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  • OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [31/03]

    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [31/03]

    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
    DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS
    E MARIELLE FRANCO (31/03)

    Nesta edição do Clipping Semanal, trazemos como destaque os seguintes temas: manifestações em Gaza contra a opressão israelense no Dia da Terra; o imbróglio cada vez maior do Brexit; a presença de militares russos na Venezuela; a inabilitação de Juan Guaidó por 15 anos; a memória dos argentinos nas ruas para que nunca mais se repita a ditadura militar; o aumento da pobreza na Argentina como resultado das políticas liberais de Macri; o corte milionário na ajuda dos EUA aos países da América Central; o debate no Congresso norte-americano sobre o Obamacare; a carta de AMLO ao rei da Espanha e ao Vaticano pedindo reconhecimento pelas barbaridades cometidas durante a Conquista espanhola das Américas; as eleições na Turquia, Ucrânia, Eslováquia e Israel; os protestos multitudinários na Argélia contra o regime; o resultado controverso das eleições tailandesas; a negligência das autoridades moçambicanas na passagem devastadora do ciclone Idai; os motivos estruturais da desaceleração econômica da China.

    Na segunda parte deste trabalho, apontamos alguns artigos e entrevistas de intelectuais e organizações de esquerda sobre o Brexit, o Medicare for All e o Green New Deal nos EUA, as eleições regionais na Turquia, o impacto do reconhecimento de Trump sobre as Colinas de Golã, a continuidade dos protestos na Argélia e a importância simbólica da pressão de Lopez Obrador sobre a Espanha.

    Charles Rosa – Observatório Internacional 


    NOTÍCIAS E ARTIGOS DA IMPRENSA INTERNACIONAL

    Corte de ajuda dos EUA para a América Central

    BBC Mundo (30/03): “Trump ordena cortar toda a ajuda econômica dos EUA para Honduras, Guatemala e El Salvador” (em inglês)

    O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira que ordenou cortar toda a ajuda a Honduras, Guatemala e El Salvador como resposta à caravana de imigrantes desses países que avançam em direção aos Estados Unidos. Não é a primeira vez que o mandatário ameaça eliminar a ajuda para a América Central ou fechar a fronteira com o México como consequência da aproximação de um grupo grande de imigrantes nos EUA. No entanto, meios estadunidenses asseguram que desta vez o anúncio foi sério.

    Nova ‘cruzada’ da direita dos EUA contra o Obamacare

    The Economist (28/03): “Nova tentativa de Trump de desfazer o Obamacare” (em inglês)

    Nesta semana, quando o presidente Donald Trump comemorou o fim da investigação de Mueller, ele mergulhou em uma nova batalha da qual é improvável que surja triunfante. Em 25 de março, seu governo disse que o Affordable Care Act, mais conhecido como Obamacare, deveria ser permanentemente revogado. Esforços similares em 2017 – quando as maiorias republicanas no Congresso não conseguiram desfazer a lei de saúde de Barack Obama porque não conseguiram chegar a um acordo sobre o que a substituirá – provavelmente custaram ao partido sua maioria na Câmara dos Deputados nas eleições do ano passado e deram um grande impulso para os democratas. Outra tentativa frustrada de ir à revogação poderia apresentar outro objetivo político próprio, prejudicando as perspectivas republicanas nas eleições presidenciais de 2020.

    El País (29/03): “A crueldade do Partido Republicano“, por Paul Krugman (em espanhol)

    Na segunda-feira, o Governo de Trump adotou uma nova posição numa demanda judicial acerca da Lei de Atenção Sanitária (ACA, em inglês), e declarou num tribunal federal que agora apoia a eliminação total desta lei que permitiu aceder a um seguro de saúde muitos estadunidenses que de outro modo ficariam sem nada. Nós fazemos uma ideia bastante boa do que ocorrerá se esta demanda judicial prospera. Cerca de 20 milhões de estadunidenses perderiam sua cobertura sanitária.

    Crise venezuelana

    The Guardian (28/03): “A Rússia reconhece a presença de tropas na Venezuela” (em inglês)

    A Rússia tem tropas em solo venezuelano, funcionários de ambos os países confirmaram publicamente pela primeira vez, dizendo que o desdobramento foi fornecido para consultas militares e não estava ligado à “possibilidade de operações militares”.

    BBC Mundo (28/03): “Governo de Maduro inabilita Juan Guaidó do exercício de cargos públicos por 15 anos” (em espanhol)

    O controlador geral da Venezuela, Elvis Amoroso, anunciou nesta quinta-feira a inabilitação do líder opositor e presidente do Parlamento, Juan Guaidó, para o exercício de cargos públicos por 15 anos, o máximo permitido por lei. Amoroso disse que na declaração fiscal de Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como “presidente encarregado” do país, foram detectadas inconsistências e que seu nível de renda não era compatível com o nível de gastos.

    Luta pelo direito à Memória, Verdade e Justiça na Argentina

    Pagina 12 (26/03): “Por outro país” (em espanhol)

    A 43 anos do golpe, milhões marcharam em todo o país pela unidade e a memória. Os organismos de Direitos Humanos exortaram a colaborar com maior força na restituição dos netos e condenaram “o avassalamento que Macri gera todos os dias”.

    Aumento da pobreza na Argentina

    G1 (28/03): “Pobreza na Argentina aumenta e chega ao maior nível desde 2001” (em português)

    O índice que mede a pobreza na Argentina subiu para o patamar de 32% no segundo semestre de 2018, com 6,7% da população em estado de indigência, informou nesta quinta-feira (28) o estatal Instituto de Estatísticas. Ao todo, 8,9 milhões de pessoas nos 31 maiores centros urbanos se encontram abaixo da linha de pobreza, informou o estudo da entidade. A medição não inclui a pobreza em zonas rurais. Trata-se da cifra mais alta desde a crise econômica de 2001. No segundo semestre de 2017, a pobreza atingia 25,7% da população, e no primeiro semestre de 2018, 27,3%.

    Carta de Lopez-Obrador ao rei da Espanha

    France24 (27/03): “Segue em chamas o debate pela carta de Lopez Obrador exigindo perdão a Espanha” (em espanhol)

    Em sua carta, divulgada pela mídia mexicana, López Obrador se dirige ao rei da Espanha nesses termos: “México deseja que o Estado espanhol admita sua responsabilidade histórica por essas ofensas e ofereça as desculpas ou ressarcimentos políticos que convenham” pela Conquista, “acontecimento fundacional da atual nação mexicana, sim, mas tremendamente violento, doloroso e transgressor”.

    Dia da Terra na Palestina

    Al Jazeera (30/03): “‘Nosso povo não vai recuar’: protestos em Gaza marcam aniversário” (em inglês)

    Dezenas de milhares de palestinos se reuniram na fronteira entre Israel e Gaza para comemorar o primeiro aniversário dos protestos da Grande Marcha do Retorno, enfrentando os tanques e tropas israelenses que se concentram no perímetro fortificado. No sábado, as forças israelenses utilizaram balas reais, balas de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, matando três jovens de 17 anos e ferindo ao menos 207 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

    The Guardian (29/03): “Protestos na fronteira de Gaza: 190 mortos e 28 000 feridos em um ano de matança” (em inglês)

    Há um ano, os palestino presos em Gaza iniciaram um movimento de protesto na fronteira com Israel que devia durar seis semanas. Homens, mulheres e crianças exigiram o reconhecimento do direito dos refugiados palestinos em Gaza e em outros lugares ancestrais em Israel e o fim de um bloqueio punitivo que fez que a vida seja insuportável. Os franco-atiradores israelenses dispararam munição real, matando e mutilando dezenas. Esta resposta letal de 30 de março de 2018 provocou indignação e incredulidade em todo o mundo, mas não cessou.

