mínima da progressiva ampliação das políticas sociais. Mesmo no auge do neoliberalismo dos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) direitos foram ampliados, apesar do retrocesso representado pela reforma do Estado promovida naquele período. Apesar de favorável às forças do conservadorismo, esse pacto permitiu o fortalecimento político e social do campo democrático-popular durante os anos 1990, a livre organização dos movimentos sociais e a vitória eleitoral da esquerda em 2002, mesmo que sob circunstâncias que se mostrariam fatais anos depois. Ao congelar os investimentos públicos por 20 anos, destruir o já insuficiente sistema que regulava a exploração do petróleo e retomar um agressivo ajuste no sistema de previdência, Temer implode o pacto que garantiu a estabilidade ao regime político brasileiro nas últimas duas décadas e encerra o clico instituído pela Constituição de 1988, abrindo um período de luta aberta pelos rumos do Estado.

        Por outro lado, na esquerda também se encerra um ciclo. A hegemonia do PT e do bloco histórico que o sustentou desde os anos 1980 chegou definitivamente ao fim. O historiador Lincoln Secco, em livro sobre a história do PT,1 afirma que o partido viveu três momentos em sua história. O primeiro foi marcado por um partido radical que liderava a oposição social à ditadura militar. O segundo momento é aquele em que o PT se consolida como oposição parlamentar ao neoliberalismo, quando o partido se institucionaliza e passa a viver a experiência de governar importantes municípios. O terceiro momento, que se inicia com a vitória de Lula em 2002, é aquele caracterizado pela ascensão do PT à condição de “partido de governo”. Nessa terceira e última etapa do processo de aggiornamento2 do partido à dinâmica do sistema político brasileiro, o PT incorpora plenamente a estratégia do pacto de classes, isto é, de uma aliança reformista assentada no crescimento econômico com distribuição de “dividendos” para todas as classes. Com o processo de impeachment e a implosão do pacto que o PT mantinha com diferentes frações da burguesia brasileira, o partido e seu campo de aliados tende a perder definitivamente a hegemonia sobre a esquerda brasileira. É o fim desse outro ciclo que exige definições urgentes sobre os rumos da reorganização das forças populares.

    Três tarefas urgentes para a reorganização da esquerda no Brasil

        Nossa situação política é inédita. Diferente de outros momentos da história, quando a esquerda foi coagida fisicamente pelas forças do conservadorismo e da reação, o que vemos hoje é um processo de “demonização” das organizações de esquerda que alcançou níveis inéditos desde a redemocratização. Combinando o desgaste promovido pela crise econômica e seus efeitos sobre os mais pobres com as denúncias de corrupção envolvendo altos dirigentes do governo e do PT, a mídia monopolista construiu com relativo sucesso uma associação quase automática entre “esquerda” e “corrupção/ineficiência”. Os partidos que compuseram o governo, como PT e PCdoB, sentiram mais fortemente os efeitos dessa narrativa no recente processo eleitoral. Mas ela não poupou nem aqueles partidos que jamais mantiveram qualquer envolvimento com atos de corrupção e nunca compuseram o governo Dilma, como o PSOL. A luta que se trava em torno das responsabilidades sobre a recessão econômica e a corrupção atingiu em cheio a esquerda.

        Quais seriam, então, as tarefas para contornar essa situação? Evidentemente, não há um “manual de reorganização da esquerda brasileira”. Mas há alguns elementos indispensáveis para enfrentar esse gigantesco desafio, que podemos sintetizar no tripé balanço / renovação programática / promessa. Vejamos como se apresentam cada uma dessas tarefas:

        a) Balanço:A mais urgente das tarefas para a reorganização da esquerda brasileira refere-se ao balanço da experiência dos governos petistas. Por mais de uma década, a esquerda brasileira se dividiu entre aqueles que apoiavam ou não o projeto liderado por Lula e Dilma. Por vezes, essa divisão tomava formas absurdas, onde uns se tornavam incapazes de ver os flagrantes limites dos governos de conciliação, enquanto outros fechavam os olhos para os inegáveis avanços que foram promovidos na expansão de alguns direitos sociais. Com o fim do ciclo do PT à frente do governo federal, torna-se possível desenvolver um balanço crítico e honesto dos avanços e limites que os governos petistas produziram. Exemplos não faltarão. Se por um lado é evidente que o crescimento econômico de quase uma década proporcionou uma melhoria nas condições de vida de parte expressiva da população mais pobre, com acesso a crédito, aumento real do salário mínimo e mais políticas sociais, por outro, não se pode esconder que a natureza do projeto de conciliação de classes não permitiu avanços mais profundos, manteve o país vulnerável à dinâmica do capital financeiro, fortaleceu o agronegócio predatório e deixou intocado o controle da informação nas mãos da mídia monopolista. Além disso, o mito conservador da “governabilidade” se impôs de tal forma sobre as iniciativas de participação direta da população sobre a política, favorecendo o fisiologismo e as alianças pragmáticas, que muitos terão dificuldades em admitir que o governo foi enredado em acordos que jamais deveria ter firmado. Por isso um balanço crítico e desapaixonado é indispensável para extrair as lições dos limites da conciliação de classes. Sem isso será impossível pensar um novo projeto político independente e comprometido com os interesses populares.

        b) Renovação programática:O bloco histórico surgido com o PT na luta contra a ditadura militar representou uma grande novidade na cena política brasileira. Aquela esquerda, renovada pelos novos atores políticos que entraram em cena no final dos anos 1970, construiu um programa ao mesmo tempo radical e inovador para enfrentar os séculos de atraso e exploração que marcavam nossa formação social. Ele estava muito à frente do reformismo que caracterizava, já naquela época, os partidos comunistas no Brasil. O chamado “Programa Democrático-Popular”, aprovado no 5º Encontro Nacional do PT, em 1987, reunia um conjunto de tarefas anti-monopolistas, anti-imperialistas e anti-latifundiárias que conferiam à estratégia do partido um caráter profundamente anti-capitalista e radicalmente democrático. Esse programa, rompendo com a tradição que fora hegemônica na esquerda até então, apresentava uma nova interpretação do estágio de desenvolvimento do capitalismo no Brasil e preconizava uma tática de fortalecimento das organizações de base do campo popular, rechaçando a conciliação de classes em favor da independência política dos trabalhadores e trabalhadoras. O abandono desse programa por parte do PT e sua relativa desatualização deixaram a esquerda brasileira, no século XXI, com um enorme “déficit programático”. Ao mesmo tempo em que foram incorporadas novas demandas à agenda política da esquerda nos últimos anos, especialmente no campo dos direitos civis, pouco se avançou na correta interpretação das mudanças que o Brasil viveu durante as últimas três décadas. A consolidação do processo de urbanização do capital e suas contradições trouxeram novas formas de dominação política e econômica que ainda precisam ser incorporadas à análise da esquerda. Essa renovação programática – econômica, política, social, cultural, ideológica – é uma condição indispensável para “reconectar” a esquerda ao Brasil real.

        c) Promessa: Os efeitos da derrocada do PT terão efeitos de longo prazo. Uma geração inteira de militantes, desiludida com as inaceitáveis concessões feitas pelo partido ao longo de quase catorze anos, já não acredita que outro instrumento partidário possa responder à tarefa histórica de liderar a reorganização da esquerda brasileira. Isso é natural. A decepção é profunda, tanto quanto a indignação pelos erros cometidos – em especial em relação à corrupção e à retirada de direitos dos mais pobres, marca do último ano de governo Dilma. Por isso, além de realizar um balanço crítico da experiência petista no governo federal e promover uma profunda atualização programática, a esquerda deverá lançar mão de uma promessa: a de que é possível construir um caminho diferente no futuro. Numa de suas principais obras,3 Hannah Arendt afirma que é a promessa que valida o perdão; isto é, apenas o compromisso de que algo novo está sendo construído no lugar do velho é que permite expiar os pecados do passado. Mesmo aqueles que nada tiveram a ver com os erros cometidos terão de consignar seu compromisso com a promessa de que nada será como antes. O perdão, que exime a esquerda das consequências dos erros cometidos, só pode ser validado pela promessa do novo. E esse novo que é reclamado pela nova geração de lutadores e lutadoras que está nas ruas não pode ser nada menos que uma esquerda horizontal, pluralista, radicalmente democrática e profundamente comprometida com os interesses dos explorados e oprimidos. Uma esquerda anticapitalista, socialista e classista, mas também feminista, negra, jovem, disposta a combater qualquer tipo de opressão. Perdão e promessa: eis o binômio do qual a reorganização da esquerda não pode fugir.

    Os atores da reorganização

        Consideramos que as tarefas que mencionamos – balanço / renovação programática / afirmação do novo – não poderão ser bem-sucedidas sem atores dispostos a encará-las como indispensáveis à reorganização da esquerda brasileira. Para isso será necessário um amplo processo de diálogo entre aqueles dispostos a enfrentar o momento de defensiva estratégica que os setores populares vivem e dar um novo sentido à luta em favor de um amplo instrumento político que unifique os que lutam contra a opressão e a exploração.

