Categoria: Notícias

  • Divulgação de artistas selecionados – Nova arte-política

    Divulgação de artistas selecionados – Nova arte-política

    Informes importantes aos artistas

    1. Equipamentos eletrônicos ou outros materiais necessários à montagem e exibição da obra são de inteira responsabilidade do artista, quem será também responsável por sua manutenção. A voltagem em São Paulo é de 110 volts

    2. A produção não se responsabiliza pelo atraso na chegada das obras postadas ou enviadas por intermediários, nem por possíveis danos que podem acometer as obras no traslado

    3. Custos relativos ao envio e retirada das obras são de inteira responsabilidade do artista

    4. Nossa plataforma de comunicação e divulgação junto aos artistas é www.laurocampos.org.br/solarcultural/

    5. Acompanhem as notícias e informes pelo site e fiquem atentos aos e-mails

    6. Da entrega das obras na sede da Fundação Lauro Campos (Alameda Barão de Limeira 1400, Campos Elíseos, SP-SP)

     

    De 13, 14, 16 e 17 de junho de 2017, das 10 am às 6 pm – para entregas presenciais (procurar Josi, Tales, Alícia ou Lorena).

    Quinta-feira, 15 de junho é feriado e a FLC não estará aberta

    Até dia 27 de junho de 2017, até as 6 pm, para entregas feitas pelos CORREIOS ou transportadora

    29 de junho de 2017 – dia em que a produção receberá os artistas que devem acompanhar ou montar suas obras

    24 a 27 de julho de 2017, das 10 am às 6 pm – Retirada das obras pelos artistas

    UF

    artista

    obras selecionadas curadoria ANAP

    obs importante

    SC

    Anna Karoline Moraes Silva

    Anna Moraes “Será?” stopmotion, 0,41′, 2017

    montagem deve ser feita com acompanhamento ou orientação da artista no dia 29/06, às 9 am. Equipamentos necessários para o funcionamento da instalação devem ser providenciados pela artista

    SP

    Anne Courtois Vidal ( Anne Courtois)

    Anne Courtois “Construções solúveis” 2017, sabões em pedra lavrados, suporte mural – 60 cmx 35 cm x 5 cm. Anne Courtois “Desdosmestic-Ação” 2017; conchas culinárias de alumínio batidas e penduradas num varal – 120 cm x 60 cm x 30 cm. Anne Courtois- “ACASALAR” 2013- Capacho de sisal impresso-160cm X80cm

    Bianca Turner Leite Ribeiro

    Bianca Turner ‘rastreando‘ instalação e ação multimídia (desenho em giz sob projeção de fotos em lousa preta), 2.5m x 2.8m x 3m , 2016

    PROGRAMAÇÃO ANAP: performance para o dia 13/07, 19:30h, em evento aberto ao público, com posterior fala da artista sobre sua pesquisa interdisciplinar do uso “multimídia na arte”, incluindo o corpo, e da “ação como obra e como memória”

    SP

    Bruno Novaes Poli

    Obra 1 – Bruno Novaes. “Apostila de Ciências:Ensino Fundamental”. nanquim sobre página em branco desencadernada. políptico. 33x50cm cada. 2016 Obra 2 – Bruno Novaes. “Apostila de Ciências:Ensino Fundamental” (livreto para distribuição). reprodução digital em papel pólen 80g. 12 páginas. 21x15cm. 2016 Obra 3 – Bruno Novaes. “Apostila de Ciências:Ensino Fundamental”. ação com mimeógrafo. 50 minutos. Folhas de atividade para distribuição geradas na ação. 30x21cm. 2016.

    Obra 3 – com mimeógrafo será uma das performances da abertura da exposição em 30/06

    SC

    Diego de los Campos Orefice

    Diego de los Campos “Desenhos de um real” Instalação de parede de desenhos A5 e performance, 2,00×1,50m, 2006-2017

    performance durante o fechamento da exposição e anúncio premiação em 22/07/2017

    SP

    Duda Las Casas

    Tática” instalação vídeo, 2017

    montagem deve ser feita com acompanhamento ou orientação da artista no dia 29/06, às 9 am. Equipamentos necessários para o funcionamento da instalação devem ser providenciados pela artista

    BA

    Gabriel Chagas da Silva

    Gabriel Chagas “A Maior Festa Da Cidade” – Colagem Sobre Papel. 23 cm X 23cm – 2016 e Gabriel Chagas “O Sol do Amanhã ” – Colagem Sobre Papel. 42 cm X 29,7cm – 2015

    BA

    Heron do Espírito Santo Sena Santana

    Por Herontico “Série Nudes” obras “2013” “As que Comandam Vão de Trá!” “Pire” “Cultura TOP” “Latinica” “A mulher e o tempo”. A3+Photo+Arte Digital. 2017

    MG

    Igor de Oliveira Reis

    Igor Reis “Panela depressão” Dispositivo de áudio, e impressão s/ panela dimensões variadas 2014 Igor Reis “Feito para você” Serigrafia s/ papel 29 x 42cm (cada) 2016 Igor Reis “República” Díptico, óleo s/ tela 180 x 70 cm 2016

    MG

    Itamara dos Santos Ribeiro

    Itamara Ribeiro “A mulher e o lar em ponto corrente“, desenho e bordado sobre papel, (AxL) 29.7×21 cm, 2016 e “Toda hora é hora de beleza” desenho e bordado sobre papel (AxL) 29.7×21 cm, 2016