    Publico.es (26/03): “Gaza, uma prisão que se encontra à beira de uma nova guerra” (em espanhol)

    O disparo desde a Faixa de Gaza de um foguete na manhã desta segunda-feira impactou no moshav Mishmeret, na área de Tel Aviv, causando feridas a sete israelenses, põe de novo na ordem do dia a possibilidade de um conflito armado de grande envergadura entre o exército do estado judeu e as milícias palestinas da Faixa lideradas pelo Hamas.

    Al-Monitor (27/03): “Hamas reprime com violência protestos pacíficos em Gaza” (em inglês)

    Alguns dias antes de um foguete disparado da Faixa de Gaza para o sul de Israel irromper em uma troca de mísseis entre os dois lados, uma repressão do Hamas contra manifestantes pacíficos em Gaza provocou a condenação de outras facções e grupos de direitos humanos. O Hamas, no entanto, diz que a Autoridade Palestina (AP) e o presidente Mahmoud Abbas instigaram os protestos como um estratagema político.

    Eleições em Israel

    Haaretz (28/03): Sete questões que vão decidir a eleição israelense“, (em inglês)

    Com apenas 12 dias pela frente, parece que todos os lados perderam o controle da agenda – em parte graças ao Hamas. Como as coisas estão atualmente, essas são as sete questões que influenciarão os eleitores israelenses na reta final da campanha: Gaza, Colinas de Golã, Submarino e acusações de corrupção, ‘racismo’ de Netanyahu, sanidade de Gantz, telefone de Gantz, racismo anti-árabe, legalização da maconha.

    Eleições regionais na Turquia

    El País (30/03): “Erdogan faz das eleições locais um plebiscito de si mesmo” (em espanhol)

    Neste domingo, os turcos vão às urnas eleger cerca de 1400 prefeitos, mais de 20 000 vereadores e 1250 deputados provinciais. Mas não são, ou não são apenas, eleições locais. Da mesma forma que os últimos pleitos eleitorais que viveu a Turquia desde 2013, num ambiente cada vez mais polarizado, elas são uma espécie de referendo sobre o presidente, Recep Tayyip Erdogan, e sua forma personalista de governar. “O 31 de março será um marco em nossa luta pela existência. E essa luta a ganharemos nós”, disse Erdogan no último dia 17 em Esmirna. Os islamistas do Governo turco poderiam perder neste domingo as prefeituras de Ancara e Istambul.

    The Guardian (01/04): “Partido de Erdogan perde eleições locais em Ancara” (em inglês)

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan , recebeu um duro golpe na urna depois de que seu partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) perdeu o controle de Ancara, segundo os resultados não-oficiais das eleições locais. Em outro revés potencial, a oposição também liderava em Istambul, a maior cidade da Turquia e o centro comercial. A perda do AKP em Ancara ante o candidato à prefeitura do partido laico do Partido Republicano Popular (CHP), Mansur Yavaş, pôs fim a 25 anos de domínio do partido islâmico sobre a capital e provocou comoção em todo o restante do país. O AKP disse que apelaria.

    Imbróglio do Brexit

    BBC (30/03): “Deputados rejeitam acordo de May com União Europeia” (em inglês)

    Os deputados rejeitaram o acordo de retirada da Theresa May da UE no dia em que o Reino Unido deveria deixar a UE. O governo perdeu por 344 votos a 286, uma margem de 58, e significa que o Reino Unido perdeu o prazo da UE para adiar o Brexit para 22 de maio e sair com um acordo. A primeira-ministra disse que o Reino Unido teria que encontrar “um caminho alternativo”, o que “quase certo” envolveria a realização de eleições europeias. Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista, disse que “este acordo agora precisa mudar” ou a primeira-ministra deve renunciar.

    The Guardian (29/03): “Editorial: três pancadas e fora“(em inglês)

    A terceira derrota consecutiva de Theresa May na Brexit deixa a Grã-Bretanha em uma situação que é precária, mas cheia de possibilidades. A derrota na sexta-feira foi menor do que a anterior em 15 de janeiro e 12 de março – a maioria contra a Sra. May foi de 58 em vez das 230 e 149 anteriores. Também se limitou ao acordo de retirada do acordo UE-Reino Unido que ela fez. em novembro, em vez de se estender ao acordo como um todo. Mas o veredicto é claro.

    Eleições presidenciais na Ucrânia

    BBC (30/03): “Eleição ucraniana: comediante lidera primeiro turno“, (em inglês)

    O atual líder Petro Poroshenko está buscando a reeleição, mas o favorito é o comediante Volodymyr Zelenskiy. Ambos os candidatos, juntamente com a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, expressaram opiniões amplamente pró-europeias durante a campanha. Nenhum dos candidatos pró-Rússia é visto como candidato sério. Se nenhum candidato receber mais de 50% no domingo, os dois primeiros lutarão em uma segunda rodada em 21 de abril.

    Eleições presidenciais na Eslováquia

    DW (30/03): “A advogada liberal Zuzana Kaputova vence a eleição” (em inglês)

    A advogada liberal Zuzana Caputova venceu o segundo turno das eleições presidenciais da Eslováquia no sábado, após o candidato do partido governista Maros Sefcovic reconhecer a derrota. A vitória da ativista anticorrupção quebra a tendência de políticos populistas e eurocéticos ganharem força em toda a União Européia.

    Rebelião popular na Argélia

    Al-Jazeera (29/03): “Enormes protestos enquanto argelinos buscam impedir continuidade da velha guarda de Bouteflika” (em inglês)

    Centenas de milhares de argelinos marcharam pelas ruas da capital e de outras grandes cidades pela sexta sexta-feira consecutiva para exigir a saída imediata do presidente Abdelaziz Bouteflika e da elite dominante. Os últimos protestos ocorreram dias depois que o general Ahmed Gaid Salah, o poderoso chefe do Exército, pediu a aplicação de uma provisão na constituição argelina que poderia remover o presidente por causa de sua saúde debilitada.

    Ciclone Idai em Moçambique

    The Guardian (28/03): “Prefeito em Moçambique diz que negligência levou às mortes de ciclone” (em inglês)

    O governo moçambicano não avisouas pessoas nas áreas mais atingidas pelo ciclone Idai, apesar de um “alerta vermelho” ter sido emitido dois dias antes do ataque, disse o prefeito da cidade da Beira. O país da África Austral estava completamente despreparado para o desastre e “negligência profunda” levou a muitas mortes, disse o prefeito, Daviz Simango, que também é o líder de um partido da oposição.

    Impasse Eleitoral na Tailândia

    La Vanguardia (28/03): “A oposição democrática da Tailândia se alia para formar governo entre a confusão eleitoral” (em espanhol)

    Os principais partidos anti-junta da Tailândia anunciaram nesta quarta-feira a intenção de formar um governo, três dias depois das primeiras eleições celebradas desde o golpe de Estado de 2014. A Comissão Eleitoral não revelou até agora os resultados oficiais das eleições. Líderes e membros das executivas de sete partidos opostos à junta militar que governou o país asiático durante os últimos cinco anos anunciaram uma coalizão de governo – autodenominada “frente democrática” – numa coletiva de imprensa conjunta em Bangkok.

    Economia chinesa

    El País (30/03): “A desaceleração da China“, por Jesus Fernández Villaverde (em espanhol)

    Uma mudança fundamental da economia mundial atual é a desaceleração da China. Depois de décadas de crescimentos frequentemente superiores a 10%, a China cresceu em 2018, segundo as estatísticas oficiais, 6,6%, a menor taxa desde 1990. (…) É tentador atribuir tal desaceleração da China a fatores conjunturais, como um esfriamento da economia mundial ou a guerra comercial com os Estados Unidos. Ainda que tais fatores desempenhem um papel negativo, as forças que golpeiam a China são mais de longo prazo.