        Mesmo que os efeitos da ofensiva conservadora tenham sido devastadores, há diversos atores discutindo os rumos da reorganização da esquerda brasileira. No PT e na Rede Sustentabilidade há setores dispostos a debater a construção de uma nova síntese política “pós-PT”. Outras organizações políticas não partidárias também iniciam essa discussão. No âmbito dos movimentos sociais, novos atores já se apresentam como expressão concreta de um novo ciclo político que rechaça como limitadas as promessas do lulismo.4 Há ainda uma grande quantidade de intelectuais críticos que reivindicam uma profunda reflexão sobre os rumos do campo popular e democrático no Brasil, em favor de uma “nova esquerda” que se apresente como tal já a partir das eleições presidenciais de 2018. No meio desse turbilhão está o PSOL.

        O PSOL é hoje o polo mais dinâmico da reorganização da esquerda brasileira e o partido mais bem localizado politicamente para enfrentar esse desafio. Isso se deve a algumas razões específicas que garantem a ele uma posição privilegiada nesse processo. O primeiro e mais evidente é o fato do partido ter mantido, ao longo de seus onze anos de vida institucional, uma profunda crítica à estratégia de conciliação de classes levada a cabo pelo PT. Por essa razão o PSOL é visto como um partido coerente, capaz de arcar com as pesadas consequências de ser oposição de esquerda aos governos petistas para conservar suas posições. Além disso, a tática que o partido assumiu durante o impeachment, quando sua militância e suas figuras públicas se engajaram plenamente na luta contra o golpe, permitiu ao PSOL conectar-se com o mais importante movimento de massas ocorrido no país desde junho de 2013. Para os milhares de lutadores e lutadoras que tomaram as ruas contra o golpe, o PSOL foi visto como um partido capaz de deixar as diferenças de lado para unir forças em favor de um objetivo maior: a defesa da democracia. Por fim, vivendo toda a sua existência fora da dinâmica do Estado, o partido compreende melhor os novos atores sociais que emergiram na última década. Esses lutadores e lutadoras têm uma forte empatia com o partido e muitos concorreram pelo PSOL nas eleições deste ano. Portanto, se o partido tiver a sabedoria política necessária para se colocar à altura do momento histórico, ele pode se tornar a expressão “natural” de uma nova síntese política para essa nova esquerda que está se formando no Brasil. Mas para isso, será necessário responder às inadiáveis tarefas que mencionamos neste ensaio.

    * Presidente da Fundação Lauro Campos e membro da Executiva Nacional do PSOL.

     

    1 Lincoln Secco. História do PT – 1978-2010. Cotia: Ateliê Editorial, 2011.

    2 Termo em italiano que signfica atualização ou adaptação.

    3 Hannah Arendt. A condição humana. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2000.

    4 Para saber mais sobre o lulismo como expressão da política de pacto de classes nos governos petistas ver André Singer. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

     

  • Depoimento de Ivan Moraes – vereador eleito de Recife

    Depoimento de Ivan Moraes – vereador eleito de Recife

    Confira o Depoimento de Ivan Moraes, vereador eleito de Recife-PE, que participou do Seminário “A Cidade que Queremos – desafios dos mandatos do PSOL”. O evento ocorreu nos dias 05 e 06 de novembro, na sede da Fundação Lauro Campos, em São Paulo.

     

  • Depoimento de Áurea Carolina, vereadora eleita de BH

    Depoimento de Áurea Carolina, vereadora eleita de BH

    Confira o depoimento de Áurea Carolina, vereadora mais bem votada em Belo Horizonte – MG, que participou do seminário “A Cidade que Queremos – desafios dos mandatos do PSOL”. O evento ocorreu nos dias 05 e 06 de novembro na sede da Fundação Lauro Campos, em São Paulo.

     

  • Observatório Internacional, de 24 a 31 de outubro de 2016

    Observatório Internacional, de 24 a 31 de outubro de 2016

    Nesta edição do clipping internacional, o destaque fica por conta da semana decisiva das eleições estadunidenses. Hillary Clinton e Donald Trump disputam os últimos redutos de indecisos dos EUA.

    Além disso, entre outros artigos relevantes, destacamos notícias sobre as eleições na Nicarágua, a vitória de Jorge Sampler na prefeitura de Valparaíso, o imbróglio político na Venezuela, os temores econômicos no Reino Unido, a investidura de Rajoy na Espanha, o fim da selva de Calais na França, as movimentações geopolíticas de Putin, a repressão aos curdos na Turquia, o acirramento do conflito em Aleppo, a entrada das tropas iraquianas em Mossul, a volta dos protestos de rua em Marrocos, a crise política na Coreia do Sul, o fortalecimento de Xi Jinping na China e a vitória histórica do movimento LGBT em Taiwan.

    Desejamos a todos uma ótima leitura!

    Charles Rosa

    ESTADOS UNIDOS

    Há poucos dias das eleições, FBI reabre investigação contra Hillary Clinton; democratas à frente nas pesquisas, porém com folga menor

    O FBI anunciou nesta sexta-feira (28 de outubro) que voltará a investigar os e-mails ocultos enviados para Hillary Clinton, quando esta ocupava o cargo de secretária de Estado. A reabertura do inquérito vem a menos de 15 dias das eleições presidenciais, cuja maioria das sondagens aponta vitória dos democratas – a vantagem varia de 4% a 12%.

    A preocupação de Hillary é que o inquérito reforce a desconfiança do eleitorado indeciso em relação a ela, vista por muitos como “pouco transparente”.

    LINK: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/29/internacional/1477759266_665417.html

    Dos estados com maior número de delegados no Colégio Eleitoral, Hillary aparece à frente das pesquisas na Califórnia (55 delegados), New York (29 delegados), Illinois (21 delegados), New Jersey (20 delegados), Pensilvânia (20 delegados), Michigan (18 delegados), Carolina do Norte (15 delegados) e Virginia (13 delegados). Já Trump venceria no Texas (38 delegados), Flórida (29 delegados), Ohio (20 delegados) e Georgia (15 delegados).

    LINK: http://observador.pt/2016/10/31/donald-trump-lidera-sondagem-na-florida-apos-escandalo-dos-emails-de-hillary-clinton/

    Polícia prende 141 manifestantes em protesto contra oleoduto em Dakota do Norte

    Com bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta, as forças de segurança reprimiram na quinta-feira (27 de agosto) acampamento de indígenas e ambientalistas em rodovia próxima às obras do oleoduto Dakota Access.

    O projeto de mais de 2 mil km foi autorizado pela Justiça, apesar das reclamações das comunidades tradicionais e ecologistas que alertam para prováveis danos irreparáveis ao ecossistema e aos modos de vida da população da região.

    Para sensibilizar o Governo Federal, parte dos manifestantes ocupou um dos comitês de campanha do Partido Democrata em

    LINK: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/10/1827180-policia-prende-141-em-protesto-nos-eua-contra-projeto-de-oleoduto.shtml

    CANADÁ

    UE e Canadá assinam polêmico acordo de livre-comércio

    Sob protestos “anti-globalização”, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker assinaram o CETA que entrará em vigor em 2017. O tratado concede privilégios fiscais e legislativos a multinacionais de ambos os lados.

    Analistas enxergam no CETA uma etapa preparatória para o TTIP a ser conveniado entre EUA e União Europeia.

    LINK: https://www.publico.pt/mundo/noticia/ue-e-canada-assinam-acordo-comercial-com-o-canada-1749403

    Indígenas canadenses se organizam contra indústria extrativista

    Reportagem do El País relata o ascenso da luta indígena no Canadá contra os lobbys de grandes petrolíferas.

    LINK: http://elpais.com/elpais/2016/10/31/planeta_futuro/1477929615_409141.html

    MÉXICO

    Apontamentos sobre a nova iniciativa do Exército Zapatista de Libertação Nacional e do Congresso Nacional Indígena – Artigo de Carlos Hernandez López

    “Colocar-se nos poros gerados pela própria instabilidade da classe dominante servirá, não só para dinamitar o sistema político mexicano, mas fundamentalmente como mecanismo para fortalecer o diálogo com os debaixo. A incursão no campo eleitoral aprofundará a crise dos de cima, ampliando a possibilidade de fortalecer o poder desde abaixo e converter a crise política em situação revolucionária.”

    LINK em espanhol: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=218482&titular=apuntes-sobre-la-nueva-iniciativa-del-ejercito-zapatista-de-liberaci%F3n-nacional-y-congreso-nacional-ind%EDgena-

    Nova geração do PRI chafurda em corrupção; PAN também é atingido por escândalos

    Três governadores, nos quais o presidente Enrique Peña Nieto depositava suas esperanças para renovar o velho partido mexicano, enfrentam investigações por desvio de recursos públicos. Em Veracruz, Quintana Roo e Chihuahua, o PRI vê seus principais quadros fugirem da Justiça após saquearem os cofres públicos.

    A oposição de direita também não observa melhor sorte. O ex-governador de Sonora, Guillermo Padrés, do Partido de Ação Nacional, está foragido das autoridades policiais, após ser denunciado por enriquecimento ilícito.

    LINK:  http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/23/mexico/1477192182_450253.html

    CUBA

    Sem nenhum voto contrário pela primeira vez, ONU pede fim do bloqueio à Cuba

    EUA e Israel abstiveram-se sobre a matéria pela primeira vez em 24 anos, intensificando a aproximação de Washington com Havana. O governo estadunidense, por outro lado, alega depender do Congresso, dominado por republicanos para suspender definitivamente o embargo de mais de cinco décadas a Cuba. Calcula-se que os prejuízos cubanos atingiram o patamar de 125 bilhões de dólares por conta do bloqueio comercial.

    LINK: https://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/sem-votos-contra-pela-1-vez-onu-pede-aos-eua-que-suspenda-embargo-a-cuba,fbbdc4cc06b225886fd1e984f45212f3m7wi91vk.html

    NICARÁGUA

    Aprovado pela população, Ortega lidera com folga intenções de voto; eleições ocorrem em 6 de novembro

    A poucos dias das eleições presidenciais no país (6 de novembro), Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional) aparece com 66% nas pesquisas contra apenas 8% do candidato oposicionista do Partido Liberal Constitucionalista, Maximiliano Rodriguez.

    Segundo as últimas enquetes, 61,4% dos eleitores ouvidos acreditam que o FSLN vai melhorar as condições de vida da população, 73,5% demonstram total confiança na transparência do processo eleitoral, contra 43,8% que demonstram muita confiança e 29,7% alguma confiança.

    LINK: https://br.sputniknews.com/americas/201610286668266-america-central-nicaragua-eleicoes-transparencia-oea/

    Estudioso do processo revolucionário sandinista, Dan La Botz expõe em seu blog uma visão pessimista daquilo que ele reputa como “traição da revolução”.

    “Em 1979, a Nicarágua experimentou uma verdadeira revolução, que destruiu completamente a ditadura de Somoza, varreu o Estado e criou um novo sistema político. Na época, falava-se de uma economia mista, política, pluralismo e socialismo democrático. Campanhas nacionais de alfabetização e saúde melhoraram a vida de grande parte da população rural do país. A Guerra dos Estados Unidos contra a guerra na Nicarágua manteve o governo sandinista dos anos 80 da execução de grande parte de seu programa de reforma, enquanto as eleições de 1990 e eleições subseqüentes levaram governos de direita ao poder. Quando Daniel Ortega e os sandinistas voltaram ao poder em 2006, não eram mais o partido revolucionário com o programa socialista do passado. Ao contrário, Ortega e os sandinistas aliados a grandes empresas, a Igreja Católica e os partidos de direita lideram um governo com programas econômicos neoliberais combinados com programas de bem-estar social, o que chamamos de “liberalismo social”. Como explicado em muito maior detalhe em meu livro What Went Wrong? A Revolução Nicaragüense: uma análise marxista.”

    LINK em inglês: http://newpol.org/content/daniel-ortega-nicaraguas-nov-6-election-and-betrayal-revolution

    A TeleSur, por sua vez, destaca a grande popularidade de Ortega.

    “Nicarágua se coloca nos primeiros lugares de crescimento na América Central e como um dos mais igualitários no que se refere ao gênero, como parte de seu recente êxito sob o mandato de Ortega.”

    LINK em espanhol: http://www.telesurtv.net/telesuragenda/Por-que-Daniel-Ortega-goza-de-tanta-popularidad-en-Nicaragua-20161027-0005.html

    CHILE

    Eleições municipais castigam coligações governistas, oposição direita sai vitoriosa e jovem radical surpreende em Valparaíso

    Com índice recorde de abstenção (mais de 60%), a direita levou oito das dez maiores cidades, incluindo a capital Santiago. A Nova Maioria (centro-esquerda governista) perdeu 15% das suas prefeituras, acendendo o sinal de alerta para março de 2017, quando se realizam eleições legislativas e presidenciais.
    LINK: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/24/internacional/1477277021_252068.html

    Em Valparaíso, sexta maior cidade do país, o jovem candidato independente Jorge Sharp surpreendeu e derrotou a polarização entre direita e governismo, com mais de 54% dos votos válidos, num contexto de 65% de não-comparecimento às urnas. Apoiado pelos ex-dirigentes estudantis e agora deputados, Gabriel Boric (Movimiento Autonomista) e Giorgio Jackson (independente), Sharp adotou o lema “Com as mãos limpas, vamos recuperar Valparaíso”. Seu triunfo é comparado a ascensão do Podemos na Espanha, por envolver uma confluência do movimentos sociais e cidadãos.

    LINKS: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=218380&titular=jorge-sharp:-punta-de-lanza-de-una-fuerza-en-camino-

    http://www.bbc.com/mundo/noticias-america-latina-37757442

    VENEZUELA

    Após suspensão do processo revogatório, direita pressiona governo com forte mobilização de rua e greve geral fraca; Maduro reúne-se com diplomata estadunidense

    Depois de abrir um processo legislativo contra o presidente Maduro (em 25 de outubro), a oposição de direita venezuelana reuniu milhares de pessoas nas ruas de Caracas (27 de outubro), reivindicando um referendo revogatório. No dia seguinte, uma greve geral articulada pelas forças de direita fracassou, após Maduro anunciar um aumento de 40% do salário mínimo.

    LINKS:

    1- http://www.aporrea.org/tiburon/n299394.html

    2- http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,sob-pressao-greve-geral-fracassa-na-venezuela,10000085060

    3- http://www.aporrea.org/economia/n299318.html

    Em 31 de outubro, governo e oposição celebraram o primeiro encontro público para pacificar as relações. O processo de diálogo será intermediado pelo ex-presidente espanhol José Zapatero, o ex-presidente dominicano Leoner Fernandez, o presidente panamenho Martin Trujillos e o Vaticano. Quatro eixos temáticos nortearão as discussões: 1) respeito a soberania nacional; 2) verdade, justiça, direitos humanos, reparação das vítimas; 3) economia e sociedade; 4) geração de confiança e respeito aos processos eleitorais.

    LINK: http://www.aporrea.org/actualidad/n299463.html

    No mesmo dia, Maduro recebeu o subsecretário de Estado norte-americano Thomas Shannon e reiterou a vontade de Caracas em estabelecer um relação respeitosa com Washington.

    LINK: https://noticias.terra.com.br/maduro-recebe-enviado-dos-eua-na-venezuela,8d3077bfd8a6aac72c0893f69075cad3i13zpdyt.html

    COLÔMBIA

    Governo suspende mesa de diálogo com ELN; ajustes em novo acordo com as Farc começam a ser feitos

    Com a justificativa de que a guerrilha ELN não cumpriu a promessa de libertar o ex-deputado Odín Sanchez, o governo colombiano interrompeu o processo de diálogo marcado para 27 de outubro em Quito. O comando central da ELN discorda da avaliação de Juan Manuel Santos e afirma que a soltura de Sanchez estaria combinada para depois do dia 27.

    LINK: http://www.dw.com/pt-br/col%C3%B4mbia-adia-conversa%C3%A7%C3%B5es-de-paz-com-eln/a-36180845

    http://www.rebelion.org/noticia.php?id=218669&titular=sobre-la-suspensi%F3n-por-parte-del-presidente-santos-de-la-instalaci%F3n-de-la-mesa-p%FAblica-

    O presidente colombiano anunciou no sábado (29 de outubro) que há avanços entre Bogotá e as Farc em relação ao tema da reforma rural e da participação de guerrilheiros na vida política civil do país. Na quinta-feira (03 de novembro), o Estado e a guerrilha se encontrarão em Havana para mais uma rodada de negociações.

    LINK: http://www.telesurtv.net/news/Santos-destaca-avances-en-nuevo-acuerdo-con-las-FARC-por-la-paz-20161030-0036.html

    PERU

    Comunidades locais bloqueiam principais vias de mina Las Bambas; governo pede trégua de 45 dias

    As populações de Quehuira, Choquecca, Allaua e Punamarca exigem que a mineradora MMG pague pelo uso da rodovia que atravessa seus territórios. Desde o dia 17 de outubro, o comércio da região encontrava-se paralisado em protesto contra a inércia do governo que enviou o vice-presidente Martín Vizcarra para negociar a interrupção das hostilidades.

    LINK: http://elcomercio.pe/opinion/columnistas/bambas-nuevo-ciclo-conflictos-fernando-rospigliosi-noticia-1942723

    PARAGUAI

    Favorito para 2018, Fernando Lugo surfa na impopularidade do presidente Horácio Cartes

    O ex-presidente paraguaio destituído por um golpe parlamentar em 2012 aparece com mais de 40% de intenções de votos nas pesquisas contra menos de 10% de Cartes. Um parágrafo em aberto na Constituição que vetaria a reeleição de já eleitos para o cargo pode servir de pretexto para que a Justiça barre ambas as candidaturas.

    LINK: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37614529

    ARGENTINA

    Cristina Kirchner depõe sobre favorecimento em obras públicas;

    Acompanhada por um séquito de apoiadores, a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner compareceu a um tribunal nesta segunda-feira (31 de outubro) para depor em um processo que investiga a concessão de obras públicas para Lázaro Baez, um empresário que enriqueceu de maneira vertiginosa durante a última década. Kirchner declarou estar sendo alvo de “perseguição política” e conclamou a uma auditoria de todas as obras públicas realizadas desde 2007.

    LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/31/argentina/1477927368_881089.html

    Argentina chega a 13 meses seguidos de recessão

    Matéria publicada nesta quinta-feira (27) pelo Clarín conta que de janeiro a agosto deste ano a atividade econômica da argentina registrou uma queda de 2,3% – acima do índice de 1,5%, que era esperado pelo governo Macri para todo este ano.

    LINK: http://www.jb.com.br/economia/noticias/2016/10/27/clarin-argentina-em-recessao-ha-treze-meses/?from_rss=None

    REINO UNIDO

    Grandes bancos poderão retirar sua sede do Reino Unido em 2017

    A fim de se proteger dos prováveis traumas do Brexit (como os impeditivos para a circulação de operadores), as principais instituições financeiras preparam-se para abandonar a City, fechando quase 70 mil postos de emprego no setor.

    LINK: http://economia.uol.com.br/noticias/efe/2016/10/23/principais-bancos-deixarao-o-reino-unido-em-2017-por-temor-ao-brexit.htm

    Gigante Rolls-Royce é acusada de pagar propinas para obter contratos em 12 países, inclusive no Brasil

    A BBC e The Guardian denunciam nesta segunda-feira (31 de outubro) a fabricante britânica de turbinas de agenciar pagamentos ilícitos a contratantes para aumentar seus lucros. O valor de mercado da Rolls-Royce é estimado em 13 bilhões de libras esterlinas.

    LINK: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/10/1828082-rolls-royce-e-suspeita-de-pagar-propina-para-obter-contratos-no-brasil.shtml

    “A Grande Recessão não terminou” – Entrevista do Economista britânico Michael Hudson sobre o atual estágio da crise capitalista

    “Não estamos numa recuperação e não estamos realmente numa recessão tradicional. As pessoas pensam num ciclo econômico que é um auge seguido de uma recessão e depois os estabilizadores automáticos reativam a economia. Porém, desta vez não podemos reativar. A razão é que cada recuperação desde 1945 se tem iniciado com um nível de dívida cada vez maior. A dívida é tão alta agora, que desde 2008 temos estado no que chamo de deflação da dívida. As pessoas precisam pagar tanto dinheiro para os bancos que já não tem dinheiro suficiente para comprar os bens e serviços que produzem. Assim que não há demasiados investimentos novos, não há novos postos de trabalho (exceto os empregos de “serviços” de salário mínimo) os mercados estão se reduzindo e as pessoas não conseguem pagar suas dívidas. Assim muitas empresas não podem pagar os bancos.”

    LINK: http://www.sinpermiso.info/textos/la-gran-recesion-en-realidad-no-ha-terminado-entrevista

    ALEMANHA

    Exportação de munição aumenta dez vezes na Alemanha neste ano

    Relatório do governo indica que no primeiro semestre de 2016, a Alemanha exportou dez vezes mais munição em comparação com igual período de 2015: de 25 milhões para 285 milhões de euros. No início de julho, foi divulgado que nos primeiros seis meses de 2016 o governo alemão autorizou a exportação de 4 bilhões de euros em armas, quase 500 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior.

    LINK: http://www.dw.com/pt-br/exporta%C3%A7%C3%A3o-de-muni%C3%A7%C3%A3o-aumenta-dez-vezes-na-alemanha/a-36149773

    FRANÇA

    Desmantelada a “selva de Calais”; 7 mil imigrantes remanejados

    Depois de dois anos de existência, o insalubre campo de refugiados de Calais chegou ao fim no dia 26 de outubro. Os milhares de habitantes da Selva que sonhavam em cruzar o Canal da Mancha foram deslocados para mais 450 pontos de abrigos espalhados pela França, não sem protestos que foram “controlados” pelas forças antimotim.

    LINKs: https://www.publico.pt/mundo/noticia/terminou-operacao-para-retirar-migrantes-do-acampamento-de-calais-1748912

    http://www.rebelion.org/noticia.php?id=218634&titular=calais:-%BFel-fin-de-la-jungla?-

    França deixa frente centro-africana para reforçar guerra contra ISIS no Sahel, na Síria e no Iraque

    A França retira a partir desta segunda-feira (31) sua força militar da República Centro-Africana. A intervenção francesa, batizada de Sangaris, foi lançada em 2013 para tentar controlar os confrontos entre diferentes etnias e comunidades religiosas no país.

    A presença francesa na República Centro-Africana durante os últimos três anos também foi alvo de polêmica, após denúncias de abusos cometidos pelos soldados. Casos de violência sexual contra menores foram registrados entre 2013 e 2015 na prefeitura de Kemo, nordeste de Bangui. Além da França, centenas de denúncias dizem respeito a tropas do Burundi e do Gabão que integravam a Missão da ONU. Investigações foram abertas na época para apurar os fatos.

    LINK: http://br.rfi.fr/franca/20161030-franca-retira-suas-tropas-da-republica-centro-africana

    ESPANHA

    Rajoy reconduzido à presidência graças ao PSOE; 15 deputados socialistas desobedecem orientação partidária e votam contra investidura de conservador

    A abstenção da maioria da bancada do PSOE permitiu que Mariano Rajoy (PP) regressasse à cadeira presidencial depois de meses de indefinição política. Pedro Sánchez, ex-líder socialista destituído pela ala mais à direita do partido antes da votação decisiva, renunciou ao mandato parlamentar. Outros 15 deputados do PSOE enfrentarão processos internos por não seguirem a orientação partidária e votarem contra a posse de Rajoy.

    LINK: http://www.europapress.es/nacional/noticia-psoe-comunica-15-diputados-discolos-les-abre-expediente-no-rajoy-20161031170213.html

    ISLÂNDIA

    Conservadores vencem eleições; Partido Pirata triplica votação de 2013

    O continuísmo prevaleceu na Islândia. Os conservadores do Partido da Independência conseguiram 29% dos votos (21 cadeiras) e tentarão agora formar um governo com outras forças políticas. Em segundo lugar, ficou o Partido Verde com 16% (9 cadeiras) e logo depois o Partido Pirata com 14,5% (9 cadeiras).  Três anos depois de sua fundação, os piratas liderados pela poetisa Birgitta Jonsdottir triplicam a votação de 2013 quando chegaram a 5% dos votos e 3 cadeiras no Parlamento.

    Os maiores derrotados são os correligionários centristas do atual primeiro-ministro Sigmundur Gunnlaugson. Envolvido em esquemas de corrupção, o Partido Progressista viu sua bancada se reduzir de 19 para 8 deputados.

    LINK:
    http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/30/actualidad/1477825481_431425.html

    RÚSSIA

    Putin suspende acordo de destruição de plutônio militar com EUA

    O presidente russo promulgou nesta segunda-feira (31 de outubro) a suspensão do acordo de desarmamento estratégico com os EUA. Putin acusa os estadunidenses de reciclarem o material que deveria ser destruindo, abrindo brechas para reutilizá-lo militarmente no futuro.

    LINK: http://www.dn.pt/mundo/interior/russia-abandona-tratado-com-eua-para-reconversao-de-plutonio-5473007.html

    Metade dos russos teme 3ª Guerra Mundial por conflito sírio

    Quase a metade dos russos temem que as tensões entre a Rússia e o Ocidente no conflito sírio provoquem uma Terceira Guerra Mundial, segundo uma pesquisa do instituto independente Levada publicada nesta segunda-feira (31/10). A pesquisa também mostra que 52% dos russos apoiam os bombardeios de sua aviação na Síria

    LINK: http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2016/10/31/metade-dos-russos-teme-3-guerra-mundial-por-conflito-sirio-258861.php

    MOLDÁVIA

    Candidato pró-Rússia vence 1º turno de eleições presidenciais, capitalizando sentimento eurocético

    O social-democrata Igor Dodon obteve 48%, cacifando-se com favorito para ganhar o segundo turno em 13 de novembro contra a candidata apoiada pelas potências ocidentais Maya Sundu. O índice de abstenção foi de 50%.
    Dodon defende um alinhamento da ex-república soviética com Moscou. Entretanto, quem exerce o poder Executivo na Moldávia é o Parlamento, atualmente dominado pelas forças pró-UE. O presidente tem a prerrogativa de antecipar as eleições legislativas e provocar referendos.

    LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/31/actualidad/1477870462_478205.html

    TURQUIA

    Erdogan avança sobre imprensa curda

    Novo decreto governamental fechou boa parte da imprensa curda e despediu mais de 10 mil funcionários. Autarca de Diyarbakir foi novamente presa e a cidade ficou sem internet. HDP promete resistir ao poder absoluto do presidente turco.

    LINK: http://www.esquerda.net/artigo/erdogan-esta-fazer-o-seu-proprio-golpe-de-estado/45212

    SÍRIA

    Mídia estatal síria diz que rebeldes usaram bombas de gás venenoso em Aleppo

    Um veículo estatal de imprensa da Síria disse que militantes utilizaram gás venenoso em uma região controlada pelo governo em Aleppo neste domingo, causando a asfixia de 35 pessoas, um relato classificado como mentiroso por um dirigente rebelde.
    Rebeldes lançaram um grande contra-ataque sobre as forças do governo em Aleppo na última sexta-feira, com o intuito de quebrar um cerco ao setor leste da cidade, atualmente controlado por insurgentes.

    LINK: http://extra.globo.com/noticias/economia/midia-estatal-siria-diz-que-militantes-usaram-bombas-de-gas-venenoso-em-aleppo-20385780.html

    Exército da Síria fica mais perto de bastião rebelde na capital

    O Exército da Síria e seus aliados tomaram a área estratégica de Ghouta, na região leste de Damasco, controlada pelos rebeldes, apertando o cerco sobre o maior bastião dos insurgentes perto da capital.