    RJ

    Jean Remy Davee Guimaraes

    Jean Guimaraes, “Nao há vagas #1“. Imagem digital em papel fotográfico, 70 x 100 cm, 2016 Jean Guimaraes, “Nao há vagas #2″. Imagem digital em papel fotográfico, 100 x 70 cm, 2016 Jean Guimaraes, “Nao há vagas #3″. Imagem digital em papel fotográfico, 70 x 100 cm, 2016

    SP

    João Alberto Rodrigues

    João Alberto. “Pedaço” xilogravura em látex e arame farpado; cerca de 60 x 30 x 30 cm; 2017 e João Alberto. “Tensão” Arame farpado e látex com gravura em metal impressa; cerca de 75 x 75 x 75 cm; 2016

    montagem deve ser feita com acompanhamento ou orientação da artista no dia 29/06, às 9 am.

    RJ

    Khalil Charif

    Khalil Charif, Para Colorir, Impressão em Papel, 24x24cm, 2017

    PR

    Laysa Carolina machado

    Morada transitória” performance

    performance da abertura da exposição em 30/06

    SP

    Luisa Callegari Mello

    Luisa Callegari, “Natureza Morta Tropical“, frutas tropicais pintadas com spray magenta, dimensões variáveis, 2016

    instalaçao deve ser montada pela própria artista no dia 29/06, às 9 am. Providenciar base branca de 90x60x70 cm e caixa de vidro para cobrir as frutas

    SP

    Luiz Fernando Ricardi

    LULA RICARDI “Brasilidade” – Objeto – 60×60 cm – 2014. LULA RICARDI “Anônimo” – Objeto – 30×155 cm – 2014 LULA RICARDI “Futuro” – Gravura Carimbo – 39×57 cm – 2016 LULA RICARDI “Golpe” – Objeto – 28×30 cm – 2017

    RS

    Marcelo Armani

    Marcelo Armani – “Todo Esta Sobre Control, Ahora!?” – Instalação – 40cm x 40cm x 15cm – 2016

    montagem deve ser feita com acompanhamento ou orientação do artista no dia 29/06, às 9 am. Equipamentos necessários para o funcionamento da instalação devem ser providenciados pelo artista

    SP

    Matheus Arantes Mororó

    OMORORÓ. “Nenhuma Solução Viável” 2017 Bordado 47x29cm

    França

    Paulina Denti

    Paulina Denti “sin título” performance para vídeo. 9 minutos. 2017

    montagem deve ser feita com acompanhamento ou orientação da artista no dia 29/06, às 9 am. Equipamentos necessários para o funcionamento da instalação devem ser providenciados pela artista

    SP

    Sergio Ricciuto

    Sergio Ricciuto Conte “Genderland” lápis sobre papel com edição digital. 30cm x 21cm. 2016

    SP

    Sueli Parisi

    Fabio Souza “Focas Cassilda e Matilda” Escultura em vergalhões e redes de pesca Matilda: 1,60 x 2,20 Cassilda: 4,80 x 6,00
    Fabio Souza “
    Borboleta dos desejos” Asas: 5,00 diâmetro Altura: 3,20 As asas são rotarias e o corpo recebe colantes adesivos com desejos

    no caso das focas, teremos que avaliar se é possível colocar as duas, precisa melhor avaliar espaço. As esculturas ficarão ao ar livre. Equipamentos necessários para o funcionamento da instalação devem ser providenciados pelo proponente. Favor, entrar em contato

    SP

    Thiago Melo de Toledo

    Thiago Nevs. “Palanque” Escultura. 58 cm X 85 cm. 2016

    MG

    Tiago Alves da Cruz

    Tiago Cruz “Mídia” Foto Digital pós-processada. 60x85cm. 2015. “Desfaçatez” Foto Digital pós-processada 60x90cm 2016 “Pesadelo” Foto Digital pós-processada 84x70cm 2017

    SP

    Viviane Vallades da Silva

    Viviane Vallades “Sem Título” 2015/ 2016 – work in progress. Exibição de frases em painel de led 100 cm de largura X 20 cm de altura. Fonte branca

    montagem deve ser feita com acompanhamento da artista no dia 29/06. Painel de led deve ser providenciado pela artista, assim cmo demais equipamentos necessário para o funcionamento da instalação

    DF

    Wagner Hermuche

    HERMUSCHE “SURVEYLANCE” 2011 pastel óleo sobre papel negro – 120 x 280 cm

    SP

    Wesley Santos Souza

    Wesley Soupza, “Capitalismo”, Faca com lâmina em aço inox, cabo de madeira e bainha em couro , 25 cm x 40 cm x 5 cm (altura, largura, profundidade), 2015
    Wesley Soupza,
    “Fifty Names of God”, Pergaminho, Impressão sobre papel, 22 cm x 16 cm x 05 cm (altura, largura, profundidade), 2016
    Wesley Soupza, “
    Espelho (o grande Outro)”, Madeira e papel metalizado, 30 cm x 20 cm x 2,0 cm (altura, largura, profundidade), 2016
    Carta

     

    Curadores

    Lorena Ferraz Cordeiro Gonçalves

    Márcio Rosa de Azevedo

    Rodolfo Vianna

     

  • Lançamento: Cinco mil dias: o Brasil nos tempos do lulismo

    Lançamento: Cinco mil dias: o Brasil nos tempos do lulismo

    Cinquenta e dois autores – entre acadêmicos, lideranças políticas e ativistas sociais – de relevância nacional e de variadas matizes políticas no campo progressista realizam uma minuciosa avaliação, setor por setor, dos 13 anos de governos lulistas, que abrangem o período entre 2003 e 2016. São enfocados, entre outros, temas como economia em suas múltiplas variáveis, desenvolvimento, direitos sociais, judiciário, infraestrutura, energia, educação, saúde, cultura, segurança pública, meio-ambiente, direitos da mulher, população LGBT, povos indígenas, questão racial, esportes, combate à pobreza, comunicações, política externa, habitação e urbanismo e relações com movimentos sociais. A obra é uma coedição entre a Fundação Lauro Campos e a Boitempo Editorial.