    ARTIGOS E DEBATES DA ESQUERDA INTERNACIONAL

    Brexit

    SWP (26/03): “Crise do establishment, enquanto o governo caótico e desagradável de May desmorona“, por Charlie Klimber

    Os trabalhistas separaram o Brexit de forma desastrosa da defesa do NHS, uma reversão da privatização, ações de emergência por moradia e muitas outras medidas que poderiam mudar todo o debate. Raramente houve um governo mais fraco. O resultado não deve ser consenso para tentar reparar o centro neoliberal destroçado. Deve ser a remoção de May e todos os Tories – e um Brexit anti-austeridade e anti-racista.

    Jacobin Magazine (30/03): “Theresa May é hilariamente ruim em seu trabalho“, por Dawn Foster (em inglês)

    May pode tentar uma segunda negociação para um acordo de retirada diferente, mas dado o fato de que deputados e partidos têm visões totalmente diferentes e existem várias questões de lealdades regionais e partidárias a serem consideradas, é improvável que ela chegue a um consenso. A visão de uma maioria compartilhada no parlamento é que o Reino Unido deveria permanecer na União Européia. A maioria dos deputados votou “permanecer” na cédula, e poucos mudaram sua visão.

    Rebelion.org (22/03): “‘O processo do brexit provou como somos tolos na hora de resolver os grandes problemas‘”, entrevista com Kenneth Armstrong (em espanhol)

    Não havia nenhum tipo de plano sobre o que fazer depois. Não só inexistia um plano, como tampouco havia um processo de atuação caso ganhasse o brexit. Tampouco se pensou em estabelecer algum tipo de comissão transnacional no Parlamento, nem se fez uma boa campanha de informação. Os eleitores se pronunciaram sobre uma questão muito ampla. Isso é o que eu chamo de pecado original: a ideia de que o referendo era algo autêntico no qual os políticos tinham que ter fé.

    ESSF (29/03): “Grã-Bretanha e as diferenças entre cães e gatos: olhando para a manifestação de um milhão de pessoas da People’s Vote“, por Socialist Resistance (em inglês)

    Mais significativamente, John Rees optou deliberadamente por fechar os olhos para o fato óbvio de que toda a pressão do Brexit vinha do direito racista, anti-migrante e anti-operário do espectro político. Agarrar-se a uma posição que poderia ter feito sentido em 1974 não leva em conta essa realidade alterada. Essa é a fraqueza fundamental sectária e dogmática dos lexiteers. Ah, e você geralmente não muda a opinião das pessoas que não concordam com você, afirmando que são fascistas ou pavimentam o caminho fascista ao poder.

    Medicare for All

    Jacobin Magazine (30/03): “Confie em nós, Medicare for All será fantástico“, por Matt Bruenning (em inglês)

    Os críticos estão errados: ao reduzir os gastos com saúde através de ganhos de eficiência, o Medicare for All facilitará o financiamento de outros programas governamentais.

    Defesa de Ocasio Cortez do Green New Deal

    Democracy Now (28/03): “‘Diga isso às famílias do Bronx’: AOC destrói o argumento republicano de que o New Deal Ecológico é ‘elitista’” (em espanhol)

    Não sei o que estamos fazendo aqui… Falemos de custos. Vamos pagar por isso, aprovemos o New Deal Ecológico ou não, porque a medida em que os povos e cidades sigam sofrendo inundações, à medida que os incêndios florestais sigam devastando nossas comunidades, vamos pagar um preço. E o que temo que decidir é se vamos pagar depois, obrigados a reagir, ou se vamos pagar antes, e ser pró-ativos.

    Carta de Lopez Obrador ao rei da Espanha

    CSR (28/03): “Que viva México, cabrones!“, por Antonio Pérez (em espanhol)

    AMLO introduziu dentro de sua política Carta uma cunha moral que irrita profundamente não só os espanhóis mas a todos os que sustentam que Política e Moral são entidades independentes e imiscíveis. Uma cunha moral que pretendem ignorar todos aqueles que se vangloriam da Realpolitik e do pragmatismo.

    Eleições na Turquia

    Jacobin Magazine (30/03): “A cidade é nossa“, por Rosa Burç (em inglês)

    Nas eleições turcas deste domingo, o Partido Democrático dos Povos (HDP, de esquerda) está defendendo um tipo de política que desafia diretamente o papel autocrático de Erdogan: pró-operário, anti-patriarcado, radicalmente democrático.

    Rebelião Popular na Argélia

    International Viewpoint (28/03): “Solidariedade com o povo argelino em sua luta por soberania popular

    A Argélia está experimentando uma revolta popular sem precedentes desde a proclamação da independência nacional. Desde 22 de fevereiro de 2019, seguindo as chamadas lançadas na Internet, grandes comícios, com uma presença massiva de mulheres, foram organizados em todas as cidades, seguidos por trabalhadores e jovens estudantes.

    Colinas de Golã

    Rebelion.org (27/03): “Por que é perigosa a decisão dos EUA sobre as Colinas de Golã, Cisjordânia e Gaza“, por Mohsen Abu Ramadan (em espanhol)

    A decisão do Governo dos EUA de retirar o termo “ocupado” para se referir às Colinas de Golã e a à Faixa de Gaza se soma à política do presidente Donald Trump que tem adotado totalmente as posições do Governo direitista do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

    Luta política na Espanha

    Sin Permiso (24/03): “Reino de Espanha: Eleições de 28 de abril, março mobilizado, abril incerto“, por Miguel Salas (em espanhol)

    Não será possível para o 28 de abril uma aliança republicana das esquerdas, em seu sentido mais amplo, mas seguirá sendo a alternativa para derrotar o trio caveira das direitas e abrir um processo de mudança profunda. Do caos também pode surgir a clareza para dar um giro social e democrático

  • “A gente precisa compreender o tamanho da importância da Amazônia para o povo brasileiro”, diz líder Ashaninka Francisco Pianko

    “A gente precisa compreender o tamanho da importância da Amazônia para o povo brasileiro”, diz líder Ashaninka Francisco Pianko

    “A gente precisa compreender o
    tamanho da importância da
    Amazônia para o povo brasileiro”,
    diz líder Ashaninka Francisco Pianko

    O Superior Tribunal Federal (STF) julgaria, ontem, 28, a ação do Povo Ashaninka, da Terra Indígena “Kampa do Rio Amônia”, localizada no Acre, contra extração ilegal de madeira por um grupo empresarial de Cruzeiro do Sul, porém a matéria foi tirada de pauta. A ação civil pública com pedido de reparação por dano ambiental foi ajuizada pelo Ministério Público Federal em 1996.

    Os Ashaninka, localizados no interior do estado do Acre, no norte do Brasil, têm uma longa história de luta, repelindo invasores desde a época do Império Incaico até a economia extrativista da borracha do século XIX e, particularmente, combatendo a exploração madeireira desde 1980. Povo orgulhoso de sua cultura, movido por um sentimento agudo de liberdade, prontos a morrer para defender seu território, os Ashaninka não são simples objetos da história ocidental. É admirável sua capacidade de conciliar costumes e valores tradicionais com ideias e práticas do mundo dos brancos, tais como aquelas ligadas à sustentabilidade socioambiental.

    O presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco e membro da executiva nacional do PSOL, Francisvaldo Mendes, conversou um pouco com o líder Ashaninka, Francisco Pianko, para entender o caso e a importância de uma vitória na justiça para a garantia de direitos e da preservação da vida não só dos Ashaninkas, mas de todos os brasileiros.

    Francisvaldo Mendes salientou que o PSOL, a fundação e todos os instrumentos, militantes e parlamentares estarão sempre ao lado da luta dos povos indígenas e “não soltarão a mão do povo Ashaninka nessa luta contra as madeireiras”.

    Francisco Pianko e Francisvaldo Mendes conversam em frente ao STF | Foto: Bruna Menezes

    Confira a entrevista:

    Francisvaldo Mendes – Pianko, o que está sendo julgado aqui no STF?