    LINK: http://extra.globo.com/noticias/mundo/exercito-da-siria-fica-mais-perto-de-bastiao-rebelde-na-capital-20390671.html

    Rússia diz que conversas de paz da Síria estão adiadas indefinidamente

    O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse nesta terça-feira que a incapacidade do Ocidente da conter islâmicos violentos na Síria adiou indefinidamente a retomada de conversas de paz. Shoigu disse que os rebeldes apoiados por governos ocidentais vêm atacando civis na cidade síria de Aleppo, apesar de uma pausa nos ataques aéreos russos e sírios.

    LINK: http://br.reuters.com/article/topNews/idBRKBN12W3U7

    Kerry: se Rússia suspender os ataques será possível separar oposição dos terroristas

    O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, alegou que, se a Rússia interromper seus ataques aéreos, será possível separar a oposição moderada dos terroristas na Síria, tornando possível o restabelecimento de consultas sobre a resolução do conflito naquele país.

    LINK: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201610316689935-kerry-russia-ataques-separar-oposicao-siria/

    IRAQUE

    Tropas iraquianas entram em Mosul pela primeira vez desde 2014

    As forças iraquianas entraram na cidade de Mosul pela primeira vez desde 2014, um marco no esforço para recuperar a cidade que anuncia uma feroz batalha urbana nas próximas semanas.

    Bagdá disse que suas tropas de elite romperam os subúrbios do leste da última fortaleza urbana do Estado Islâmico no Iraque, criando um estreitamento no bairro de Jdeidet al-Mufti após duas semanas de combate.

    LINK: https://noticias.terra.com.br/forcas-iraquianas-entram-em-mossul-pela-primeira-vez,9de425c5efef46b0370d3c099eab993fgryxjf9s.html

    LÍBANO

    Aliado do Hezbollah é eleito presidente depois de dois anos sem comando

    O parlamento libanês elegeu na segunda-feira (31) o ex-general Michel Aoun como presidente da República do país. Aoun tem proximidade com a milícia xiita libanesa Hezbollah e assumiu depois de quase dois anos e meio sem comando, por divergências entre os dois principais blocos políticos, apoiados respectivamente por Arábia Saudita e Irã.

    Ex-veterano militar, com 81 anos, Aoun é considerado um velho inimigo da Síria e aliado do Hezbollah e de Damasco. Será o décimo terceiro presidente do Líbano desde que o país ganhou a independência da França, em 1943. Em seu primeiro discurso após ser eleito, Aoun exigiu o desenvolvimento de uma lei eleitoral “justa” e “a libertação dos territórios ainda ocupados” por Israel e reiterou que Tel Aviv continua a representar a “maior ameaça contra o Líbano”.

    LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/31/actualidad/1477939707_170685.html

    PALESTINA

    Jogador Cristiano Ronaldo é eleito a personalidade do ano no país

    De acordo com o jornal português “A Bola”, o astro do Real Madrid foi escolhido devido à sua atitude humanitária com crianças mundo afora, especialmente as palestinas.

    Cristiano Ronaldo recebeu um menino palestiniano queimado, Ahmad Dawabsheh, nas instalações do Real Madrid. Na sequência da nomeação, o presidente da Casa do Real Madrid manifestou o seu agradecimento ao internacional português, defendendo ser este merecedor de muito mais do que a homenagem feita pela Palestina e dos adeptos dos merengues.

    LINK: http://www.ojogo.pt/internacional/cristiano-ronaldo/noticias/interior/cr7-nomeado-personagem-do-ano-2016-na-palestina-5472870.html

    MARROCOS

    Morte de peixeiro reacende chama da Primavera Árabe em Marrocos

    Mouhcine Fikri morreu esmagado num carro do lixo que destruía peixe apanhado ilegalmente. Milhares saíram à rua em protesto e Mohammed VI ordenou abertura de inquérito

    Em 2011, durante a Primavera Árabe, o desaparecimento de cinco jovens em Al-Hoceima – os corpos seriam encontrados carbonizados – deu origem ao Movimento 20 de Fevereiro, que exigiu reformas políticas ao monarca. O rei entregaria parte da sua autoridade ao governo eleito – o primeiro-ministro Abdelilah Benkirane, islamita moderado, foi reeleito no início de outubro – mas grande parte do poder executivo ainda continua na monarquia.

    LINK: http://expresso.sapo.pt/internacional/2016-10-31-Morte-de-peixeiro-desencadeia-ira-nas-redes-sociais-e-vaga-de-protestos-em-Marrocos

    ÁFRICA DO SUL, GÂMBIA, BURUNDI, QUÊNIA

    Países africanos estão abandonando Tribunal Penal Internacional, por serem único alvo

    A Gâmbia tornou-se o terceiro país africano a anunciar a saída do Tribunal Penal Internacional nas últimas semanas, depois do Burundi e da África do Sul, num revés para o organismo que investiga e julga crimes de guerra, contra a humanidade e genocídio.

    Vários países africanos têm vindo a queixar-se sobre possível discriminação do organismo com sede em Haia que, desde a sua entrada em funções em 2002, lançou investigações em nove países africanos e apenas uma fora do continente, na Geórgia.

    A Gâmbia tentou sem sucesso usar o tribunal para castigar a União Europeia pela morte de milhares de migrantes e refugiados africanos que tentam a viagem por mar, diz a agência francesa AFP. O ministro da Informação da Gâmbia, Sheriff Bojang, que anunciou a decisão, declarou que o tribunal está a ser uma ferramenta “para acusação de africanos, especialmente os seus líderes”, enquanto crimes cometidos pelo Ocidente são ignorados.

    LINK: https://www.publico.pt/mundo/noticia/gambia-e-o-terceiro-pais-a-anunciar-saida-do-tpi-1749098

    CONGO

    Ginecologista congolês Mukwege denuncia estupro como arma de guerra

    O estupro é uma “arma barata e eficaz” que destrói as mulheres e as sociedades em meio à indiferença – denuncia o ginecologista congolês Denis Mukwege, incansável porta-voz das vítimas de violência sexual que publica sua autobiografia esta semana. “Traçamos linhas vermelhas contra o uso de armas químicas, biológicas e nucleares. Hoje, devemos traçar uma linha vermelha contra o estupro como arma de guerra”, diz o médico de 61 anos, citado várias vezes para o prêmio Nobel da Paz, em entrevista à AFP.

    LINK: http://entretenimento.uol.com.br/noticias/afp/2016/10/27/ginecologista-congoles-mukwege-denuncia-estupro-como-arma-de-guerra.htm

    COREIA DO SUL

    Coreia do Sul mergulha em crise política por causa de amiga da presidenta

    O Governo da presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, enfrenta a pior crise de seus quatro anos de mandato. A governante já demitiu ou aceitou a demissão de cinco de seus assessores, e multiplicam-se os apelos para que renuncie ou se submeta a um processo de impeachment. Neste fim de semana, milhares de pessoas (10.000, segundo os organizadores, e 4.000, de acordo com a polícia) concentraram-se diante da Casa Azul, sede da presidência, para exigir a renúncia de Park. Embora a Constituição impeça que a presidenta seja julgada durante seu mandato, exceto em casos de traição à pátria, o Ministério Público criou uma unidade especial para investigar as suspeitas.

    Desde o início do escândalo, a popularidade da conservadora Park registrou uma queda brusca. Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira passada, situa-se em 21,5%, enquanto que nos seus primeiros três anos de mandato havia oscilado entre 30 e 50%.

    LINK: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/31/internacional/1477920134_305471.html

    TAIWAN

    Taiwan perto de se tornar o primeiro país asiático a legalizar casamento gay

    Legisladores do Partido Democrata Progressista (PDP) – governista – de Taiwan anunciaram segunda-feira (24/10) a proposta de emenda ao Código Civil para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

    A promotora da emenda no PDP, Yu Mei-nu, presidente do Comitê de Assuntos Judiciais, Estatutos e Leis Orgânicas do parlamento, disse em entrevista coletiva que as mudanças permitirão aos homossexuais se casar, desfrutar dos direitos matrimoniais e adotar filhos.

    Apesar do apoio popular, Taiwan ainda terá que esperar até o próximo ano para ver se o casamento do mesmo sexo, finalmente legalizado. Atualmente, mais de metade dos legisladores Yuan Legislativo aprova a medida, o que justifica a euforia que ocorreu durante a celebração do Pride.

    LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/29/actualidad/1477756628_455350.html

    CHINA

    Xi Jinping fortalece poder sobre o Partido Comunista da China

    Matéria publicada nesta sexta-feira (28) pelo The Wall Street Journal conta que o presidente da China, Xi Jinping, emergiu de uma reunião de cúpula do Partido Comunista com um novo título de liderança, um sinal de ampliação de sua autoridade política — e também de sua capacidade de reprimir uma latente dissidência interna. Na quinta-feira (27) durante uma reunião anual com a presença de várias centenas dos membros mais graduados do partido, Xi recebeu a obscura designação de “núcleo” da liderança do órgão. O termo foi aplicado no passado ao líder revolucionário Mao Tsé-Tung e a dois sucessores dele, mas não ao antecessor imediato de Xi. A denominação não torna Xi invulnerável, dizem especialistas em política chinesa. Ele ainda enfrenta a resistência de alguns grupos dentro do partido, das forças armadas e das estatais.

