Da licença pra chegar, sou do lado de Mauá, não sei nem se vou pro céu, mas ocupo a Oziel
Se liga no recado enquanto conversamos tem outra ocupação em curso no centro urbano
O aluguel está caro vale um dinheiro e o pobre sem recurso no país inteiro
O Estado apresenta a modernidade
Preto pobre na favela branco rico na cidade terra de ninguém estilo Babilônia
Ao invés de ir pra frente voltamos ao Brasil colônia
Vou humilde pra luta são vários patamares tipo o primeiro acampado Zumbi dos Palmares
Muita treta com o estado cheio de intriga pelo seu acampamento serra da Barriga
Deixou exemplo de vida que a luta não para seguimos os seus passos e o da negra Dandara
O Brasil é embaçado desde o começo a casa grande vacilou e a gente paga o preço
É muita treta o que acontece na nação desde o navio negreiro pura repressão
O coro comia feio ainda não tinha alforria nas melhores jornadas 18 horas por dia
Trabalhando duro nas edificações, construindo estradas ou nas plantações
O capitalismo deixou seu legado, mas nenhum benefício ao serviço prestado.
Povo bom o católico estava no apogeu traficando escravos tudo em nome de Deus
10 por cento da carga final bem romântico milhares vidas sepultadas no Atlântico
O Estado foi preciso com sua ideologia branquear o Brasil salve, salve Eugenia.
E a Lei das Terras definitivamente consagra o estrangeiro em detrimento da gente
O regente D. João fez um povo feliz saudações estrangeiros sem-terra aqui no país
A medida buscou estimular o imigrante pode vir com a família que aqui tem bastante
Vem Itália, Alemanha, Áustria, Portugal vem Polônia, vêm os Russos a festa é geral
Deixa tudo comigo, mas se toma cuidado tem um povo africano que não foi convidado
E na república que a coisa melhorou Marechal Deodoro tipo escancarou
Vieram mais espanhóis, Sírios, Libaneses vieram turcos também e depois os ingleses
Década de 40 movimento nos portos navios japoneses diferente dos nossos
Tratamento carinhoso ao povo estrangeiro apoio oficial, subsidio, dinheiro
Vou fazer um pedido para alguém acabar com genocídio dos índios Guarany Kaioá
Ainda têm entendidos que não enxergam e sabota nossa legitimidade nos direitos das cotas
Medida antipopular pra coibir…mas o movimento urbano… vai resistir
Hoje estou de boa na ocupação ganhei até uns livros tipo doação
De um tal de Príncipe meio embaçado Maquiavel e umas fitas la do seu reinado
Livro interessante li tudo de novo o povo é quem conhece o rei
E rei é quem conhece o povo
Deu pra ver que o príncipe não é bobo não pra ele ninguém invade e ocupação
Mas aqui o coxinha late eu começo a rir diz que seu terreno ninguém vai invadir
E diz também que a invasão não é legal e prejudica a política habitacional
Acho que não leu a constituição que prevê ao terreno ocioso a ocupação
Que nos permite torna legal Zona Especial de Interesse Social (ZEIS).
É tudo nosso e nesse caso vamos em frente conciliar a moradia e o meio ambiente
Porque ele não vai mandar cercar o clube oficial da polícia militar
Tem várias concessões de uso irregular no centro da cidade e ninguém vai embaçar
Eldorado Center norte Continental protegidos do sistema e com aval Apamagis, Itaú, Bradesco.
Estão no céu. O que dizer da Casa de Cultura de Israel?
O coxinha não enxerga um pouco da verdade estão sem coerência sem legitimidade
Faça uma reflexão seja onde for e conte a todo mundo quem é o invasor
Nossa luta é pra valer vamos incomodar e enquanto houver espaço vamos ocupar
Tinha um outro livro meio inusitado, mas não deu pra ler porque estava rasgado. Do homem mais rico do mundo Esteve Jobs e a festa da uva nos números da Forbes
Alguma coisa assim para que compreenda 1% dos mais
ricos com a metade da renda
É só trabalhar não seja vagabundo as oportunidades são iguais pra todo mundo
O social no capital as cartas são marcadas tira o micro deixa o macro e você não leva nada.
Quando instaura a crise há cortes no orçamento e a saída que o governo oferece gera mais sofrimento
O pobre toda vez paga o confisco. O estado abre as pernas refém das agências de risco
Corte de bilhões é o ajuste fiscal solução da crise financeira e social
Eu tenho uma sugestão a estes solavancos taxação de fortunas e o lucro dos bancos
A solução é evidente o tempo inteiro ao invés do bolsa família tire do bolsa banqueiro
Em relação a dívida o Brasil queria que ao menos uma vez tivesse auditoria
Para ver a podridão tudo ilegal, juros sobre juros é inconstitucional
O governo se intimida prefere a covardia as isenções bilionárias refletem a hipocrisia
Como eu queria ter influência e tal pra comprar títulos do tesouro nacional
Pensei até no caso será que é pra mim será que um sem teto pode pensar assim
O oprimido luta por reconhecimento justiça, paz, amor, desenvolvimento.
Assim que tem que ser vamos em busca da meta a luta é pra valer e a vitória é certa
Valeu pela ideia, desculpe alguma perda porta é do outro lado e a saída é pela esquerda
FIM
Por Edson Luiz, Graduado em Administração de Empresas escritor e rapper, membro da coordenação estadual no MTST-SP e liderança do Movimento Negro Raiz da Liberdade