A comunhão entre o projeto social-liberal do Partido PeTista instrumentada pelo “socialismo” criativo do Partido Socialista-Brasileiro é o centralismo e a burocratização necessária para a reconstrução do modelo neoliberal a partir de 2023 conforme projeto vitorioso nas eleições, e vamos lutar para garantir sua posse e defesa contra o terrorismo neofascista de Jair Bolsonaro e sua ordem criminosa, mas apenas a continuidade das ambições anticapitalistas e antineoliberais pela visão ecossocialista e multilateral será capazes de reconhecer as fragilidades desta democracia inocente, barrando iniciativas de cooptação desta República de coalizão pelo descaminho da pós-verdade”.
Sem rememorar o recente caos no Brasil e seus responsáveis desde a reeleição de uma mulher encabeçando agenda trabalhista em 2014, avançamos em 2022 para uma agenda rescivilizatória, com o capitalismo nacional e internacional se reorganizando, perpetuando seus valores e ciclos de geração de valor e acúmulo de renda pela exploração de cada comunidade, agora pelos instrumentos do Capitalismo 4.0 e pós-verdade, geração de valor e manipulação social aprofundando o controle da burguesia à cooptar massas com ferramentas atualizadas, avançando sobre as bandeiras e composições tradicionalmente vanguardista em cada território, mesmo onde já se alinha às frentes de povos originárias e composições de representação minoritária de trabalhadores conscientes antissistêmicos emergentes no vácuo da burocratização e aparelhamento da autonomia sindical às intenções e dinâmicas dos governos Lula-Alencar I e II, e Dilma-Temer I, em cenário consumerista neoliberal centralizador e financismo de mercado, sem transparência no setor privado e leniência da fiscalização pública orientado à ambição de fundos de investimentos e círculos suprassociais até 2014 – círculos tidos como impessoais e neutros como a classe militar ou jurídica passam a ter ampla expectativa de ação política e apoio na organização social, expectativa do trabalhador alienado às funções destes instrumentos na segurança e previsibilidade do Estado, forças públicas e poder jurídico íntegros e confiáveis.
Há 8 anos esta sangria das elites e toda luta de classe e alienação por refiguração do capital para adequar a relação trabalho-capital aos novos meios de controle social vem movimentando amplamente as iniciativas e grupos sociais, com muitos ultraliberais do mercado migrando para lado de cá na relação com poder público, “pulando o balcão” como fez João Dória e sua ordem ultraliberal a contorcer as leis e consciências, um grupo entre tantos, desde místicos religiosos aéticos a milicianos resquício do submundo das ditaduras.
A régua moral desceu agora níveis vulgares, e as comunidades sem presença e acolhimento do Estado romperam-se com autonomia, projetando a malha social cooptada para o descaminho populistas e lucrativo dos coronéis eclesiásticos e organizações privadas nas comunidades que assim migraram seus quadros tradicionais para novas legendas, movimentando e especulando as composições partidárias da direita, com conservadores tensionando à direita partidos tradicionalmente sociais, como PSB, restando ao PSDB índoles ultraliberais órfãs do bolsonarismo, gestores do terrorismo fascista e seu guardião para futuras necessidades.
A eleição da Frente Ampla neste outubro de 2022 desestrutura agora as ambições antissistêmicas de Jair Bolsonaro (PL) e seu KKClã, mas não interrompe os avanços diários de sua ordem, tampouco some com estas ambições subjetivas de âmbito secular e religiosa por golpe e ascensão do submundo que se tornou possível agora no Brasil, e em sociedades vulneráveis, após práticas públicas de represamento ou sabotagem da vida livre em ataques e manobras pelo Estado com Lawfare, e Guerra Híbrida voraz às ambições da sociedade erguendo muralhas como Teto de Gastos Sociais limitado a investimentos como na era de crise 2016, a Reforma Trabalhista a legalizar métodos de explorações inaceitáveis, e lógica pública a justificar o descompromisso com a constituição aprovando fim do projeto de Previdenciária Social.
Nossas minorias políticas perderam sua voz e sua vez, territórios inteiros sob chamas e vários ataques em substituição do Estado cidadão e social para comunidades neoliberais tendo direitos negociados como mercadorias, justiça pessoal e aristocráticas a beneficiar próximos às coroas e coronéis, um caminho apodrecido desde a eleição indireta do ex-presidente Michel Temer (MDB), projeto superado pelas negociatas ilegais e certas de impunidade praticadas pelo ultraliberal Jair Bolsonaro (PL).