    LINK: http://internacional.elpais.com/internacional/2016/10/27/actualidad/1477570632_153094.html

  • Seminário “A cidade que queremos: os desafios dos mandatos do PSOL”

    Seminário “A cidade que queremos: os desafios dos mandatos do PSOL”

         A Fundação Lauro Campos sediará, nos dias 5 e 6 de novembro, o seminário “A cidade que queremos: os desafios dos mandatos do PSOL”. A inédita iniciativa reunirá os vereadores e vereadoras eleitas ou reeleitas no pleito de 2016 em todo o país, e se constituirá como um momento privilegiado para discutir os desafios do partido na luta contra o governo Temer, trocar experiências entre os diferentes parlamentares com suas distintas vivências e discutir  atuação dos novos parlamentares e prefeitos.

         Nos dois dias da atividade, serão debatidos a conjuntura nacional, os programas municipais do PSOL como também os desafios colocados frente ao cenário político atual. Haverá espaços para que os eleitos possam discutir questões comuns. Mais de quarenta vereadores de todo o país já confirmaram presença, além de parlamentares como Chico Alencar, Edmilson Rodrigues, Glauber Braga, Ivan Valente, Luciana Genro, Luiza Erundina, Raul Marcelo entre outros.  A abertura do evento será feita pelo presidente nacional do partido, Luiz Araújo, e pelo presidente da Fundação Lauro Campos, Juliano Medeiros.

        Para Juliano, “o seminário será um importante momento para discutir os desafios dos mandatos do PSOL diante do processo de reorganização da esquerda brasileira. Além disso, servirá para trocar experiências e enriquecer as possibilidades de atuação de nossos vereadores em defesa da ampliação de direitos contra qualquer retrocesso”. A atividade, que é uma realização conjunta da Fundação Lauro Campos com a Direção Nacional do PSOL, acontecerá na sede da Fundação, na cidade de São Paulo.

         Confira abaixo a programação do evento:

     

    Sábado (05/11)

     

    9h00

    Abertura: Luiz Araújo, presidente nacional do PSOL, e Juliano Medeiros, presidente da Fundação Lauro Campos

     

    10h00

    Mesa sobre conjuntura

    . Edilson Silva, deputado estadual-PE e candidato à prefeitura de Recife

    . Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST

    . Ivan Valente, deputado federal-SP

    . Laura Carvalho, economista e professora da FEA-USP

    Mediação: Juliano Medeiros, presidente da Fundação Lauro Campos

     

    14h-16h00

    Mesa: PSOL e a luta por uma cidade das pessoas

    . Edmilson Rodrigues, deputado federal-PA e candidato à prefeitura de Belém

    . Luciana Genro, candidata à prefeitura de Porto Alegre

    . Marcelo Freixo, deputado estadual-RJ e candidato à prefeitura do Rio de Janeiro

    . Raul Marcelo, deputado estadual-SP e candidato à prefeitura de Sorocaba

    . Juninho, presidente estadual do PSOL-SP e candidato à prefeitura de Embu das Artes

    Mediação: Márcio Rosa, diretor da Fundação Lauro Campos

     

    17h00-19h00

    Divisão em 5 grupos de discussão, sob o tema “desafios do parlamentar do PSOL”

     

    19h00-20h00

    Espaço livre de discussão

     

    20h00-22h00

    Confraternização

     

    Domingo (06/11)

     

    9h00-12h00

    Apresentação das discussões dos grupos e debate com os parlamentares do PSOL

    . Chico Alencar, deputado federal-RJ

    . Glauber Braga, deputado federal-RJ

    . Luiza Erundina, deputada federal-SP e candidata à prefeitura de São Paulo

    Mediação: Gilberto Maringoni, diretor da Fundação Lauro Campos

     

    12h30 – Encerramento 

     

     

    a-cidade-q-qeremos

  • Observatório Internacional, de 01 a 07 de outubro de 2016

    Observatório Internacional, de 01 a 07 de outubro de 2016

    Outubro começou com a atenção mundial voltada para a América do Sul. A derrota da proposta de paz na Colômbia e o Prêmio Nobel da Paz para o presidente Juan Manuel Santos suscitaram discussões nos mais variados países. 
     
    Nesta edição do clipping semanal, além do conflito colombiano, enfatizamos a reta final da campanha eleitoral nos Estados Unidos, a iniciativa dos esportistas estadunidenses pelo fim da brutalidade policial, o golpe no interior do PSOE na Espanha, a convocação do referendo independentista na Catalunha, a luta das mulheres na Polônia que barraram nas ruas a restrição do direito ao aborto, o fim do cessar-fogo imperialista na Síria, a resistência estudantil na África do Sul contra a mercantilização do ensino e o rechaço dos argentinos à visita de Michel Temer.
     
    Uma boa leitura a todos! 
    COLÔMBIA
    Com forte abstenção, acordo de paz é rejeitado em plebiscito; favoráveis à Paz marcham nas principais cidades  
    Por menos de 1% de diferença, a proposta do “Não” superou o “Sim” (50,2 a 49,7%) na consulta popular ““Você apoia o acordo final para o término do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?”. A abstenção de 63%, a crise de representatividade do sistema político colombiano e a baixa popularidade das guerrilhas foram apontadas como principais motivos da derrota do plano de armistício elaborado pelo governo de Juan Manuel Santos e as FARC.
    O ex-presidente conservador Álvaro Uribe e seu partido Centro Democrático saem fortalecidos do plebiscito, ao liderarem a campanha do “Não”. Agora eles pressionam para que o governo revise cinco pontos do acordo assinado pelo governo e as FARC: prisão para os delitos de lesa-humanidade, proscrição política dos condenados por tais crimes, expropriação de todos os bens das FARC, fim da anistia ao narcotráfico (em alguns casos, fonte de financiamento das FARC), retirada da proposta de reforma agrária.
    As FARC já se pronunciaram a favor da continuidade do processo de cessar-fogo, mas rejeitam a participação de Uribe. Na quinta-feira, milhares saíram às ruas para exigir a continuidade do diálogo entre Estado e as guerrilhas.
    Abaixo, cinco textos que resumem o resultado do plebiscito e suas consequências:
    1- “A votação mostrou a enorme polarização que existe na Colômbia. O ex-presidente Álvaro Uribe, o maior porta-estandarte do não, o mesmo que conseguiu unir quase todo o país em torno da política de Segurança Democrática que enfraqueceu as FARC, recorreu mais uma vez ao jogo de palavras com o qual conseguiu aprofundar a divisão da sociedade: “A paz é entusiasmante, os textos de Havana são decepcionantes”, disse depois de votar. Durante o mês da campanha do referendo, Uribe tentou incutir a ideia de que, se o acordo fosse rejeitado, ele poderia ser renegociado, algo contra o qual foram muito claros o Governo e as FARC. A possibilidade de participar na política por parte dos líderes guerrilheiros e o fato de que nenhum irá para a prisão desde que reconheça seus crimes foi a pedra angular da sua campanha, sabendo que a maioria dos colombianos, mesmo entre os que apoiavam o sim, não via isso com bons olhos.”
    2- “O resultado do plebiscito colombiano revelou a profundidade da polarização que, desde o fundo de sua história, caracteriza a sociedade colombiana. Também, a grave crise de seu arcaico sistema político incapaz de suscitar a participação cidadã que ante um plebiscito fundacional – nada menos que por fim a uma guerra de mais de meio século – que apenas logrou-se que uma em cada três pessoas habilitadas a votar acorresse às urnas, uma taxa de participação inferior a já habitualmente baixa que caracteriza a política colombiana. A do dia de ontem foi a maior abstenção nos últimos vinte e dois anos e seu resultado foi tão apertado que fez a vitória do NÃO, como tivesse ocorrido ante um eventual triunfo do SIM, seja mais um dado estatístico que um rotundo fato político. Os partidários do SIM tinham dito que o que se necessitava para consolidar a paz era uma ampla vitória, que não bastava simplesmente em superar em votos aos partidários do NÃO. O mesmo cabe dizer de seus oponente. Mas ninguém conseguiu esse objetivo, porque a diferença de 0,5% a favor do NÃO poderia ser considerada como um erro estatístico e que uma nova recontagem de votos poderia eventualmente chegar a reverter”.
    3- “Por minha experiência lhes digo que todos devem estar preparados para tempos difíceis e duros desafios no longo caminho para a paz. Ao contrário das expectativas, no plebiscito de domingo para aceitar ou negar os termos do acordo de paz, aproximadamente 20% dos colombianos votaram NÃO, enquanto 19% votou pelo SIM. Quiçá pelo tempo chuvoso, o resultado foi lúgubre – a gente simplesmente ficou em casa. Assim que tenha tido um desfecho incrivelmente apertado, o plebiscito se perdeu”.
    4- “Nos enfrentamentos políticos entre o presidente Juan Manuel Santos e o ex-presidente Alvaro Uribe se esconde uma realidade da que pouco se fala na Colômbia: o enfrentamento entre os dois setores da oligarquia colombiana, representados cada um nestes personagens. O processo de paz colocou em relevo aquelas diferenças, setores da oligarquia colombiana que têm posições particulares ante as reformas que demanda a sociedade colombiana desde o começo do século XX e que têm sido a medula do conflito colombiano”.
    5- “Nem o governo nem a oposição nem as Farc têm dado mostras de ter um plano B. Ainda que todos assegurem seguir com sua vontade de paz intacta e prometeram reuniões nas próximas semanas, a Colômbia vive momentos de incerteza, pois não se sabe com exatidão o que pode se suceder. Por outro lado, a sociedade civil teve uma resposta concreta. Desta vez, as demandas cidadãs não ficaram só no mundo virtual: mais de 30 mil pessoas saíram às ruas de Bogotá com velas e cartazes, enquanto outros milhares de cidadãos mostraram sua solidariedade a partir de Cali e Cartagena, ademais de outras cidades do país e do estrangeiro. Sua mensagem, ainda que silencioso, foi eloquente e inequívoco: guerra nunca mais”.
    Juan Manuel Santos ganha prêmio Nobel da Paz
    O presidente Juan Manuel Santos ganhou o prêmio Nobel da Paz 2016 por seus “decididos esforços” para levar a paz a seus país depois de 52 anos de conflito armado, anunciou nesta sexta em Oslo o Comitê Nobel da Noruega.
    Como destaca o jornal El Espectador, a premiação reforça o apoio ao presidente depois da derrota no plebiscito de domingo (1 de outubro).