    Francisco PiankoEstá sendo julgado um processo de uma invasão do nosso território que se iniciou em 1981 e foi até 1997. Entraram no nosso território e tiraram bastante das nossas terras, das nossas madeiras. E esse processo segue se arrastando até hoje. Mas é importante saber que isso não se trata só da questão Ashaninka. Está se falando, agora, num contexto muito mais amplo porque o impacto dessa decisão vai se refletir para uma algo maior, para a questão amazônica, para a questão do Brasil. Não vamos parar de lutar por isso.  

    Francisvaldo Mendes – Quem foi que tomou essas terras? E qual a dimensão dessa terra?

    Francisco PiankoNosso território tem 87 mil hectares e, praticamente, 80% do território foi devastado por madeireiros. Nós fizemos uma denúncia e essa denúncia se transformou numa Ação Civil Pública. E essa ação se torna algo bem simbólico, porque toda nossa história foi baseada na proteção [da natureza] e o que está sendo julgado agora é que se nós estávamos certos ou errados. Então, esse julgamento é muito importante.

    Francisvaldo Mendes – Vocês têm alguma esperança? Há uma “luz no fim do túnel” com esse julgamento no Supremo?

    Francisco PiankoA gente sempre acreditou na justiça. Tanto é que vieram nos procurar para buscar uma negociação com os invasores, mas a gente nunca aceitou porque não nos interessa só a indenização, nossa questão é bem maior, é a garantia de direitos que está em jogo. Se a justiça entende que o nosso direito é importante, nós vamos ter uma vida tranquila, segura. Uma indenização, hoje, representa a gente investir na recuperação, mas isso por si só não é o mais importante. O que importa é que isso nunca mais aconteça no nosso território e em outros territórios.

    Francisvaldo Mendes – Em caso de vitória, quão representativo você acha que é para o Brasil? Já que estamos num momento de ataque aos direitos?

    Francisco PiankoEu acredito que vai ser um marco importante. Vai mexer muito com as nossas vidas. Nós temos dúvidas de até onde o nosso direito está garantido. Então o Supremo julgar e falar assim “os Ashaninka estão certos”, reflete na vida de todo mundo. E nós temos esperança de que ali tem uma decisão que leva em conta o que estão na Constituição Federal. Não é uma decisão negociada para beneficiar outros interesses. Para nós é importante diretamente, mas indiretamente é importante para todos com uma decisão favorável aos Ashaninkas.

    Francisvaldo Mendes – Você quer dar algum recado para o povo brasileiro?

    Francisco PiankoA gente precisa compreender o tamanho da importância da Amazônia para o povo brasileiro. É importante, também, levar em conta que de maneira isolada a gente não tem força para enfrentar. Sofremos muitas agressões. É muita violência. Tem muito gente querendo acabar com a Amazônia, destruir a floresta, destruir os povos. Hoje, estamos num cenário bastante assustador: de questionar se os índios devem continuar existindo ou não. Se os territórios indígenas devem continuar existindo ou não. Nós estamos aqui para contribuir para avançar, pra sustentabilidade e o desenvolvimento a partir desses valores e das diferenças.

    Assista o vídeo:

    Entenda o caso

    Em 1996, a A Associação Ashaninka do Rio Amônia (Apiwtxa) denunciou à justiça brasileira os donos das empresas madeireiras responsáveis pela devastação de parte de seu território na década de 1980 em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal do Acre. A Ação Civil Pública de indenização por atos ilícitos, danos morais e ambientais, cometidos pelos donos das madeireiras contra o povo Ashaninka se arrasta há mais de trinta anos no sistema judiciário brasileiro.

    Os réus foram condenados em primeira instância na Justiça Federal do Acre, em segunda instância no Tribunal Regional da 1ª Região em Brasília e, também, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Assim, em 2007, os ministros do STJ condenaram por unanimidade os réus ao pagamento de uma indenização milionária aos Ashaninka e à União.

    Conheça a luta do povo Ashaninka

    Contudo, a decisão do STJ não pôs fim ao processo. Diante de uma nova derrota, os réus usaram manobras jurídicas e apelaram ao STF onde o processo está desde 2011.

    Em seu recurso ao STF, a família Cameli e seus advogados alegam a prescrição do dano ambiental, cuja imprescritibilidade já foi reconhecida pelo STJ. Assim, mesmo derrotados em todas as instâncias, os réus continuam omitindo suas responsabilidades e protelando a decisão judicial. Agora, conseguiram, no STF, mais tempo para não cumprir o que determinou a Justiça.

    Em 25 de agosto de 2017, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, decidiu, num primeiro momento, rejeitar o recurso dos réus, impondo mais uma derrota aos madeireiros.

    Porém, em 9 de maio de 2018, alguns meses após sua primeira decisão, o mesmo ministro, numa atitude surpreendente, reconsiderou seu posicionamento e revogou sua própria decisão sem explicar os fundamentos de tal mudança. Ao agir dessa forma, Moraes deu início à discussão no STF para decidir se há imprescritibilidade dos danos ambientais cometidos pelos réus.

  • OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [24/03]

    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA FLCMF [24/03]

    CLIPPING SEMANAL DO
    OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
    DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS
    E MARIELLE FRANCO [24/03]

    Na edição do Clipping Semanal apresentada a seguir, reunimos alguns principais destaques do noticiário internacional dos últimos dias: a conclusão do relatório Mueller que investiga supostas ligações entre a eleição de Donald Trump e o serviço secreto russo, as recentes declarações do presidente norte-americano mudando o entendimento do país sobre a ocupação ilegal de Israel na região das Colinas de Golã, o desastre ocasionado pelo ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbábue, a apreensão nos mercados mundiais quanto a uma possível desaceleração global, a promessa de Daniel Ortega em libertar opositores políticos num prazo de 90 dias, a criação de um novo bloco regional na América do Sul pelos governos conservadores da região, os protestos em Santiago contra a presença de Jair Bolsonaro no Chile, a continuidade das tensões entre governo e oposição na Venezuela, os multitudinários protestos na Argélia, a derrota do Estado Islâmico na Síria, as primeiras eleições na Tailândia desde o golpe militar de 2014, a crise do Brexit no Reino Unido e os 100 dias de protesto contra o presidente da Sérvia.

    Na segunda parte deste trabalho, selecionamos alguns artigos e entrevistas que abordam alguns dos temas que a esquerda mundial vem discutindo no último período: as movimentações dos socialistas dos EUA para as próximas eleições, o aumento das contradições econômicas do capitalismo global, o impacto da mudança climática nos países mais vulneráveis, a derrocada da economia argentina e as raízes do massacre islamofóbico ocorrido na Nova Zelândia na semana passada.

    Desejamos a todos uma excelente leitura e até a próxima edição!

    Charles Rosa – 24/03

    Notícias e artigos da imprensa mundial

    Relatório Mueller

    LA Times (22/03): “Mueller entrega investigação sobre relações de Trump com a Rússia mas não recomenda investigações adicionais” (em inglês)

    A decisão do procurador especial de concluir a investigação sem diligências adicionais provavelmente resulte em relativo alívio para o presidente e seu círculo íntimo depois de quase dois anos sob o encargo do ex-diretor do FBI. Mueller indiciou 34 pessoas, a maior quantidade de um procurador especial desde Watergate. Incluem mais de duas dezenas de russos e vários dos principais ajudantes de Trump, inclusive seu assessor de segurança nacional e seu chefe de campanha.

    Trump e Colinas de Golã

    CNN (21/03): “Trump busca reconhecer a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã

    Nesta quinta-feira, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anulou a antiga política de seu país em relação às Colinas de Golã, ocupados por Israel, e anunciou que “é hora” de que EUA “reconheça plenamente a Soberania de Israel” sobre a região. (…) O anúncio outorga ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, uma importante vitória em política exterior, a menos de três semanas antes de que os israelense se dirijam às urnas para decidir se deve permanecer no poder.

