Boletim Mais Lutas Agrárias #25 – 19 de novembro de 2024
Na vigésima-quinta edição do Boletim Mais Lutas Agrárias, destacamos notícias que revelam a prioridade do sistema econômico em que vivemos: mesmo com as elevadas taxas de emissão de gases poluentes por parte do agronegócio, a quantidade de cabeças de gado no Brasil não para de crescer; a ciência, que deveria servir para salvar vidas, é destinada para a indústria de produção de agrotóxicos. Além disso, repercutimos importantes conquistas dos povos indígenas e camponeses pobres, como a operação que busca retirar invasores da Terra Indígena Munduruku no Pará e a vitória no STJ do Quilombo Campo Grande em Minas Gerais, que enfrenta há décadas tentativas de despejo, intensificadas com o governo de extrema direita de Romeu Zema. Estas e outras notícias você pode conferir no Boletim da semana!
O Boletim Mais Lutas Agrárias é uma parceria da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco com o PSOL Maranhão, presidido pelo companheiro Reynaldo Costa, militante do MST. Acesse a íntegra do boletim em nosso site!
Confira abaixo o boletim na íntegra:
Meio ambiente
Aquecimento global: o Brasil está disposto a frear o aumento do rebanho de bois?
País tem mais cabeças de gado do que habitantes, e projeções apontam para crescimento, mesmo em meio à discussão sobre colapso climático. Representantes da sociedade criticam bancada ruralista e falta de planos do governo Lula
- Não há espaço para gente onde o gado é prioridade
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Como a indústria utiliza a ciência para defender uso de agrotóxicos
Conselho Científico Agro Sustentável conta com pesquisadores ligados a universidades públicas e privadas e se apresenta como voz da ciência pregando a sustentabilidade na agricultura. Na prática, o grupo defende argumentos comuns de lideranças do agro
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A um ano da COP30, Belém se transforma para receber Cúpula Climática
Evento ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025. Investimento do Governo Federal
para os preparativos é de cerca de R$ 4,7 bilhões, entre recursos do Orçamento da
União, do BNDES e de Itaipu
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Questão agrária e direitos humanos
Decisão do STJ marca vitória do MST no Quilombo Campo Grande (MG), após 27 anos de conflito
Assentamento já enfrentou 11 despejos, um deles foi imposto pelo governador Romeu Zema (Novo) em meio à pandemia
- Quilombo Campo Grande é um exemplo de resistência e de apoio da sociedade na luta pela terra e por território.
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Qual a lógica de subsidiar os agrotóxicos?
O STF estará julgando, no próximos dias, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ( ADI 5.553) impetrada pelo PSOL, questionando o projeto de lei 6.299/2002 que modifica a legislação sobre agrotóxicos vigente, visando ampliar os subsídios e isenções fiscais no Brasil
- Este debate envolve questões constitucionais como o direito à aplicação saudável e o direito à vida. O STF vai proteger a Constituição?
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Menos de 10% dos municípios convocaram conferências do meio ambiente
A 35 dias do fim do prazo para prefeituras de todo o país promoverem conferências municipais preparatórias para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, menos de 10% dos 5.570 municípios fizeram eventos regionais preparatórios ou comunicaram sua realização ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
- Não compreender a necessidade de medidas emergentes para conter as mudanças climáticas é preparar um futuro mais sombrio.
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POVO GUARANI KAIOWÁ REPLANTA A PRÓPRIA VIDA EM TERRA DEVASTADA PELO AGRO NO MATO GROSSO DO SUL
Sobre a terra devastada por monocultivos tóxicos de soja e milho transgênico, indígenas Guarani Kaiowá – mulheres, crianças, homens, jovens e idosos – montam barracas de lona e iniciam mais uma retomada de parte da Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, em Douradina, Mato Grosso do Sul. Desde 2011, a TI foi identificada e delimitada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em 12 mil hectares, mas a demarcação foi barrada por ações judiciais, em um estado que protagoniza escândalos na venda de sentenças judiciais
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Operação busca retirar invasores de Terra Indígena Munduruku, no Pará
O governo federal iniciou neste sábado (9) a operação de desintrusão da Terra Indígena (TI) Munduruku, nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no Pará
- 10 anos depois da homologação Terra Munduruku a liberdade do território se aproxima.
- Governo precisa ser mais ágil, pois em10 anos a distribuição pode trazer sequelas irreparáveis.