    Para analisar os avanços e limites da mais longeva experiência de um partido político à frente do Governo Federal desde a redemocratização do país, os organizadores Gilberto Maringoni e Juliano Medeiros convocaram pensadores, ativistas, parlamentares, dirigentes políticos e lideranças de movimentos sociais. Contribuíram com o balanço nomes como André Singer, Armando Boito Jr., Aldo Fornazieri, Chico Alencar, Cid Benjamin, Edmilson Brito Rodrigues, Eduardo Fagnani, Eloísa Machado de Almeida, Erminia Maricato, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Jean Wyllys, José Luiz Del Roio, Leda Maria Paulani, Ligia Bahia, Lúcio Gregori, Luis Felipe Miguel, Luiz Eduardo Soares, Nilcéa Freire, Pedro Paulo Zahluth Bastos, Reginaldo Nasser e Vladimir Safatle, entre outros.

    “Se não houver uma reflexão coletiva das tentativas, omissões, acertos, erros e opções tomadas nas condições concretas da única oportunidade em que uma força egressa da esquerda alcançou o comando político do país, perderemos a chance de extrair algo valioso da derrota recente: o que fazer – como indicava um livro famoso – e, especialmente, o que não fazer. Em outras palavras, se não avaliarmos rigorosamente essa experiência – para o bem e para o mal – estaremos fadados a refazer velhas escolhas e a não aprender com os fracassos”, dizem os organizadores no prefácio.

    Composto por 43 capítulos, o livro evita avaliações fáceis e passionais ao examinar os detalhes e as nuances do período lulista. No processo de elaboração da obra, a escolha de parâmetros e abordagens foi livre, e uma única pauta foi pedida aos autores: examinar a área de maior afinidade e especialização de cada um. “Tentamos ser abrangentes, sem a pretensão de chegarmos a uma convergência tácita ou a uma posição oficial desse ou daquele partido, organização ou escola de pensamento”, afirmam os organizadores.

    O livro apresenta o passado como objeto de análise num esforço para se pensar o futuro. Assim, a última parte da coletânea propõe uma reflexão sobre os dilemas da esquerda em meio a um contexto até aqui adverso. “Sem isso, de pouco serviria o esforço de promover um balanço crítico dos anos recentes. Esperamos ser esta uma contribuição significativa para a reorganização da esquerda e do campo progressista e para a urgente construção de um novo projeto de desenvolvimento, que aponte rumos para a transformação social.”

    O primeiro lançamento da obra será no III Salão do Livro Político, no dia 08 de junho, na PUC-SP.

    Trecho da orelha

    “A experiência do PT à frente do Executivo Federal tem a um só tempo a marca da mudança e da continuidade, chegando ao fim sem alterar as bases estruturais da dominação capitalista em nosso país. Refletir sobre essa experiência, num momento em que a esquerda busca reconstruir seu projeto, para responder aos desafios impostos pela agenda regressiva liderada pelas forças golpistas, é um imperativo histórico, uma tarefa impostergável.” – Luiza Erundina.

    (texto originalmente publicado no blog da editora Boitempo)

  • III Salão do Livro Político tem o apoio da Fundação Lauro Campos

    III Salão do Livro Político tem o apoio da Fundação Lauro Campos

        A Fundação Lauro Campos é uma das apoiadoras do III Salão do Livro Político, que acontecerá entre os dias 05 e 08 de junho no TUCA-Arena, localizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, na capital paulista. Esta terceira edição do Salão envolve cerca de 30 editoras, oito a mais do que em 2015. Os livros serão oferecidos com descontos de 20% a 50%.

        Durante os dias do evento, haverá uma intensa programação de debates com a participação de nomes como Boaventura de Sousa Santos, Maria Rita Kehl, João Quartim de Moraes, Michael Heinrich, José Arthur Giannotti, Luiz Bernardo Pericás, Pedro Serrano, Fabio Luis Barbosa dos Santos, Pedro Fassoni, Rafael Valim, Reginaldo Nasser, Tercio Redondo, Antonio Rago Filho, Lidiane Soares Rodrigues, Osvaldo Coggiola, Amelinha Teles, Antonio Carlos Mazzeo, Soraya Misleh, Leda Paulani, Jorge Grespan, Marcelo Carcanholo, Eleutério Prado, Martín Hernandez, Rafael Zanata, Maria Cecília Oliveira Gomes, Ludmila Abilio e Flavio Wolf de Aguiar, Juliano Medeiros, entre outros.

       A programação completa do evento pode ser conferida na página http://salaodolivropolitico.com.br, pela página do evento no Facebook.