    France 24 (22/03): “Aliados e adversários do regime sírio condenam as palavras sobre Golã” (em francês)

    A declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, a favor do reconhecimento da soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, um território estratégico sírio anexado em 1981, provocou uma avalanche de reações em todo o mundo. (…) O regime de Damasco se comprometeu a recuperar as Colinas de Golã por “todos os meios possíveis”. A coalizão dos principais grupos de oposição sírios no exílio denunciou o anúncio do presidente estadunidense, um dos poucos casos em que sua posição é similar a do regime.

    Esquerda norte-americana

    CNN (21/02): “Ocasio-Cortez, ‘a segundo política mais falada na América’, exalta capa da Time” (em inglês)

    A deputada Alexandria Ocasio-Cortez apareceu na capa da edição desta semana da revista Time, consolidando ainda mais o status de deputada caloura como figura nacional. A manchete adornando a capa, emparelhada ao lado de uma tomada de Ocasio-Cortez, apelidou-a de “O Fenômeno”. Na matéria assinada pela correspondente nacional da Time, Charlotte Alter, Ocasio-Cortez fala sobre sua crescente celebridade, dizendo que “não pode ir a qualquer lugar em público e ser apenas uma pessoa sem muita gente observando tudo o que faço”.

    The Guardian (22/03): “Democratic Socialists of America apoia Bernie: ‘A melhor oportunidade para derrotar Trump’” (em inglês)

    O Democratic Socialists of America (DSA) endossaram oficialmente Bernie Sanders para presidente, com a organização colocando sua crescente influência política na campanha do senador de Vermont com vistas à eleição de 2020. A equipe de liderança do Comitê Político Nacional da DSA votou por apoiar Sanders durante uma reunião na noite de quinta-feira, depois que a maioria dos membros se comprometeu com o apoio. O apoio da DSA será mais uma vantagem para Sanders, que rapidamente superou a maioria de seus rivais pela indicação democrata. DSA apoiou Sanders em 2016 e ajudou os candidatos de esquerda Alexandria Ocasio-Cortez e Rashida Tlaib a vencer as eleições no Congresso em 2018.

    Ciclone Idai em Moçambique

    The Guardian (21/03) “Ciclone Idai mostra a realidade mortal da mudança climática na África” (em inglês)

    Enquanto uma semana de debates climáticos ocorria em Gana, os países de Moçambique, Malawi e Zimbábue contam os custos do ciclone Idai, que arrasou povoados e cidades, ceifando centenas de vidas e deixando um rastro de destruição. Para um continente já devastado pelos efeitos da crise climática, Idai é outro lembrete terrível do poder destrutivo do tipo de tormenta que se tornará mais comum à medida que o mundo se esquenta.

    Publico.pt (22/03): “Quando a Europa envia ajuda para Moçambique, não é um favor. É indenização“, entrevista com José Eduardo Agualusa (em português)

    (…) Países como Moçambique não contribuíram para o aquecimento global. Não têm indústria, não têm agricultura intensiva, etc. Acho que com países como os EUA ou a China não se põe a questão de ajudar Moçambique; é quase uma indenização. Esses países têm obrigação de reparar o que fizeram. Moçambique é uma vítima neste contexto, uma vítima absoluta. Isto tem de ser parte da discussão. Não estamos a falar de ajuda. Portugal não faz o favor de ajudar Moçambique. Portugal tem obrigação de reparar os danos que causou. Mas muito mais obrigação tem a China, que até está presente em Moçambique.

    Irish Times (23/03): “O desastre de Moçambique expõe os duplos padrões ocidentais“, por Ruadhán Mac Cormaic (em inglês)

    É certo que as notícias de Moçambique tardaram em penetrar na consciência ocidental porque ocorreu na África subsaariana. No Ocidente, uma onda de frio em Chigado em janeiro atraiu mais comentários. A ideia de que os padrões duplos se aplicam a África não é nova, mas também surgiu a semana anterior após o acidente do avião Boeing fora da capital da Etiópia, Addis Abeba.

    Criação de novo bloco regional na América do Sul

    The Economist (21/03): “Por que o Prosul não é o caminho de unir a América do Sul?“,  (em inglês)

    Prosul é um signo do clima político em mudança na América do Sul. Depois de um período de hegemonia à esquerda, de vários capítulos, a região se inclinou para a direita nas últimas eleições. No entanto, longe de ser uma resposta à desunião regional, Prosul parece uma reafirmação do problema: na América Latina, as instituições regionais se transformaram em reféns da ideologia e dos alinhamentos políticos efêmeros. Raramente trabalham para desenvolver uma cooperação que redundaria no interesse duradouro de todos os seus membros.

    Protestos contra presença de Bolsonaro em Santiago

    Emol (22/03): “Marcha contra presença de pdte. Bolsonaro no Chile finaliza com incidentes e detidos” (em espanhol)

    Com ao menos dez detidos e incidentes finalizou uma manifestação convocada por diversas organizações sociais para rechaçar a presença no país de Jair Bolsonaro. (…) Cabe mencionar que durante esta manhã um grupo de deputados da Frente Ampla entregou uma carta no Palácio de Governo, solicitando o Presidente Sebastian Piñera que declare pessoa non grata a Bolsonaro e que suspenda todas as atividades oficiais em seu nome, como o almoço que está programado às 13:00 horas de manhã sábado, ao qual os presidentes do Congresso Nacional desistiram de ir.

    Detenção de auxiliar de Guaidó na Venezuela

    RFI (22/03): “O chefe de gabinete de Guaidó, Roberto Marrero, é detido e acusado de terrorismo” (em espanhol)

    Marrero, advogado de 49 anos, foi preso na madrugada pelo Serviço de Inteligência (Sebin) em sua residência de Caracas, acusado de integrar uma “célula terrorista” que planejava atentados, assegurou o ministro do Interior e Justiça, Néstor Reverol, na televisão estatal. Mais tarde, Maduro, sem nomear a Marrero, referiu-se à “captura de um grupo terrorista” que planejava atacar unidades militares, hospitais e estações de metrô com mercenários de Colômbia e América Central”. E advertiu que não “recuará no combate aos grupos terroristas, para levá-los à cárcere”.

    El Comercio (22/03): “Estados Unidos bloqueia banco importante de Maduro por detenção de braço direito de Guaidó” (em espanhol)

    O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou nesta sexta-feira o Banco Nacional de Desenvolvimento da Venezuela (Bandes), assim como suas filiais no Uruguai e Bolívia e as entidades locais Banco da Venezuela e o Banco Bicentenário. Segundo um comunicado, a decisão foi adotada “em resposta à prisão ilegal” de Roberto Marrero, o chefe de gabinete do presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó.

    Derrocada da economia argentina

    Pagina 12 (22/03): “Forte derrapagem da economia macrista” (em espanhol)

    O Produto Interno Bruto (PIB) sofreu no quarto trimestre de 2018 uma queda de 6,2% frente ao mesmo período de 2017, com o qual zerou o ano com uma queda de 2,5%. O resultado do quarto trimestre é o mais negativo desde o segundo trimestre de 2009, em plena eclosão da crise das hipotecas subprime.

    Referendo em defesa da água no Equador

    El País (22/03): “A defesa da água vai às urnas no Equador“, (em espanhol)

    Girón, um povado do sul do Equador votará neste domingo (24/03) em referendo se está ou não de acordo com o projeto minerador Loma Larga, que se instala parcialmente em seu território. Trata-da primeira consulta popular ambiental vinculante que será realizado na história do país. Apesar da forte divisão entre os habitantes, tudo apontará que ganhará o “não”. Os 15 000 eleitores de Girón deverão decidir se querem que seja levada a cabo a exploração, que pretende extrair 62 toneladas de ouro, 377 toneladas de prata e 40 000 toneladas de cobre de um filão concessionada à empresa canadense INV Metals. Para isso deverão responder esta pergunta: “Você está de acordo com que se realizem atividades mineradoras nos pântanos e fontes do Sistema Hidrológico Quimsacocha?”.

