Foram chamados de cabanos, balaios, malês e outras denominações. Para as classes dominantes, não passavam de infames e malditos. Tiveram a coragem de se levantar contra seus exploradores e opressores, e por esse motivo os poderosos se esforçam em apagar a memória de seus feitos.
Na história do Brasil, ensinada na maioria das escolas, não recebem muita atenção. Porque eram indígenas, negros, mestiços, brancos pobres, mas, sobretudo, rebeldes dispostos a dar suas vidas para mudar o mundo em que viviam.
Para levantar o véu do esquecimento, a Fundação Lauro Campos e Marielle Franco lançou a coleção Rebeliões Populares, iniciada com a publicação de Malês 1835: Negra utopia. Em cada novo volume, trataremos de relatar e decifrar uma dessas insurgências. Da Revolta dos Malês à Cabanagem. Da Balaiada ao Quilombo dos Palmares, passando pela Guerra do Contestado, Canudos e muitas outras.
Para as lutadoras e lutadores de hoje, estes livros trazem os dramas e desafios enfrentados pelos nossos antepassados nos combates contra a injustiça e a opressão. São ensinamentos preciosos. Como se sabe, sem memória, não existe amanhã.
Boa leitura.