Luiz Gê, Tio Hô e um bang-bang inesquecível

Da redação

Luiz Geraldo Ferrari Martins, 68, é um dos melhores quadrinhistas brasileiros de todos os tempos. Transita por linguagens visuais variadas com o vigor de um ginasta olímpico. Luiz Gê é formado em arquitetura pela FAU-USP. Rodou pelo que há de melhor na imprensa brasileira e publicou em algumas das principais revistas de quadrinhos do mundo.

Gê lançou em livro duas coletâneas de histórias curtas, Quadrinhos em fúria (1984) e Território de bravos (1993). Seu clímax estético foi atingido em Fragmentos completos (1992), novela visual de 80 páginas sobre os cem anos da avenida Paulista (lançada em livro há sete anos).

Os quadrinhos da página seguinte são uma homenagem a um dos maiores gênios políticosmilitares da História. Trata-se de Nguyễn Sinh Cung, aliás Ho Chi Min (1890- 1969). Comandando por décadas um partido e uma frente revolucionários, ele provou ser possível um país miserável impor uma derrota humilhante à maior potência planetária. Tio Ho, como é carinhosamente chamado por gerações de insurgentes, nos deixou há exatos 50 anos, em 2 de setembro de 1969. A vitória do Vietnã estava em sua reta final.

Luiz Gê desenhou a página em 1976, logo após a comemoração do bicentenário da independência dos Estados Unidos. Para juntar tudo, Gê recorre ao sucesso de Roberto Carlos, “História de um homem mau” (1965), versão livre de “Ol’ man mose”, de Louis Armstrong. Na página seguinte, Luiz Gê, voz, guitarra e pena certeira.

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