    Crise política no Haiti

    RT (21/03): “O primeiro-ministro do Haiti renuncia depois de ser impugnado pelo impugnado pelo Congresso” (em espanhol)

    A Câmara de Deputados impugnou em 18 de março Jean-Henry Céant, a quem responsabiliza pela crise socioeconômica que no último 7 de fevereiro desatou violentos protestos contra o governo, organizadas por uma oposição que pede a renúncia do presidente. (…) A situação econômica do Haiti piorou nos últimos meses pela depreciação da moeda, o gourde, no país mais pobre da América Latina. Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, os protestos que começaram em 7 de fevereiro e se estenderam por grande parte desse mês deixaram 26 falecidos e 77 pessoas feridas. Em 8 de março, o Fundo Monetário Internacional disse que acordou com o Governo do país caribenho a concessão de um empréstimo por 229 milhões de dólares a três anos com 0% de juros, para superar a situação atual.

    Promessa de Daniel Ortega

    BBC Mundo (21/03): “O governo da Nicarágua promete liberar todos os opositores presos num prazo de 90 dias e retomar o diálogo” (em espanhol)

    O governo de Daniel Ortega prometeu na quarta-feira num comunicado que libertará todos os opositores presos num prazo de 90 dias numa tentativa de retomar as conversas com a oposição na Nicarágua. Em contrapartida. Ortega pede que se levantem as sanções que tanto os Estados Unidos como a União Europeia impuseram a seu governo. Estima-se que desde que começaram os protestos em abril do ano passado, mais de 700 pessoas foram detidas.

    Protestos na Argélia

    Al Jazeera (22/03): “Os argelinos protestam pela quinta sexta-feira consecutiva contra o líder enfermo” (em inglês)

    Dezenas de milhares de argelinos tomaram uma vez as ruas da capital para exigir que o presidente  Abdelaziz Bouteflika enfermo renuncie imediatamente. Em meio à crescente pressão, Bouteflila abandonou em 11 de março sua tentativa de buscar um quinto mandato à frente da Argélia, um importante exportador de petróleo. Seu anúncio de que não buscaria outro termo causou celebrações instantâneas. Mas a alegria dos manifestantes durou pouco, já que o presidente também anunciou que as eleições programadas para 18 de abril seriam adiadas e declarou sua intenção de presidir um período de transição, ambas as medidas que levaram aos críticos a acusar o senhor de 82 anos de tentar prolongar seu domínio de duas décadas.

    Derrota do Estado Islâmico na Síria

    NY Times (23/03): “ISIS perde seu último território na Síria. Mas os ataques continuam” (em inglês)

    O Estado Islâmico perdeu sua última posição na Síria no sábado, depois de anos de luta. Mas o grupo terrorista continua sendo uma ameaça séria e violenta. Muitos de seus principais líderes ainda estão vivos. E continua a realizar ataques, incluindo um em janeiro que matou 15 pessoas, incluindo quatro americanos, do lado de fora de um restaurante shawarma na cidade de Manbij, na Síria. Após um período de relativa calma no início do ano passado, a coalizão liderada pelos Estados Unidos aumentou os ataques contra o Estado Islâmico na Síria desde agosto. Em quase todas as métricas, o Estado Islâmico está no seu ponto mais baixo nos quase cinco anos desde que declarou seu califado.

    Economia Mundial

    The Guardian (22/03): “Os mercados sofrem forte queda enquanto se intensifica o medo de uma desaceleração global

    Os mercados financeiros em todo o mundo caíram bruscamente em meio a crescentes temores de uma desaceleração na economia global, depois de que a produção industrial na eurozona caiu à taxa mais rápida em quase seis anos. As perdas de sexta-feira nas bolsas de valores da Europa e Wall Street se produziram depois de que os índices sugerirem que o crescimento econômico em todo o bloco da moeda única europeia se manteve fraco no primeiro trimestre de 2019, o que reduziu as esperanças de uma retomada após um final fraco no ano passado. Os economistas dizem que as más leituras da produção industrial provavelmente refletiram uma desaceleração na China e na economia mundial, o que a aumenta a possibilidade de que o crescimento para o restante de 2019 seja menor do que o esperado.

    BBC Mundo (23/02): “Por que a Itália é a primeira grande economia mundial que respalda a Nova Rota da Seda da China (e por que gera preocupação no Ocidente)?” (em espanhol)

    Os níveis de dívida que as nações africanas e do sul da Ásia têm com a China geraram preocupação no Ocidente, mas se construíram estradas e ferrovias que de outro modo não existiriam. (…) Itália, no entanto, será a primeira potência europeia e membro do Grupo dos Sete (G&), que reúne as 7 democracias mais industrializadas, em tomar o dinheiro oferecido pela China.

     

    Brexit

     

    The Guardian (23/03): “Um milhão de pessoas comparecem à marcha contra o Brexit enquanto os Tories planejam derrubar May

    Em uma das maiores manifestações da história britânica, uma multidão estimada em mais de um milhão de pessoas ontem marchou pacificamente pelo centro de Londres para exigir que os membros do Parlamento lhes concedessem um novo referendo sobre o Brexit. A manifestação “Coloque nas mãos do povo”, que incluiu manifestantes de todos os cantos do Reino Unido e muitos cidadãos da UE que vivem aqui, ocorreu em meio a uma extraordinária agitação política e crescentes pedidos para que a primeira-ministra Theresa May renuncie. Alguns ministros de gabinete estão considerando seu número dois, David Lidington, como substituto provisório para ela, embora, ele sofra resistência dos Brexiters por ser favorável à permanência na UE.

    Protestos na Sérvia

    El País (23/03): “Cem dias de ira contra o presidente sérvio” (em espanhol)

    Quando em 8 de dezembro passado, mais de 10 000 pessoas se manifestaram em Belgrado ao grit de “basta de camisetas ensanguentadas!” por causa da surra que alguns homens mascarados impuseram a um político opositor, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, batizou sem querer o protesto. “Nem que houvesse cinco milhões de pessoas nas ruas”, disse, se importaria com suas reivindicações. Num país de sete milhões de habitantes, a frase saltou as redes sociais e o movimento tomou como nome  1od5miliona (1 de 5 milhões), com o qual se tornou no maior do país desde o levante que acabou com Slobodan Milosevic em 2000. Até dezenas de milhares de pessoas de pessoas saem às ruas a cada semana, mas – cem dias depois da primeira manifestação – a elevada popularidade do presidente Vucic segue intacta.

    Eleições na Tailândia

    El País (20/03): “Tailândia vai às urnas oito anos depois e após cinco anos de junta militar” (em espanhol)

    (…) Alguns cálculos preveem que a participação pode rondar cerca de 80% entre os 50 milhões de tailandeses chamados às urnas. É o primeiro pleito que se convoca em oito anos, depois de cinco de governo de uma junta militar. Após anos de crescimento econômico relativamente frágil, de aumento das desigualdades sociais, e um constante ciclo político no qual os partidos populistas ganham as eleições e são depostos via judicial ou militar, a população, especialmente os sete milhões de novos eleitores, reclama uma mudança. Ainda não está tão claro que o consiga.

    Al Jazeera (22/03): “A eleição do dia 24 não vai importar“, por David Strackfuss (em inglês)

    A eleição é o último passo num jogo longo apresentado pelos golpistas, o Conselho Nacional para a Paz e a Ordem (NCPO), que derrubou o governo eleito em maio de 2014. O primeiro passo no plano foi efetivar uma constituição que enfraqueceria os maiores partidos e criaria as condições para que os governos de coalizão instáveis sejam eleitos. As emendas constitucionais de 2017 permitem que os militares tailandeses designem o Senado de 250 cadeiras em sua totalidade, que, junto com a Câmara de Deputados de 500 cadeiras, vota sobre a nomeação do primeiro-ministro.