       A Fundação Lauro Campos, além de ter apoiado a realização do Salão, estará presente distribuindo a revista Socialismo&Liberdade e ofertando suas mais recentes publicações, que incluem o livro “Um partido necessário: 10 anos de PSOL”, “Libertando a vida: a Revolução das Mulheres” e “Público X Privado em tempos de Golpe”, além das obras realizadas em parceria com outras editoras.

     

    Serviço:

    III Salão do Livro Político

    Quando: 05 a 08/06/2017

    Onde: TUCA (PUC-SP) – Rua Monte Alegre 1024

    Entrada Gratuita

  • O que quer a Rede Globo?

    O que quer a Rede Globo?

    por Guilherme Boulos*

     

    A delação dos donos da JBS precipitou o declínio do governo Temer. Poucos na bolsa de apostas de Brasília acreditam na possibilidade de mantê-lo até 2018, apesar dos esforços desesperados de salvação. Temer perdeu as condições políticas para governar o País. Pesam contra ele não apenas denúncias, mas provas, vistas e escutadas amplamente.

    O peemedebista aposta na tática de arrastar a crise, ao rechaçar a opção de renúncia e criar um falso ambiente de normalidade. Não tem outra saída. Mesmo se decidir renunciar, não poderá fazê-lo sem a busca de um acordo que salve seu pescoço. Caso contrário, corre o risco de sair do Palácio do Planalto direto para a prisão, dado que perderia o foro especial.

    Convenhamos, não há surpresa no conteúdo da denúncia. Que o governo Temer depende do silêncio de Eduardo Cunha até mesmo a crédula Velhinha de Taubaté desconfiava. Que Cunha não daria o silêncio em troca de nada é quase uma obviedade. Portanto, embora gravíssimos, os fatos não geraram perplexidade nacional.

    O que surpreendeu  foi a postura da Rede Globo no episódio, partindo para o ataque decidido e rápido contra Temer, exigindo sua queda. Essa guinada criou uma divisão na mídia e no campo que apoiou o golpe. Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo não seguiram a toada dos Marinho e relativizaram o teor das denúncias.

    É preciso compreender o que está em jogo na decisão política da Globo neste momento e em sua aliança com setores do Ministério Público. Existem hipóteses.

    Há quem sugira que a Globo e os setores político-econômicos que ela vocaliza tenham chegado a uma avaliação de que Temer não conseguiria entregar as reformas. Improvável, pois o governo caminhava para aprovar a reforma trabalhista no Senado e, possivelmente, a da Previdência na Câmara, após algumas concessões e um jogo pesado de compra de apoio.

    Outra possibilidade na mesa é o fator Lula. Sua força eleitoral cresceu muito nos últimos meses, em paralelo à perda de apoio social de Temer. O interrogatório de Curitiba, que visava constrangê-lo, teve efeito inverso. Lula saiu fortalecido de lá, ampliando a visão geral de falta de provas para condená-lo. Sergio Moro e a Globo, nesse sentido, ficaram num impasse. Agora, com o nível de repercussão das acusações contra Temer e, em especial, contra Aécio Neves, cria-se um clima mais favorável à condenação e, quiçá, à prisão de Lula. É evidente que enfraquecem a percepção de seletividade e perseguição política contra ele. E, como confessou um delegado da Lava Jato, o que vale é o timing.

    Esse fator, embora relevante, não explica por si só que a aliança Globo/Ministério Público derrube o governo Temer e coloque em risco a aprovação das reformas. Creio ser possível supor uma aposta mais estratégica, pensando na hegemonia política de longo prazo.

    O sistema político da Nova República está em ruínas. Crivado por denúncias, desmoralizado, esse modelo perdeu a capacidade de levar à coesão a sociedade brasileira. Perdeu hegemonia, embora ainda represente o poder de fato. Cabe uma analogia com a crise da ditadura sob o comando do general João Figueiredo. A ditadura ainda tinha o comando, mas havia perdido completamente a capacidade de criar maioria social. Em situações como essa, sempre há o risco de soluções por baixo, expressas na revolta popular contra um regime sem representatividade. A casa-grande tem verdadeiro pavor de alternativas como esta e, historicamente, antecipou-se para construir acordos de transição seguros e conservadores.

    Foi assim no fim da ditadura, pode ser assim agora. Não é de hoje que a Globo aposta na narrativa do Judiciário como salvador nacional. Criaram heróis do combate à corrupção, que podem representar a opção a um sistema que perdeu a credibilidade. Uma forma de “limpar” o Estado brasileiro, manter a agenda dominante e recobrar a hegemonia social pode ser com protagonismo do Judiciário. Não por acaso constrói-se a figura de Cármen Lúcia como possível saída em caso de eleições indiretas. Seria uma nova Operação Golbery, com juízes e procuradores à frente.

    Embora somente uma hipótese, é preciso muita atenção em relação aos interesses dessa coalizão. Se a crise da Nova República for canalizada nessa direção, isso pode significar o fechamento democrático, com institucionalização de medidas de exceção aplicadas. Não se deve descartar inclusive que se apropriem da bandeira de uma nova Constituinte.

    De todo modo, a desconfiança ante os interesses dessa coalizão não pode legitimar o envolvimento de setores da esquerda em arranjos de salvação. Nem para a manutenção de Temer, tampouco por eleições indiretas. Quaisquer que sejam os nomes, devem ser prontamente rechaçados pela ilegitimidade do processo.

    A única saída possível é engrossar o caldo pela saída de Temer e por eleições diretas, construindo uma frente ampla e fortalecendo as mobilizações populares. A rua é o melhor desinfetante contra soluções antidemocráticas.

     

    Guilherme Boulos é da coordenação nacional do MTST

    (artigo originalmente publicado na Carta Maior – 29/05/2017)

  • Para a democracia sequestrada, somente uma reforma do sistema político

    Para a democracia sequestrada, somente uma reforma do sistema político

    por Lucas Coradini *

     

    Em 1958, Raymundo Faoro publicava Os Donos do Poder – formação do patronato político brasileiro, obra que se consagrou ao apontar a origem da corrupção e da burocracia no país. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida de Portugal no período colonial, cristalizando-se na economia política brasileira desde então. Muito do que se pretende explicar hoje sobre o turbulento cenário político brasileiro seria possível fazê-lo através da releitura de Faoro. Entender a degenerada relação entre o público e o privado, empresários e políticos, capital e Estado, é a chave para compreender como o sistema político tem sido historicamente sequestrado por interesses particulares e a fragilidade de nossa democracia. Tornaria mais claro, enfim, identificar quem são os verdadeiros donos do poder hoje.

    E chegaríamos então à conclusão que a democracia nunca coube no Brasil, e que as camadas populares jamais fizeram parte das estruturas de poder de fato. Que somos uma colônia de exploração desde sempre, com uma ligeira modernização mercantil orgulhosamente intitulada de agronegócio, que resume nosso papel no globo à produção de commodities. Que convivemos na quase totalidade de nossa história com regimes políticos conservadores e avessos aos avanços democráticos,frutos de uma aristocracia que perpetuou o trabalho escravo por três quartos da nossa história, e ainda fomos dos poucos países que após a independência manteve esse anacronismo por mais de meio século. Que tivemos a primeira legislação de proteção ao trabalhador somente em 1943, utilizando até então de um modelo servil característico do período pré-revolução industrial. Que nossa história republicana nasce das oligarquias e é atravessada por tantos golpes que a democracia parece ser o regime de exceção. Que desde o governo de Deodoro da Fonseca, passando pelo Estado Novo e pelo Regime Militar de 1964-1984, até os impedimentos de Fernando Collor e Dilma Rousseff, somos marcados por conspirações, golpes e rupturas. E, ao fim, que muito pouco mudou em relação às formas como os “donos do poder” imprimem seus interesses através das estruturas do Estado.

    Com alguma perplexidade, a partir das investigações recentes, descobrimos que um grupo formado por pouco mais de dez empresas detém nas mãos – e nos bolsos – grande parte dos mandatários das casas legislativas, membros do executivo em todos os níveis da administração, e até do poder judiciário. Seja de forma legal, através de doações para campanhas, seja de forma ilegal, através de propinas, estas empresas impõem sua influência sobre as mais diversas legendas e sobre as mais diversas estruturas do Estado. Vemos constituir, assim, a bancada dos bancos, a bancada do boi, a bancada do cimento, a bancada da bíblia, a bancada da bala, e tantas outras quanto forem possíveis “comprar”, o que faz do jogo eleitoral um mero ato ficcional necessário para produzir algum senso de participação política popular. Um processo supostamente democrático enquanto, objetivamente, estamos diante da égide de uma ditadura do mercado. Os donos do poder encontram-se hoje nas grandes corporações empresariais, no agronegócio e nos meios de comunicação.

    Apesar de a democracia nascer inserida no período de consolidação do capitalismo, percebe-se que as forças capitalistas vêm provocando sérios prejuízos ao modelo democrático. Para Schumpeter, alguns desvios do princípio da democracia estão atrelados à presença de interesses capitalistas organizados, ou seja, meios privados são frequentemente usados para interferir no funcionamento do mecanismo da liderança competitiva. Segundo o autor, os padrões do capitalismo impelem alguns grupos da sociedade a recusar as regras do jogo democrático, colocando em risco todo método político. O que vemos no Brasil vai além disso: utiliza-se das próprias regras do jogo democrático para o autobeneficiamento, a partir do instrumento do financiamento privado de campanhas que vincula a atuação da classe dirigente aos interesses de seus credores.

    E é preciso destacar a violência simbólica que exerce essa ditadura do mercado, bem como as consequências da subordinação da democracia ao grande capital. Nas últimas eleições, JBS, Bradesco, Itaú, Vale, AMBEV, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez, UTC e Queiros Galvão “doaram”, de forma legal, mais de 200 milhões a partidos políticos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. Contudo, ilegalmente, somente a JBS teria distribuído 600 milhões a pelo menos 1829 políticos de 28 partidos em troca de contrapartidas no setor público ao longo dos últimos anos, naquilo que os corruptores chamavam de “banco de benevolência”. A Odebrecht chegou ao cúmulo de institucionalizar a atuação criminosa através de um “setor de propina” na empresa, que dispendeu entre 2006 e 2014 cerca de 10, 6 bilhões a políticos, valor que supera o PIB de 33 países. Recursos deslocados, há que se destacar, dos próprios cofres públicos, através de contratos superfaturados, perdão de dívidas fiscais e previdenciárias, e concessão de créditos subsidiados.

    Preocupa que, diante do desvelamento dos mecanismos de apropriação do público pelo privado e da crise política e institucional colocada, não se vislumbre uma saída democrática e verdadeiramente alinhada aos interesses nacionais. Enquanto se engendra a queda do presidente envolvido em corrupção, as análises sobre os possíveis desdobramentos seguem pautados pela “reação dos mercados” ou pelas perspectivas de continuidade de reformas feitas sob medida para o grande capital. Mais do que discutir o sistema político que permitiu o sequestro do estado por corporações empresariais, ou a necessidade de resgatar a legitimidade da classe política a partir de eleições diretas, confabula-se sobre os possíveis nomes capazes de mediar a crise com os interesses corporativos dos donos do poder. Em outras palavras, se discutem as peças do tabuleiro mas não se discutem as regras do jogo. Enquanto isso, em nome de uma pretensa recuperação econômica, privilegiam-se justamente os interesses corporativos que levaram ao atual quadro, impondo uma agenda de retrocessos em conquistas sociais consagradas, como a legislação trabalhista e previdenciária, jamais submetida às urnas.

    Trata-se de uma visível sobreposição da razão econômica em relação à razão social, como de fato o é desde que o Estado tem se resumido a um aparelho de lobismo para patrocinadores das campanhas, de relações clientelistas e patrimonialistas conflagradas com o setor privado, e de manutenção do sistema da dívida pública como meio de transfusão de recursos públicos para o capital financeiro. E daí decorre o problema da legitimidade. Como já apontava Habermas, com o avanço do capitalismo o sistema político vem sendo colonizado por meios de controle como o dinheiro, o mercado e a burocracia, até ocorrer um desacoplamento entre o sistema e o mundo da vida. Esse processo de diferenciação impulsionado pela modernização social, quando a instância política não atende às necessidades da sociedade civil, faz intensificar o conflito entre o sistema e o mundo da vida, naquilo que hoje se apresenta como uma enorme crise de representação. Ao mesmo tempo, as formas tradicionais de organização social encontram-se fragilizadas, colocando em descrédito o potencial de renovação de partidos políticos, movimentos sociais e sindicatos, que têm se mostrado incapazes de canalizar os anseios e reivindicações populares emergentes.

    Vivemos, portanto, um momento complexo, de crise política e institucional sem precedentes. Política, pelo agravamento da falta de representatividade e legitimidade da classe dirigente. Institucional, pela percepção de que os três poderes da república revelam-se colonizados por interesses privados. Que modelo de Estado é possível a partir desse cenário de crise das instituições, e em que as formas tradicionais de organização não apresentam respostas para os problemas colocados? Se nenhum partido ou movimento social têm capitalizado politicamente a ponto de fazer-se alternativa às transformações ensejadas, para onde convergirá as mudanças que devem marcar esse novo momento da república? O que, ou quem, terá condições de substituir essa classe política?

    No momento em que se discute a mudança da Constituição para a realização de eleições diretas, deve-se considerar os riscos que a atual descrença na politica pode produzir num possível pleito presencial. Sejam eles: a adesão a lideranças totalitárias e aos discursos nacionalistas, que historicamente emergem nas crises; ou a adesão a lideranças populistas pretensamente dissociadas do metiê político, que ocultam suas bases ideológicas sob o discurso da não-política, mas geralmente ligadas ao mercado. Mesmo o retorno de Lula, que não se encaixa em nenhuma das alternativas anteriores, traria em si a manutenção da polarização estabelecida no cenário nacional desde as eleições de 2014, o risco de ingovernabilidade pela relação com a base parlamentar que chancelou o impeachment de sua sucessora, além do idêntico desgaste de todos os envolvidos nas investigações da Lava Jato. Por outro lado, se observada a Constituição e transigida a eleição indireta, a possibilidade de uma sucessão mediada com e pelos donos do poder é a consequência óbvia, em se tratando de uma indicação do atual Congresso.Nem uma nem outra opção dão conta de superar os dilemas que o país enfrenta, que passam necessariamente pela reformulação do sistema político e eleitoral. É preferível, antes, o avanço e aprofundamento das investigações da Lava Jato,uma drástica renovação da classe dirigente – especialmente do parlamento – e, sobretudo, um momento de inflexão sobre o Brasil que queremos e a democracia possível, num esforço de aproximação das estruturas de poder com os interesses populares.

    Uma discussão que só tem ambiente para ser desenvolvida a partir de uma nova assembleia constituinte exclusiva, que aprofunde o debate sobre as reformas necessárias, incluindo as recentemente tramitadas. Uma constituinte realizada para além dos quadros político-partidários, agregando membros da academia, cientistas políticos, juristas, constitucionalistas, movimentos sociais e representantes dos diferentes segmentos que compõem o mosaico étnico e cultural brasileiro. Se a Constituição tem sido desfigurada para atender aos interesses mais obtusos dos donos do poder, como ocorreu com a emendado congelamento dos investimentos públicos por vinte anos, ou como ocorre em relação à reforma da previdência, que ela seja também revista para, de uma vez por todas, romper a ordem estabelecida e induzir algum nível de democratização das estruturas estatais. Está claro que o atual nível de desagregação institucional tem afetado a funcionalidade do Estado, e que todo legado da Lava Jato será inócuo sem transformar a estrutura política vigente, ou seja, sem prescrever um novo contrato social que repactue o papel do estado e a dinâmica de suas instituições. Tão importante quanto a pauta das eleições diretas, para retomar o poder de escolha a quem lhe é de direito, importa devolver o poder “de fato” à vontade popular, garantindo o alinhamento da representação política às agendas e programas submetidos às urnas.