     

    Após ter sido deixado de lado na honraria, Rodrigo Timochenko, comandante das FARC, declarou no twitter: “O único prêmio ao que aspiramos é da #PazComJustiçaSocial para #Colômbia sem paramilitarismo, sem retaliações nem mentiras #PazParaARua”.
    Ingrid Betancourt, a líder política que esteve sequestrada pelas FARC durante seis anos, manifestou da França que as FARC também mereciam receber o Prêmio Nobel da Paz.

     

    ESTADOS UNIDOS
    A um mês das eleições, Hillary Clinton abre vantagem; vice de Trump vence debate
    Desde o primeiro debate entre presidenciáveis (26 de setembro), a candidata democrata voltou a crescer nas pesquisas. Segundo pesquisa Ipsos/Reuters, Hillary Clinton alcança um apoio de 42% em nível nacional, enquanto Trump obtém 36%. Atrás, o candidato libertário Gary Johnson (8%) e o ecologista Jill Stein (2%).
    Nas últimas semanas, Trump esteve  envolvido em uma polêmica por seu ataque à ex-Miss Universo Alicia Machado, enquanto ressurgiram as dúvidas sobre o cumprimento das obrigações fiscais do multimilionário, resistente a divulgar a declaração de imposto de renda, como é de costume nos EUA há décadas por todos os candidatos presidenciais.
    No debate entre vices realizado em 4 de outubro, o conservador Mike Pence saiu-se melhor para a maioria da opinião pública estadunidense. Segundo pesquisa da CNN, 48% dos espectadores gostaram do desempenho do governador da Indiana, ante 42% que consideraram o senador Tim Kaine o ganhador.
    Enquanto Pence manteve-se seguro, Kaine foi agressivo e concentrou-se em atacar as excentricidades de Trump. O vice republicano, por sua vez, atacou a inércia da Casa Branca em relação à Síria e à Ucrânia, abrindo espaço para o avanço geopolítico da Rússia, além do caos do Oriente Médio, que ao seu ver teve como “arquiteta” a rival Hillary Clinton.
    Abertura da pré-temporada da NBA tem protesto contra violência policial
    Antes do jogo entre Toronto Raptors e Golden State Warriors, pela abertura da pré-temporada da liga americana de basquete, os jogadores do time canadense, a sua maioria americanos, seguiram o exemplo de Colin Kaepernick, da NFL. De mãos entrelaçadas e cabeças baixas, os jogadores protestaram durante os hinos dos Estados Unidos e do Canadá contra a violência e morte de jovens negros em ações policiais no país.
    Na semana passada, a tenista Serena Williams, transmitiu uma mensagem na qual citou Martin Luther King: chega um momento no qual o silêncio se converte em traição… não ficarei mais em silêncio”, e expressou sua preocupação por seu sobrinho de 18 anos e outros jovens ante a violência policial.
    O clima de tensão racial nos Estados Unidos continua a aumentar. Na região de San Diego, Califórnia, em 27 de setembro, o refugiado ugandês Alfred Olango foi baleado por agentes da polícia, enquanto tinha uma crise mental. O caso ocorreu na mesma semana em que a cidade de Charlotte (Carolina do Norte) desafiou o toque de recolher da polícia, por seis dias, em protestos contra a brutalidade policial que vitimou o cidadão negro Keith Scott. Dias depois, a menina de 9 anos Zianna Oliphant comoveria o mundo ao interromper uma assembleia da cidade com um discurso pedindo o fim da desigualdade racial no país.
    ESPANHA
    Golpe interno no PSOE se consuma e Rajoy está perto de formar um governo
    O líder do Partido Socialista da Espanha (PSOE), Pedro Sánchez, renunciou ao cargo no sábado (1 de outubro), após ser derrotado por em uma votação interna do partido pela sua permanência à frente da legenda. Com a saída do líder socialista, Rajoy pode tentar novamente formar um governo de minoria – o que vinha sendo bloqueado pelo PSOE – e evitar uma nova eleição geral em dezembro, a terceira sem um governo.
    O membro do comitê de redação do Sin Permiso, G. Buster,  analisou “A Lógica do Golpe Interno do PSOL”: “Um golpe interno para facilitar com sua abstenção a continuidade do governo de Rajoy. Isso é, em definitivo, o que desencadeou finalmente a crise contida do PSOE depois de sua sexta derrota eleitoral com as eleições autonômicas bascas e galegas. Porém, o instrumento utilizado para por fim nas próximas semanas ao “empate estratégico” surgido das eleições gerais de 20 de novembro de 2015 é um reflexo da profundidade da crise do regime de 78. Incapazes de construir uma coalizão de governo tanto o PP como o PSOE – o primeiro pelo rechaço social às políticas de austeridade, o segundo pelas “linhas vermelhas” auto-impostas que excluem a independentistas bascos e catalães, mas também o Unidos Podemos -, ao final tiveram de recorrer a métodos extra-parlamentares para alcançar o que em definitivo não é senão uma Grande Coalizão vergonhosa: um governo minoritário do PP apoiado na abstenção de um PSOE aberto em canal no altar da estratégia do mal menor”.
    O Professor de Sociologia da Universidade Autônoma de Madrid, Antônio Antón, acredita que o golpe reforçará o descontentamento da militância socialista com a direção do partido. “A comissão gestora prepara-se para liquidar a opção do Não e avalizar a continuidade de Rajoy e o PP. Porém o desgaste de sua credibilidade e sua capacidade opositora também estão assegurados. Todos perdem: o PSOE e cada um dos dois bandos; também a oportunidade de mudança governamental a curto prazo. E ganha a direita. Triste resultado”.
    Parlamento catalão aprova referendo independentista, mesmo sem aval do governo espanhol
    A Assembleia Regional da Catalunha aprovou nesta quinta-feira (06/10) a convocação de um referendo sobre a independência, com ou sem o aval do governo espanhol, a ser realizado até setembro de 2017.
    A coligação Juntos pelo Sim e a Candidatura de Unidade Popular (CUP, esquerda) votaram a favor, a formação Catalunha Sim absteve-se e o Partido Socialista da Catalunha (PSC) votou “não”.
    Os deputados do Cidadãos e do Partido Popular da Catalunha (PPC) não quiseram votar, em protesto contra a legitimidade da proposta.
    A coligação de esquerda En Comú Podem (que reúne, entre outros, o Podemos) também absteve-se como um aceno a uma futura negociação de um acordo com o governo espanhol.
    “Defendemos desde sempre um referendo que seja efetivo como os da Escócia ou Quebec. E para que assim o seja, deve haver reconhecimento da comunidade internacional e estar pactuado com o Estado espanhol. Agora bem, alguém tem que explicar que quer fazer outra coisa e que não seja um 9N, pois por ora não vemos isso. Porém, isso não quer dizer que não estejamos dispostos a escutar”, afirmou Xavier Domènech, porta-voz da formação.
    Espanha: Trabalhadores de call center em greve contra precariedade no setor
    CGT, CCOO e UGT convocaram a primeira greve conjunta do setor dos últimos doze anos. Segundo as estruturas sindicais, a adesão à paralisação de 24 horas que teve lugar esta quinta-feira foi de 75%. Trabalhadores lutam por salário digno e revisão do contrato coletivo.
    ALEMANHA
    Merkel recupera popularidade, aponta pesquisa
    Índice de aprovação da chanceler federal alemã sobe nove pontos percentuais em relação a setembro, após meses em queda. Sondagem revela que maioria dos alemães não acredita em solução europeia para crise de refugiados.
    Crise do Deutsche Bank ameaça sistema financeiro europeu
    Banco liderado por John Cryan confirma corte de mil empregos, elevando para quatro mil o total de reduções de postos de trabalho na Alemanha este ano.
    “A propósito da incerteza quanto ao impacto para o banco, e para o sistema financeiro, das indenizações de 14 mil milhões de dólares (mais de 12 mil milhões de euros) que as autoridades norte-americanas exigiram ao Deutsche Bank pelo seu papel na crise financeira de 2008, Lagarde sublinhou que “um acordo seria bem-vindo”. O acordo traria “alguma clareza quanto ao peso que o banco vai ter de suportar” e permitiria perceber se esse montante bate certo com as suas provisões. “Quanto mais cedo, melhor”, disse a directora-geral do FMI, em declarações à Bloomberg.”
    REINO UNIDO
    Theresa May quer acelerar Brexit, mas não abre mão de reforçar controle sobre a imigração