    Artigos e debates da esquerda internacional

    Esquerda norte-americana

    Jacobin Magazine (21/03): “Um real Green New Deal significa luta de classes“, por Keith Brower Brown, Jeremy Gong, Matt Huber, Jamie Munro (em inglês)

    Para além de Bernie, a popularidade massiva de Ocasio-Cortez e Rashida Tlaib mostra uma fome generalizada pelos campeões da classe trabalhadora para desafiar os republicanas de extrema-direita e o establishment democrata por igual. Inclusive quando não ganham, os desafios eleitorais críveis da classe trabalhadora podem construir a unidade dos trabalhadores para a ação militante e a mudança política sistêmica. Em todo o país, os socialistas devem trabalhar para construir coalizões da classe trabalhadora e uma infraestrutura de organização eleitoral independente que possa prometer o final das carreiras dos legisladores federais que se opõem à GND.

    Jacobin Magazine (20/03): “Ao contrário de muita gente, Bernie não ‘evoluiu’“, por Meagan Day (em inglês)

    Nos anos setenta, Bernie Sanders fez um chamado a nacionalizar as principais indústrias, uma postura que a mídia quer destacar como uma piada. Mas somente demonstra quão consequente tem sido na luta contra as elites predatórias, em notável contraste com os outros candidatos democratas.

    Palestina

    Rebelion.org (19/03): “Nações Unidas publica contundente relatório de 250 páginas sobre abusos israelenses

    Neste 18 de março, a ONU deu a conhecer seu informe final, intitulado “Report of the detailed findings of the independent international Commission of inquiry on the protests in the Occupied Palestinian Territory”: o relatório foi elaborado por Santiago Cantón (Argentina), Sara Hossain (Bangladesh) e Kaari Betty Murungi (Kenya), especialistas em direitos humanos, por solicitação do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

    Capitalismo mundial

    La Jornada (22/03): “Mutações do capitalismo“, por Alejandro Nadal (em espanhol)

    Na atualidade não só existe um forte arrocho salarial e um problema de insuficiência para a classe trabalhadora. Também estamos na presença de uma mudança qualitativa pelo endividamento. É claro que o vínculo salarial tem um estatuto essencialmente diferente ao do crédito na reprodução social. Atualmente, graças ao crescente endividamento o capital financeiro pode se apropriar de uma parte da renda dos trabalhadores. E assim se consuma um duplo golpe contra a classe trabalhadora: estancamento salarial e extração financeira.

    The Next Recession (22/03): “O fantástico mundo da Longa Depressão” (em inglês)

    O mercado acionário dos EUA regressa a novos picos. Agora estamos num mundo econômico no qual parece haver uma espécie de “pleno emprego”, mas salários reais estancados (para a maioria), baixas taxas de juros e inflação e, sobretudo, baixo investimento produtivo. Entretanto, a dívida corporativa está aumentando rapidamente em todo o mundo à medida que as principais companhias emitem bônus a taxas de juros baixas para recomprar suas próprias ações e assim aumentar o preço das ações da companhia e continuar com a festa. A Longa Depressão se converteu num mundo de fantasia onde o aumento dos preços dos ativos financeiros, o baixo investimento e o crescimento da produtividade, onde quase todos podem obter um trabalho (parcial, temporal ou autônomo), mas não um padrão de vida.

    Economia chinesa

    Sin Permiso (11/03): “A ascensão da China como potência mundial. Entrevista com Au Loong-Yu” (em espanhol)

    As ameaças do imperialismo dos EUA são reais e conhecidas na China. A Marinha estadunidense acaba de mandar dois barcos de guerra ao Estreito de Taiwan numa clara provocação a China. A esquerda estadunidense deve se opor a este militarismo para que o povo chinês entenda que ela se opõe à agenda imperialista dos EUA na questão de Taiwan – ainda que se deva reconhecer o direito de Taiwan comprar armas dos EUA. Se o povo chinês escutar esta forte voz antiimperialista da esquerda dos EUA, poderá se ganhar mais coisas para os interesses comuns contra os imperialismos dos EUA e da China.

    Mudança climática

    ESSF (19/03): “Um sinal de alerta – A mudança climática fará tormentas como Idai mais severas, dizem especialistas“, por Matthew Taylor (em inglês)

    Mel Evans, uma ativista pelo clima de Greenpeace Reino Unido, disse que Idai era uma mais uma prova de que as pessoas menos responsáveis pela crise climática eram as que mais sofriam. “A média de emissões de CO2 de um cidadão de Moçambique, Malawi ou Zimbábue é uma pequena fração de um europeu ou estadunidense. As pessoas menos contribuem para causar a mudança climática estão na parte da frente da fila para receber seus impactos e têm muito menos recursos para se proteger de seus danos”.

    Massacre na Nova Zelândia

    ESSF (21/03): “Terror em Christchurch: Como isso aconteceu?“, por Byron Clark, Daphne Lawless, Tyler West, Ani White (em inglês)

    Em última instância, a complacência da classe política permitiu que o fascismo crescesse e se torne séptico. No improvável caso de que mudem de rumo e tomem medidas enérgicas contra os grupos de extrema-direita, é possível que não confiemos no estado de vigilância, mas certamente não choraríamos pelos fascistas. Além de seu “antiterrorismo” desigual que deixa a extrema-direita relaxada, os partidos governistas também se envolveram em ataques populistas contra a imigração.

    Viento Sur (23/03): “Terrorismo, um conceito vazio“, por Alain Gresh (em espanhol)

    O problema do conceito de guerra contra o terrorismo é que dispensa totalmente a análise política e reduz a luta a um enfrentamento entre o Bem e o Mal. Se os terroristas são movidos fundamentalmente por seu ódio à liberdade ocidental, é inútil se perguntar sobre as razões pelas quais esses grupos se desenvolvem, suas motivações, seus objetivos.

    Mau desempenho da economia argentina

    Rebelion.org (22/03): “Muitos fundos de investimento desarmaram seu posicionamento em países como a Argentina e foram para a China – Entrevista com Eduardo Lucita” (em espanhol)

    É muito rápida a queda chinesa. A Alemanha está retrocedendo e outros países também. Agora foram trazidos à luz os dados sobre o leitmotiv de Trump que era reduzir o déficit comercial, algo que não cumpriu, inclusive não só é maior com a China mas também com a UE. Ao mesmo tempo, EUA levanta as taxas de juros, então há um fortalecimento do dólar. Tudo isso faz com que haja uma fuga do dinheiro dos países emergentes para os países centrais. Pior, especialmente para a China.

  • Socialismo ou Barbárie: a democracia em Rosa Luxemburgo

    Socialismo ou Barbárie: a democracia em Rosa Luxemburgo

    Socialismo ou Barbárie:
    a democracia em Rosa Luxemburgo

    “A sua ordem está construída sobre areia. Amanhã a revolução se levantará de novo ruidosamente”. Foi assim que Rosa Luxemburgo se despediu da colaboração que mantinha no jornal A Bandeira Vermelha, alertando que a derrota dos trabalhadores na Revolução Alemã estava longe de ser o capítulo final daquela história. Ela registrou ainda naquele mesmo texto: “os exultantes vencedores não percebem que uma ordem que precisa ser periodicamente mantida com carnificinas sangrentas vai, de maneira inexorável, ao encontro de seu destino histórico, de sua queda”.

    Rosa foi assassinada poucos dias depois. E, hoje, 100 anos após sua morte, não só suas palavras seguem pertinentes para as questões de nossa época, como também o dilema que cunhou – “socialismo ou barbárie” – não perde sua relevância, sobretudo em um tempo em que, depois das guerras de extermínio total, ressurgem fantasmas históricos do passado. O socialismo democrático de Rosa se apresenta, assim, com seus limites históricos e potencialidades, como uma perspectiva mais que necessária para aqueles que ousam construir dias melhores.

