Boletim Mais Lutas Agrárias #33

Boletim Mais Lutas Agrárias #33 – 20 de janeiro de 2025

Na trigésima-terceira edição do Boletim Mais Lutas Agrárias, destacamos os malecíficios causados pela pulverização de agrotóxicos, em especial às populações indígenas. Damos ênfase para as mobilizações preparatórias dos movimentos sociais para a COP30 de Belém. Além disso, denunciamos o brutal assassinato de militantes do MST em Tremembé/SP. Estas e outras notícias você pode ver no Boletim da semana!

O Boletim Mais Lutas Agrárias é uma parceria da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco com o PSOL Maranhão, presidido pelo companheiro Reynaldo Costa, militante do MST. Acesse a íntegra do boletim em nosso site!

Confira abaixo o boletim na íntegra:

Meio ambiente

Pulverização aérea de agrotóxicos no Maranhão prejudica saúde mental e física de moradores de comunidades tradicionais

Aeronaves sobrevoam casas e roçados, como na comunidade Manuel do Santo, no município de Timbiras, e prejudicam comunidades tradicionais com a pulverização aérea de agrotóxicos. Durante a colheita do arroz e do milho em suas roças, os moradores se depararam com aviões pulverizando veneno e pedem socorro às autoridades.

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No ano da COP-30, movimentos fortalecem construção da Cúpula dos Povos

Iniciativa busca protagonismo da sociedade civil e agenda ambiental justa, popular e inclusiva

  • As grandes potências não estão preocupadas com o futuro do planeta, algo novo só pode se dar se for pelas mãos dos povos que lutam.

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Questão agrária e direitos humanos

Vítimas de massacre em assentamento do MST seguem hospitalizadas no estado de SP

Na última sexta-feira (10), homens em carros e motos atacaram o assentamento Olga Benário, em Tremembé, SP, e assassinaram dois militantes do Movimento.

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MST pede que polícia investigue empreiteiras em assassinatos em assentamento

Segundo o movimento, os terrenos onde as famílias estão assentadas desde 2005 são alvo de cobiça para projetos imobiliários. 

  • O MST tenta resistir a especulação imobiliária que invade os assentamentos e acaba pagando com a vida de seus militantes nessa defesa da Reforma Agrária. 
  • O INCRA tem condições e o dever de resolver este problema que colocam em risco conquistas dos trabalhadores que querem permanecer na terra.

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Apoio ao atentado contra o MST é sinal de que ódio venceu nas redes sociais

Tão logo viralizou a notícia da execução de dois assentados do MST, em Tremembé (SP), a fina flor das redes sociais passou a celebrá-la, lamentando que foram poucos corpos e incitando mais mortes. Isso lembra que as plataformas, que já eram terreno fértil para o ódio, serão bastante adubadas com o anúncio de que Mark Zuckerberg seguirá a trilha aberta por Elon Musk.

  • O ódio sempre existiu, mas hoje se tornou tão forte que pode destruir qualquer um. Carregados de mentiras e a insistência nelas buscam destruir a todos e todas que buscam justiça social.
  • Esse ódio é a expressão do sistema para esmagar a esperança de dias melhores dos mais pobres.

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‘Mata tudo, mata todo mundo’: a história do ataque de grileiros ao MST em Tremembé

Dos 15 integrantes do movimento popular que estavam na área, oito foram atingidos. Entre os feridos, alguns usaram o mato alto de dentro da propriedade para se esconder, protegidos pela escuridão. De lá, uma sobrevivente escutou a ordem de um dos membros do grupo armado: “mata tudo, mata todo mundo”.

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Guarani Kaiowá resistem a ataques com tiros e agrotóxicos por retomada de terras em MS

Há quase cinco anos, mulheres, crianças, jovens e idosos Guarani Kaiowá acordaram, na madrugada de 2 de janeiro de 2020, com invasores ateando fogo no local mais sagrado da Terra Indígena (TI) Laranjeira Nhanderu, em Rio Brilhante (MS): a casa de reza da comunidade. A estrutura foi reerguida no território, um dos 25 à espera de demarcação em Mato Grosso do Sul, e hoje se mantém como símbolo da resistência indígena no extremo sul do estado.

  • Atentados contra o MST e indígenas, neste início de janeiro, precisam ser visto como alerta para um ano ainda mais sangrento no campo.

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Norberto Mânica, mandante da Chacina de Unaí, é preso no Rio Grande do Sul 21 anos depois do crime

Fazendeiro foi condenado a 64 anos de prisão pela morte de quatro servidores do Ministério do Trabalho em 2004.

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