A Fundação Perseu Abramo, com o apoio da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, lança no próximo dia 11 de abril o livro Constituinte – avanços, herança e crises institucionais, do ex-deputado federal José Genoino e da professora da Universidade Federal do Paraná Andrea Caldas. Confirme sua presença neste link.
Participam da abertura do evento o presidente da FPA, Paulo Okamotto, e o representante da Fundação Lauro Campos Pedro Serrano, sociólogo e membro do Conselho Curador da entidade. Durante o lançamento, será realizado um debate com a participação do autores e da professora da Universidade Federal do ABC, Maria Carlotto, seguido de sessão de autógrafos.
O livro traz o registro histórico da Assembleia Nacional Constituinte 35 anos após a promulgação da Carta Constitucional de 1988, a chamada Constituição Cidadã, a partir da análise de um de seus protagonistas, José Genoino, em diálogo com a professora Andrea Caldas. A partir da premissa de que a Constituição não é meramente “uma obra de sábios, oráculos e especialistas, mas produto de conflitos, escolhas, conflitos de classe e opções que se colocam numa determinada época histórica”, identificam-se os avanços, as contradições e as lacunas produzidos na tensão e interação das forças políticas presentes na Assembleia Nacional Constituinte, de 1987 a 1988.
Este rico momento da história recente do Brasil traz no seu bojo as tensões represadas no período de fechamento do regime e ao mesmo tempo, as esperanças condensadas pelos emergentes movimentos progressistas na luta pela democracia e transformação social. Longe de encerrar ou solucionar as contradições, os autores argumentam que a Constituição de 88 é uma obra inconclusa, do ponto de vista político e que embora, inegavelmente, tenha trazidos avanços sociais importantes, continuou sendo e ainda é objeto de disputas. O Golpe de 2016 traz um novo capítulo a esta história e reposiciona a avaliação do legado da Constituição de 88 e os rumos do futuro.
Sobre os autores:
José Genoino Neto nasceu em 1946, no povoado do Encantado, no Ceará. Foi presidente do DCE da Universidade Federal do Ceará, em 1968, participando das manifestações estudantis da época. Após o AI-5, entrou na clandestinidade. Participou da guerrilha do Araguaia. Foi preso em abril de 1972, foi torturado e condenado a 5 anos de pena. Participou da fundação do PT e foi eleito deputado federal em 1982 e deputado constituinte em 1986.Foi deputado federal por seis legislaturas e candidato a governador de SP em 2002.Assumiu a presidência do PT de 2003 a 2005. Como socialista, hoje exerce militância política no PT, priorizando o trabalho de base e se articulando com outras forças políticas de esquerda.
Andrea Caldas nasceu em 1969, em Curitiba, Paraná. Iniciou a militância estudantil em 1985. Foi dirigente do sindicato do magistério municipal de Curitiba e presidente do Fórum Paranaense em Defesa da Escola Pública, nos anos 90. Foi filiada ao PT de 1989 a 2015 e atualmente é filiada ao PSOL, tendo atuado na formulação de programas de governo e na formação política, nos dois partidos. É professora da Universidade Federal do Paraná, desde 1993, na área de políticas educacionais e gestão da educação. Foi diretora do Setor de Educação da UFPR e presidenta do Fórum de Diretores/as das Faculdades e Centros de Educação das Universidades Públicas. É militante socialista e em defesa da educação pública.
Serviço:
Lançamento do livro Constituinte – avanços, herança e crises institucionais
11 de abril, quinta-feira, às 18h30
No Auditório da Fundação Escola de Sociologia e Política
Rua General Jardim, 522, Vila Buarque