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    FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder – formação do patronato político brasileiro. Porto Alegre, Editora Globo, 1958.

    HABERMAS, J. Teoría da Acción comunicativa I: racionalidad de la acción y racionalización social. 3. Ed. Madri: Taurus, 2001.

    SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia . Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1984.

    Lucas Coradini é mestre em Sociologia, Doutor em Ciência Política, e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

    (artigo originalmente publicado na página Sul21)

     

     

  • Um decreto que ilustra a agonia de Temer

    Um decreto que ilustra a agonia de Temer

    por Juliano Medeiros*

     

    Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal entre 24 e 31 de maio deste ano. É verdade, como disse a imprensa governista, que o recurso da Garantia da Lei e da Ordem foi utilizado recentemente pelo governo Dilma na Rio+20 e nos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Mas isso em nada torna o decreto mais legítimo. Pelo contrário: quando Dilma lançou deste expediente absurdo, foi duramente criticada por juristas, parlamentares e movimentos sociais comprometidos com a democracia. Além disso, o contexto de edição dos decretos assinados por Dilma e Temer é absolutamente diferente. Foi um grave erro a edição deste decreto quando dos eventos realizados no Rio de Janeiro. Mas Dilma não estava sendo investigada no Supremo Tribunal Federal nem havia sido grampeada fazendo negociatas com um magnata nos porões do Palácio do Planalto. Ela não editou os decretos para reprimir uma manifestação contra seu governo – ainda que, ao recorrer a ele, tenha fortalecido agora os argumentos do governo golpista.

    Temer, ao contrário, edita o decreto de Garantia de Lei e da Ordem justamente no dia em que centenas de milhares de trabalhadores organizados por sindicatos e movimentos sociais tomam as ruas da capital federal para protestar contra suas reformas e exigir sua renúncia. O presidente tem uma aprovação popular inferior àquela que Dilma ostentava quando do seu impeachment. Foi enredado em denúncias graves que vão de prevaricação a corrupção e vê sua base de apoio desintegrar-se dia a dia. Suas reformas são repudiadas pela maioria da população brasileira, apesar dos milhões investidos em propaganda com recursos públicos. Editar um decreto que permite que as Forças Armadas reprimam os manifestantes que estiveram na tarde de hoje na Esplanada nada mais é do que uma provocação – ou, pior – uma estúpida tentativa de demonstrar força.

    É claro que a mídia monopolista trabalhará nos próximos dias para justificar a ação de Temer. Uma repórter de uma rádio ligada ao grupo Globo descrevia a situação na Esplanada como “um cenário de terror e medo”. Mas o que vi, enquanto pequenos grupos quebravam vidraças ou pichavam paredes dos ministérios mais próximos ao Congresso Nacional, eram centenas de pessoas descansando sob a sombra das poucas árvores que a área verde do Eixo Monumental oferece. Encontrei amigos que vieram de lugares distantes e que nem de longe lembravam os “vândalos” que a grande imprensa descreve. Uns tossiam, outros lacrimejavam, por conta das bombas que a polícia arremessava com o intuito de dispersar uma manifestação majoritariamente pacífica, mas ninguém ali se sentia uma ameaça à segurança nacional.

    Ao recorrer ao decreto de Garantia da Lei e da Ordem, Temer demonstra seu absoluto desespero diante da crescente insatisfação popular com sua permanência no cargo de presidente da República. Em cadeia de rádio e TV seu Ministro da Defesa, Raul Jungmann, justificava a edição do decreto como resposta a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia – o “Botafogo” das planilhas da Odebrecht. Enquanto Jungmann falava em nome do governo, Maia liderava a votação de Medidas Provisórias no plenário da Câmara dos Deputados, como se nada estivesse acontecendo. Ambos – Maia e Jungmann – serão lembrados pela história como parte da sórdida operação que busca dar sobrevida ao presidente golpista e corrupto.

    Com a emissão deste decreto e a violência disseminada na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, o governo Temer mostra que chegou ao fim. Ao ser incapaz de suportar a pressão das ruas sem recorrer à força, o governo prova de uma vez por todas que não poderá levar adiante a agenda de retirada de direitos que justificou o golpe de abril de 2016. Mas a saída de Temer não ocorrerá num passe de mágica. É preciso denunciar, no Brasil e no exterior, a utilização de métodos autoritários aos quais o presidente corrupto e golpista recorre para postergar sua queda. Só assim poderemos dar fim a um governo que jamais deveria ter existido.

     

    * Juliano Medeiros é presidente da Fundação Lauro Campos

     

    (artigo originalmente publicado no portal da Revista Fórum, 25/05/2017).

  • Lançamento do livro A negritude (en)cantada na sede da Fundação

    Lançamento do livro A negritude (en)cantada na sede da Fundação

    No último dia 20 de maio, a sede da Fundação Lauro Campos recebeu o lançamento do livro “A negritude (en)cantada: a trajetória sócio cultural do negro narrada pelas canções brasileiras”. Escrito pela professora Lisandra Cortes Pingo, a obra é resultado de uma pesquisa na qual tanto a linguagem musical quanto a escrita se encontram na abordagem da representação do negro e da cultura africana e afro-brasileira no cancioneiro popular.

    O evento de lançamento, realizado na tarde e começo da noite do dia 20 de maio, contou com apresentações musicais que contemplaram do canto lírico, trazendo canções folclóricas brasileiras, à roda de capoeira e o samba. Durante o evento, um curta-metragem sobre a escritora Carolina de Jesus foi exibido, seguido de uma apresentação teatral sobre a autora de “Quarto de despejo”.