    É nesse intuito que a Fundação Rosa Luxemburgo organiza o ciclo de debates Socialismo ou barbárie: a democracia em Rosa Luxemburgo. Em São Paulo, o evento conta com a participação de:

    Isabel Loureiro
    Professora do Departamento de Filosofia da Unesp (1981-2003), autora de Rosa Luxemburgo e o dilema da ação revolucionária (3.ed., 2019) e organizadora de Rosa Luxemburgo: textos escolhidos (2.ed., 2017, 3v.)

    Holger Politt
    Filósofo, diretor do escritório da Fundação Rosa Luxemburgo em Varsóvia, tradutor e organizador dos livros de Rosa Luxemburgo A questão das nacionalidades e autonomia (2012) e Revolução operária: 1905/06, textos poloneses(2015)

    Rosa Rosa Gomes
    Historiadora e tem mestrado em História Econômica pela USP. É autora do livro Rosa Luxemburgo: crise e revolução (2018).

    SERVIÇO

    SÃO PAULO
    Com Isabel Loureiro, Holger Politt e Rosa Rosa Gomes
    26/03/2019 – às 19h
    Auditório da Fundação Rosa Luxemburgo
    Rua Ferreira de Araújo, 36 – Pinheiros – SP (próximo à estação Faria Lima do metrô)

    Mais informações:
    https://rosaluxspba.org/socialismo-ou-barbarie-a-democracia-em-rosa-luxemburgo/

  • Rede Ubuntu e FLCMF promovem ciclo de debates

    Rede Ubuntu e FLCMF promovem ciclo de debates

    Rede Ubuntu e FLCMF
    promovem ciclo de debates

    A Rede Ubuntu – Educação Popular e a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco promovem o Ciclo de Debates Ubuntu durante o período escolar de 2019. Serão 10 rodas de conversa, palestras, debates e eventos culturais sobre temas como as reformas da previdência, trabalhista, da educação, machismo, racismo, intolerância religiosa, ditadura, dentre outros.

    A partir do olhar da cultura e da pedagogia periférica, o Ciclo de Debates Ubuntu trará assuntos pertinentes à formação dos 350 estudantes do cursinho Ubuntu e as questões das comunidades do entorno dos seis polos da Rede, localizados na zona sul da capital paulista.

    Os debates ocorrerão em um sábado de cada mês, de março a outubro, sempre às 15h.

  • Galeria de Fotos: Saúde NÃO é Mercadoria

    Galeria de Fotos: Saúde NÃO é Mercadoria

    Galeria de Fotos:
    Saúde NÃO é Mercadoria

    No dia 12 de março, a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco apresentará a mesa SAÚDE NÃO É MERCADORIA para debater o porque é necessários defender o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro e conversar sobre o sistema de saúde de Cuba, exemplo de qualidade e eficiência em todo o mundo e, claro, totalmente gratuito.

    O evento é gratuito e será realizado na sede da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, na Alameda Barão de Limeira, 1400, Campos Elíseos – São Paulo (SP).

    Estarão na mesa:

    [BR] Ana Maria Miranda Belineli, assistente social e especialista em Saúde Mental pela Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP/MG) e em “La Salud Pública en Cuba” na Escuela Nacional de Salud Pública (ENSP/CUBA), em Cuba.

    [CUBA] Ernesto Freire Cazañas, Coordenador FSM-América – CTC Cuba.

    [BR] O médico urologista Antônio Gonçalves, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão e presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).

    [CUBA] Ismael Perez, Membro da Secretaria Nacional da CTC – Cuba – Responsável pelas Relações Internacionais.

  • “Saúde não é mercadoria” é tema de debate na FLCMF

    “Saúde não é mercadoria” é tema de debate na FLCMF

    “Saúde não é mercadoria”
    é tema de debate na FLCMF

    Na terça-feira, 12 de março, a partir das 18h, a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco apresentará a mesa SAÚDE NÃO É MERCADORIA para debater o porque é necessários defender o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro e conversar sobre o sistema de saúde de Cuba, exemplo de qualidade e eficiência em todo o mundo e, claro, totalmente gratuito.

    O evento é gratuito e será realizado na sede da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, na Alameda Barão de Limeira, 1400, Campos Elíseos – São Paulo (SP).

    Estarão na mesa:

    [BR] Ana Maria Miranda Belineli, assistente social e especialista em Saúde Mental pela Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP/MG) e em “La Salud Pública en Cuba” na Escuela Nacional de Salud Pública (ENSP/CUBA), em Cuba.

    [CUBA] Ernesto Freire Cazañas, Membro da Secretaria Nacional da CTC – Cuba – Responsável pelas Relações Internacionais.

    [BR] O médico urologista Antônio Gonçalves, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão e presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).

    [CUBA] Ismael Perez, Coordenador FSM-América – CTC Cuba.

  • Marielle Franco é homenageada na ENFF durante I Seminário Nacional de Formação da FLC

    Marielle Franco é homenageada na ENFF durante I Seminário Nacional de Formação da FLC

    Marielle Franco é homenageada
    na ENFF durante I Seminário
    Nacional de Formação da FLC

    Marielle Franco, vereadora do PSOL, brutalmente assassinada em março do ano passado junto com o motorista Anderson Gomes, foi homenageada na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) durante o I Seminário Nacional de Formação da Fundação Lauro Campos, com a instalação de uma placa de metal e o plantio de um Ipê Roxo na rua “Marielle Franco”, batizada pela escola.

    Os mais de 100 participantes do seminário, de todos os campos do país, e representantes da ENFF, caminharam pela rua Marielle Franco e declamaram poemas em homenagem à vereadora. Após o final do percurso, inúmeras mulheres do PSOL realizaram falas sobre a importância de Marielle e como a sua vida e sua história deixaram um legado para todas e todos que lutam por uma sociedade mais justa. Depois, todas juntas, fizeram o plantio do Ipê Roxo – uma árvore tipicamente brasileira encontrada de norte a sul do país – e descobriram a placa.

    Veja o conteúdo da placa em homenagem à Marielle:

    “Marielle Franco. O assassinato de Marielle não foi crime comum. Como Helenira Resende e Alceri Maria, executadas durante os anos de chumbo, a vida de Marielle foi ceifada por ser ela de esquerda e porque lutava pelos seus iguais. Marielle era uma mulher que tinha cor, filha, companheira, partido e lado. Tentaram calá-la em vão. Sua voz e determinação se ampliaram e ganharam mundo. Marielle não é uma. São todas e todos os incorformados que vão à luta. “EU SOU PORQUE NÓS SOMOS”. Tributo à Marielle realizado durante o Seminário Nacional de Formação da Fundação Lauro Campos em parceria com a ENFF, durante os dias 3 a 9 de fevereiro de 2019 com o plantio de um ipê, uma árvore tipicamente brasileira, encontrada de norte a sul do nosso país”. 

  • Galeria: I Seminário Nacional de Formação da FLC

    Galeria: I Seminário Nacional de Formação da FLC

    Galeria: I Seminário Nacional de Formação da FLC

    O I Seminário Nacional “O capital e o capitalismo brasileiro à luz das lutas sociais da atualidade” integra a proposta de formação continuada da Fundação Lauro Campos em fornecer subsídios à militância para enfrentar os debates que ocorrem na sociedade e, assim, ampliar o alcance das ideias socialistas. A proposta dos Seminários Nacionais é estimular o retorno aos clássicos do pensamento crítico e a visita ao estado da arte de temas teóricos e políticos atuais que desafiam a esquerda brasileira com vista ao enfrentamento coletivo, plural e construtivo de soluções políticas e organizativas que fortaleçam a esquerda socialista brasileira de conjunto.