A vulgaridade social pós-Manifestações de Julho de 2013 ciclou várias lideranças nas posições de decisão nas comunidades, afastou “vermelhinhos socialistas e comunistas” para Frentes de Enfrentamento em conselhos e associações contra o avanço neofascista que tomava corpo, mas as elites sociais, território a território, seguiram reconquistando conselhos e sindicatos, reaparelhando conforme o que vinha, movimentos pelegos que sequer se inclinaram frearam as ruas o golpe contra Dilma Rousseff (PT) pois atentavam-se a conquistar território enquanto o povo se defendia, novas composições muitas vezes aéticas e escandalosamente impunes por apadrinhamento local alinhado aos mesmos tiranos de sempre, de forma a inibir e mitigar participação legitimamente autônoma e independente nos espaços de poder por vanguardas progressistas independentes e livres, comumente trabalhadores e trabalhadores não-branco de nossas vilas e curiosos por participação e plena existência social.
A partir do descaminho de 2016 os descaminhos tornaram-se padrão e hegemônicos, dominantes aceitando assim a mediação judiciária para remédio político a c resgatar a régua democrática contra ataques absurdos das alianças devastadoras ultraliberais, e construiu-se uma forte onda conservadora entre os progressistas a orquestrar a técnica judiciária em varas e tribunais, reforçando agora outro poder com forças políticas amplas a serviço dos jogos de direita e organização elitista e centralizadora capital, com militância ativa nas cortes Superiores e Supremas, estrutura máter e guardiã epistemológica da democracia, do direito e do Estado, do incentivo e da liberdade enquanto ambição nacional verdadeira.
Nos partidos e bandeiras tradicionais de esquerda, muitas encontram-se expostas ou frágeis entre reformas eleitorais ou partidárias tendendo a centralizar-se com pragmatismo ou partido-ninho dos ex-tucanos derrotados internamentes por #BolsoDória e sua ordem ultraliberal em PSDB, assim ampliam sua presença social, sua força e prerrogativas políticas, enquanto outros escritórios políticos mantém-se constantemente satélites de mercado pautados nos gráficos das bolsas e seus fundos de investimentos como lucrativas startups, mergulhados nos conchavos e negociatas pró posições privilegiadas na pilhagem porvir.
Os espaços existentes e velhas burocracias do Estado e das comunidade, círculos de influência e organização social e de massa, precisam ser disputados tanto contra as ameaças ultraliberais e neofascistas que se organizam nas Igrejas, quartéis, Prefeituras e Câmaras mas os progressistas neoliberais de embuste e impunidade com conhecimento técnico-jurídico ou leniência política de autoridade, arranjos que sempre prejudicam os trabalhadores e desbalanceiam a luta de classe contra o Estado benéfico às elites, e os socialistas e libertários que sempre fizeram um trabalho necessário e único, que siga conscientizando com transparência para reconquistar todos instrumentos, além de compor novas frentes e instrumentos, desde Conselhos e Associações até Frentes Internacionais e Federações.
Nosso caminho deve ser o de expor pela projeção materialista histórica dialético as alternativas vilipendiadas nas composições neoliberais e centralizadoras, seguindo o caminho necessário independente e autônomo antineoliberal e anticapitalista, visão semeada desde o nascimento do PSOL há 18 anos atrás, obrigando a reconstrução ética e correta dos instrumentos do Estado, amplamente consciente pelo bem de todos trabalhadores e nossas comunidades com agentes e propósitos por paz, igualdade, terra e liberdade plena a todos os cantos do mundo, membros iguais com diferenças tão valorosas quanto a liberdade que cada um tem para a expô-la e a defender onde quiser!
Desta forma, é impossível ampliar o caminho partidário sem prever os movimentos hostis a nossos propósitos antissistêmico e ecossocialista com articulação independente aos passos e descaminhos articulados intencionalmente pelos interesses de acúmulo em elites, paralização e desmobilização da alternativa a manter a integridade possível aos trabalhadores organizados nas colunas socialistas de vanguarda e revolucionárias. O foco dos socialistas e libertários é realinhar a democracia partidária após devastação neoliberal em diversas comunidades, como ponto de desenvolvimento da cidadania em administrações populares e participativas, comprometer-se com a ética e equilíbrio entre militantes, correntes e responsabilidade na governança e instrumentos partidários desde processos à centralidade de poder como ferramenta de possível assédio ou abuso político, como tem-se dos progressistas liberais e autoritários sem ética cultivados pelo mercado.
A impunidade é arma do totalitarismo. A desigualdade, uma barreira social criada pelo abuso de poder individual, e a mobilização pela coragem e consciência coletiva mobilizam e mudam a visão do trabalhador pela possibilidade de alternativas que se constroem com transparência, compromisso, responsabilidade e integridade, como construímos o PSOL nos últimos 18 anos de nossas lutas. Algumas pegadas são inapagáveis, e nosso caminho está projetado de longe, independentes e livre, como todos sempre devem ser.