    Houve também declamação de poesias e uma conversa sobre o tema do livro entre a autora e o público presente.

    A obra foi publicada pela Editora Essencial, e, para a professora Marisa Noronha, “trata-se de material que deve adentrar diferentes espaços educativos para contribuir, de forma qualificada, no sempre tão necessário debate sobre as relações étnico-raciais”.

    Confira algumas fotos do evento abaixo:

     

      

     

     

  • Nota da Executiva Nacional do PSOL

    Nota da Executiva Nacional do PSOL

    Considerando o agravamento da crise política e a absoluta ilegitimidade do Congresso Nacional para dar uma solução democrática às graves denúncias envolvendo o presidente da República, o Partido Socialismo e Liberdade exorta seus dirigentes, militantes, filiados e simpatizantes a:

    1. Aprofundar a luta pela saída imediata de Michel Temer da Presidência da República. Seu governo ilegítimo  chegou ao final e não pode continuar;

    2. Defender a imediata convocação de eleições diretas para a Presidência da República, devolvendo à soberania popular a definição sobre os destinos do país através de um governo democraticamente eleito;

    3. Ampliar as iniciativas unitárias contra as reformas que retiram direitos do povo brasileiro, em especial as reformas trabalhista e previdenciária;

    4. Estimular a convocação de uma nova greve geral de massas, capaz de demonstrar que os trabalhadores e trabalhadoras não aceitam arcar com as consequências da crise política e econômica que os país atravessa;

    5. Engajar-se decididamente no #OcupaBrasília, convocado para este dia 24 de maio, na capital federal. Nossos militantes devem deslocar-se massivamente para Brasília, engrossando essa manifestação decisiva para o futuro da democracia.

     

    EXECUTIVA NACIONAL DO PSOL

    São Paulo, 20 de maio de 2017

  • Curso de Agroecologia e Ecossocialismo em São Carlos-SP

    Curso de Agroecologia e Ecossocialismo em São Carlos-SP

    Qual a importância da agroecologia dentro dos ambientes urbanos? Como podemos repensar a relação campo-cidade dentro de um horizonte ecossocialista?

    É com enorme prazer que o Núcleo do Seteorial Ecossocialista do PSOL São Carlos, em parceria com o Setorial Estadual e a Fundação Lauro Campos, convida a todxs para um curso livre e gratuito sobre “Agroecologia e Ecossocialismo”, que buscará refletir coletivamente sobre essas e outras questões.

    Será todo um dia de programação com debates sobre a questão agrária brasileira e sobre os desafios agroecológicos numa perspectiva anticapitalista. Além disso, faremos atividades práticas de cultivo da terra, assistiremos ao filme ‘Sem Clima’, e celebraremos em grande estilo!

    O curso pretende criar um espaço de troca de saberes entre educadorxs, pesquisadorxs, comunicadorxs e ativistas, de dentro e de fora do PSOL. Esperamos que o encontro possa resultar em novas alianças e repertórios, capazes de fortalecer as atividades profissionais e militantes de cada umx. Por isso, valorizaremos muito os momentos de diálogo.

    O curso possui 40 vagas. Todxs receberão um caderno de formação com textos selecionados pela organização.

    Programação completa:

    9h – 9h30: Recepção / café / credenciamento (Restaurante VivaVeg – R. Nove de Julho, 1704 – Centro – São Carlos)

    9h30 – 10h: Falas de boas vindas:

    10h – 12h30: Mesa “Agroecologia, Ecossocialismo e a Questão Agrária no Brasil”

    Joana Ortega: Introdução a agroecologia, e apresentação das Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA)
    Denise Vasquez: Ecossocialismo e o Setorial Ecossocialista do PSOL SP
    Waldemir Soares: a questão agrária no Brasil e os atuais conflitos rurais
    Junior e/ou Patrícia (MST Ribeirão): luta pela terra e luta pela vida, o papel da agroecologia nos movimentos sociais

    12h30 – 14h: Almoço vegano no VivaVeg (Feijoada Vegana)

    14h – 14h30: Ida para atividade prática (CSA São Carlos).
    – Organização de carros na finalização da mesa da manhã. Caronas solidárias saindo do VivaVeg.

    14h30 às 15h: conversa com Dina sobre sítio, CSA e agroecologia

    15h – 17h30: Prática de manejo agrícola no Sítio Centenário

    19h – 21h: Exibição e bate papo filme ‘Sem Clima’, com a presença de membro da equipe do “De Olho nos Ruralistas”, na Veracidade (Rua Dona Ana Prado, 501).

    21h – 00h: Celebração na Veracidade (fazer xixi no mato, usar o banheiro seco, trazer caneca, e cuidar do espaço). Vamos passar chapéu. Vai ter chopp artesanal local. Open de guaca-mole: traga seu pão 😀

    INSCRIÇÕES

    As inscrições são gratuitas e serão confirmadas por ordem de envio. Então corra para fazer a sua! Teremos apenas 40 vagas, então caso você confirme sua participação NÃO DEIXE DE COMPARECER, ou estará tirando a vaga de outra pessoa interessada.

    Se precisar de hospedagem na cidade, fale conosco!

    Se quiser organizar um curso dessa na sua cidade, bora!

    Link para formulário de inscrição: https://goo.gl/N2n3FE