Boletim #10 – 24 de julho de 2024
Lançamos o décimo-primeiro Boletim Mais Lutas Agrárias, iniciativa da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco em parceria com Reynaldo Costa, presidente do PSOL Maranhão e militante do MST.
No décimo-primeiro Boletim Mais Lutas Agrárias, damos destaque para o avanço da crise sem precedentes que ocorre no Pantanal graças à exploração do agronegócio na região. Além disso, levantamos a discussão sobre a redução da alíquota sobre a carne, que pode intensificar a emissão de CO2 na atmosfera. No âmbito das lutas agrárias e dos direitos humanos, denunciamos a série de violações que ocorrem contra camponeses e indígenas pelas mãos de latifundiários e grileiros.
Confira abaixo o boletim na íntegra:
Meio ambiente
Agro, boi e barragens: entenda as causas da seca e dos incêndios que assolam o Pantanal
O Pantanal atravessa uma crise sem precedentes em 2024. O bioma, conhecido por suas áreas alagadas por até seis meses ao ano, enfrenta uma seca histórica, a qual contribui com a proliferação de incêndios. Só no primeiro semestre deste ano, 468 mil hectares de vegetação queimaram no Pantanal – maior área já registrada no monitoramento via satélite realizado pela organização MapBiomas desde 1985. A área queimada foi 529% maior do que a média de 40 anos.
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Redução da alíquota sobre carne pode virar margem de lucro para o agronegócio em vez de solução para a população brasileira
O incentivo ao consumo de carne é prejudicial ao meio ambiente, dado que a agropecuária é uma das principais responsáveis pela emissão de CO₂ no Brasil, superando até mesmo as emissões de combustíveis fósseis.
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Questão agrária
Indígenas Guarani Kaiowá são baleados em ataques após retomadas de terras no MS: ‘estão prometendo um massacre’
Ao menos dois indígenas do povo Guarani Kaiowá foram baleados em ataques feitos por homens em caminhonetes em diferentes regiões do Mato Grosso do Sul entre domingo (14) e esta segunda-feira (15). Os atentados aconteceram após territórios ancestrais já delimitados, porém com a demarcação estagnada, terem sido retomados por indígenas neste fim de semana. As áreas estão sobrepostas por fazendas.
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Homens armados atacam área retomada por povo indígena no Ceará com tiros e destruição de barracos
Conforme relatos de pessoas ouvidas pelo Cimi, entre 20 e 30 homens encapuzados atiraram contra os indígenas. Eles ainda destruíram barracos, plantações, cemitério e pertences de 46 famílias que residem na região há quase dois anos. Não foram registrados feridos.
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Nota do Cimi: comunidades Kaingang, Avá-Guarani e Kaiowá são atacadas em três estados neste final de semana
Os Kaingang da Retomada Fág Nor, em Pontão (RS), município localizado próximo à cidade de Passo Fundo (RS), sofreram dois ataques em menos de cinco dias, depois que as famílias decidiram retornar para uma área próxima ao seu território originário. Os indígenas do povo Kaingang foram expulsos de sua terra no ano de 2014. Ruralistas da região, articulados por parlamentares de partidos extremistas como PP, Republicanos e PL, não aceitam que os povos indígenas tenham o direito de viver em suas terras originárias.
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CCJ adia discussão sobre PEC 48, mas promete retomar debate
Aprovado, o PL deu origem à recém-promulgada e hoje, vigente, Lei do Marco Temporal, que junto à PEC 48, é mais uma tentativa da bancada ruralista de instituir e, dessa vez, constitucionalizar a tese do marco temporal.
– Postura conservadora dos ruralistas no congresso é carta branca para ataques a indígenas.
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Avanço de empreendimento imobiliário ameaça centenas de famílias de perderem moradias adquiridas há décadas em Rondônia
Moradoras e moradores das comunidades tradicionais Vila São João I e II, localizadas às margens da BR 319 em Porto Velho/RO e que estão sofrendo despejo devido a uma ação de usucapião obtida por um suposto proprietário das terras, participaram de reunião nesta segunda-feira (08) com a Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE/RO). O objetivo é reivindicar das autoridades a realização de um estudo na comunidade, a partir da sua história de mais de um século, e dos direitos que foram infringidos dentro do processo de expulsão que estão sofrendo.