     

    Em conferência do Partido Conservador, a primeira-ministra britânica afirmou que ativará o processo de ruptura com a União Europeia no primeiro trimestre de 2017. No entanto, disse não estar disposta a afrouxar as regras de imigração do país em troca de facilidades no acesso ao mercado europeu, uma vez fora do bloco.
    FRANÇA
    Polícia francesa reprime protesto de imigrantes próximo a Calais
    Gás lacrimogêneo e canhões de água foram atirados contra imigrantes e manifestantes reunidos em protesto, no sábado (1 de outubro) numa favela próxima a Calais, conhecida como “A Selva”.
    Dezenas de pessoas protestavam contra as condições de moradia no campo próximo, que o presidente François Holland prometeu fechar até o fim do ano.
    POLÔNIA
    Greve geral de mulheres derrota endurecimento de lei do aborto na Polônia

     

    O Parlamento polonês rejeitou nesta quinta-feira (06) a proposta que visava proibir quase totalmente o aborto no país e impor penas de prisão para mulheres que o fizessem de modo ilegal.
    A iniciativa, levada adiante por um grupo antiaborto, gerou protestos em massa em todo o país. Na última segunda-feira, houve greve das mulheres e milhares de polonesas vestidas de preto protestaram contra a possibilidade de endurecimento da lei do aborto, que já é considerada uma das mais restritivas em toda a Europa.
    HUNGRIA
    Referendo sobre imigração não atinge quórum

     

    Só votaram 45% dos eleitores, abaixo dos 50% necessários para ter valor legal. Ainda assim, 95% dos que votaram manifestaram-se contra receber migrantes.
    Como destaca o jornal Público “apesar de a Hungria ter perdido cerca de 400 mil pessoas para a emigração nos últimos anos, e de ter problemas de falta de mão-de-obra, a aversão aos refugiados cresceu consideravelmente, revelam estudos de opinião do Instituto Publicus: se no ano passado 64% dos húngaros se reviam na afirmação “é nosso dever ajudar os refugiados”, em Agosto já só 37% pensavam assim. E se 52% pensavam, em 2015, que o Governo de Budapeste devia tratar os migrantes de forma mais humana, hoje só 44% é dessa opinião”.
    Já o Deustche Welle afirma que “a campanha de Viktor Orbán (primeiro-ministro de extrema-direita) parece ter grande sucesso, apesar dos resultados contrários nas urnas. Há semanas a polícia de fronteiras do país registra entre zero e um ingresso ilegal. Em 2015 só foram concedidos 500 asilos e os prognósticos para este ano são igualmente modestos”.
    SÍRIA
    Agravamento do conflito põe fim suspende diálogo entre potências; Assad oferece anistia a rebeldes que abandonarem Aleppo

     

    Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (03/10) a suspensão dos contatos bilaterais com a Rússia nos temas referentes à Síria, e determinaram a retirada de seus militares que se preparavam para coordenar ataques com Moscou. O motivo é a contínua ofensiva russo-síria em Aleppo.
    Países ocidentais acusam a Rússia de crimes de guerra, dizendo que seus aviões alvejam deliberadamente civis, hospitais e remessas humanitárias em Aleppo. Nesta segunda-feira, pelo menos seis pessoas morreram no bombardeio a um hospital no leste de Aleppo, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ONG que monitora o conflito. Os aviões usados para fazer os disparos não foram identificados.
    Rebeldes escondidos em Aleppo podem sair com suas famílias se deporem as armas, anunciou na quinta feira (6 de outubro) o presidente sírio Bashar Assad, prometendo avançar com a ofensiva na maior cidade da Síria e recuperar o controle total do país.
    HONG KONG
    Líder da “Revolução dos Guarda-chuvas” de Hong Kong é detido na Tailândia “a pedido da China”
    Na quarta-feira (5 de outubro) as autoridades tailandesas detiveram o ativista Joshua Wong, de Hong Kong, que em 2014 foi um dos organizadores dos protestos pró-democracia que ficaram conhecidos como “revolução dos guarda-chuvas”.
    Wong, 19 anos, tinha sido convidado para falar em duas universidades da capital tailandesa sobre o movimento, os protestos de rua e a formação do seu partido político, o Demosisto.
    Um dia depois (6 de outubro), as autoridades tailandesas deportaram-no para Hong Kong.
    FILIPINAS
    Duterte completa 100 dias de governo, colecionando polêmicas

     

    Em menos de uma semana, Rodrigo Duterte  disse que “gostaria de massacrar” os três milhões de drogados das Filipinas tal como Adolf Hitler fez com milhões de judeus, mandou Barack Obama “para o inferno” e externou o desejo de romper relações com os Estados Unidos em algum momento de seu mandato.
    Durante a campanha eleitoral, Duterte prometeu que acabaria com o problema das drogas em seis meses. Esta campanha deixou em pouco mais de três meses mais de 3,5 mil mortos, entre narcotraficantes e drogados, deles 1,5 mil em operações policiais e o resto pelas mãos de grupos chamados “atentos”.
    Segundo pesquisas recentes, Duterte mantém uma alta popularidade, mesmo em meio a controvérsias. Seu índice de aprovação situa-se por volta dos 76%, o mais alto para um governante filipino em início de mandato.
    ETIÓPIA
    Repressão em protesto gera dezenas de mortos na região de Oromia
    Confrontos entre manifestantes e forças de segurança que, no fim-de-semana, originaram a morte de, pelo menos, 55 pessoas, trouxeram a tensão política de volta à Etiópia. Dois bloggers terão sido presos por criticar o Governo, há estradas fechadas, uma forte presença da polícia de choque nas ruas e edifícios e o acesso à internet esteve bloqueado nos últimos dois dias e não se sabe se já terá sido restabelecido.
    Tudo começou em novembro de 2015 quando Oromo rejeitou os planos do Governo para expandir a capital do país para a sua região, expropriando as suas terras.
    ÁFRICA DO SUL
    Fortes protestos estudantis em Johanesburgo contra aumento de taxas universitárias

     

    Na África do Sul, estudantes das quatro principais universidades do país estão em greve há duas semanas. O objetivo é forçar o governo a recuar sobre o aumento de 8% nas taxas universitárias.
    Protestos similares no ano passado frearam o aumento de 11,5% no valor das matrículas.
    LÍBIA
    Líbia rejeita acampamentos de migrantes geridos pela UE em seu território

     

    A Líbia se opôs à abertura, em seu território, de acampamentos para migrantes que se dirigem à Europa, proposta por alguns líderes europeus para limitar o número de chegadas através do Mediterrâneo, declarou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores líbio.
    Alguns países europeus, incluindo Áustria e Hungria, defendem o fechamento de um acordo com Trípoli para enviar à Líbia os migrantes que tiverem passado por este país, como prevê o controverso pacto alcançado com a Turquia em março deste ano.
    Desde o início do ano, 3.500 pessoas morreram no Mediterrâneo, 28 delas na terça-feira passada diante da costa da Líbia.
    Um total de 235.000 migrantes estariam neste país esperando para partir à Itália, declarou no fim de setembro o emissário da ONU na Líbia, Martin Kobler.
    ARGENTINA
    Manifestantes protestam contra Temer em sua visita à Argentina

     

    Um grupo de cerca de 40 pessoas, a maioria formada por brasileiros, protestou contra o presidente Michel Temer com um panelaço em Buenos Aires. O protesto ocorreu em frente à residência oficial de Quinta de Olivos, onde Temer estava reunido com o presidente da Argentina, Maurício Macri.
    Novas tarifas de gás sobem até 300%

     

    O governo argentino aprovou em várias resoluções as novas tarifas para o consumo do gás, que entram em vigor hoje com aumentos de até 300 por cento para usuários de menor consumo.
    Desde sua chegada ao governo, Maurício Macri nunca deixou de surpreender o povo argentino com uma série de medidas neoliberais que têm sacudido a economia. Aumento da gasolina, do gás, do transporte público e do serviço elétrico fazem parte do pacote imposto pelo presidente argentino.
    PERU
    Comunidades indígenas protestam contra os derrames de oleoduto peruano

     

    Desde 1 de setembro desta ano, distintas comunidades indígenas do Loreto através de suas federações, concentradas em Saramurillo, vêm executando uma prolongada medida de força como sinal de protesto frente à contaminação que a região tem experimentado pela exploração petrolífera durante cerca de quarenta anos; portanto, pelo descumprimento das responsabilidades ambientais das empresas e do Estado frente a ela.
    VENEZUELA
    Maduro acusa embaixada dos EUA em Caracas de conspirar contra o seu Governo

     

    O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta quinta-feira (6 de outubro) a embaixada norte-americana em Caracas de conspirar contra o seu Governo e pediu aos organismos de segurança e serviços secretos para estarem em “alerta máxima” contra ações terroristas.
    HAITI
    Haiti deve ter novo surto de cólera após passagem de furacão Matthew
    A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) expressou nesta quinta-feira sua preocupação com um possível aumento nos casos de cólera no Haiti, como consequência da passagem do devastador furacão Matthew, que afeta também outras nações no Caribe.
    Apenas neste ano foram registrados mais de 28 mil casos de cólera no Haiti, e os peritos da OPS estão dedicados a apoiar as medidas adotadas pelas autoridades sanitárias locais para evitar um novo surto, informou a entidade.