Boletim #4 – 21 de maio de 2024
Lançamos o quarto Boletim Mais Lutas Agrárias, iniciativa da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco em parceria com Reynaldo Costa, presidente do PSOL Maranhão e militante do MST.
Nesta edição damos destaque para o impacto do negacionismo, do agronegócio e do produtivismo capitalista na catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul. Mostramos como o agronegócio e seus representantes nas instituições políticas estão em uma verdadeira guerra contra o meio ambiente; também ressaltamos a falta de preparo e de políticas públicas por parte dos governos municipais e estaduais do Rio Grande do Sul para enfrentar as grandes chuvas. Além disso, matérias selecionadas mostram como o impacto das chuvas tende a prejudicar mais gravemente os pequenos agricultores, os mesmos que são responsáveis pela maior parte do fornecimento de alimentos como o arroz, que já registra um aumento de preços pelo impacto nas lavouras.
Confira abaixo o boletim na íntegra:
Meio ambiente
A culpa não é do clima: o extremo climático no Rio Grande do Sul não é isolado
A crise ambiental que vivenciamos vai muito além da crise climática e tem suas origens no próprio modo com que o sistema capitalista organiza a relação entre o ser humano e a natureza. A produção orientada somente pela acumulação de lucro gera um enorme desperdício dos recursos naturais, ou como preferimos denominar popularmente, os bens comuns da natureza.
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Desastre climático no Rio Grande do Sul está na conta do capital
Com um governo estadual que promoveu uma série de ajustes fiscais, autorizou o desmatamento de áreas de proteção ambiental, desmantelou a lei estadual contra os agrotóxicos, privatizou serviços públicos e adotou políticas de austeridade para sua gente, o Rio Grande do Sul está enfrentando uma crise climática sem precedentes em sua história.
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China apostou em cidades-esponja para prevenção contra enchentes
Há pouco menos de uma década, a China pôs em prática um projeto ambicioso para revolucionar suas cidades. A ideia era proteger suas populações dos riscos trazidos por enchentes, que se tornariam cada vez maiores por causa das mudanças climáticas.
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A cheia dos rios que avançam pelas cidades não é apenas uma resposta da natureza
É importante ressaltar, no entanto, que esses eventos não podem ser considerados somente enquanto desastres naturais e nem mesmo como consequências inevitáveis. Estamos tratando sim das consequências de escolhas políticas, muitas delas que, inclusive, poderiam ter sido feitas para mitigar os efeitos do que acompanhamos hoje.
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No Brasil, 3 a cada 4 vivem em municípios com mais risco de desastres causados por chuvas
Cerca de três a cada quatro brasileiros – 73% da população – vivem nos municípios mais suscetíveis a passar por algum episódio de alagamento, inundação, enxurrada ou deslizamento de terra. Esses são os tipos de desastres relacionados a eventos extremos de chuvas, como as que atingiram o Rio Grande do Sul no início do mês e causaram a maior tragédia ambiental da história do Brasil em termos de infraestrutura e áreas afetadas.
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Reforma agrária
Troca de vegetação nativa por soja pode ter agravado tragédia climática no RS
MapBiomas mostra que estado perdeu aproximadamente 3,5 milhões de hectares de vegetação nativa entre 1985 e 2022; desmatamento aumentou no governo de Eduardo Leite.
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Chuvas no RS: MST estima perda de 10 mil toneladas de arroz
O montante pode chegar a 10 mil toneladas de arroz – orgânico e em transição para o agroecológico -, o que representa quase 50% do que estava previsto para a safra 2023/24.
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Arroz no atacado já subiu 4% com chuvas no RS e alta deve chegar ao consumidor, dizem especialistas
Item consumido em grande escala pelo brasileiro, o arroz vendido no atacado já registrou uma alta de 4% desde o início das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Do fim de abril até esta terça-feira (14), o preço da saca de 50 kg subiu de R$ 105,98 para R$ 110,23, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).