Quando analisa o papel da extrema-direita e os desafios da esquerda no próximo
período em boa parte dos seus artigos, entrevistas e análises, a Edição de Dezembro da Revista Socialismo e Liberdade, periódico de formulação da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, cumpre o papel de analisar os rumos que deverão ser seguidos pelo próprio PSOL na luta política mais emergente, diante da conjuntura atual.
Segundo maior partido de esquerda do Brasil e representação da defesa das pautas de mulheres, negros, trabalhadores, LGBTs, povos indígenas e outras minorias ou maiorias
vulneráveis, o PSOL cumprirá, no próximo período, a tarefa histórica e corajosa de atuar ao mesmo tempo combatendo as desigualdades sociais com a independência que lhe é característica e compor a base de um governo pela primeira vez na história. E logo um governo amplo, em disputa, e no qual a bancada do PSOL terá uma função de defender a agenda política mais à esquerda.
Defender o Governo Lula, sem perder a capacidade de se opor a pautas que consideremos
inadequadas, prescindirá não permitir que o partido se confunda com a oposição raivosa
que será feita pelos derrotados das eleições. Não poderemos ser confundidos com
aqueles que ocupam a frente dos quartéis e entoam discursos golpistas.
Liderado por Guilherme Boulos e uma bancada potente que representa grupos talvez nunca antes representados na história, o PSOL chega próximos aos seus 20 anos diante da responsabilidade de mostrar maturidade em uma conjuntura complexa, que exige entender com sensibilidade os anseios e desejos da população mais pobre, o povo das periferias
que clama por políticas que resolvam suas demandas mais urgentes – muitas vezes
a fome, a falta de moradia ou o direito a viver.
Esses rumos, incluindo a exigência de sensatez na defesa dos anseios da nossa base política, estão em análise nesta edição da Socialismo e Liberdade, que traz os aspectos mais importantes do Revogaço, pesquisa de fôlego produzida pela FLCMF, além de uma análise sobre o nosso principal governo, o Governo de Belém.
Espero que gostem e desejo boa leitura!
Saudações socialistas!
Natália Szermeta, presidenta da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco