A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (FLCMF) esteve em universidades ocupadas nos Estados Unidos manifestando solidariedade aos estudantes que lutam por uma Palestina Livre. Mariana Riscali, nossa diretora-executiva, finalizou seu giro pelo país visitando a Universidade da Cidade de Nova York (CUNY, na sigla em inglês), onde esteve no acampamento montado pelos alunos, que estão mobilizados pelo fim do genocídio e do apartheid praticados por Israel contra os palestinos.
Dezenas de universidades dos Estados Unidos contam com acampamentos estudantis em defesa da Palestina. O movimento começou na Universidade de Columbia e se espalhou pelo país após a prisão de 100 estudantes. Grandes universidades como Yale, Berkley e MIT também estão com mobilizações em defesa da Palestina. “O movimento estudantil está na vanguarda da luta contra o apartheid e o genocídio na Palestina, mobilizando toda a comunidade acadêmica em apoio a essa luta e demonstrando ao mundo que não tem medo de enfrentar a repressão e o lobby sionista”, disse Mariana Riscali.
Representando a FLCMF, ela também esteve em um ato da United Auto Workers (UAW, na sigla em inglês), que representa os trabalhadores das principais montadoras de veículos dos EUA. A manifestação marchou até a ocupação da Universidade de Nova York (NYU), que havia sido retirada pela polícia mas que foi retomada por estudantes. “Foi uma importante demonstração de unidade entre trabalhadores e estudantes na luta pela Palestina e uma expressão do apoio que a juventude vem ganhando no país ao dar esse exemplo de mobilização e combatividade”, avaliou Mariana.
Ainda em Nova York, a diretora-executiva da FLCMF visitou o escritório do Labor Notes na cidade, onde se reuniu com Sara Hughes e Marsha Niemeijer, representantes da organização, para falar sobre a conferência do movimento sindical, realizada alguns dias antes, e articular o estreitamento das relações da Fundação com a organização, que representa a vanguarda mais combativa do sindicalismo nos Estados Unidos.
Além disso, Mariana Riscali também se reuniu com membros do Caucus Bread & Roses do DSA (Socialistas Democráticos da América), que é a maior organização da esquerda socialista no país. No encontro com as lideranças de Nova York, a diretora falou sobre a conjuntura política brasileira e reforçou a importância da presença do DSA, que já está confirmada, na 1ª Conferência Internacional Antifascista, que se realizará em Porto Alegre entre os dias 17 e 19 de maio.
A extrema direita representa uma ameaça não só aos povos do mundo, mas à vida do planeta, com sua agenda autoritária e de negacionismo da emergência climática. A luta contra esse projeto precisa ser internacional e internacionalista, por isso a FLCMF está estreitando os laços com os companheiros dos Estados Unidos e mobilizando para que a Conferência Antifascista seja um passo fundamental na organização da esquerda socialista para as lutas que virão.